Sekai no Sozokujin: Herdeiros de um mundo -revisão escrita por SabstoHoku, FrancieleUchihaHyuuga


Capítulo 28
O silêncio. -Parte 2.


Notas iniciais do capítulo

PESSOAAAALLLLLL
Vocês não sabem o trabalho que esse capítulo deu, sério.
Estamos escrevendo ele desde dia 29, e só fomos terminar hoje. Foi uma luta pra conseguir terminar decentemente esse capítulo.
Mas, enfim, ele está aqui! (AAAALELUIAAAA) E esperamos que gostem.
Nos desculpem pela demora, sério. Não era para ser assim, mas não precisam ficar preocupados - Nós não desistiremos da história.
E obrigada à todos que permaneceram aqui, mesmo com todo o atraso. Vocês são de ouro ♥
Beijão ♥
Aliás, a fic tá de cara novaaaa ♥



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—Chegamos...-Hokuto declara, ofegante, apoiando as mãos nos joelhos em busca do precioso ar que parecia faltar em seus pulmões. 

—A onde? -Hitomi questiona, fazendo uma rápida análise do lugar, em busca de algo que parecesse suspeito. Tudo parecia comum: Uma enorme pedra encontrava-se cravada na montanha que ocupava o lado esquerdo deles, coberta de algumas folhas e um pouco de musgo. As árvores eram altas, próximas uma à outra e cheias, sendo assim pouca luz do sol conseguia penetrar dentre as folhas, criando um ambiente consideravelmente escuro; Era possível ouvir também alguns insetos voando por ali, o que incomodou a jovem Uchiha. Não que tivesse medo de insetos (Uchihas não tem medo de nada!), porém eram animais que preferia manter longe de si. 

—No esconderijo... -A Uzumaki ajeitou a própria postura, mirando seu olhar na pedra.-Ali atrás. Não sei o quê exatamente tem através disso, e nem tenho certeza de que é realmente o esconderijo, mas temos que tentar. Também é possível sentir...hã... 

—Chakra? -Shikadai levantou uma das sobrancelhas, dando a resposta mais óbvia possível. 

—É...Chakra, claro... -Deu uma risada nervosa, e então olhou rapidamente para Boruto. -Precisamos destruí-la. Só não sei como, 'ttebane. 

Hitomi deu alguns passos em direção à rocha, e passou a encará-la de cima à baixo, buscando um meio de movê-la dali. Concluiu rapidamente que a opção não era viável e, portanto, teria de seguir o que fora dito por Hokuto. O único problema, porém, era arranjar meios para destruir aquilo. 

Verificou se suas reservas de chakra haviam sida recuperadas, nem que fosse o mínimo. Assim que recebeu uma resposta positiva, ativou seu Byakuringan. O que viu através da pedra foram apenas corredores vazios, o que claramente denunciava a presença de um esconderijo ali, mas não havia sinal algum do chakra mencionado pela amiga. 

 

"Mas então o quê ela..." 

—Hitomi? -Boruto chamou repentinamente, antes mesmo que a morena pudesse completar seu pensamento. 

—Hn? 

—Já sabe o que fazer? Como vamos destruir isso,’ttebane? 

—Eu sou a líder, por acaso? 

—E não é? Quem nos carregou pra cá? -A Uchiha cruzou os braços. Um dia diria a Boruto o quanto odiava quando ele estava certo. 

—Você tem seu Rasengan. -Declarou, lembrando-se do Exame Chunnin. 

—Não vai ser o suficiente,’ttebane.-Disse o loiro, em tom baixo o suficiente para que apenas eles pudessem ouvir, fazendo Hitomi rir por dentro. -Mas você tem o seu Chidori. 

—Também não vai ser suficiente...-Suspirou e encarou os olhos azuis do menino,que agora pareciam pensativos.

"Os olhos da Hokuto são iguaizinhos..." pensou subitamente, e então uma ideia destrinchou em sua cabeça. Como não havia pensado naquilo antes?

—Isso! Hokuto! -Murmurou, vendo Boruto parecer ficar confuso. Tinha se esquecido de que, quando a luta com Haniro aconteceu, o menino estava dormindo. -Hoku, precisamos da sua força emprestada! -Exclamou, sorrindo.

 

—Eu...Eu não tenho certeza se... -A menina gaguejou, aparentemente surpresa, como se estivesse com medo de algo. - Não acho que eu consiga fazer isso, Hitomi…

—Pode parar por aí! -A morena olhou para amiga. -Claro que você consegue, você consegue muita coisa!

 

—Bom... -Hitomi viu a amiga começar a bater os dedos, como era de costume quando estava nervosa ou indecisa. 

—Vai Hoku! Precisamos de você!

—Himi, você sabe que eu não…

Hitomi suspirou, perdendo a paciência. Não era sempre que Hokuto ficava tão na defensiva, e embora fosse estranho, a Uchiha não tinha paciência para aturar aquilo, ao menos não naquele momento.

