Lost Drams escrita por Anieper


Capítulo 12
Capítulo 12




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Estava sentada na minha cama olhando para o vestido de noiva. Minha mãe tinha chegado pouco antes do jantar com o carro cheio de coisas e com o vestido. Ela disse que quando voltou para a casa depois de ter me levado para fazer o exame Amy ligou para ela e disse que o vestido estava pronto. E que quando ela foi buscar não resistiu e comprou as coisas que faltavam para a casa do Rick. Eu ainda não tinha visto tudo o que ela tinha comprado, ela disse que eu veria no sábado. Já que ela tinha combinado com Rick que íamos lá arrumar as coisas. Suspirei novamente e olhou em volta do meu quarto. A maioria das minhas coisas estavam em caixas. A únicas coisas que faltavam eram meus livros e minhas fotos.

— Querida? Posso entrar? – minha mãe perguntou abrindo a porta o bastante para colocar a cabeça para dentro do quarto.

— Pode. – disse olhando para ela.

— Vim ver se você precisa de ajuda. – ela disse olhando para minhas coisas.

— Não. Vou guarda o vestido e dormi. Estou cansada. – falei olhando para ela.

— Tudo bem. – ela disse olhando para minha cama. – Como você está? De verdade.

— Estou bem. Acho que a ficha ainda não caiu. Tudo está acontecendo tão rápido que não tive tempo de associar tudo o que está acontecendo. – Disse pegando o vestido e o levando até o guarda-roupas. – Me faça a mesma pergunta daqui a duas semanas.

— Vou fazer. Bons sonhos, querida. – minha mãe disse saindo do quarto.

Minha mãe saiu do quarto me deixando sozinha. Suspirei e me deitei na cama. Não estava realmente com sono, mas estava cansada. Não demorei muito para dormi.

Os dias começaram a correr. Quando eu vi, já estava com minha mãe na casa do Rick arrumando minhas coisas. Rick tinha que trabalhar, por isso tinha me dado a cópia da chave que tinha feito para mim. Quando ele disse aquilo quase cair para trás, nunca pensei que ele fosse me dá uma cópia antes de ir morar com ele. As meninas tinham vindo com a gente e estavam nos ajudando. Carla tinha andado pela casa toda vendo todos os detalhes. A casa de Rick não era muito diferente da minha, mas masculina, mas não diferente.

— Vamos começar com as roupas. – minha mãe disse subindo as escadas com duas caixas nas mãos.

As meninas a seguiram, assim como eu. Eu estava com a estava com a menor caixa, segundo elas não podia pegar coisas pesas nem fazer esforços. Não que levar algumas caixas com roupa seria uma coisa fora do normal.

— O lado direito. – falei quando entre no quarto e as meninas estavam discutindo para ver em que lado colocariam as minhas coisas. – O esquerdo é do Rick.

— Que bonitinho. Ela já sabe o lado que ele gosta. – Mika disse indo para o guarda-roupas.

 - Isso não é uma coisa difícil de se descobri. Apenas abri o guarda-roupa. – falei indo até elas.

Na verdade eu sabia disso por que Rick tinha me dito ontem quando falávamos no telefone. Ele disse que isso era uma das coisas que eu tinha que saber. Enquanto ajudava elas a guarda minhas coisas, pensava nessa última semana. Rick e eu saímos algumas vezes. Na verdade apenas fomos ao parque andar a e conversar. Ele me disse que tinha ligado para os pais e tinha falado sobre a gravidez e o casamento. Ele disse que quando falou minha idade a mãe dele quase desliga o telefone para pegar o primeiro avião para cá, mas seu irmão conseguiu acalmar ela. Disse também que eles viriam um dia antes do casamento para me conhecer. Na escola as coisas estavam tensas. Apenas as meninas falavam comigo. O resto se afastavam de mim quando eu chegava perto. Como se eu tivesse uma doença contagiosa.

— Podemos ver as coisas de Rick? – Carla perguntou.

— Não. – falei guardando minhas calças. – Que coisa feia a se fazer.

— Com ciúmes das coisas dele?

— Não. Apenas não acho certo mexemos nas coisas dele sem ele está aqui. E a gente veio para guarda minhas coisas. Não ver as do Rick. – disse olhando para ela. – Por que não vai pegar as caixas com livros?

— Está pesada. – ela gemeu fazendo bico.

— Foi você mesma que disse que eu não posso pegar peso. – falei sorrindo.

— Chata. Aproveita só por que está gravida.

Rir enquanto Carla saia do quarto. Passamos o resto do dia nisso. Entre pegar caixas, guardas coisas, brincadeiras e risadas. Minha mãe e eu guardamos as coisas que ela tinha comprado. Já que eu ainda não tinha visto e estava curiosa. Já estávamos terminando de arrumar a bagunça que tínhamos feito com as caixas quando Rick chegou. Ele estava com uma aparência cansada, mas mesmo assim deu um sorriso para a gente.

— Boa noite, meninas. – ele disse encostando a porta.

