The Woods escrita por The Wanderer


Capítulo 20
Verdade


Notas iniciais do capítulo

Oi galera. Por favor desculpem a minha demora, eu estou querendo postar esse capítulo faz tempo, mas eu estou sem tempo. Eu continuo sem tempo porque eu estou em semana de provas, mas eu tirei esse pequeno tempo para postar esse novo capítulo que já estava pronto. Eu já comecei a escrever o outro, mas acho que vou demorar para terminar de escrever e postar então eu agradeço muito aos que foram pacientes e não abandonaram a fic, peço muito encarecidamente que continuem sendo pacientes. Meus sinceros agradecimentos



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Lágrimas e mais lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto sem permissão enquanto eu percebia que estava perdendo meus sentidos. Nesse momento ouvi a porta da frente abrir e me virei para correr para a porta da frente, tropeçando em meus próprios pés ao fazer isso por conta da minha visão escurecida.

— MÃE, PAI, CORRAM, VOCÊS TEM QUE VER ISSO. – Gritei do alto da escada por não ter achado que seria uma boa ideia descer a escada tonta e fraca.

— Filha! O que houve? – Minha mãe disse e subiu correndo as escadas.

Assim que ela chegou ao meu quarto eu entrei logo depois dela e sentei em minha cama.

Não havia absolutamente nada escrito na minha janela.

— O que aconteceu filha?

Pensei um pouco antes de responder. Não podia contar a verdade mas ao mesmo tempo precisava questioná-la sobre o amuleto. Então fiz o que sabia fazer de melhor. Contei meia verdade.

— Eu achei que tivesse visto algo na minha janela, mas agora acho que eu estava delirando. – Olhei nervosa para ela, esperando que a minha tática desse certa. – Mãe, acho que estou ficando louca...

Minha mãe agachou no chão e tomou minhas mãos nas suas.

— Filha, você sabe que pode me contar qualquer coisa né?

Fiquei tão comovida com a compreensão dela que senti as lágrimas voltarem aos meus olhos.

— Mãe, eu tenho achado uns livros sobre anjos com meu sobrenome. – Ela contraiu os lábios e apertou levemente minhas mãos. Estava apreensiva. – Eu... conheci um bibliotecário que me contou umas coisas malucas sobre anjos caídos e sobre a minha família biológica ser uma família importante no tal “ lado da luz”... Acho que estou ficando louca. – Sussurrei.

Esperei minha mãe fazer uma expressão cautelosamente compreensiva, indicando que eu estava realmente doida, louca, fora de mim. Mas ela apenas abaixou os olhos e suspirou.

— Eu sabia que esse dia chegaria.

Ela se levantou e falou algo como “me siga, por favor, filha” e saiu andando em direção ao seu quarto. Meu pai estava no corredor e me observava com uma expressão que eu não conseguia ler.

Tudo parecia muito irreal para mim, como se eu estivesse vendo tudo por um filtro de imaginação. O tempo também parecia estar em câmera lenta e eu sentia que ia desmaiar a qualquer momento.

Entramos no quarto de minha mãe e ela pegou o mesmo livro que eu havia achado dias antes embaixo de sua cama e o colocou em minhas mãos.

— Essa é a historia da sua verdadeira família. – Ela olhou para o lado. – Estávamos esperando o dia certo para te contar.

Senti nos confins do meu subconsciente raiva. Raiva por ela não me contado a história antes. Raiva por ter escondido isso de mim. Raiva por ter mentido.

Mas eu não era mãe. Não tinha uma filha adotiva. Não tinha que lidar com a família biológica estranha demais para a concepção comum da sociedade. Eu não fazia a menor ideia de como isso era para ela, eu não tinha o menor direito de estar com raiva.

Seguei o livro e toquei carinhosamente o ombro dela tentando ser o máximo consoladora possível na posição que estava. Afinal, eu estava mais confusa do que jamais estive em toda minha vida.

— No dia em que você se juntou a nós – Ela olhou para meu pai. – Estava chovendo e estávamos vendo um filme qualquer na televisão.

