Meu asteroide é pouco maior que o dele, ou é a distância que da esta impressão, em alguns passos dou uma volta completa, nesse pequeno espaço posso encontrar um conjunto de cinco ipes ,dois amarelos um rosa, um roxo e o grande ipe branco próximo a eles encontramos o lago onde tenho minha fonte de água e um canteiro de flores de todos os tipos e cores ,minha cama esta sobre o grande ipe branco, posicionada de um jeito que posso observar a constelação de Orion enquanto estou deitada.

Mas tudo está diferente agora, que perdi o único amigo que já tive, não reconheço mais meu planeta, as árvores não balançam mais com a brisa, a água cristalina está barrenta, as flores estão murchas.

limitei minha vida a observar o asteroide vizinho, onde ele mora, aquele garoto ao qual nunca dirigi uma só palavra, o garoto que talvez seja o único amigo que possa ter novamente.

Toda manha é a mesma rotina, acordo e o vejo trabalhando em seu planeta, limpando seus vulcões ,tirando as ervas daninhas e os perigosos baobas, faço café pego um livro e deito na grama ao lado do tumulo do meu velho amigo, enquanto observo seu trabalho me perguntando "quem é ele?".