Sekai no Sozokujin: Herdeiros de um mundo -revisão escrita por SabstoHoku, FrancieleUchihaHyuuga


Capítulo 2
Aprendam: O terror começa desde cedo!


Notas iniciais do capítulo

Olá galera! Desculpem a demora pra postar, mas é que aconteceram alguns imprevistos aqui, então ficou complicado pra postar. Esse cap, em minha opinião, ficou muito fofo e tem certa importância no decorrer da história, principalmente na parte 2, então prestem bastante atenção nele.

PS: Muitos devem se questionar o porquê do "Dattebane" ao invés do "Dattebasa" já usado pelo Boruto. A resposta é simples, gente: Quando o capítulo foi escrito, o filme de Boruto ainda não havia chegado aqui e nós não fazíamos ideia de que Boruto falava "Dattebasa". Como eu queria que, na fanfic, eles também tivessem uma desses "vícios", o "Dattebane" nos pareceu adequado aos gêmeos, além de que é uma bela homenagem à Kushina.

Boa leitura!



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Uma manhã de sábado iniciou-se em Konoha. Um dia frio,uma raridade no lugar, mas mesmo assim muitas pessoas já estavam fora de casa. O dia na casa do Uchihas começou com Hitomi levantando-se da cama animada, ansiando o passeio com os pais, ou, melhor dizendo, em sua mente principalmente com o pai, o qual via poucas vezes.

A menina saiu de seu quarto guiada pela voz firme que ouvia ao longe, correndo para a sala a procura do homem e então seguindo pela casa em sua busca, mas não o encontrou. Sasuke tinha ido na biblioteca da casa, que poderia também ser considerado como seu "escritório", coincidentemente o único cômodo que a filha não costumava explorar. Voltou à sala calmamente, descendo as escadas de forma silênciosa, e viu a pequena esfregando os olhos, exibindo uma expressão decepcionada. Chegou de fininho atrás de sua filha e pegou-a no colo, fazendo-a dar uma risada alta e clara.

—Bom dia, papai! – Falou a garotinha, animada.

—Bom dia. – Ele beijou a testa da filha, observando-a, percebendo os olhinhos aparentemente irritados. -O que aconteceu?

—Cabelo tá fazendo meu olho sair água. -Respondeu a pequena Uchiha, que, como qualquer outra criança, aos 3 anos ainda não havia desenvolvido totalmente a fala.

Sasuke deu uma risada de leve, murmurando um "logo vai passar" e ajeitando, com certa dificuldade, a franja da filha, para que os cabelos parassem de incomodá-la. Havia pouco tempo que aceitara a prótese oferecida por Tsunade e Naruto (principalmente Naruto), e ainda tinha certa dificuldade em utilizá-la. Andou até a cozinha, ainda com a filha nos braços, encontrando Hinata terminando de pôr a mesa do café da manhã. Hitomi, percebendo o local para o qual fora carregada, desceu do colo do pai, porém mal seus pezinhos tocaram o chão os braços de Hinata a envolveram, levantando-a novamente. A menina deu uma sonora risada, divertindo-se com a situação.

—Bom dia, mamãe! - Desejou também, abraçando o pescoço da mais velha. Hinata sorria de forma gentil.

—Bom dia, pequena.–A ex-Hyūga passou carinhosamente a mão livre pelo rosto da filha, enquanto Sasuke as observava de esguelha, sorrindo de canto.

—----------

Na casa dos Uzumakis, começou bem diferente. Naruto e Sakura estavam preparando o café da manhã quando ouviram crianças gritando.

—ME DÁ! SOLTA, É MEU!! -Boruto gritou para irmã enquanto puxava um boneco de pelúcia.

—MEU!!!! SOLTA!!!!!! -Protestou a pequena rosada. Nesse puxa de um lado e puxa de outra os dois caíram no chão, juntamente com o boneco rasgado ao meio. Hokuto levantou-se, uma expressão furiosa dominando seus pequenos traços (a melhor que poderia com seus recém-feitos 3 anos) e bateu, com certa força, na cabeça do irmão. Boruto levantou-se também, igualmente indignado e furioso, e os gêmeos começaram a se empurrar; Sakura, que até ali mantivera-se aparentemente calma mesmo ouvindo a confusão feita pelos filhos, bufou de modo irritado e foi até a sala, agarrando-os pelo braço.

