NejiTen? Sempre! Uma Comédia Romântica escrita por AFM


Capítulo 13
À caminho da festa


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, aqui está mais um capítulo!!! Agradeço à todos que acompanham esta história e um agradecimento especial à quem comenta!!!

Tenham uma boa leitura, abraços!!!



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—Coloque sua mochila no quarto e desça -ordenou Hiashi a Neji.

—"Coloque sua mochila no quarto e desça" -disse Neji imitando o tio.- Bobão.

—Falou alguma coisa, garoto?

—Não.

Neji subiu as escadas, jogou sua mochila sobre a cama e desceu. Na mesa, estavam o tio, o avô e as duas primas.

—Então, como foi seu dia? -perguntou Hiashi a Neji, que sentou junto aos outros.

—Foi horrível, eu não quero falar sobre isso.

—Mas o que aconteceu?

—Foi horrível e eu não quero falar disso -respondeu colocando a comida em seu prato e levantando.

—Pra onde é que você pensa que vai, Neji? -perguntou Hiashi.

—Vou ver televisão -disse sentando-se no chão e ligando o aparelho.

—O que nós conversamos, Neji?

—Eu não sei, muitas coisas, você vai ter que especificar, nem sempre presto atenção em tudo que você fala.

—Eu disse que você ia ficar sem televisão.

—Não, você disse que eu ia ficar sem a minha televisão, essa tv é a da sala, não a minha.

—Muito engraçado, pois bem, corrigindo, você vai ficar sem assistir à nenhuma televisão. E, além do mais, é falta de educação assistir enquanto está comendo.

—Tá... tá -disse Neji jogando vídeo-game.

—Eu disse para desligar!

—Eu ouvi, a vizinhança inteira ouviu, mas eu não vou desligar, supere isso.

—O que essa televisão tem que sua família não pode ter?

—Botão mudo.

—Já chega -disse o homem se levantando da mesa.- Me dá isso daqui -falou tomando o controle da mão do sobrinho.

—Ei! Isso que é falta de educação.

—Ah, cala essa boca -disse levantando Neji pelo braço e o arrastando de volta à mesa.

—Então... -começou Hanabi-, hoje aprendemos sobre figura de linguagem na escola e o dever de casa foi fazer uma lista de frases sobre isso, vocês poderiam me ajudar?

—Claro -disse Neji-, aliás, tenho ótimos exemplos, como "seu pai é uma pessoa legal", "seu avô possui sentimentos", essas coisas, posso te dar uma lista.

—Ei -disse o velho Hyuuga-, eu estava quieto na minha, por que me ofendeu?

—Olhar para sua cara já me irrita.

—E por que disse "seu avô"? Você também é meu neto.

—Biologicamente sim, mas sentimentalmente, passa bem longe.

—Neji -repreendeu Hiashi.

—O quê? É verdade! E ainda acrescento que ele é um idiota, mas isso não é ironia, é só xingamento mesmo.

—Peça desculpas ao seu avô!

—Mas nem se o futuro da humanidade dependesse disso.

—Eu disse para pedir desculpas e eu quero ouvir isso agora!

Pense a festa, pense na festa. Engula o orgulho e peça desculpas.

—Tá... desculpe ter chamado você de idiota... na sua frente.

—Neji!

—Tá bom. Des... descul... desculpe!

—Nossa, já? Fiz cem anos.

—Não se gabe, você já estava bem próximo dos cem mesmo.

—Cala a boca e come!

Ao longo da tarde, Neji tentou ao máximo não se meter em encrencas, para passar a impressão que estava arrependido e não chamar a atenção para quando saísse à noite. 

Estudar é um saco! Pra quê precisamos de física?

—Por que está estudando bem no meio da sala? -perguntou o velho Hyuuga.- Você não tem um quarto pra isso?

Morra!

—Eu gosto daqui, tem algum problema com isso?

—Nenhum. Estou procurando um documento meu, acho que perdi. Seu tio disse que poderia estar em uma das gavetas do armário, você sabe onde elas ficam?

—Sei.

—Então vem me ajudar.

—Não.

—Mas você disse que sabia onde ficavam!

—Eu disse que sabia, não que ia ajudar você.