 

—Não vem me dizer que não consegue, porque consegue sim! Foi você que deixou Haniro inconsciente e devastou a arena, foi você que derrotou Boruto, foi você que quase me derrotou numa luta, foi você que nos fez conseguir pegar os sinos no primeiro teste de Konohamaru-sensei. Você é muitas coisas e tem muitas habilidades, Hokuto, mas por algum motivo tem mania de se rebaixar. Não sei porquê diabos não gosta de mostrar o seu próprio potencial. Pelo amor de Rikudou, Uzumaki, meu pai fala HORAS de você e o quanto seu progresso é rápido! Você acha que não sei que aprendeu até mesmo invocação? -Hitomi viu a menina respirar fundo, fechando os olhos. - Independente de tudo, Hokuto, você é forte. Forte em tudo, mas não se reconhece. Você se dá demais aos outros, cede mais fácil que os demais, pensa em todos, mas não… Em você.

A rosada andou até a pedra, ainda de olhos fechados. Boruto encarava Hitomi, incrédulo. 

—E você, trate de ficar calado. Mesmo sendo exibido, faz a mesma coisa, mas de forma menor. Você é assim também, Boruto. Tem habilidades mas não as utiliza. Mas ao contrário dela, você quer ser reconhecido, quer sair das sombras. Não é como se precisasse ajudar todo mundo. 

 

—"Sair das sombras". -Ouviu Hokuto murmurar, e olhou para ela, preocupada. Podia ver que a menina lacrimejava, e fazia uma expressão incerta. -"Das sombras" - repetiu, e então socou a pedra, sem parecer fazer o menor esforço. A rocha estalou durante alguns segundos e então, como num passe de mágica, ruiu, quebrando-se em pedaços, que foram ao chão com um estrondo. Hokuto ainda estava parada no mesmo lugar, com um dos punhos localizados a onde antes estava a rocha. Hitomi encarou as costas da menina, os cabelos movendo-se com a leve brisa, o símbolo do clã Yamanaka destacando-se. A Uchiha esquecera-se de que a rosada ainda não devolvera o casaco de Inojin, que fora emprestado ainda naquela manhã. A visão, porém, não causou estranhamento. Parecia combinar, de certa forma. Bem, não era como se aquilo importasse naquele momento.

—Ho...

—Entrem, dattebane. -Ordenou, virando-se para os amigos. Os olhos azuis estavam abertos e brilhando, porém ainda haviam lágrimas escorrendo por suas bochechas, formando uma expressão indecifrável. As palavras sumiram da boca de Hitomi, que dirigiu o olhar à Boruto. O menino, por sua vez, encarava a irmã boquiaberto, assim como todos. Apenas Inojin teve coragem de caminhar até o lado da Uzumaki, segurando em sua mão. A força monstruosa demonstrada não parecia tê-lo apavorado.A menina pareceu assustar-se com o ato, mas logo deu à ele o sorriso mais gentil que tinha, sem se afastar.

—Vamos. -Disse o Yamanaka, começando a caminhar, juntamente com a rosada, para dentro de um dos corredores que Hitomi havia visto antes

Os corredores eram escuros e tinham algumas tochas para iluminar o trajeto.Alguns morcegos assustavam o grupo vez ou outra. Hitomi não sabia se estava com medo do lugar ou do que poderia encontrar ali dentro. Talvez das duas coisas 

Andaram alguns metros, guiados apenas pelo instinto. O ar rarefeito fazia com que respirassem com certa dificuldade, e a escuridão os intrigava, ao mesmo tempo que instigava; não sabiam onde estavam se metendo. Ao olhar para trás, a Uchiha percebeu que já não era mais possível ver a saída/entrada improvisada, e tinha dúvidas quanto ao caminho de volta.

Então, chegaram a um lugar diferente. Haviam três entradas, uma ao lado da outra, que poderiam levar todos ao mesmo lugar ou a lugares totalmente estranhos, esta última sendo a opcão mais provável. Se separar não era uma possibilidade, já que seria difícil para o grupo juntar-se novamente.

—Agora, para onde? -ChouChou questionou, sua voz sendo ampliada pelo eco do local.

—Hitomi. -Hokuto chamou, e a morena virou-se. -Sabe o que fazer,’ttebane.

A mais velha assentiu, preparando-se.

—Byakuringan! -Proferiu. Analisou rapidamente os três corredores; Dois deles pareciam totalmente vazios, isentos de qualquer sinal de vida ou ameaça aparente. Já no terceiro, à esquerda, era possível discernir alguns sinais de chakra, embora estivessem muito longe para que Hitomi, mesmo com seu alcance aumentado, conseguisse visualizar perfeitamente de onde vinham. Informou aos colegas o que via.

—Então nós vamos por um dos outros dois, não é? -Chouchou perguntou, esperançosa.

—Claro que não. Vamos pelo que tem sinais de Chakra. Estamos procurando ninjas, alguns até mesmo de elite, seria natural detectarmos ou vermos algum chakra. Podem ser eles. -Mas podem ser inimigos também, Shika. -Boruto falou, pela primeira vez desde o começo daquela caminhada.