—PAREM, OS DOIS!!!! -Os gêmeos pararam na mesma hora, atentos aos gritos da mãe, que os dirigiu até a cozinha. Os dois pequenos Hokuto e Boruto sentaram-se à mesa enquanto os pais, em silêncio, terminavam de preparar a refeição. Sakura, vez ou outro, lançava aos dois olhares desconfiados, como se a qualquer instante fosse flagrar um deles fazendo algum tipo de traquinagem.

Naruto sentou-se, e a esposa em seguida. Colocaram os pratinhos à frente dos filhos, e, em um silêncio que sem dúvidas não era habitual àquela família, o café da manhã começou.

—Sabe o que vamos fazer hoje? -O Uzumaki olhou para os filhos de modo animado.

—Não – Responderam os gêmeos em uníssono. Era uma mania que tinham desde que haviam aprendido a falar, e não conseguiam controlar.

—Hoje vamos passear!

—Eba!!! -Os dois se animaram. Não passavam muito tempo com o pai. Naruto era, desde o fim da guerra, um Jōnin extremamente requisitado, e o principal candidato à sucessor do Hokage. Mal parava em casa; sempre tinha uma missão a cumprir, ou reunião a comparecer. Com Sakura a coisa não era muito diferente; O hospital que havia fundado em Konoha era bastante frequentado, não eram poucas as crianças que ainda sofriam as consequências da guerra. E, embora Ino sempre a ajudasse como podia, é claro que a maior carga ficava para a ex-Haruno. Os gêmeos, geralmente, ficavam com Hinata, Kurenai, e, em raras vezes, até mesmo com Tsunade e Shizune (o que geralmente rendia situação no mínimo inusitadas).

—Quero ver os dois se divertindo, e nada de brigas. -Declarou Sakura, de modo sério, já levantando-se. Sorriu ao vê-los concordando, de modo quase automático. Deu beijos nas testas de ambos, recebendo em troca abraços carinhosos.

—----------

No final da tarde os Uzumaki saíram para o tão esperado passeio. Hokuto e Boruto vestidos de forma quase igual: Os dois usando casacos listrados de laranja e azul com os símbolos do clã Uzumaki nas costas, calças azuis de moletom e botinhas de neve, roupas escolhidas por ninguém mais ninguém menos que Sakura. Chegaram logo ao local escolhido: Um campo aberto que era bonito principalmente no inverno, decorado com flores e bancos. As crianças se afastaram um pouco dos pais, brincando na grama enquanto conversavam.

Perto dali, os Uchiha caminhavam. Localizaram Sakura e Naruto sentados em um banco e as crianças brincando. Não era um encontro familiar planejado, mas não podia-se chamar de surpresa - era comum que as famílias andassem por ali em em dias como aquele. A chance de se encontrarem, portanto, era alta. Aproximaram-se dos amigos, iniciando uma animada conversa; Naruto questionava a Sasuke sobre as missões de busca e sua nova e breve partida já no próximo dia, enquanto Hinata e Sakura discutiam sobre o hospital. Enquanto isso, Hitomi caminhou até os gêmeos, curiosa.

—Que vocês "está" fazendo? –Questionou a Uchiha.

—Nada. –Responde Hokuto, afastando os cabelos do rosto e virando-se para a “nova amiga”.

—Por que vocês são tão parecidos?

—A mamãe disse que nós somos...ge...genios? Gelios?

—Gêmeos.-Corrigiu a rosada com firmeza.-Burro.

—Não sou não, 'ttebane! –Boruto encarou a irmã, poucos centímetro mais baixa, tentando parecer ameaçador.

—É sim! – Empurrou irmão, que caiu no chão e levantou-se logo depois, retomando a briga. Hitomi parou, olhando-os, enquanto sua cabecinha tentava procurar alguma solução para aqueles dois.

Os quatro adultos ainda estavam conversando quando, repentinamente, ouviram os gritos de Boruto. Ao se virarem, surpresos e preocupados, viram uma cena um tanto surpreendente: Hitomi agarrava os gêmeos pelos cabelos, enquanto eles tentavam de forma falha escapar das mãos gorduchas da Uchiha.

—Filha, não trate os coleguinhas desse jeito! –Hinata parecia indignada. Seu tom de voz firme era raro de ser presenciado. -Largue eles, Hitomi.

—Tá mamãe, mas eles não são meus coleguinhas! -Soltou os cabelos dos dois, deixando-os cair. Boruto começou a chorar, sendo pego pelo pai, enquanto Hokuto apenas levantou-se de forma calma e tentou ajeitar os fios rosados, embora não tenha tido sucesso.

—Ok, acho que é hora de irmos para a casa, então. Foi bom encontrar você aqui, Dobe. -Cumprimentou Sasuke.

