Number one-one escrita por A Mareli S


Capítulo 2
1. Good Lies


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! (Se é que alguém está lendo...) Aqui está o segundo capítulo, ainda não está Betado, ainda estou procurando.

Boa leitura!



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–Azrael

24/12

Por favor alguém me ajude! Minha casa... Spins! Não sei o que dizer, mas ele é assustador, por favor me ajudem! Eles pegou meu marido. Por favor! Mandem algum Gear!

O monstro se assemelha ao esqueleto de um cachorro atropelado... Ele adentrou meu marido enquanto almoçávamos no bosque, foi muito de repente, estou escondida pela casa desde então. Por favor, envie alguém, rápido!

Annie Clumber.

Malditos... Esses filhos de uma puta não podiam esperar o Natal passar? Nãããão tinha que ser na véspera!– O homem trajado de cinza reclama, seu capuz estava completamente esticado para trás por causa dos ventos rápidos que por ele passavam, várias pessoas nos carros à sua volta se afastavam para que passasse, todos conheciam aquelas vestes. Sua moto roncava enquanto ultrapassava os carros que o cercavam.

"Vai lá Azrael, por favor, os outros estão se férias", um caralho! Eu também devia estar! Não sou pago o suficiente pra isso...

Um som alto é ouvido, como uma buzina, ao se virar para ver o que fora, se depara com um homem o encarando com fúria, nem percebera que passara por aquele carro.

–Seu maluco, não tá sozinho na estrada não, porra! -Azrael se sente tentado a soltar alguns Spins sobre o homem, mas acaba apenas o ignorando, ou acabaria por ter mais trabalho para resolver. O homem ainda resmunga algo dentro de seu carro, fazendo Azrael revirar os olhos.

Trabalho até quando devia estar em casa de baixo do cobertor e ainda tenho que lidar com esses civis...

Após algumas horas à caminho do endereço que lhe fora dado, ele finalmente chega, a grande mansão de campo era afastada da cidade. Por causa das ruas não-asfaltadas, típica de regiões rurais, sua moto acabara por sujar-se de terra.

Azrael retira seu capacete depositando-o sobre o banco, não via nenhum Spin à sua volta e tudo parecia tranquilo. As muitas árvores à sua volta amenizavam o calor que fazia no local, apenas o canto de pássaros e alguns insetos podia ser ouvido, o cheiro de capim inundava-o com o prazer de sentir por completa a tranquilidade daquele local.

Ele luta contra a vontade de deitar-se na grama e anda até a entrada da mansão, tocando a campainha aguarda por longos segundos para tocá-la novamente. E nada, nenhum som sequer, nem passos foram ouvidos. O homem retira sua Magnum do capuz e dispara contra fechadura, o som alto faz vários pássaros voarem assustados para longe das copas das árvores. A porta se abre num solavanco.

A sala possuía um clima agradável, um ar condicionado mantinha o cômodo em uma temperatura baixa, ele se deparar com um homem sentado ao sofá assistindo algo na televisão à sua frente.

–Ei, quem é você?! -Pergunta o homem assustado, só então ele parece perceber que a porta fora arrombada pelo outro que agora lhe apontava uma arma.

–Annie Clumber me chamou, conhece-a, certo? -Indaga com uma sobrancelha arqueada, o outro apenas afirma com a cabeça. -É sua esposa? -O outro novamente apenas assente. -Azrael franze as sobrancelhas. -Há quanto tempo? -Ele percebe o outro engolir em seco, Azrael então abre um sorriso. -Você até que é bom em imitar terranos, Spin. -Em um movimento rápido a criatura deixa o corpo do homem, se encaixava perfeitamente à descrição da mulher. O corpo caí sobre o tapete.

–Não achei que fossem enviar um Gear nessa época do ano!–Reclama o Spin, ele não falava exatamente, enviava ondas mentais para aquele que queria se comunicar. –Achei que fosse uma época importante para vocês.–Ele se esconde atrás do sofá, tentando procurar algum ser vivo para possuir.