—Não vamos saber sem tentar, pessoal. Sequer sabemos se esse é o lugar certo, e vamos ter sorte até demais se realmente for. -Hitomi disse, ainda com seu Byakuringan ativado. Estava começando a ficar extremamente preocupada; Independente do que fossem, e de onde viessem os sinais de chakra, seus receptáculos não se mexiam, e isso era preocupante. Se fossem realmente pessoas, estavam à beira da morte.

—Para a esquerda, então?

—Sim. -Afirmou, entrando no corredor, juntamente aos colegas.

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O corredor escolhido estava mais para uma ladeira.

Tudo corria normalmente, ou tão normal quanto se podia ser a caminhada rumo ao desconhecido num corredor escuro. A quantidade de tochas parecia diminuir durante o corredor, tornando aquele um lugar ainda mais assustador. Os desenhos gravados nas paredes, cujos mais pareciam o símbolo de algum clã, reforçavam o ar bizarro, que parecia pesar cada vez mais nos jovens. Talvez aquele lugar tivesse sido abrigo para um grupo de pessoas, durante a Quarta Guerra Ninja, ou até mesmo antes disso; Ou talvez, fosse fruto de algum clã que vivia no subterrâneo. Quem sabe fosse apenas um esconderijo normal? De qualquer forma, era impossível de saber. A partir de certo trecho, o chão pareceu ficar mais escorregadio, e a inclinação logo foi sentida. Hokuto e Inojin, que estavam à frente do grupo, viraram-se para alertar os outros, para que não caíssem ou algum outro acidente acontecesse. Não que o alerta fosse realmente necessário; Todos ali estavam em nível Chunnin, embora apenas quatro tivessem o título; Porém, pareceu mais seguro alertar.

 

O corredor foi ficando cada vez mais estreito, e o teto foi ficando mais alto ao passo que o “túnel” ia mais para baixo, dando a impressão que o mesmo havia sido cavado depois do restante do esconderijo. A tensão crescia dentro de Hitomi, sufocando-a aos poucos, e se tornou ainda mais problemática quando, em certo ponto, as tochas extinguiram-se de vez. Agora, estavam em completa escuridão.

 

A Uchiha ativou seu kekkei genkai no exato instante em que a chama da última tocha tornou-se distante demais para iluminar onde estavam, e passou a dizer ao grupo para onde ir. O caminho continuava, sempre em frente, e estranhamente sem armadilhas e emboscadas. Era suspeito demais, bizarro demais. Aquele lugar tinha um clima estranho, e parecia transmitir uma mensagem: “saiam”.

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Estava tudo calmo, calmo até demais. Konohamaru olhou as crianças que estavam vindo logo atrás, alguma coisa estava errado e ele ia descobrir o que estava acontecendo. Não deveriam estar tão quietos, principalmente em uma situação como aquela, certo? Se bem conhecia seu próprio Time, Boruto estaria com seu lado hiperativo ligado ao 220, tagarelando sobre como aquilo era errado; Hokuto provavelmente estaria batendo no irmão, e pedindo à ele para parar com tanta exibição, e Hitomi colocaria seus fones de ouvidos e fecharia a cara, tão quieta quanto uma alma (porém, mais sombria). Entretanto, as crianças não faziam nada disso. Hokuto não parecia ter motivos para brigar com Boruto, pois ele andava tranquilamente, com uma expressão de poucos amigos. Hitomi também estava quieta, porém sem os fones, e analisava a vila com suas orbes ônix.

 

Estranho…”

 

O grupo estavam caminhando em direção ao portão da Vila do Algodão, e os senseis sentiam que havia algo errado desde a saída do hotel. As crianças não haviam gritado, ou protestado. Apenas haviam ficado quietos, praticamente mudos, agindo de forma diferente da habitual. Em um primeiro momento, o Sarutobi achara que tal comportamento tinha sido resultado da decisão tomada, mas, com o tempo, começou a perceber que não. Além disso,era um Jounin.Conseguia reconhecer algo como aquilo a quilômetros. Realmente havia algo muito errado com aquelas crianças.

 

Esperou até chegarem ao portão, conversando durante o trajeto silenciosamente com Moegi , que pareceu compreender bem sua ideia, e logo passou-a para Toshiko (que, aquela altura, parecia estar bem melhor do que quando fora encontrada), já que a menina apresentava-se como parte integrante fundamental do plano. Ela pareceu concordar. Afinal, professores ou não, todos ali eram ninjas de Elite. E não era preciso muito para reconhecer algo como aquela farsa.

 

—Sei que é difícil, mas vocês precisam entender que é assim. -Comentou Konohamaru, detendo-se na saída principal da vila e virando-se para os mais novos. -Sabem que não estamos fazendo por mal, não é?

 

Todos ficaram em silêncio. Apenas Hitomi comentou um leve “Hm”. Fora isso, silêncio.

