Elementos - Da criação à queda escrita por FantasyWD


Capítulo 4
Capítulo 2 - As escolhas que fazemos - Parte 2




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— Tentar... Bem... — gaguejou Ben.

— Tentar uma coisa em World of Warcraft, você não entenderia. — Foi Leon quem respondeu.

— Vocês não cansam mesmo de jogar esse jogo? — perguntou Íris.

— World of Warcraft não é apenas um jogo — rebateu Ben. Tinha experiência em explicar quão maravilhoso era o jogo. — Ele é simplesmente o melhor jogo de...

— Sim, estou sabendo. — Íris impedia que o assunto fosse prolongado. Escutava eles falando sobre jogos sempre, mesmo mudando de conversa, eles sempre regressavam a falar no assunto. — Eu só vim avisar que já estou indo. Meus pais vão viajar e eu preciso tomar conta da minha irmã.

Enquanto Íris amarrava os longos cabelos em um rabo de cavalo, Leon a observava. Era linda, percebeu ele. — Não tenho chances — pensou ele. De fato, apesar de que ele não era um qualquer. Era alto, pele bronzeada, pois gostava de frequentar a praia, tinha os cabelos castanhos bagunçados caídos sobre a testa, o que acabava dando um charme a mais, e seus olhos eram azuis. Não se considerava esbelto, porém, não estava tão mal assim.

— Já vou indo — ela disse ao terminar o penteado. — A proposta de ir naquele lugar novo amanhã ainda está de pé?

— Claro! — respondeu Leon. — Nós passaremos na sua casa ás 17:00.

— Na verdade, não poderei ir. Tenho compromisso. — respondeu Ben. Aparentava desanimo.

— Tem? — perguntou Leon confuso.

— Sim, tenho. — respondeu Ben enquanto piscava um olho para Leon.

— Que pena! Dizem que o lugar é realmente bom. — comentou Iris. Não parecia realmente se importar se ele ia ou não. — Então acho que seremos só eu e o Leon.

— Eu acho que sim. — falou Ben. Sorria maliciosamente para Leon.

Íris deu um beijo na bochecha de Leon, se despediu dos dois e saiu apressadamente.

Leon sentava sozinho agora. Ben dissera algo sobre ir tentar a sorte com a Amy e saiu. Da mesa ele observava o movimento na casa. Tocava uma musica eletrônica que ele não sabia o nome. Viu Ben puxando uma cadeira e sentando ao lado da Amy na mesa que ela estava, ela olhava Ben com desprezo enquanto ele falava sem parar. No sofá, estavam sentados jovens comendo brownies suspeitos, eles pareciam estar em outro mundo.

O celular de Leon tocou, ele rapidamente o pegou do bolso, certamente seus pais descobriram a verdade e estavam bravos. Era número desconhecido. Ele não recebia muitas ligações, quanto mais de desconhecidos.

— Alô? Quem fala? — perguntou ao atender o celular, soou um pouco entediado.

— Você é o filho de Thomas e Emma Meyer? — perguntou uma voz de mulher do outro lado da linha.

— Sim, sou. Quem está falando?

— Estou falando do hospital UPV. — respondeu a mulher. — Peço que mantenha a calma. Seus pais sofreram um acidente enquanto estavam voltando para casa, os dois estão em estado grave. Seu pai conseguiu pedir que ligássemos para você. Alô? Está me ouvindo?

Leon engoliu em seco. Sentiu os olhos derramarem lágrimas. A música ao redor pareceu diminuir.

— Estou a caminho. — respondeu ele e correu em direção a porta de saída empurrando as pessoas em sua frente.

Ao sair escutou uma voz, virou-se e viu que era Ben.

— Ia embora sem mim? — perguntou Ben, estava rindo. Mostrava um pedaço de papel com algo escrito para Leon. — Você não vai acreditar, a Amy me deu o número do telefone dela e disse que... — Ben notou que o amigo chorava. — Você está chorando?

— Meus pais... — tentava falar sem chorar. — Meus pais sofreram um acidente depois que me deixaram na sua casa. Preciso vê-los no hospital. Não sei como chegar lá depressa... a culpa é toda minha...

— Fique calmo. — Ben tentava acalmá-lo. — Eu tenho dinheiro, podemos pegar um táxi.

— Você pode me emprestar o dinheiro e voltar para a Amy se quiser, eu fico te devendo uma. — falou Leon olhando para Ben.

— Corta essa, Leo! — rebateu Ben. — Você não precisa me dever nada, somos amigos, e vou contigo.

Leon deu um sorriso tímido para o amigo e seguiram para o hospital.

O táxi os deixou em frente ao hospital. Leon correu para dentro dele acompanhado por Ben. Por dentro, o hospital era enorme, pessoas saiam e entravam a todo instante. À direita da entrada ficava a sala de espera, cerca de sete pessoas estavam ali, algumas em pé e outras sentadas. Bem à frente da entrada encontrava-se um balcão com jarros de flores nas extremidades. Atrás do balcão estava sentada uma mulher de cerca de 30 anos, loira e de aparência cansada, ela teclava no computador enquanto falava ao telefone.

Eles foram em direção ao balcão. A mulher fez um sinal com a mão para que eles esperassem ela sair do telefone. Passou-se cinco minutos de espera. A espera estava matando Leon. Teve vontade de correr pelo hospital a procura dos pais, mas certamente se perderia.

— Desculpa pela demora. — disse a mulher com um sorriso no canto da boca. — No que posso ajudá-los?

— Eu sou o filho de Thomas e Emma Meyer. Eles sofreram um acidente... — Leon não conseguia completar a frase sem querer chorar.

— Um minuto. — falou a moça. Ela digitava rapidamente no computador, então parou e leu o que se formulava na tela. Ben notou que a mulher demonstrava tristeza enquanto lia. Ela pegou o telefone e ligou para alguém, tampava a boca com a mão para que ninguém escutasse o que ela conversava. — O Dr. Steve já está a caminho. — disse a mulher enquanto colocava o telefone no lugar. Seus olhos ostentavam tristeza. — Ele é o médico responsável por seus pais. Peço que aguardem mais um minutinho.

—Isso é um absurdo — pensara Leon. Ficar ali parado esperando enquanto seus pais estavam em estado grave. Quando abriu a boca para despejar toda a sua raiva na mulher, a mulher falou primeiro.

— Não precisa mais esperar, Dr. Steve já está ali. — apontava a mulher para o médico saindo do corredor norte.


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