—Por que todo esse rancor de mim, hein, garoto?

—Prefere que eu fale agora ou quer uma lista? Aliás, eu não já te disse o porquê no último jantar que tivemos?

—Bom, eu não entendi muito bem o porquê.

—Você pode não ter ouvido, mas não tem como não ter entendido. O motivo é simplesmente porque te odeio. Você é um velho presunçoso, calculista e frio.

—O quê?

—Ah, eu não vou repetir de novo.

—Achou o documento que estava procurando, pai? -perguntou Hiashi descendo as escadas.

—Não, ainda não. Hiashi, Neji disse que eu sou presunçoso, calculista e frio.

—Os três adjetivos são verdadeiros!

—Foi o que eu disse -exclamou Neji.

—O quê? -perguntou o velho surpreso.

—Nada -respondeu Hiashi nervoso.

—Não, repita o que acabou de dizer.

—Não disse nada -falou o homem tentando desviar o assunto.

—Tenha coragem ao menos uma vez nessa sua vida patética e fale logo a verdade pra esse velho -disse Neji.

—Cala a boca, garoto -ordenou Hiashi.- Pai, o senhor não estava com pressa para achar esse seu documento? Venha, eu lhe mostro onde o armário fica, para que possa procurar por ele.

—Covarde -disse Neji.

—Mais uma dessa e eu chuto o seu traseiro -falou o tio raivoso.

Neji continuou a rabiscar qualquer coisa no caderno quando a campainha tocou.

—Você pode atender? -pediu Hiashi a Neji reaparecendo na sala.- Estou ocupado aqui.

—Não.

—Por que não?

—Não sou seu mordomo.

—Ninguém disse que era, é só um simples favor.

—Ah sim, não.

—Por que pra tudo você tem que fazer uma confusão? Até para um simples "bom-dia" você arranja alguma coisa pra implicar. Por acaso se ouve falando?

—Claro! Aliás, esse é um dos maiores prazeres da minha vida.

—Atende logo essa porta ou te acerto com esse seu caderno com toda a minha  força.

Nervosinho.

Neji se levantou e caminhou até a porta para ver quem era tinha tocado a campainha.

—O tempo passou, mas você continua com a mesma cara de bobão -disse um garoto no pé da porta.

—Lee? -disse Neji.

—Como vai? Há muito tempo que não te vejo -disse abraçando o garoto de cabelos cumpridos.

—Tô na mesma, e você? O que está fazendo aqui na cidade?

—O trabalho do meu pai transferiu ele de novo pra cá, então, estou de volta na área! -disse sorridente.

—Vem, entra, tenho muitas coisas pra te falar -convidou Neji.

—Quem é? -perguntou Hiashi aparecendo de novo na sala.

—É o Lee -informou Neji.

—Ah, oi Lee, há quanto tempo! Bom te ver, mas, infelizmente, você não vai poder falar com meu sobrinho.

—Por que não? -indagou Neji.

—Você está de castigo, lembra?

—Qual é? Eu não vejo o Lee há quase um ano.

—Tudo bem, mas só por meia-hora, entendeu?

—Meia-hora?

—Agora são vinte minutos, quer continuar?

—Não, tá ótimo assim -disse Neji decepcionado.

—Vou voltar pra cozinha.

Devia mesmo era voltar para o inferno, que foi de onde você veio.

—Deve ter feito algo bem sério pro seu tio te colocar de castigo.

—Não, só o de sempre.

—Então, me disse por mensagem sobre a garota nova na sala, ela é legal?

—Ela é demais! Inclusive... -disse abaixando o tom da voz-, ela vai para uma festa que vai ter hoje lá na casa da Ino.

—Então ela já faz parte do grupo? Se enturmou bem rápido. Espera aí, você não está de castigo, como vai à essa festa?

—Lee, há quanto tempo você me conhece?

—Verdade, pergunta estúpida.

—Lee -exclamou Hinata descendo as escadas.

—Oi Hinata -disse o garoto abraçando-a.

—O que está fazendo aqui?

—Estou de volta na cidade.

—Mesmo? Que bom! Vai voltar a estudar com a gente?

—Espero que sim.

—Estou indo na cozinha, quer alguma coisa?