 

—Não precisam ficar zangados. Sabem que é necessário. Podem desabafar, se quiserem. -Continuou. Mais uma vez, nenhuma resposta. -Tenho certeza de que o Nanadaime não vai ficar zangado. -Aquela era a gota d'água, e teste final. Sabia que, se aquele era o verdadeiro Boruto, daria um show à mínima menção do pai. Desde o aniversário, seu relacionamento com Naruto piorara drasticamente, e apenas a citação dos gostos e desgostos do Hokage seriam o suficientes para fazer o ego do garoto inchar.

 

Mas ele não fez nada. Nem pareceu se importar. Desviou o olhar para o sensei, o rosto pouco expressivo, e continuou calado. Konohamaru levantou uma das sobrancelhas e lançou um olhar para Toshiko, que rapidamente entendeu o recado. Ativou seu Sharingan sem alarde, e analisou rapidamente os jovens à sua frente.

 

—A mesma quantidade de chakra. -Comentou, em tom baixo. -Em todos os seis. Seria coincidência demais, não?

 

—Clones das sombras. -Esclareceu Moegi.

 

—E transformação. -Continuou Konohamaru, já perdendo um pouco da sanidade que lhe restava. -As tormentas de Konoha. Boruto e Hokuto vivem usando essas técnicas combinadas. Acho que, ironicamente, o destino dividiu entre os dois duas das técnicas principais de Naruto.  

 

—Bem… Não seria justo colocar tudo num filho só, não é mesmo? -Toshiko riu, e foi encarada pelos dois ninjas mais velhos. Desviou os olhos rapidamente, desfazendo seu sorriso. O Sarutobi suspirou. A postura mais séria normalmente utilizada pela menina às vezes o fazia esquecer de sua verdadeira idade. Era apenas mais uma adolescente de dezessete anos, afinal.

 

—Muito bem. Onde é que os originais estão? -Questionou, dessa vez em um tom mais alto, para que os clones também pudessem ouvir.

 

—Que originais? -Chouchou levantou a mão. -Somos nós, Sensei.

 

—Sei que não são. -Insistiu. Boruto levantou uma das sobrancelhas e cruzou os braços, parecendo insatisfeito.

 

—Então quem nós somos? -Perguntou o loiro em um tom desafiador, bem típico dele. Não era à toa, claro. Agora que suspeitavam ser descobertos, os clones tentariam agir o mais correspondentes possíveis aos seus originais. Boruto, é claro, estava sendo perfeitamente imitado, já que os clones eram de Hokuto, e a menina era extremamente próxima dele.

 

O Sarutobi ouviu um barulho de estalo, ou um som parecido. Poderia ser alguma das crianças tentando distraí-lo, algum sinal ou apenas mais um tique pertencente à alguém. Seguiu a direção do som com o olhar e, rapidamente, descobriu tratar-se da mão de Hitomi, que subitamente chocara-se com a testa da menina. Ela fazia uma expressão indignada, talvez até mesmo um pouco desesperada, o que seria estranho caso aquela fosse a original. Normalmente, a Uchiha seguia as normas de “comportamento” do pai, o que a fazia ser bem menos expressiva. -Tudo bem, sem papo furado. Queremos saber onde eles estão. Deixarei todas as broncas para os verdadeiros. Sem chateação, nos digam, ou melhor, nos levem até lá. -O tom grave de Konohamaru ( seu “tom-de-dar-bronca-nos-pirralhos-e-tentar-colocar-juízo-na-cabeça-oca-deles”, que talvez tenha sido treinado tenha sido treinado por horas à fio para chegar àquele nível) pareceu intimidar pouco. As crianças se olharam, fingindo-se de confusas.

 

—Sensei, te deram alguma coisa? Não andou tomando saquê demais de novo, andou? Quer dizer, Moegi-sensei nos contou de uma vez... -Shikadai começou a contar uma história (extremamente constrangedora por sinal, que envolvia Naruto, Sasuke, Konohamaru ,Sai, alguns litros de saquê, e, em algum momento, um time formado por um avestruz, um pato e uma morsa, todos ninjas, falantes, portadores de kunais e extremamente habilidosos ), levantando a mão como se estivesse respondendo uma questão numa das aulas que costumava ter na Academia. Konohamaru lançou um olhar à Moegi e Toshiko. Moegi olhava para os lados, uma expressão inocente cobrindo sua face, enquanto Toshiko se esforçava para não rir. Qualquer dia desses, o Sarutobi perguntaria à amiga como diabos ela sabia dessa história com tantos detalhes, já que nem sequer ele se lembrava bem. -...e você acabou desmaiado na cabeça do Primeiro Hokage, no monte Hokage, depois de dançar valsa em trio com o Nanadaime e a morsa ninja.

 

O Sarutobi sentiu as bochechas ardendo, e odiou saber que estava corado. Naquele instante, desejou usar uma máscara como a de Kakashi; Simplesmente não sabia o que fazer. Enfiava sua cabeça num buraco (o que não seria uma atitude nada responsável para um adulto) ou matava Moegi por contar aquele tipo de coisa aos alunos? (Ele tinha essa opção?). Repentinamente, foi despertado pela risada de Hitomi e dos outros.

—Sensei, onde você achou uma morsa,dattebane? -Perguntou Hokuto em meio a uma gargalhada.