— Boa noite. – respondemos terminando de descer as escadas.

— Eu também sou uma menina? – minha mãe perguntou fazendo a gente rir.

— Mas é claro.  – Rick disse colocando as mãos na cintura. – Já comeram?

— Ainda não. Vamos terminar de arrumar a bagunça que fizemos. – falei passando por ele.

— Você não pode ficar sem comer. – ele disse quando abri a porta.

— E não fiquei. Você perguntou se jantamos e a resposta é não. Eu passei a tarde comendo. Se continuar assim vou explodir. – parei e olhei para ele. – Acho que nunca comi tanto na minha vida. Isso sem falar em como bebi água hoje.

— Você não comeu nem a metade do que eu comi quando estava gravida de você.

— Mãe, não me deixe com medo. Posso passar a comer mais do que já estou comendo. – falei saindo com as caixas. 

Terminamos de arrumar as coisas e fomos embora. Rick queria que jantássemos com ele, mas minha mãe disse que já tínhamos combinado com meu pai. Durante o caminho, as meninas iam falando sobre os vestidos que usariam no casamento e eu estava apenas olhando para a rua.

— Por que você e o Rick não se beijaram. – Carla perguntou do nada.

— O que?

— Vocês não se beijaram. Ele chegou, vocês conversaram, mas não teve beijo. – ela disse colocando a cabeça entre os bancos.

— O perfume dele me enjoa. – falei dando de ombros. – Sempre que ele está de perfume não chego perto dele, ou acabo vomitando no banheiro.

— É assim tão ruim? – Ester perguntou.

— Não. Eu gostava bastante dele antes de engravidar, mas depois que engravidei, não o suporto. – não estava mentindo.  O perfume de Rick me enjoava mesmo e antes não fazia isso. Apesar que não tínhamos tanto contado sempre que ele ia lá em casa eu sentia. E simplesmente o amava. Mas agora só de pensar nele meu estomago embrulhava.

— E como você faz quando vocês saem? – Mika perguntou.

— Ele passa em casa e toma banho. – dei de ombros novamente. – E quando vamos para a casa dele, eu tento respirar o menos possível. Até ele tomar banho.

— Que chato. Não pode nem dá um beijo bem dado nele. – minha mãe disse fazendo com que olhássemos para ela. – O que foi? Posso der velha e casada, mas Rick é um pedaço de mal caminho. Por que acham que estou tão animada com o casamento? Sempre vou poder ver ele, não apenas quando ele vai lá em casa, mas sempre que quiser, basta dizer que estou com saudade de Ally e ir para a casa deles.

— Agora eu fiquei com medo. – falei olhando para a frente.

— Medo do que?

— Medo de que minha mãe roube meu marido. – disse fazendo minha mãe rir. – É sério. Sei que Rick é lindo e que tem várias mulheres atrás dele, mas não sabia que minha mãe era uma delas.

— Não conte isso para seu pai. – ela disse piscando para mim. – Ele também não sabe.

— E nem vai saber. – disse séria. – O que vamos ter para jantar hoje?

— O de sempre. Não tive tempo para fazer nada novo. – minha mãe disse estacionando na garagem.

— Certo.

Descemos do carro e fomos para dentro de casa conversando. Assim que abri a porta vi meu pai e Shane conversando.

— Boa noite. – falei entrando com as meninas.

— Boa noite. – Shane respondeu enquanto meu pai fingia que não tinha escutado. – Como vai, Ally?

— Ótima. E você?

— Bem. Eu fiquei sabendo sobre o bebê. Parabéns. – ele disse de costas para meu pai e não pode ver a cara que ele tinha feito.

— Obrigada. Eu vou trocar de roupa. – disse saindo da sala o mais rápido que pude.

As meninas me seguiram. Assim que chegamos no meu quarto elas olharam para mim preocupadas.

 - Será que ele não se tocou que meu pai não está nem um pouco feliz com a gravidez? – perguntei para elas. – Eu tenho quinze anos e estou gravida e ele me dá os parabéns na frente do meu pai que está odiando a notícia que será avô. – passei a mão pelo cabelo nervosamente.

— Acho que ele pensou que seu pai já superou isso. – Mika disse se sentando na minha cama.

— Qualquer um ver que meu pai não superou e não vai superar tão cedo. – falei me sentando ao lado dela. – Não sei nem se ele vai trata o bebê bem quando ele nascer. Acho que não vai nem olhar para ele.

— Não pense isso. Ele vai amolecer quando ver o bebê. – Carla disse me abraçando. – Assim que ele ver aquela coisinha que vai sair de dentro de você, vai se apaixonar.

— É. Você deve estar certa. – falei mordendo os lábios. – Eu vou tomar um banho rápido.

Me levantei, peguei uma roupa qualquer e fui para o banheiro. Tomei um banho rápido e assim que sair minha mãe veio avisar que o jantar estava pronto. Comemos em silêncio. As meninas foram embora logo depois que jantamos e eu fui para meu quarto.