—Não, obrigado, passei aqui só pra dizer um "oi" mesmo, tenho que ajeitar as coisas da mudança.

—Tudo bem, prazer em revê-lo -disse a garota caminhando para a cozinha.

—Ela sabe da festa? -perguntou Lee.

—Claro que não.

—Já vou indo, tenho que arrumar as minhas coisas, vejo você na casa da Ino.

—Pode apostar! Começa às sete e leve alguma comida, a Ino tá meio sem dinheiro pra comprar e parece que a festa vai ser aquela das grandes, então vai ter muita gente faminta.

—Sem problema, até lá -disse o garoto indo embora.

Neji subiu para seu quarto, tomou banho e às seis começou a se arrumar, até que alguém bateu em sua porta.

—Quem é?

—É a Hanabi!

—Ah sim, tá aberto.

—Oi -disse a garota entrando com um pacote na mão.

—Fez o que eu pedi?

—Fiz sim, está aqui a sua pizza -disse entregando o pacote a Neji.

—Obrigado -falou enquanto a garota estendia a mão.- O quê?

—Você me disse que ia me dar um pedaço.

—Pois é, você não vai ganhar, mas eu te dou um aperto de mão -disse tocando na mão da garota.

—Você me enganou!

—Há quanto tempo convive comigo? Sabe que não sou confiável, agora vai saindo.

—Você é mau!

—A vida é má também e nem por isso estou reclamando, fora daqui -disse empurrando a menina porta à fora.

—O que está acontecendo? -indagou Hinata que ia passando pelo corredor.

—Neji é um bobão -disse Hanabi com raiva.

—Vai brincar com as sua bonecas, coisinha chata -disparou enquanto a prima se trancava no quarto.

—Isso é uma pizza? -perguntou Hinata.

—Não, é um elefante -falou enquanto fechava sua porta.

—Não é muito grande pra você? -Hinata disse abrindo a porta do quarto do primo e entrando.

—Vai ficar regulando o tanto que eu como agora?

—Não, só estava perguntando. Vou assistir televisão com o papai, quer vir? Eu sei que está de castigo, mas ele está assistindo aquele programa que tanto gosta que nem vai lembrar se você estiver lá.

—Não, eu não... espera aí, seu pai está lá embaixo? Ele não devia estar trabalhando?

—É, mas ele tirou o dia de folga hoje.

Isso vai melar meus planos.

—Tem alguém perto da porta da cozinha?

—O vovô está lá -respondeu Hinata enquanto saía do quarto.

Droga! Isso vai me atrapalhar. Não consigo descer pela janela com essa pizza enorme nas mãos, só se alguém me ajudasse. Hanabi não, maldita hora que destratei a pirralha, não pensei que fosse mais precisar dela. Só restou então... Hinata? Não! No dia que eu pedir ajuda à Hinata vai ser...

—Hinata! Espera -gritou Neji no corredor, fazendo a garota voltar os lances de escada que já tinha descido.

No desespero vale qualquer coisa.

—O que foi?

—Bom... vou para uma festa hoje na casa da Ino e preciso sair daqui sem ser visto.

—O quê? Ouvi vocês falando disso hoje cedo, mas você me prometeu, antes da prova começar, que não ia mais se meter em confusão. Era mentira?

—É, era. Depois que eu te prometi isso, quando a Ino pediu à você pra pegar o guardanapo na cantina, nós ficamos planejando os detalhes da festa.

—Neji! Você só vai arranjar mais encrenca.

—Não se você me ajudar.

—Tudo bem, eu sempre quis ir à uma festa mesmo -disse Hinata sorridente.

—Ohw, desculpe, houve uma falha de comunicação aqui, devia ter mencionado antes, você não está convidada.

—O quê? 

—Pois é, você só vai me dá cobertura enquanto saio escondido.

Vocês, leitores, devem estar achando que é maldade com a Hinata, mas ela ia entrar em pânico e ia estragar tudo.

—Tudo bem -disse a garota tristonha-, eu ia entrar em pânico e ia acabar estragando tudo mesmo.


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Notas finais do capítulo

Agradeço por lerem e, quem puder ou quiser, deixe sua opinião sobre o capítulo nos cometários, tá bom? Beijos!!!



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