—E como você ficou bêbado com saquê? - Questionou a Uchiha - Você bebeu quanto? Três litros?

 

—Eu só me lembro até a quarta garrafa e… -Parou, subitamente percebendo a situação. -ISSO NÃO IMPORTA, KORE! QUEREMOS SABER ONDE ESTÃO OS NOSSOS ALUNOS!

—Estamos aqui. -Insistiram.

 

—Sabemos que são clones! -Ele sacou a Kunai, correndo até o clone de Boruto e colocando-a na garganta do menino. Não tinha medo de machucá-lo, já que tinha plena consciência de que aquele não era o real Boruto. Apertou mais a kunai, fazendo com que um filete de sangue começasse a escorrer. Hokuto emitiu um som engasgado, parecendo surpresa. Boruto soltou uma risada, como se achasse aquela situação engraçada.

 

—Shika, tenho certeza que o Konohamaru-sensei bebeu de novo. -Comentou.

—Pra onde eles foram?

—Não sabemos. -Mentiu o clone.

—Claro que sabem.

—Sério mesmo, a gente não sabe.

—Eh… Pessoal? -Hokuto chamou -Vocês também estão sentindo isso?

—Sentindo o quê? -Chouchou pareceu confusa. -Se for fome, sim.

 

—Não… Parece que… -Ela não teve tempo de falar, logo desaparecendo em uma nuvem de fumaça. Em seguida, Inojin também sumiu, e logo após Hitomi, Shikadai e ChouChou, sobrando apenas Boruto.

—Fui! -Falou, parecendo feliz, antes de desaparecer assim como seus colegas, deixando um Konohamaru decepcionado, preocupado, e pressionando a kunai contra o nada.

—Merda! -Xingou, e então virou-se para as kunoichi. -Tanta conversa pra nada.

—Se eles fugiram, devem ter ido atrás dos desaparecidos. -Toshiko já havia desativado seu Sharingan, mas ainda parecia concentrada.

—O problema é que não fazemos ideia de onde estão os desaparecidos. Não dá pra ter certeza de onde as crianças se meteram.

 

—E algum dia tivemos certeza de algo relacionado aos nossos alunos, Konohamaru? -Moegi franziu as sobrancelhas. -Vamos, acho que sei onde eles podem estar.

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—Esse corredor parece que não acaba nunca. -Resmungou ChouChou, já em seu décimo terceiro pacote de salgadinho sabor presunto (e olha que Hitomi só estava contando os que foram abertos desde a entrada na esconderijo).

 

—Deixa de ser dramática. A gente só está andando há uns dois minutos por aqui. Você que não está em boa forma. A culpa não é do corredor se você é gorda. -Inojin. Curto e grosso, lembrando mais do que nunca seu pai.

 

—EU TENHO OSSOS LARGOS, TUDO BEM? -Protestou a menina, furiosa.

 

—Inojin! -Hokuto bateu no ombro do amigo. -Não é legal falar esse tipo de coisa! Quantas vezes Moegi-sensei já te avisou que não é legal falar assim com a… Morsa ninja?!—O rosto da menina tinha ficado confuso de repente, no entanto a mudança só podia ser vista por Hitomi, graças ao seu Byakuringan. Para o restante do grupo, aquilo havia sido apenas mais uma brincadeira.

 

MORSA? JÁ TÁ EXAGERANDO, NÃO ACHA, NÃO? CHAMAR DE GORDA ATÉ QUE VAI, MAS MORSA É APELAÇÃO!!! -Hitomi, mesmo ciente da confusão feita pela Akimichi, não pôde deixar de rir. Boruto também ria, embora fizesse esforço (e falhasse) para não ser ouvido. Shikadai soltou um “problemático”, como era de costume, e Inojin sorriu como se tivesse ouvido algum tipo de elogio.

 

—Não… Não é isso, ChouChou, me desculpe! É que os clones perderam a estabilidade. Eles voltaram. Parece que os senseis nos descobriram.

—Mas já?!

 

—É. Temos que nos apressar. Acho que Moegi suspeita que viemos pra esse lugar,’ttebane.

A Uchiha suspirou, tentando acalmar-se. Não adiantaria se desesperar. Deviam continuar o caminho, como já faziam, porém com um pouco mais de velocidade.

—E o que a morsa ninja tem haver com isso? -Boruto questionou.

 

—Parece que o clone do Shikadai contou uma história meio maluca pra distrair os adultos… -Resumiu a rosada. Shikadai assoviou, impressionado.

 

—Nossa, as coisas chegaram nesse nível? Então eles realmente estavam preocupados. Moegi-sensei nos avisou para nunca contar essa história se o Konohamaru estivesse presente.

 

—Espera… Hoku, como o seu clone disfarçado de Shikadai sabia dessa história se Moegi contou só pro nosso time?

 

—Hã… Sei lá.

 

—EU SABIA! -Exclamou Hitomi, fazendo com que os colegas pulassem alguns centímetros devido ao susto. -Sabia que essas transformações que o Bolt faz tinham algum efeito colateral! Eu disse!!

