Existem dois tipos de pessoa nessa sociedade: as ricas, que já nasceram na luxúria do dinheiro e menosprezam o seu próximo, o seu mundo é assim, cada um por si, sempre fazem de tudo para serem vistos da melhor forma; e os pobres, que crescem do jeito mais simples que pode-se ter, mas, ao contrário dos ricos, os pobres são humildes e muito bons como pessoa, mas, é na simplicidade que se criam as melhores pessoas… mas… como eu sei disso? Simples, eu moro na periferia da França, um lugar, de fato, pobre, mas vem melhorando um pouco com o tempo, porque? Essa também é simples… baseada no senso de justiça do meu pai, eu sou ladra, mas, calma! Não sou uma qualquer, eu diria que… sou uma espécie de Robin Hood, roubo dos ricos, para dar para os pobres. Quando meu pai ainda era vivo, ele me lia várias histórias com senso de justiça/heroico, eu sempre procurei seguir esses sensos…

-PEGUEM-NA!!!!- Gritou o senhor rico que acabei de assaltar, ele carregava bastante dinheiro com si.

Eu estava sendo perseguida pelos guardas do reino, minha rotina é essa, todo o dia, a mesma coisa e nunca fui presa, meu primeiro assalto foi aos 13 anos, eu quis ajudar a amiga da minha tia, que estava passando dificuldades naquele momento, ela devia imposto para o reino, então eu apenas ajudei-a.
Os guardas estavam correndo atrás de mim, acho que eram uns seis sei que, logo, esses seis viraram três, creio que se separaram. Agradeço meu tamanho e entro em um beco conhecido por mim, sou encurralada por três guardas…

-Você não tem pra onde fugir.- Diz um deles.
-…- Ele que pensa.

Levantei uma de minhas mãos pro alto, sinto a corda tocar nos meus dedos, então dou um pulinho e agarro a corda, sou puxada beco à cima…

-Bem a tempo.- Digo.
-Mana, você é pesada.- Ri Aloys.
-Ora, Aloys!- Dou um soco nele.
-Ai!
-Hum!
-Desculpe, foi apenas brincadeira!- Ele ri.
-Desculpas aceitas.- Rio.- Bem, já que a perseguição acabou, preciso fazer a segunda parte de meu trabalho, sim?
-Sim!- Ele sorri.

Vamos até a periferia, eu faço meu trabalho por inteiro, a família de hoje, era composta por uma mãe viúva e seus três filhos, situação nada agradável.
Vou pra casa, tomo um banho e vou para o meu quarto, abro o velho guarda-roupa de madeira e retiro de lá um vestido com mangas rosadas.
Ah! Ainda não me apresentei, certo?
Bem, me chamo Norah Mightman, tenho 16 anos, cabelos castanhos claros, olhos cor de mel, bem, nasci aqui, na periferia da França, fui criada pelo meu pai até os 8 anos, minha mãe morreu no meu parto e meu pai morreu em um acidente quando eu tinha 8 anos, desde então, fui criada pela minha amorosa tia, Catharine (Cat), e seu filho, Aloys (10 anos)…não tenho muito para falar de mim.

~Pov's Castiel~

Realeza… ah… soa sempre tão bem, não é mesmo? Exato! Bem, eu sou filho do rei, o que me faz ser um príncipe! Que mulher não me quer? Um cara, lindo, da realeza e jovem.
Um pouco de mim? Claro, para os meus fãs, tudo né?
Sou Castiel Bonvalet, filho de Phillip Bonvalet II, tenho 17 anos, cabelos pretos e olhos cinzas, sou um ímã de garotas, todas sempre vem até mim, não preciso nem fazer esforço, bem, eu tenho um parceiro, o nome dele é Lysandre, tem olhos de cores diferentes e cabelos platinados, pra ser mais exato, ele trabalha pra mim, sua família trabalha pra minha a anos, mas não o considero um empregado, mas sim meu melhor amigo…

-Castiel, está na hora da sua aula.- Lysandre diz entrando em meu quarto logo após bater à porta.
-Qual é! Deixa eu dormir!- Me cobri até a cabeça.
-Castiel, você tem que ir pra sua aula.- Ele me descobre.
-…certo, eu vou.- Levanto-me e vou trocar-me, uma roupa costumeira, cara e feita com os melhores materiais.

Vou até a sala onde o Maestro Belarte se encontra, sempre com sua pilha de livros sobre a história do reino e etc, etc, etc…bem, sobre o Maestro: esguio de cabelos castanhos meio brancos por conta da idade, usa óculos de leitura, sua roupa pode ser até comparada com a de um conde, ele aparenta ter 40 anos, mas, na verdade, nunca revelou sua idade…

-Está atrasado, senhor Castiel.- Ele diz enquanto anota alguma coisa.
-Lamento.
-Sem problemas.- Ele se levanta e vem até mim.- Agora, se me permite, vamos começar com sua aula.

