Hands In the Air escrita por Agente 27


Capítulo 9
Capitulo 9


Notas iniciais do capítulo

meu pc anda ta ruim, desculpa a demora



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— Uhumm – gemo assim que vejo a claridade no meu rosto. Eu to viva? Claro sua louca, ou você não estaria sentindo algo macio atrás das costas. –
        - Tasha? – ouço alguém chamar. “É o Clint” minha mente logo deduz e um sorriso involuntário brota – Tasha pode acordar –
        - Não morremos ah? – pergunto abrindo de vez os olhos – Que sorte – debocho me sentando. Clint ri –
         - O plano não era esse querida – e claro que não era. Eu sabia muito bem qual era o plano. Clint ficaria com a parte de mandar o infiltrado da CIA na KGB disponibilizasse as pílulas e depois pegasse nossos corpos “mortos” e levasse até essa casa bem afastada da cidade e depois enterra-se corpos falsos no lugar dos nossos. Já eu ficaria com a parte de mentir pro Ivan e isso era muito fácil -
         - Não? – pergunto sincera e ele me olha com cara feia – Não – minha vez de rir e ele acompanha –
         - Você não larga esse deboche né? – pergunta tentando mostrar irritação. Eu finjo que acredito. -
        - Deve ser porque sou russa – dou de ombros – Ou era. Não posso garantir –
          - Não? – pergunta rindo –
          - будет ввернут Клинт (Vai se ferrar Clint) –
          - Não - responde naturalmente e o olho assustada

  - Sabe que isso é russo? Fala esse idioma é? - pergunto curiosa. Não sabia que ele entendia russo, geralmente as pessoas não se interessam por essa língua -

  - Não, mas entendo um pouco - responde dando de ombros - E gosto quando me xinga em russo –
        - Posso fazer mais que xingar em russo meu bem – pisco sensual e ele me encara –
        - É mesmo? – pergunta com uma das sobrancelhas levantadas em sinal de duvida –
        - O que vamos fazer agora Clint? – pergunto duvidosa. Sabíamo-nos que perante a KGB e a CIA estávamos mortos. Teríamos que criar uma falsa identidade para cada um de nos e seguir a vida. Isso incluiria cair fora da Rússia e não voltar nunca mais, arranjar um lugar pra morar, trabalhar e essas coisas de gente normal.
          - Não sei Nat. Isso tudo é confuso e você... Eu não sei – fala impaciente e eu não o entendo. O que tenho eu? -
          - Eu o que Clint? – agora é minha vez de estar impaciente –
         - Você me deixa confuso Natasha – dispara de uma vez me deixando mais confusa ainda -
           - Por quê? –
           - Porque eu não sei o que sinto por ti. É isso. Desde o dia em que eu te conheci nunca fiquei tão confuso em toda minha vida. Você despertar em mim a vida de ser alguém diferente. De não ser o assassino que sou, mas de ser alguém normal. E então eu não poderia simplesmente matar você como um qualquer e seguir minha vida. Não conseguiria. E ai você também não conseguiu e isso me deu esperanças. Esperanças de que você estivesse como eu. Confuso. Então eu inventei essa loucura toda pra te livrar da KGB porque eu queria que você tivesse uma chance de ser feliz e talvez me respondesse o que diabos esta acontecendo comigo. Eu nunca me senti desse jeito. Tão vulnerável - uau. Isso foi um desabafo. E tenho que dizer que ele esta sentindo o mesmo que eu. Também me sinto confusa em relação a nos. Não sei o que sinto por ele e não sei por que caralhos eu não matei este homem quando tive a oportunidade. Eu não poderia estar amando, poderia? Amar! Eu não sei o que isso. A KGB fez questão de tirar isso de mim.
          - Você gosta de mim Clint? É isso que quis dizer? – pergunto na lata. Eu sou assim. Direta -
          - Não sei nem o que temos. Não sei se somos colegas, amigos ou duas pessoas vivendo duas vidas de merda –
          - Se me permite ser debochada a terceira opção é a certa – digo e ele me responde com o dedo do meio – Mal educado – solto e ele ri mais –
          - É serio Nat. O que você acha que eu sou pra você? – pergunta serio depois que consegue parar de rir –
           - Não sei Clint –
         - Não se sente confusa ou qualquer outra coisa? Tem que sentir algo Natasha – consegui sentir o desespero na sua voz. Como se a vida dele dependesse da minha resposta –
         - Eu me sinto confusa Clint. O mesmo que você. Mas se você está insinuando que possa sentir amor por mim acho que esta exagerando –
            - E porque estaria? Você é uma mulher linda Natasha. A mais linda que já vi – ele diz e sinto sua sinceridade. Okay, eu amei ouvir isso e não vou negar –
            - Porque eu não sei o que é isso –
            - Amor?
— Exato, o amor – respondo triste. Acho que nasci pra ser uma viúva negra e morrei assim. Mesmo não servindo mais a KGB -
          - Não é que você não saiba amar Tasha, você só esta quebrada. Quando estamos quebrados a gente esquece como fazer certas coisas. E vá por mim falo isso por experiência própria. Também estou quebrado. Mas eu posso te ajudar e você também. É só querer – diz e me olha com um brilho no olhar que me deixa encantada. Penso. Isso é loucura, mas quando foi que fiz uma loucura por vontade própria e não a mando da KGB. Nunca! Então uma primeira vez não mata ninguém.
         - Eu quero Clint – sorrio e isso é a deixa que ele precisa para me beijar. Um beijo doce e bom. Tudo que nos dois, ex-agentes, quebrados e sem rumo precisavam fazer.


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Notas finais do capítulo

não ficou romântico, mas ao meu ver esta parecido com o casal clintasha



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