 

—Quando você disse isso? -Perguntou Boruto, e a morena revirou os olhos.

 

—Na vez em que tivemos que pegar a gata. Eu tinha certeza que algum dia os clones da Hokuto iam revelar o segredo de alguém por causa das transformações do Boruto! -A Uchiha deu um pulo de comemoração, feliz por ter se provado certa, mesmo depois de tanto tempo. -Agora, Bolt, você me deve um pirulito!

—Pirulito? Não dá pra escolher um prêmio melhor,’ttebane?

 

—Pessoal, acho melhor vocês resolverem os prêmios e etc. depois, pode ser? -Hokuto disse num tom baixo, quase murmurando.

—Hã? Porquê? -Boruto parecia curioso.-A gente não está fazendo quase nada, mesmo,’ttebane.

—Por causa daquilo. -A menina apontou (talvez tivesse se esquecido que eles não conseguiam ver sua mão) para o fundo do túnel. Uma breve luz tinha presença lá, revelando-lhes uma nova sala. A tensão novamente tomou conta dos jovens à menina. Hitomi olhou, ainda fazendo uso de seus kekkei genkai, e pôde definir, sem dúvidas, que haviam pessoas ali, muitas pessoas. Chakras de cores e naturezas diferentes, fortes e fracos. Alguns tão fracos que pareciam poder se extinguir a qualquer instante. Hitomi não sabia se sorria ou se ficava preocupada, talvez fizesse os dois. Na melhor das hipóteses, tinham realmente achado os desaparecidos; na pior, toda aquela jornada não passava de uma armadilha direto para a morte.

—Bem… -A voz de Boruto falhou por um instante, criando um clima ainda mais tenso. O menino, sempre tão barulhento, nunca tinha falhas nas falas. Até mesmo Boruto sentia aquilo, mesmo sem ver o que Hitomi via. Aquela sensação ruim que fazia os corações baterem acelerados e os estômagos se remexerem. “Tem algo errado”. Era essa a mensagem. O loiro respirou fundo e abriu um sorriso destemido, mas onde ainda podiam se encontrar traços de medo e tensão. -Vamos!

O grupo apertou o passo. Não corriam, porém andavam em um ritmo consideravelmente mais acelerado que o de antes. Ansiosos, temerosos, curiosos, furiosos. Ninjas fortes, porém ainda crianças. Andaram em direção à luz como se fosse sua única salvação. Isso lembrou Hitomi das lendas contadas pelo povo sobre como era morrer. Infelizmente, aquela cena era quase igual. A única diferença era que, naquele caso, não havia a certeza da morte. Não havia certeza alguma.

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Hitomi foi a primeira a vê-los, por causa de seu Byakuringan, alguns metros antes da entrada. Por um momento, lamentou-se por ter seus kekkei genkais. Preferia não ter visto o que viu.

O cheiro foi a primeira pista. Apenas por ele, o grupo já sabia o quê estava por vir. No entanto, nenhum deles estava realmente preparado.

 

Logo chegaram na passagem, onde uma lâmpada fraca, quase se apagando, iluminava a entrada do enorme aposento. Andaram mais alguns passos, até que a sandália de um deles tocasse em fios de um longo cabelo que espalhava-se pelo chão. Ninguém queria seguir os fios com o olhar para descobrir de que couro cabeludo eles vinham, mas o fizeram mesmo assim.

 

E lá estavam eles. Prendendo a atenção e mantendo os jovens ninjas alheios ao restante. O cabelo castanho e longo vinha de um homem, cuja apenas a cabeça podia ser vista. Tinha traços jovens, talvez 20 ou 22 anos, usava a bandana da Vila do Algodão, e a face desconhecida tornava-o apenas mais um na pilha de corpos depositada no local. Apenas mais um morto. Hitomi começou a analisar os outros corpos, engolindo em seco. Alguns tinham mutilações em diferentes lugarem, mas ao invés de serem feridas feias e agressivas, eram cortes cuidadosamente feitos e limpos, o que indicava que não haviam sido feitos em batalha, e sim em algum tipo de procedimento cirúrgico. A maior parte parecia mais velho, provavelmente maiores de idade, mas também haviam adolescentes. Todos tinham em torno de 14 à 25. E todos eles estavam mortos.

 

Olhou para os amigos, chocada. Sentia algumas lágrimas encherem seus olhos, mas se negava a chorar. Era uma visão horrível, mas sem dúvidas não tinham pessoas o suficiente para serem todos os desaparecidos. Talvez os outros estivessem vivos. Tinha que ser otimista, ou enlouqueceria.

 

Então, pouco a pouco, os olhos de todos começaram a se desprender da pilha de corpos. Murmúrios começaram a serem ouvidos. Hitomi sentiu os pelos da nuca e dos braços se arrepiarem.

Não…”

Eles finalmente os viram. Pessoas. Muitas pessoas.

