No início, a terra era vazia e coberta por trevas. Então, vencida por um ser primordial, do qual não se sabe a origem, as trevas foram comprimidas e seladas em uma dimensão fora da terra. Entretanto, nada é infinito, esse selo se desgastaria com o passar das eras.

Pensando em manter a terra livre das trevas para que pudesse haver vida nela, o ser primordial criou de sua própria essência espíritos. Primeiramente, criou os espíritos da água, ar e vida. O espírito da água expandiu-se pelo céu, formando nuvens e causando chuvas. O do ar cobriu toda a terra, ambos, ar e água, seriam suplementos usados pelo espírito da vida para criar todos os seres que existiriam no planeta. Em seguida, o ser primordial criou o espírito da terra, que foi dada a tarefa de não deixar a criação se autodestruir, e criou o espírito do fogo, que foi dada a missão de controlar a criação, quando essa estiver em abundância.

Por último, o ser primordial moldou toda a sua essência para criar o espírito da luz, o mais puro. Expandindo-se por todo o planeta, a luz deu aos seres vivos o dom do espírito, permitindo que estes vivessem mesmo após a morte fazendo parte do cosmo, e deu aos seres semelhantes ao seu criador a alma e o livre-arbítrio, para que eles pudessem distinguir entre o bem e o mal e proteger a criação.

Após a criação da vida na terra, os espíritos, esgotados pelo esforço da criação, adormeceram. O ser primordial responsável pela criação também havia se esgotado e desaparecido. A criação seguia seu curso naturalmente, crescia rapidamente e tornava-se forte.