A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 54
Capítulo 53


Notas iniciais do capítulo

No passado dia 9 de Janeiro, a Torre de Astronomia fez um ano =D =D =D Um ano de história. Obrigada a todas as pessoas que acompanham esta história, fico muito agradecida :)
Boa leitura :)



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As férias de Natal tinham chegado. O expresso de Hogwarts partia às onze horas em ponto. Todos os alunos que iam passar o Natal a casa apressavam-se para não o perder.

Rose Weasley não era exceção. Na noite anterior, Rose tinha estado até tarde com Scorpius, o que resultou no estado de pressa que se encontrava naquele momento. Rose tinha adormecido.

Rose guardava o último livro que queria levar, quando um bilhete caiu. Rose apanhou-o e sorriu. De certeza que aquele bilhete era de Scorpius.

Não penses que as coisas vão ficar assim. Se pensas que vais ter um final feliz, pensa outra vez. Isso não vai acontecer.

Rose releu várias vezes aquele papel pois não conseguia acreditar no que os seus olhos viam. Não era muito difícil adivinhar quem era a autora daquele bilhete. Ou as autoras. Aquilo, com certeza, tinha mão da Anderson e da Makoto. Rose sabia-o. Rasgou o bilhete em bocadinhos e deitou-o ao lixo. Faria como se nunca tivesse visto aquilo.

—----//-----

—Despacha-te, Octavia. – gritou Albus uns metros à frente da namorada.

—Já estou a chegar. – gritou Octavia de volta – Estás muito stressado.

—Estamos quase a perder o comboio.

As últimas carruagens estavam quase a partir para Hogsmeade. Rose, Scorpius, Lily e Hugo encontravam-se numa delas à espera de Albus e Octavia.

—E o Scorpius disse que eu estava atrasada. – comentou Rose na brincadeira dado o atraso do casal.

—A culpa foi o Potter. Ainda dizem que as mulheres é que demoram. – defendeu-se Octavia.

—Eu? Eu é que estava a chamar por ti que parecia que querias perder o comboio. – ripostou Albus.

—E antes disso quem é que teve à tua espera porque te esqueceste sei lá do quê. – respondeu Octavia de volta. Lily, Hugo, Scorpius e Rose apenas ouviam a conversa, descontraídos.

O expresso de Hogwarts tinha acabado de partir. Os seis amigos juntaram-se a Roxanne, Molly, Lucy e Louis, como já era tradição em todas as viagens no expresso de Hogwarts.

Estavam todos entretidos a jogar snap explosivo que nem deram conta quando Scorpius e Rose saíram.

Rose comentou com Scorpius que precisava de lhe dizer algo, mas que tinha de ser a sós. Scorpius estranhou o facto de Rose só lhe querer dizer algo hoje, afinal ainda ontem à noite estavam sozinhos na torre de Astronomia. Mas claro que ele não contestou quando a namorada disse que precisava de falar com ele. Quanto mais tempo ficasse sozinho com ela, melhor.

Encontrar um compartimento vazio quando iam a meio do caminho era ainda mais difícil do que se fosse no início da viagem.

—Scorpius vamos voltar. – pediu Rose - Não há nenhum compartimento vazio.

—Mas e o que tu querias falar comigo? – perguntou Scorpius encarando a namorada.

—Bem…não é nenhum segredo. – começou Rose – Eu só não queria que os outros ouvissem. De qualquer maneira, eles vão saber e vão. Eu só não queria que fosse agora.

—Mas o que é, princesa?

Rose olhou para baixo sem saber como continuar. Ela tinha receio que Scorpius achasse que estavam a ir rápido demais. Ela tinha receio que Scorpius se assustasse com o que Rose ia propor.

—Terra chama Rose. Estás a deixar-me ansioso. – disse Scorpius. Rose voltou a encará-lo.

—Bem…eu queria sugerir-te uma coisa, mas…mas eu não sei o que vais pensar. Tenho receio que aches uma estupidez e… - começou Rose sendo interrompida por Scorpius.

—Nada do que tu dizes é uma estupidez. Tu és a pessoa mais inteligente que eu conheço, Rose Weasley. Agora diz de uma vez o que queres sugerir se não ainda vais matar o teu namorado de ansiedade.