–De fato ela é. -O homem chuta o sofá, assustando o Spin que não esperava aquela reação. -Mas eu tive que vim trabalhar nessa época, por culpa sua. -Em vez de atirar, Azrael chuta a criatura. Ao se levantar o Spin tenta mordê-lhe a perna, mas um novo chute o afasta. -Posso continuar nisso a tarde toda, pensando bem, nem ia fazer nada no natal mesmo. -Ele caminha lentamente até onde o Spin caíra.

–Espera!–Grita em pensamento o cão ao ver a arma ser apontada para si. –Por favor!

–Não grita na minha cabeça, idiota! -O homem ia chutar novamente a criatura.

–Eu posso ser seu ajudante!–Azrael para o chute ao ouvir a proposta da criatura, acabando por gargalhar, nem se lembrava a última vez que rira daquela forma.

–E por que eu iria confiar em você? -Questiona.

–Você é muito mais forte que eu... eu não conseguiria possuí-lo.–Responde o Spin se levantando de onde fora jogado.

–Não, mas você poderia fujir, e eu teria ainda mais trabalho. -Retruca encarando ameaçador.

–Desculpa! Por favor, não me mata!–O Spin possuía uma voz chorosa, seus olhos completamente negros brilhavam como se fosse chorar.

–Huur... Tá ok, mas eu não vou cuidar de você. -Ele se vira de costas e a criatura similar ao esqueleto de um cachorro começa a segui-lo.

Azrael procura pela mulher por vários cômodos da mansão, chamava por ela, mas não recebia resposta. O Spin então guia-o até um quarto de casal, afirmando que a mulher se escondera ali para fugir dele. O Gear bate na porta.

–Annie? Fui enviado apela associação... -Sussurra próximo à porta, a mesma é aberta em poucos segundos, revelando uma garotinha de aproximadamente seis anos, fazendo o Gear arregalar os olhos indignado.

Quando a garota percebe o Spin aos pés do homem trajado de cinza solta um gritinho agudo tentando voltar ao quarto, mas é impedida pela mão do outro.

–Ele não vai mais te machucar. -Afirma, o cão em resposta abaixa a cabeça. -Mas agora você tem que me dar algumas explicações né? -A garota afirma triste com a cabeça, mas então arregala os olhos ao se lembrar de algo.

–Meu pai! Como ele está? -Pergunta ela com a feição chorosa.

–Ele pode ficar desacordado por um tempo, mas está bem. -Os ombros antes tensos da garota se relaxam.

–Bem eu... tive que fingir que era maior de idade, vocês nunca levam a sério chamados de crianças! -Exclama a garota séria, fazendo o outro bufar pelo jeito infantil, porém de ideia inteligente.

–Tá, olha só... -A garota já fecha as mãos em punhos aguardando a bronca que provavelmente levaria. -se precisar, faça isso de novo. É contra a lei blá blá blá, mas você tá certa. É melhor garantir a saúde de seus parentes do que seguir a lei, certo? -Um sorriso se forma no rosto da garota, ela apenas afirma com a cabeça ao gritar um "sim".

–Anda Teddy, ainda temos que fazer algo pro natal. -Diz Azrael simplesmente dando as costas pra garota. O cachorro logo compreende que estava falando com ele.

–Teddy? Sério? -Questiona o Spin que andava ao seu lado. -Podia ser algo como: Lord, Balrog... Mas você coloca Teddy?

–Para de reclamar, depois você se dá um nome. -O Gear veste novamente seu capacete, subindo em sua moto, ligando-a. Passando a pensar em como levaria aquele Spin junto a si.

Ao ver um pequeno esquilo sobre os galhos de uma árvore próxima, Teddy o possui, logo descendo da árvore e adentrando um bolso do capuz de Azrael. Que simplesmente volta a dirigir de volta à casa.


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Notas finais do capítulo

Tchaaau até o próximo! Deixe aí seu comentário!



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