“A campainha tocou e eu me levantei para atender a porta, achando estranho alguém ter tocado a campainha já que não esperávamos ninguém, então abri a porta um pouco desconfiada. Um homem alto usando uma capa cinza escura com um capuz que cobria seu rosto segurava uma cesta com um bebê enrolado em um cobertorzinho branco, em volta do pescoço dele... Seu pescoço, tinha um colar com um medalhão diferente de qualquer coisa que eu já havia visto e o homem também trazia um livro nas mãos. Ele se apresentou como Alex Hootchwolf e disse que voltaria a entrar em contato conosco, então ele me entregou a cesta e o livro e se foi na chuva.”

Eu continuei olhando para ela com o olhar mais suave e tranquilizador que conseguia então ela tomou um tempo e prosseguiu.

“Eu fiquei muito chocada e complemente perdida, seu pai veio em meu auxilio. Depois de muitas horas conversando achamos melhor ficar e cuidar do bebê... E essa foi a melhor decisão que já tomei. O homem misterioso de fato voltou a entrar em contato conosco e descobrimos que ele era o bibliotecário da cidade. Ele nos aconselhou que antes de tudo lêssemos o livro e depois fôssemos falar com ele e foi basicamente isso que aconteceu. Foi assim que soubemos de tudo.”

Minha mãe, apesar de parecer decepcionada por não ter me contado antes e apreensiva com a minha reação, parecia ter tirado o peso de um elefante das costas. Meu pai entrou no quarto e silenciosamente passou as mãos nas minhas costas.

— Obrigada por me contar tudo mãe, eu sei como deve ter sido difícil para a senhora. – Eu não estava sendo tão sincera quanto gostaria, eu infelizmente era pior que isso. Eu sentia uma estranha amargura por ela ter me deixado todos esses anos na ignorância fazendo eu me sentir uma completa louca depois.

— Mãe. – Chamei-a suavemente, parecia errado falar de qualquer outro jeito numa situação tão delicada. – Eu preciso muito desse colar que você mencionou.

Ela acenou com a cabeça e apontou para o livro. “Abra-o”

Abri-o em uma página aleatória e arqueei as sobrancelhas em sinal de duvida. Ela indicou a contracapa e quando virei a ultima folha do livro, lá estava,  o colar com o medalhão.

A corrente longa e simples, feita de bronze, mas o medalhão era diferente de qualquer coisa que eu já havia visto. Era um par de asas apontadas para baixo do mesmo tom de bronze da corrente com um rubi logo no início das asas, onde elas se juntavam.

— É lindo... – Murmurei.

Minha mãe sorriu

— Espero que isso signifique alguma coisa para você.

—Ah você não faz ideia.

~’’~

Luke estava parado na última rua, olhando para uma casa simples e branca no limiar da cidade. Era tarde da noite, mas ele não pensava em dormir. Da janela no segundo andar da pequena casa ele conseguia ver um menino de cabelos ruivos, mas este não conseguia ver Luke que estava estrategicamente escondido nas sombras.

O menino da casa parecia discutir raivosamente com alguém que não aparecia na janela e tampouco era possível ouvir a discussão. Luke andou até a porta da casa e cuidadosamente testou a maçaneta. Estava trancada. Então se agachou no chão e habilmente arrombou a tranca da porta, abrindo-a.

Entrou na casa do menino ruivo e silenciosamente começou a explorar o lugar. Estava a procura de qualquer coisa que indicasse que ele não é quem parece ser e ouvir a discussão dele podia ser exatamente o que precisava. Imerso pelas sombras, se aproximou sorrateiramente da escada e se concentrou no que Dale dizia.

“... Você tem que achar, pra tudo isso dar certo você tem que achar!”

Ouviu-se um suspiro impaciente.

“Você apenas tinha que manter negócio seguro e você vem me dizer que perdeu?”

Ele estava perdendo a paciência muito rápido, mais um tempo e ia começar uma briga física ali.

Luke rapidamente se levantou e saiu da casa sem fazer barulho.

Já tinha conseguido o que precisava.


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Notas finais do capítulo

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