Sento-me de maneira relaxada, ele reclama sobre isso, mas eu não ligo e continuo naquela postura que, segundo ele, é inadequada para a realeza.
Já se passara meia hora desde que a aula começara, eu já não aguentava mais ouvir aquele homem falar, minha vontade de sair dali era desesperante…

-Senhor Castiel? Está prestando atenção?
-Ah… claro…- Digo, ficamos num silêncio momentâneo, então tenho uma ideia.-…!- Coloco minha mão na cabeça, como se estivesse com dor.
-Senhor Castiel? Está tudo bem?- Ele pergunta vindo até mim.
-S-Sim… só estou zonzo…
-Devemos fazer uma pausa?
-Por favor…
-Vou buscar água para o senhor.- Ele diz e se retira da sala, minha chance!

Vou até a janela e saio pela mesma, estava no segundo andar, mas, graças à trepadeira, eu consigo descer em segurança, acabo no jardim do castelo…então, para não ser apanhado, eu decido ir para a cidade, mas antes…

-Lysandre!- Chamo-o do jardim, ele aparece na janela de seu quarto.
-Castiel? Você devia estar na sua aula!- Ele repreende.
-Deixa disso, Lysandre! Vamos pra cidade!
-Não! Você vai voltar pra aula!
-Se você não quer vir, vou sozinho.- Digo dando as costas.
-Espera!- Ele chama, eu olho-o.- Eu vou com você.
-Sábia escolha.

Fui esperá-lo em frente ao castelo, logo ele aparece…

-Poxa, você não tem jeito mesmo!- Lysandre diz num longo suspiro, eu rio.
-Deixe de ser tão limitado.
-Só estou fazendo meu trabalho.
-Que seja, vamos!- Puxo-o comigo.

Chegamos ao centro da cidade, várias pessoas transitavam por ali, também haviam carruagens e carroças transitando por lá…

-Quanto tempo que não venho aqui.- Comento enquanto observo as pessoas.
-Nunca havia vindo aqui antes.
-Como é? Nem em sua infância?
-Lembra-se que minha infância foi inteiramente um treinamento?
-Ah, tem razão.- Digo, me sinto um pouco culpado por isso.- Então temos que compensar as vezes que você não veio aqui, sim?
-Como?
-Sei lá, aproveitando, agora chega de conversa e vamos lá.

Fomos em vários lugares, por onde eu passava, as pessoas me reconheciam, garotas caiam por mim, tinha umas bonitas lá, admito, mas eram muito fáceis na minha opinião…

-E então? O centro não é divertido?- Perguntei a Lysandre.
-Devo concordar.- Ele riu suavemente, ele rindo era algo que quase não se via, eram raros os casos que ele fazia-o.- Mas temo que já seja hora de voltarmos, não acha?
-…sim.- Concordo, afinal, já estávamos lá faz horas.- Vamos voltar.
-Sábia escolha.
Estávamos voltando para o castelo, andando mesmo, quando alguém esbarra em mim…

-Ai!- Era uma criança, a mesma caiu no chão.
-Olhe por onde anda!- Reclamo bravo.
-D-Desculpe!- O garoto diz.
-Porque desculparia? Um mero camponês que nem você, hum!- Continuo bravo.
-…- O garoto ia dizer algo quando é interrompido por uma voz feminina, suave, mas bem presente.
-Aloys!- Ela chama-o.
-Mana!- Ele levanta e vai até a garota, fico olhando para o garoto enquanto ele corria para trás da garota.

Levanto meu olhar, olhando assim a garota, e não me arrependo, tinha cabelos longos e sedosos, castanhos, olhos cor de mel, grandes e brilhantes, ela era linda…

-Aloys, o que houve?- Perguntou ela para o garoto, sua voz era tão doce e suave.
-Eu sem querer esbarrei nesse moço.- Ele diz.
-Jura? Ah, perdoe meu irmãozinho.- Ela se desculpa comigo.
-T-Tudo bem…- Digo ainda olhando-a, hora do galanteador.

Aproximo-me dela, pego em seu queixo com uma das mãos e ergo o rosto dela…

-A senhorita é tão bonita…qual seria seu nome? Aposto que é tão bonito quanto seu rosto.- Eu digo com um sorriso travesso.
-…pft.- Ela segura o riso, eu não entendi o porque, sei que não fiquei contente com isso.- D-Desculpe mas… isso foi tão… inestético.- Ela riu, o q…? Ela acabou de me chamar de ridículo?!
-Castiel, devemos voltar agora.- Lysandre diz.
-Então esse é seu nome?- Ela pergunta.
-Não lhe interessa.- Eu digo, seco e vou embora.
-Adeus, Castiel!- Ela diz enquanto ri, eu apenas ignoro-a.

Nunca fui tratado dessa maneira por uma garota!! Quem ela pensa que é?! Isso foi tão… tão…

-Embaraçoso.- Diz Lysandre ao meu lado.
-É! Nunca houvera passado por algo assim antes!!- Esbravejo.
-Pois é, tudo tem sua primeira vez, não?
-Ora seu…
-Com todo respeito, Castiel, eu acho que você não devia ficar estressado por coisas banais como essa.- Ele sugere.
-Tem razão.

Mas eu realmente gostaria de saber quem era aquela garota.
~Fim pov's Castiel~

-Mana, aquele cara te cantou.- Aloys riu.
-Foi horrível.- Rio.- Então, o que conseguiu?
-Muitas moedas.- Ele diz abrindo as duas mãos, ambas com moedas.- Você acertou, ele era rico!
-Até mais do que eu pensava.- Digo.- Bem, vamos pra casa? Cat está nos esperando, sim?
-Sim!