Amor ou amizade? escrita por Manusinha Mayara


Capítulo 15
Capítulo 15: Desespero


Notas iniciais do capítulo

Oie,

Tensão e mais tensão!

Se preparem! Muahahahaha



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Sabia que ali não era seguro, antes de chamarmos ajuda tínhamos que nos esconder em um local seguro. Puxei a Manu pelo braço e a tirei dali. Caminhamos depressa até um milharal enorme e entramos em meio a ele.

— Toma, liga para polícia e para meu pai. Conte tudo a eles e diga o endereço onde estamos. – digo baixo para Manu, estendendo meu celular.

— Liga você, estou nervosa! – Manu choramingou.

— Eu vou entrar na casa!

— Não! Você é louca? Eles são assassinos! – Manu diz em desespero.

— Por isso mesmo, tenho que tirar os meninos de lá! – digo olhando em seus olhos. Manu está morrendo de medo, mas sabe que eu tenho razão.

— Ok, mas tome cuidado. – Manu diz conformada e começa a discar em meu celular. Quando ela começa a falar com a polícia, eu me viro e começo a caminhar em direção a casa.

A casa está envolta por uma cerca alta, um pequeno portão nos fundos, atrás de uma horta parece ser o modo mais fácil de entrar. Vou me esgueirando pelas árvores até chegar ao portão.

Abro ele devagar, mas é muito velho e range alto ao se abrir. Olho para dentro e não vejo ninguém. Vejo somente uma varanda enorme, com uma mesa de jantar e uma mesa de sinuca próximas. Atravesso o portão correndo, e entro debaixo da mesa de sinuca.

Espero alguns segundos e fico apenas escutando, se alguém estiver me observando ou seguindo, não quero ser pega de surpresa. Vejo cinco portas, todas fechadas e sei que em uma delas vou encontrar Simon ou Henrique ou os bandidos.

Quando estou prestes a me levantar, vejo um movimento próximo a mesa de jantar à minha frente. Alguém se levantando devagar.

— Henrique. – digo para mim mesma o reconhecendo. Me arrasto pelo chão e bato palmas uma vez para chamar sua atenção. Ele olha para mim assustado e vem correndo. Se agacha e deita debaixo da mesa de sinuca junto a mim. Ficamos quietos por um momento.

— Priscila está morta. – cochicho em seu ouvido. Ele me olha com assombro.

— Manu? – ele balbucia.

— Está ligando para polícia, está no milharal escondida. – digo e percebo o alivio em seu rosto.

— Carlos está amarrado naquele quarto ali. – Henrique fala e aponta para a última porta do corredor.

— Cadê o Simon? – pergunto.

— Eu estava procurando ele, um dos bandidos apareceu e eu me escondi debaixo da mesa. – ele responde.

— Quais dessas portas você já abriu? – Pergunto.

— As duas últimas. – ele aponta.

— De qual delas você viu o bandido saindo?

— Da primeira. – Henrique aponta novamente.

Henrique é esperto, sem que eu precise explicar ele já entendeu onde eu queria chegar com essas perguntas. Precisávamos verificar as duas portas restantes, Simon estaria em uma delas, e se não estivesse, estaria com os bandidos. A última hipótese fazia meu coração gelar.

Apontei para a terceira porta, ele fez um sinal afirmativo com a cabeça e nos levantamos cuidadosamente. Ele ficou olhando para trás, enquanto eu olhava para os lados. Segurei a maçaneta com firmeza e girei devagar. Fui abrindo aos poucos, não vi ninguém lá dentro e então entrei, sendo seguida por Henrique, que fechou a porta atrás dele.

Começamos a remexer nas coisas a nossa volta, muitas caixas estavam ali. Precisávamos de alguma coisa que servisse de arma para nos defender. Encontrei uma lanterna pequena e a liguei imediatamente.

Com a claridade auxiliando, percebi que ali era uma espécie de depósito desorganizado. Caixas se amontoavam por todo canto. Quando de repente escutamos passos, eu apaguei a luz imediatamente. Henrique e eu fomos para o fundo da sala e nos deitamos atrás de uma pilha de caixas.

Escutamos uma das portas de abrir e uma voz autoritária falar:

— O que aconteceu agora?

— Encontramos essa ratinha, escondida no milharal. – o outro homem respondeu. Eu e Henrique gelamos.

— Me larga! – Manu berrava.

— Calma, tigresa. – Outra voz disse e os três começaram a rir.

— O que uma menina bonita e com cara de rica faz em um lugar desses? – o homem da voz autoritária perguntou.

— Não é da sua conta imbecil! – Manu esbravejou. Escutamos um barulho forte e logo em seguida um silêncio. Eu estava praticamente em cima das costas de Henrique, segurando para que ele não fosse até lá.

— Acho que bateu forte demais, ela desmaiou. – o homem da voz autoritária, pareceu insatisfeito.

— Matamos? – um deles perguntou. Senti um grito de horror se formar em minha garganta, coloquei a boca contra as costas de Henrique, para que não saísse ruído algum.

— Não, coloque ela no depósito. Podemos nos divertir um pouco quando ela acordar. – um deles fala e todos riem.

Eu e Henrique permanecemos imóveis, um deles abre a porta e joga Manu ali dentro, junto conosco. Seguro Henrique com mais força. Quando eles fecham a porta, escutamos seus passos se afastando e nos levantamos depressa.

Manu está desacordada, seu nariz está sangrando. Sinto as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Henrique pega a cabeça dela, com as mãos tremulas e coloca em seu colo. Ele está contendo o choro.

Olho para os dois e tento controlar meu desespero. O que será que houve com Simon? Ele está bem afinal?


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Notas finais do capítulo

Nossa!

O que acharam?

Até a próxima!



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