Narrador:  

Para Draco Malfoy a conversa da noite anterior com a castanha, lhe pareciam mais um sonho. Em sua cabeça ela não seria tão louca a ponto de provocar seu pai; mas uma coisa ele não podia negar, o brilho que Hermione detinha no olhar ao lhe dizer aquelas palavras o deixara assustado e desconfiado, que até mesmo o próprio Lord Voldemort a temeria naquele momento; o que o lembrou de fazer uma anotação mental, 'nunca irritar a Granger a tal ponto.' Este não fazia ideia de que Hermione Granger podia ser tão assustadora daquela maneira; nem mesmo sua tia Bela que havia sido a bruxa mais temida e conhecida por suas torturas, era tão assustadora assim.  

Ele ainda pensava se não fora demasiada imprudência ter enviado aquele bilhete, 'é como se estivéssemos declarando guerra novamente' pensava Draco. Resolveu espantar os pensamentos e se arrumar para ir tomar café da manhã.  

Em outro lugar longe de Hogwarts... 

Uma coruja negra e altiva se aproximava da montanha dos Alpes, apesar do frio que fazia, esta parecia não se incomodar, sempre mantendo-se perfeita, o que não era para menos, pois esta era uma das corujas da família Malfoy. A princípio a caverna parecia estar deserta devido a escuridão que se encontrava, exceto claro para a coruja que tinha seus olhos bem treinados para a escuridão; logo ela avistou o seu alvo, seu antigo dono e pousou no ombro do mesmo com o bilhete preso ao bico. Ao que parecia Lúcio Malfoy estava a espera por uma possível resposta. 

— Ora, ora, Lúcio, vejo que seu filho criou coragem já que recebeu uma coruja- falou uma das vozes advindas da escuridão 

— É melhor calar-se antes que eu o faça- mandou Lúcio 

Havia se passado quase dois anos antes da guerra estourar, era visível o quanto o patriarca dos Malfoys encontrava-se debilitado, conservando esta aparência ninguém jamais imaginaria que em seu íntimo arquitetava sua vingança. "Tolos" era o que pensava ao observar o recinto que compartilhava com os demais, mal sabia eles que não estava interessado em trazer o Lord das trevas à vida e ao poder novamente e sim em encontrar seus netos para usá-los ao seu favor, usufruindo do grande poder de seus netos e se tornar o bruxo mais poderoso de todos; por isso eles deviam encontra-los logo, o tempo estava começando a se esgotar, eles só detinham de mais três anos e pelo pouco que sabia as crianças poderiam aprender como controlá-los muito antes.  

— Pare de relembrar o passado e veja logo o que diz esse bilhete. - falou uma voz estridente  

— Que eu saiba o bilhete é endereçado a mim. - rebate  

Mas este não mais protelou e decidiu ver o que o tal bilhete dizia; tinha consciência de que o filho não o afrontaria, intrigado começou a abrir o tal bilhete. E qual não foi tamanha a sua revolta ao descobrir que não havia sido o filho a escrever. ‘Draco era demasiado medroso para isso.’ pensou 

“Nunca se entendeu por que o elefante tem medo da cobra, mas sabe-se que a cobra não se aproxima dos leões por que será? Tome cuidado querido Lúcio, a leoa sempre foi astuta ao liderar para a caça; não será agora que ela se tornara a presa”  

— Mais que afronta é essa! - exclamo estarrecido  

Sabia somente pela letra que aquilo não era obra de Draco, porém jamais imaginaria que a garota que sua cunhada tortura na sala de sua casa fosse tão astuta e audaciosa, mesmo que levasse a fama de ser uma das mais poderosas e inteligente do mundo bruxo.  

— Essa pessoa sabe como usar as palavras não é mesmo Lúcio? - perguntou Eric Hakuque lia o bilhete por cima dos ombros do mesmo.  

— Isso é um insulto! Além de ultrajante! - diz indignado – Aquela sangue-ruim será a primeira a morrer por tamanha petulância.  

— Não sei se ela será tão fácil assim de matar Lúcio- falou Goyle 

— É eu concordo com o Goyle. - diz Áquila Savino 

— E o que te fez chegar a essa conclusão? - questiona Karen Rudolph com desdém 

— Por que se ela tem essa fama e igualmente mandou a Lúcio um bilhete rebatendo com outra ameaça sutil, significa que ela não é qualquer uma e nem uma bruxa fracassada. - respondeu como se explicasse algo a alguém com problemas mentais- Não devemos subestimar nossos inimigos já dizia meu bisavô.  

Ao que parecia o bilhete ainda renderia assunto para os próximos dias, o que o fez pensar que deveria entrar em contato com Pansy para ficara a par de tudo o que estava acontecendo.