 

Não estavam num estado muito agradável. Dois Meses. Era o tempo máximo que algumas pessoas ali eram mantidas presas. Alguns estavam presos em uma grande cela retangular, que ocupava boa parte do lado esquerdo da sala. Estavam fracos e mal se mexiam. Murmuravam palavras incompreensíveis, fazendo Hitomi pensar que eles talvez estivessem delirando. Talvez tivessem dez ou vinte pessoas naquela cela. Hitomi soube instantaneamente que eram parte dos desaparecidos.

À direita, algumas camas hospitalares encontravam-se organizadas em fileira. Todas, sem exceção, estavam ocupadas. Pessoas deitadas, respirando fracamente, com tubos conectados à seus braços , mãos e às vezes pés. Tinham poucas reações, se mexiam poucas vezes. Não existia brilho, apenas vazio naqueles olhares. Era uma cena estranha, mórbida. O lugar tinha cheiro de morte.

Não havia mais ninguém lá além deles e dos prisioneiros. Era estranho, porém fazia com que se sentissem aliviados. Não seria nada bom uma batalha ali.

Chouchou foi a primeira a agir, correndo até a cela em silêncio e usando seu Jutsu de expansão parcial em sua mão para poder quebrar o cadeado que mantinha aquelas pessoas confinadas. Hitomi, mais uma vez, usou seu Byakuringan para vasculhar a área. Hokuto e Boruto foram até as pessoas nas camas, tirando os tubos e usando jutsu médico enquanto tentavam conversar com elas. Inojin desenhou alguns ratinhos em um pergaminho e depois usou sua técnica para fazê-los ganhar vida, para que ajudassem na investigação. Shikadai estava parado, talvez analisando a situação.

Quanto à pilha de corpos… Não havia nada que poderia ser feito.

 

—Viemos pra salvar vocês. -Dizia Chouchou aos prisioneiros, ajudando os que tinham dificuldade ou estavam fracos demais para andar. Os corpos magros fizeram Hitomi se perguntar de quanto em quanto tempo eles andavam se alimentando durante aqueles dois meses.

—Está tudo bem. -Ouvia Hokuto murmurar, de forma calma e gentil, passando para o “paciente” seguinte. Boruto fazia o mesmo; talvez andasse acompanhando a mãe e a irmã em alguns dos treinamentos de ninjutsu médico.

Alguns minutos se passaram. Hitomi vigiava a área, alerta para qualquer tipo de ameaça. Shikadai agora ajudava Chouchou, juntamente com Inojin. A maior parte das pessoas já estava de pé, porém continuavam sem expressão, como se estivessem confusas. Pareciam zumbis.

 

Finalmente, os ratinhos de tinta de Inojin voltaram. O menino estendeu um pergaminho em branco para que os desenhos pudessem passar informações do que haviam visto.

 

—Tem pessoas vindo para cá. -Anunciou ele. Seus colegas viraram a cabeça, atentos. -Dois grupos. De um lado, nossos senseis e Toshiko. Do outro, desconhecidos. Provavelmente inimigos.

—Inimigos saídos de onde? -Questionou Hitomi.

 

—Quem sabe? Você ainda se preocupa com isso? -Boruto respondeu.

—OK. Precisamos nos apressar. -Dessa vez, foi Hokuto quem falou. Os outros apenas assentiram, tentando apressar com cuidado os sequestrados.

 

Repentinamente, um estrondo foi ouvido, e o esconderijo tremeu. Alguns detritos desprenderam-se do teto.

 

—CRIANÇAS! -A voz de Konohamaru ecoou. Parecia estar longe, e sua voz calma demais denunciava que ainda não tinha encontrado o outro grupo. Hitomi usou seu kekkei genkai para olhar na direção de onde a voz parecia ter vindo. Ambos os grupos deveriam estar fora do alcance de seus olhos, já que não pôde ver nada.

 

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Eles tentavam ir mais rápido enquanto percorriam os corredores no caminho de volta à superfície, mas não conseguiam. Os ex-prisioneiros estavam fracos, e mal conseguiam andar em um ritmo normal, quanto mais correr. Além disso, Hokuto, Boruto, Shikadai e Chouchou traziam alguns dos mais debilitados, e o peso à mais lhes faziam ser mais lentos que seus companheiros.

 

Dessa vez, Hitomi ia na frente. Após alguns minutos de caminhada, conseguiu finalmente ver os chakras de Moegi, Toshiko e Konohamaru, assim como de seus adversários. Eles vinham de lados opostos, e o outro grupo andava bem mais rapidamente. Konohamaru talvez esperasse uma batalha, mas não estava atento o suficiente. Seriam emboscados.

 

A Uchiha olhou para trás, apreensiva. Não tinha como ir mais rápido, e não sabia se conseguiria participar de uma batalha e deixar as pessoas que os acompanhavam seguras.

Outro estrondo. Mais alguns detritos caindo. Agora, o grupo de Konohamaru já encontrara os inimigos. Não podiam mais se atrasar. Fez uma decisão rápida.

 

—Hokuto, nos tire daqui. -Disse, e viu a rodada entregar a pessoa que carregava à Inojin.

 

—Alguma dessas paredes dá para ao lado de fora?

