Passaram-se acho que uns 2 meses depois daquilo, eu acho que estou apaixonado… não consigo tirá-la da minha cabeça de forma alguma! Aquele sorriso, aqueles olhos, aquele cabelo, aquela… aquela garota…

—Castiel! Está me ouvindo?- Lysandre pergunta.

—A-Ah… não.- Eu digo, ele suspira.- Desculpe cara, eu estou pensativo.

—Sobre…?

—Cara… eu acho que to apaixonado.

—Heh? Como?

—É cara, loucura né?

—N-Não… acho comum até.

—O que que eu faço?

—Se declara pra ela.

—C-Como?!

—Não sei… tenta dizer o que pensa.

—O que penso…?

—É.

—… isso é difícil.

—Vamos, você consegue, eu sei disso.

—Me ajuda?

—Ãhn… claro.

—Valeu cara.

Ele passou o dia inteiro me ajudando a achar uma maneira de me declarar para Norah… eu preciso fazer isso, se não, não vou ficar quieto!

—Mas me diga, quem é a tal?

—Norah…

—… jura?

—Juro.

—Ah, tudo bem.- Ele diz.

—Por isso que você é meu melhor amigo.

X-x-x-X

No dia seguinte, acordei feliz, determinado eu diria.

Eu levantei e fui direto para a cachoeira, onde eu poderia encontrar Norah, e estava certo, ela estava lá… okay, é hoje!

~Fim pov's Castiel~

Tinha 2 meses que minha amizade com Castiel ia bem, mas, sinceramente, eu sinto-me diferente quando estou com ele… é como se… eu quisesse mais além de amizade… isso é loucura, né?

Bem, eu estava na cachoeira, com os pés na água, quando ouço passos atrás de mim, olhei para trás, era Castiel, eu sorri…

—Oi.

—Olá, Norah.

—Está feliz hoje, aconteceu algo de bom?

—Sim… é… não… é… ugh…- Ele estava perdido nas palavras, eu ri.

—Parece que sim.- Rio.- Bem, sente-se, vamos conversar.

—Sim.

Ficamos ali conversando e rindo, ele estava diferente hoje, com um brilho a mais… não sei explicar direito, mas sei que ele estava mais gentil e doce do que nunca hoje, estava muito mais fofo, não que ele não seja já de natureza… bem, eu não sei explicar mas eu estava gostando do jeito que ele agia, com gentileza.

Ele se levantou, eu me levantei em seguida, estranhamente começamos a correr entre as árvores da floresta, como se fossemos duas crianças felizes com nada para nos perturbar ou nos impedir de ser felizes juntos, eu estava gostando daquele dia.

Bem, ele me pegou, me girou e caímos nas folhas secas no chão, estavam macias hoje… acho que, sinceramente, tudo hoje estava bom, hoje era um dia de sol iluminado e lindo, como nossos sorrisos infantis.

Ficamos deitados na grama, olhando para o céu e apontando nuvens, o vento soprava nós dois de forma gentil, queria que esse dia durasse mais, e mais, e mais, e mais…

Nos sentamos na grama, ele me olhava com um sorriso, o que me fez sorrir…

—Você está diferente hoje.- Eu digo.

—Isso é bom?- Ele pergunta.

—Não deveria?- Eu ri.

—É, ainda bem que acha bom…- Ele sorri gentilmente.

—Você está muito sorridente hoje…

—Também achei, mas, como tudo, isso também tem um motivo.- Ele diz, me deixando curiosa.

—Qual seria o motivo para tantos sorrisos?

—Bem… o motivo é você.- Ele diz, me fazendo corar e sorrir de forma abobalhada.

—E-Eu?

—É, você.

—O que eu tenho de tão especial para te fazer sorrir tanto?

—Tudo, sua gentileza, sua beleza, seu caráter, o jeito que faz todos sorrirem, tudo em você.

—…- Ele estava me deixando completamente sem jeito.

—A verdade é que, hoje, eu queria fazer algo especial.

—Tipo o que?

—Tipo… isso.- Ele me beijou, eu fiquei surpresa no começo.

—Só isso?

—Não, isso é só o começo.- Ele se levanta e me ajuda a levantar.

Eu não estava entendendo o comportamento dele mas… eu pude sentir borboletas no estômago. Ele retirou uma caixinha do bolso, se ajoelhou em minha frente, eu JURO que quase fiquei sem ar…

—O q…?- Eu sorria que nem uma boba.

—Norah, a primeira vez que eu te vi, eu já te achei bonita, não vou mentir.- Ele ia dizendo.- Mas também te achei estranha, eu juro que pensei “cara, como assim? Uma garota não me quis? Perdi o jeito, né?”, mas não, só não notei que você era diferente de qualquer outra garota, e, cá entre nós, a melhor.- Ele diz, eu estava sem palavras.- Com todas as lembranças boas que tivemos até agora, elas só não são o suficiente, eu quero mais lembranças com você, mais momentos, mais… você.- Ele abre a caixinha, tinha um lindo anel ali.- Norah… você gostaria de ser minha?

—…- O que eu faço? Perdi as palavras, nem o ar tá comigo!

—…

—…- Eu balancei a cabeça indicando um “sim”, ele levantou e me abraçou, depois me beijou.

—Eu te amo.- Ele diz.

—Eu também te amo…- Foi o que eu consegui dizer.