Amor ou amizade? escrita por Manusinha Mayara


Capítulo 16
Capítulo 16: E agora?


Notas iniciais do capítulo

Oi.
Momentos tensos!

Fic quase no fim galera! :(

Aproveitem!



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Ficamos parados olhando para o rosto da Manu por um longo tempo. Eu me levantei devagar e comecei a procurar nas caixas novamente. Precisamos de qualquer coisa para nos defendermos.

Haviam vasos de vidro em algumas caixas, fui desembalando um a um e colocando próximos as paredes. Serviriam para serem quebrados na cabeça de quem entrasse ali.

— Amor? Sou eu. – Ouço Henrique sussurrar. Me viro e vejo Manu com os olhos arregalados de medo. Ela demorou um tempo para assimilar onde estava e reconhecer nossos rostos.

— Quanto tempo eu dormi? – Manu perguntou baixinho.

— Meia hora, mais ou menos. – Henrique respondeu afetuoso e deu um beijo longo nela. Eu me virei e recomecei a desempacotar os vasos, para não encara-los.

— Cadê o Simon? – Manu perguntou e pude sentir seu olhar em minhas costas.

— Estávamos procurando por ele quando trouxeram você. – Henrique respondeu. Me virei para encara-los.

— Como eles te acharam? – eu pergunto.

— Eles me ouviram ao telefone, começaram a entrar no milharal. Eu corri, mas eles me cercaram. – Manu respondeu estremecendo.

— Conseguiu chamar ajuda? – perguntei, minha voz falhou um pouco.

— Sim, chamei a polícia e estava falando com seu pai quando me acharam. – Manu respondeu com pesar. Eu fiquei aliviada por ela ter conseguido.

— Você nos salvou. – eu digo, dando-lhe um sorriso carinhoso.

Manu se levanta devagar, Henrique a ajuda.

 Eles começam a vasculhar as caixas como eu. Permanecemos em silêncio. Depois de um tempo, não haviam mais caixas para serem abertas.

A porta agora está trancada, o que me deixa mais nervosa. Ficar presos ali como ratos, estava me enlouquecendo. Os bandidos pareciam estar dormindo, a casa estava silenciosa. Olhei as horas no relógio de pulso de Henrique e já passavam das três da manhã. Como havia quase uma hora que Manu havia chamado ajuda, só nos restava esperar.

Estávamos sentados junto as paredes. Manu e Henrique juntos mais ao fundo e eu na parede atrás da porta. Começamos a ouvir um barulho baixo, alguém estava mexendo na maçaneta da porta. Droga! Eles voltaram! – pensei desesperada.

Apaguei a lanterna e me levantei depressa. Segurei um vaso nas mãos e fiquei parada atrás da porta. Henrique ficou ao meu lado e Manu ficou onde estava, ela seria a isca.

Depois de uma longa espera, a porta foi se abrindo lentamente. Pude ver o medo nos olhos da Manu. Levantei o vaso no alto, pronta para atira-lo mas fui contida por Henrique.

Olhei para o seu rosto e para o indivíduo que acabara de entrar. Todo sujo de sangue, com arranhões pelo corpo, era Simon. Tentei dar um passo para abraça-lo, mas senti todo o cansaço daquela noite se abater sobre mim. Fui sendo engolida por uma escuridão e senti meu corpo caindo em direção ao chão.

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— Acha que ela está bem? – ouço a voz de Manu ao longe.

— Depois de tudo que você me contou, parece que ela usou muito da sua coragem e auto controle hoje. Deve estar mentalmente exausta. – Simon responde.

— Ela é corajosa. – Henrique comenta.

— Nem sei o que teria feito sem ela. Entrei em pânico ao encontrar a Priscila. – Manu comenta.

Vou abrindo meus olhos aos poucos. Minha cabeça está sobre o colo de Simon. Henrique e Manu sentados à nossa frente. Ainda estamos naquele quarto horrível. Me levanto de uma vez, assustando a todos.

— Você está bem? – pergunto séria para Simon.

— Sim, eles pensam que estou morto. – ele responde.

— E esse sangue todo? – pergunto olhando para suas roupas.

— Eles jogaram meu corpo em um buraco, depois de me darem um tiro. Lá haviam mais corpos. – ele respondeu e um arrepio correu por minha espinha.

— Tiro? – perguntei me aproximando mais dele.

— Foi no ombro. – ele indicou o local. Eu olhei e vi que ele tinha amarrado um pedaço de pano sobre o ferimento.

— Como abriu a porta? – perguntei.

— Baby, ficaria surpresa com o que um homem pode fazer com dois grampos. – Simon responde e eu sorrio automaticamente admirada com seu bom humor, depois de toda essa situação.

— Estávamos te esperando acordar, vamos embora. – Henrique disse se levantando.

— Quantas horas? –Manu pergunta.

— Quase 4 da manhã. – Henrique responde.

Respiro fundo e ajudo Simon a se levantar. Henrique abre a porta devagar, olha para fora e faz um sinal com a mão para que possamos segui-lo. Saímos devagar, um atrás do outro.

Não há sinal de ninguém ali. Começamos a andar depressa. Quando estamos chegando ao portão da garagem. Simon para de caminhar. Olhamos para ele sem entender.

— Carlos... – ele diz. Eu sei que ele não irá embora sem seu irmão, mas não está em condições de desamarrar ninguém. Uso o restante da minha coragem e digo.

— Eu vou busca-lo. Vocês vão e me esperam no carro. – digo e volto correndo para casa. Sei que se esperasse mais um segundo Simon e Henrique me impediriam.

Lembro-me perfeitamente da porta que Henrique disse que Carlos estava. Me aproximei dela e abri devagar. Era um quarto úmido, tinha um cheiro forte de mofo e estava muito escuro. Entro e retiro a lanterna do meu bolso, acendo depressa e começo a olhar o lugar.

Não havia quase nada ali, somente uma cadeira velha bem no meio do cômodo. Carlos estava deitado no chão quieto. Ele também não! – penso.

 Me agacho ao seu lado e viro seu rosto para cima. Parecia estar dormindo, comecei a dar tapas levinhos para que acordasse. Aos poucos ele vai recobrando sua consciência. Ele abriu seus olhos devagar e me encarou assustado.

— Você não devia estar aqui. Ele estava esperando vocês. – Carlos diz baixinho.

— Ele? – pergunto sem entender.

Escuto a porta se fechar devagar atrás de mim. Sinto um arrepio percorrer todo meu corpo. Viro meu rosto devagar e me deparo com um enorme vulto parado em frente a porta.

Ele me encara com um sorriso sombrio, olhos negros e uma arma na mão. Reconheço-o imediatamente. É o homem tatuado que estava na festa de Pablo.

— Estava procurando um rato que fugiu de um buraco. Mas encontrei uma ratinha. – O homem diz dando um passo em minha direção.

Carlos e eu o olhamos assombrados. Era uma armadilha.


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Notas finais do capítulo

Ixi. Agora é que são elas kkkkkk

Até a próxima.

Bjos



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