 

—Não. -Respondeu prontamente. -Mas a da esquerda dá para outro corredor, que tem um atalho até onde os nossos possíveis inimigos estão.

 

—Inimigos? Tá louca? Você quer dar de frente com inimigos a essa altura?

 

—Konohamaru-sensei, Moegi-sensei e Toshiko estão com eles. Está acontecendo uma batalha.

 

—Você quer entrar no meio de uma batalha com vários sequestrados em péssimo estado físico e sem a mínima condição de se defender??

—Você quer que a gente morra soterrado aqui?

—E pra não morrermos soterrados você me manda destruir uma parede?!

—Destroi logo a porra da parede, Uzumaki!

A rosada parecia enfurecida. Bateu o pé no chão, contrariada, e se virou para a parede esquerda. Ajeitou as luvas e socou a estrutura. Um buraco foi aberto, e eles não perderam tempo. Passaram pela abertura com pouco cuidado.

—Quem conseguir correr, corra. -Disse, apertando o passo e marchando rumo à batalha. Os outros a acompanharam como podiam.

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Quando chegaram, a batalha já estava no fim.

Alguns ninjas jaziam no chão, e Hiromi não sabia dizer se estavam mortos ou apenas gravemente feridos. Na verdade, não chegou a se importar muito.

Konohamaru, Moegi e Toshiko tinham a situação aparentemente sob controle. Haviam sobrado seis ou sete de um total de treze. Seria fácil, rápido, se não fosse pelo que aconteceu em seguida.

Assim que chegaram, foram atacados por uma mulher. A primeira que os tinha visto. Hitomi partiu para cima dela, e logo mais dois vieram. Os três restantes travavam lutas contra os mais velhos. Hokuto encarregou-se de um dos inimigos, e Shikadai já estava prestes a deixar o garoto que carregava no chão para se responsabilizar pelo terceiro quando um dos ex-prisioneiros, um garoto corajoso não muito mais velho que eles, saiu da multidão para combatê-lo. Devia ter sido um dos últimos capturados, já que parecia um pouco mais saudável que os outros, e parecia ainda ter alguma energia. Mas a Uchiha via que ele não tinha, e aquele provavelmente seria um ato em vão. Caso recebesse um golpe, seu corpo possivelmente não aguentaria. Ele foi aceleradamente para cima do homem, quase meio metro mais alto que ele próprio, sem parecer temer. O inimigo sacou uma kunai, esperando pelo ataque. Então, uma sequência de acontecimentos decidiram o final daquilo. Hokuto jogou seu adversário contra uma parede com seu Rasengan, e só então percebeu o garoto correndo em direção ao terceiro inimigo. Gritou um forte “Não!”, mas já era tarde demais. Ele não podia parar. Ela correu, tentando chegar a tempo, mas não seria possível. Viu com assombro o garoto finalmente alcançar o homem, e, sem conseguir desviar, receber um corte certeiro na garganta. Sangue jorrou de seu pescoço. Não tinha como salva-lo. Ele estaria morto dentro de alguns minutos, e eles não tinham esse tempo.

Hitomi utilizou seu byakuringan para fazer sua adversária cair em um genjutsu. A mulher caiu, inconsciente. Konohamaru e Toshiko pareciam já ter terminado suas batalhas, e a de Moegi já estava no fim. Eles correram em direção aos mais novos, com intenção de ajudá-los. Um som de algo rachando preencheu o ambiente, e um sorriso cruel se abriu na face do homem que acabara de matar o garoto. Então, com um único sinal de mão, ele se dissolveu em fumaça -assim como seus companheiros caídos.

Todos estavam confusos, e talvez um pouco incrédulos. O som de rachaduras aumentou, e o lugar começou a ruir. A saída estava à direita deles -os restos da rocha irregular que Hokuto quebrara no início, e foi uma fuga fácil, principalmente pelo fato de que todos ajudaram a carregar os resgatados. Hitomi ainda estava atordoada atordoada com o garoto que morrera naquele ato estúpido de bravura, então, não pôde deixar de olhar para trás enquanto corria para a saída. Olhou para ele e se arrependeu amargamente de ter tido tal ideia.

O cabelo preto era uma bonita combinação com os olhos dourados, agora visíveis. Olhos agora sem brilho, porém que denunciavam sua descendência. Os olhso de Hitomi encheram-se de lágrimas. Ele era realmente bonito.

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Já do lado de fora, todos observaram calados o desabamento do lugar. Hitomi não conseguiria falar nem se quisesse. Tudo o que martelava sua mente era o rosto daquele menino.

Ele era a cara da mãe.

Não sabia se os outros tinham olhado para ele. Se o tinham reconhecido. Mas ela tinha e, por conta disso, nunca se perdoaria.

Não teria nada a falar para Takara. Permaneceria num eterno silêncio para com aquela menina.

Afinal, não tinha conseguido salvar Kousei. 


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Notas finais do capítulo

E aí? Curtiram?? Foi um capítulo enorme, sabemos kkkkk Desculpem!

Comentem!! Críticas e sugestões também são bem-vindas!! ♥



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