—Eu digo o mesmo, Teme. Até outro dia qualquer. –Naruto sorriu de modo nostálgico. Ainda tinha Boruto nos braços e, quando virou-se para falar com a esposa, o filho exibiu a língua para a pequena Uchiha, que ignorou com maestria o gesto e encaminhou-se até a mãe.

—Tchau, Sakura! Desculpe por isso, Hitomi puxou muito do pai. –Hinata sorriu.

—Não foi nada, Boruto e Hokuto são realmente terríveis de vez em quando...Não preciso nem dizer o porquê, não é? –Rebateu Sakura, e as duas mulheres caíram na risada. Se viraram para ir embora, porém Hokuto puxou a manga da blusa da mãe, fazendo-a parar. A menina dirigiu-se até Hitomi, que a encarou de forma curiosa.

—Ei, Hitomi?

—Eu? –Hitomi respondeu. Hinata deteu-se também, passando a observar as duas meninas com certa curiosidade.

—Quer ir lá em casa brincar de ninja? Papai me deu shurikens de brinquedo, elas são legais, e eu deixo você escolher se você quer ser vilã ou heroína. O Boruto vai ser o monstro, 'ttebane! – As duas deram risada.

—Eu quero! Eu posso, papai? –Hitomi virou-se para o pai, em busca de sua tão preciosa resposta.

—Pode, sim. –Sasuke exibiu um pequeno sorriso, olhando para Naruto. –Mas só se o tio Naruto deixar.

Naruto lançou a ele um radiante olhar, um sorriso enorme cobrindo-lhe o rosto. Era sempre assim nas raras vezes em que, mesmo que indiretamente, era chamado de irmão pelo Uchiha.

—Mas é claro que deixo. Desde que seus pais venham junto, dattebayo.

—Vamos, sim. -Hinata confirmou.

—Hokuto, agradeça ao tio Sasuke por deixar Hitomi ir lá em casa. –O loiro indicou, e flagrou Sasuke também dar um sorriso, mesmo que disfarçado. Hokuto se aproximou do homem, estendendo-lhe a mão como se estivesse fechando um sério contrato.

—Obrigada, tio Sasuke. –A pequena sorriu, e o Uchiha ajoelhou-se para lhe apertar a mão.

—De nada, senhorita Hokuto. –Sasuke respondeu, ainda ajoelhado, como se estivesse aos pés de uma rainha. A menina gargalhou - momentos como aquele eram raros quando protagonizados por Uchiha Sasuke - e logo todos riam também.

—Vamos logo, ninjas! –Naruto, ainda rindo, começou a caminhar ao lado de Sasuke. Hokuto e Hitomi também ficam lado a lado, imitando o gesto dos pais.

—Ei, o que você vai querer ser Hitomi? –Perguntou a pequena Uzumaki enquanto observava a nova - nem tão nova assim - amiga.

—Eu quero ser a heroína!

—Tudo bem, então eu vou ser vilã, 'ttebane.

—Mas porquê? –Questionou a Uchiha, curiosa. –O Boruto pode ser vilão.

—Não, ele vai ser herói. Eu quero ser vilã, sabe por quê?

—Hum?

—Porque no final da história, quando vocês me derrotarem, eu vou poder falar o porquê do meu plano do mau!

—E qual é? O porquê do plano?

—Ah, essa é fácil. – Hokuto sorri. –No final o plano mau não vai ser mau coisa nenhuma! Só vou parecer vilã, no final era pra proteger todo mundo! Legal, né?

—Hã... –A pequena Uchiha pensou um pouco. – Não sei. Então por que você não falou antes da gente te derrotar?

—Porque me derrotar era parte do plano, 'ttebane. –Declsrou Hokuto, repentinamente séria, mas logo seu sorriso infantil estava de volta. -Agora vou falar pro Boruto! Já volto, Himi!

Hitomi deu uma alta risada, enquanto via a garotinha de cabelos rosados ficar aos pés do pai, numa tentativa de falar com o irmão.

—E agora, eles são seus coleguinhas? –Hinata sorriu, se abaixando e pegando a filha no colo. Hitomi encarou a mãe com os grandes olhos ônix.

—Ainda não, mamãe. –Respondeu, passando a observar a pequena rosada. –Mas eles vão ser. Eu prometo!

Todos seguiram para a casa dos Uzumaki, sem a mínima ideia de que, alguns anos depois, as lembranças daquele dia iriam atormentar a mente das então crianças ali presentes. Então, frases fariam sentido e promessas seriam quebradas.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Um beijão e até a próxima!



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