Os dias foram se passando e com isso as provas iam chegando, assim como meu casamento. Na sexta antes do casamento, as meninas dormiriam aqui em casa. Minha mãe que tinha dado a ideia. Ela disse que essa seria a última festa do pijama que eu ai poder dá. Durante essa semana descobri que os pais de Clarisse tinham mando ela para passar uns dias com um tio fora da cidade por ter contado sobre minha gravidez para a Camilie e que ia voltar apenas nas semanas das provas. Eu agradecia por isso, não sabia se estava pronta para conversar com ela e com tudo o que está acontecendo comigo, ficava difícil saber o que pensar.

Eu estava no meu quarto terminando meu deve de cálculos enquanto esperava as meninas. Minha mãe tinha saído para comprar refrigerante e meu pai estava lendo na sala. Não quis focar lá com ele. Ele ainda não olhava para mim. Eu estava nervosa. A família dele ia chegar amanhã e eu não sabia o que pensar. Eles provavelmente vão me odiar.

— As meninas chegaram. – meu pai disse parado na porta do meu quarto.

— Estou indo. Obrigada. – disse formalmente.

Arrumei meus materiais rapidamente e desci. Meu pai estava conversando com as meninas. Assim que meu viu Carla gritou.

— Ally. – ela correu até mim com uma sacola na mão. – Eu e as meninas vamos fazer um chá de cozinha para você.

— O que? Como? Por que?

— Um chá de cozinha. Te dando presente. E porque você vai casar. – ela disse animada. – Chamamos nossas mães, mas elas não quiseram vim. A minha mandou o presente dela. Ela até queria vim, mas um paciente passou mal ou morreu e ela teve que ir para o hospital.

— Certo. – disse confusa. – Vamos para meu quarto?

— Claro.

Subimos as escadas e esperamos minha mãe chegar. Para minha surpresa quando minha mãe entrou no meu quarto com algumas amigas delas. Eu pensei que seriam apenas as meninas. Mas parecia que minha mãe tinha outros planos.

— Querida, vamos começar logo com o chá de panela. – minha mãe disse animada. – Assim vocês podem curti à vontade.

— Claro. – disse me sentando na minha cadeira. – Como vai ser?             

— Vamos vendar você e você vai tentar adivinhar o que é e quem mandou. Se erra tem que pagar um mico, e se acetar a pessoa que te deu tem que paga no seu lugar. – Minha mãe explicou animada.

Concordei com a cabeça e começamos. Ali descobri como isso era difícil fazer aquilo. Não era muito complicado adivinhar o que era, mas quem deu, era quase impossível. Acertei apenas três, quando finalmente acabamos eu estava toda pintada e quase sem roupa e ainda tive que tirar uma foto daquele jeito para guarda como recordação. Minha mãe tinha preparado um lanche para a gente e enquanto elas foram comer eu fui tomar banho. Estava terminando de pentear o cabelo quando o telefone tocou. Como meus pais estavam em casa, não e preocupei em atender, terminei o que estava fazendo.

— Querida, Rick está no telefone. – minha mãe disse entrando no meu quarto e se sentando na minha cama.

— Alô? – falei pegando o telefone.

— Oi, Ally. Tudo bem?

— Sim. O que foi?

— Eu apenas liguei para avisar que meus pais chegaram e confirma como você sobre amanhã.

— Está confirmado. Você vai passar aqui as oitos para me pegar, certo? – perguntei olhando para minha mãe que me olhando.

— Certo. Até amanhã e se cuida.

— Pode deixar. Até. – falei desligando o telefone.

— O que ele queria? – minha mãe perguntou curiosa.

— Apenas me avisar que os pais dele chegaram e confirmar a hora que vai vim me buscar. – falei me sentando ao lado dela. – Estou com medo do encontro de amanhã.

— Por que?

— Como por que? Ele é mais velho do que eu. Já é um homem feito. O que os pais dele vão pensar em saber que ele vai se casar com uma colegial que está gravida? Eles vão pensar a mesma coisa que todos estão pensando. Que Rick está se casando comigo por causo do papai. Ele é amigo o papai e trabalha com ele. Tem tudo para ficar no lugar do papai quando ele se aposentar e que se casando comigo garante isso de uma vez por todas.

— Quem te disse isso? – minha mãe perguntou ficando séria.

— Ninguém precisa me dizer, mãe. Até por que são poucas pessoas que sabem que é meu noivo, mas é isso que vão pensar. Sabe como essas pessoas não aceita nada que consideram diferente e se meu próprio pai está pensando isso, por que os outros não vão pensar?

— Querida, seu pai não está pensando isso. – minha mãe passou a mão no meu rosto.

— Não é o que parece. Estou cansada, pode dize para as meninas que sinto muito, mas vou dormi? Estou morrendo de sono. Deve ser por causa da gravidez. – disse bocejando enquanto coçava os olhos.

— Claro, querida. – minha mãe me deu um beijo na testa e saiu do meu quarto. Dormi assim que fechei os olhos.

 


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