—Eu queria convidar-te para passares o Natal na Toca. – convidou Rose deixando Scorpius a olhar para si, espantado – Eu sabia que era uma má ide… - Scorpius colocou o dedo em frente à boca de Rose, em sinal para que esta se calasse.

—Rose isso não é loucura nenhuma. Eu já passei um Natal na Toca, lembras-te? No nosso segundo ano, o Al convidou-me. Eu só não esperava que me convidasses. Muitas pessoas vão ficar surpreendidas por nos ver juntas e os teus pais… - Scorpius não terminou a frase percebendo finalmente o que Rose estava realmente a sugerir – Tu queres…tu queres aquilo que eu estou a pensar que queres? – perguntou Scorpius atropelando-se completamente nas palavras.

Rose apenas acenou, corada. Scorpius não sabia como reagir. Ele estava feliz, aliás, ele estava radiante. Rose tinha tomado uma atitude. Ela queria apresenta-lo perante a família como seu namorado. Ele não seria mais apenas o amigo do Albus. Ele não seria mais o Malfoy que tinha ido para os Gryffindor, com muito orgulho. Ele passaria a ser também o namorado da Rose. Ele seria apresentado ao pais de Rose como seu namorado. Ronald Weasley saberia. Ronald Weasley…

—O teu pai vai matar-me. – desabafou Scorpius. Rose riu. De tantas coisas que Scorpius podia pensar por causa daquele sugestão, ele foi logo pensar na reação do seu pai – Eu vou ser completamente morto pelo Ronald Weasley. Já para não falar do meu pai. Eu não sei como é que ele vai reagir.

—Eu quase que posso afirmar que o teu pai vai reagir melhor que o meu. Aliás, eu posso afirmar isso. Mas algum dia tínhamos de contar, não era?

—Claro que sim. – respondeu Scorpius beijando Rose – Estou completamente feliz por teres sugerido isto. Claro que vou passar o Natal à Toca.

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—Eu vou falar com a minha mãe para confirmar a tua presença no Natal, está bem? – perguntou Rose a Scorpius se estavam a despedir.

—Certo princesa. Eu estou pronto para morrer. – dramatizou Scorpius.

—Quem é que está pronto para morrer? – perguntou James aparecendo ao lado do casal.

—Sirius. Que é que estás aqui a fazer? – gritou Rose largando o namorado e abraçando-se a James.

—Achas mesmo que ias chegar de Hogwarts e não me irias ter aqui à tua espera?

—Bonito! Acabei de ser trocado. – disse Scorpius mantendo o seu tom dramático.

—Ninguém resiste ao charme de James Sirius Potter. Já devias saber disso Malfoy. – provocou James – O meu padrinho já anda à tua procura, Rose. A menos que queiras ficar sem namorado, aconselhava-te a vir comigo.

—Obrigado pelo incentivo. – comentou Scorpius ainda mais assustado com o dia de Natal. Claro que James não sabia que Scorpius iria e que as suas palavras estavam prestes a tornar-se realidade.

—Sempre às ordens, caro amigo.

James e Rose despediram-se de Scorpius e seguiram para junto dos outros Weasley e Potter.

O caminho até casa correu da forma mais normal possível. Tanto Rose como Hugo alegaram que o trimestre correu da maneira mais normal possível, que continuavam empenhados nos estudos. Nenhum dos dois mencionou nada sobre ele próprio ou o outro ter namorado. Nenhum dos dois queria deixar cair essa bomba enquanto Ronald Weasley estava a conduzir. Se tal acontecesse, o risco de acidente seria elevado.

Hermione pediu aos filhos que levassem as malas para os quartos e começassem a arrumar as coisas porque não faltava muita para eles jantarem.

Hugo foi o primeiro a subir com a mala. Já Rose mexia na sua pequena bolsa, fingindo que estava à procura de alguma coisa. Na realidade, ela estava à espera que o pai seguisse para a sala para conseguir ficar a sós com a mãe.

Como se Merlin a tivesse ouvido, Ron pegou no jornal, que noticiava a grande vitória que os Puddlemere United tinham conseguido sobre os Falmouth Falcons, e seguiu para a sala.

—Mãe. – chamou Rose. Hermione olhou para a filha. Ela pensava que esta já tinha subido.

—Algum problema, querida? – perguntou Hermione analisando milimetricamente a filha.

—Eu queria pedir-te que falasses com a avó…para lhe dizeres que o Scorpius vai passar o Natal connosco.

—Está bem, querida, eu falo com ela. – respondeu Hermione sorrindo para a filha.

Rose, tal como tinha mandado uma carta a contar a James, também fez o mesmo com Hermione. A sua mãe sabia o que se tinha passado. Sabia o verdadeiro porquê de Rose ter estado como estava no verão. Mas, como ela tinha mencionado na carta, tudo estava resolvido e ela e Scorpius tinham voltado a ser amigos.

Rose preparava-se para subir quando parou ao escutar a voz da mãe.

—Sabes que o teu pai vai ter um mini ataque cardíaco. – disse de forma descontraída.       

—Porquê? – perguntou Rose voltando-se para a mãe. O seu rosto estava completamente vermelho. Ela tinha percebido completamente a onde a mãe queria chegar, mas preferiu fazer-se de desentendida.

—Rose, eu sou tua mãe. Eu sei das coisas. Já para não falar desse sorriso que não sai do teu rosto e do tempo que demoraste só para chegares até nós em King Cross.

—Por favor, não contes ao pai. – pediu Rose.

—Eu não vou contar. Eu sei que o queres fazer. Mas confesso que vou gostar de assistir a essa conversa. Quero mesmo ver a cara do meu marido quando souber que a sua princesinha está a namorar um Malfoy.

Rose sorriu com o comentário da mãe. Ela sabia que tinha a mãe do seu lado e esta facilmente manobraria Ronald quando este soubesse. Não seria fácil, mas ela sabia que tudo correria bem.

—----//-----

A véspera de Natal tinha chegado. E com ela, uma grande camada de neve embelezava Londres.

Rose dormia profundamente quando foi acordado por um Hugo eletrizante. Era sempre assim. A época de Natal era a preferida de Hugo. Eram os únicos dias em que ele acordava sempre primeiro que a irmã. Eram os únicos dias em que ele acordava a irmã.

—É véspera de Natal, Rose. Acorda. – proferiu Hugo enquanto pulava na cama da irmã.

—Deixa-me dormir, Hugo. – resmungou Rose virando-se para o outro lado.

—Nem pensar. – respondeu Hugo.

Hugo pulou para o chão deixando a falsa esperança em Rose de que este a deixaria em paz. Mas ela estava completamente enganada. Rapidamente, Hugo enfiou-se debaixo dos lençóis da cama de Rose e começou a fazer-lhe cócegas.

—Para Hugo. – dizia Rose entre risadas, mas o irmão não parava.

—Só se te levantares.

Claro que Rose se levantou. Ela sabia que Hugo não desistiria e a alegria do irmão era contagiante.

—Contaste alguma coisa à mãe? – perguntou Hugo à irmã enquanto esta arranjava as almofadas para se encostar.

—Sobre o quê? – perguntou Rose.

—Sobre mim e a Lily.

—Não. Porque…não vale a pena. Se a mãe foi falar contigo sobre alguma coisa relacionada a isso, ela sabe.

—Mas como? – perguntou Hugo insistindo no assunto.

—Ela é nossa mãe, Hugo. Ela sabe de tudo. Ela descobriu que eu e o Scorpius namorávamos só com meia dúzia de palavras que eu disse.

—Estou tão tramado. – lamentou-se Hugo.

—Não estás nada. – tranquilizou Rose – Basta contares que namoras com ela depois de eu contar que namoro com o Scorpius. – completou Rose. Hugo gargalhou. Rose tinha razão. Como sempre.

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Rose iria no princípio da tarde para a Toca. Hermione queria ajudar Molly com os preparativos para a ceia. Assim, os quatros partiram, via rede flu, para a Toca.

—Rose! Hugo! Venham dar um abraço à vossa velha avó. – disse Molly ao avistar os netos.

—A avó não está velha. – comentou Rose abraçando-a – Ainda está aqui para as curvas.

—Isso queria eu, minha querida. Os vossos primos estão no quarto andar.

Rose e Hugo seguiram até lá onde encontraram Lily, Albus, James e Dominique.

Mal entrou, Hugo foi encostado à parede por um James aparentemente furioso.

—Ouvi dizer que queres tirar a inocência à minha irmãzinha. – disse James em tom sério. Hugo prendeu a respiração. Ele esquecera-se completamente que James ainda não sabia da sua relação com Lily. Hugo sabia perfeitamente o quanto James protegia Lily – Tu és um rapaz decente. Só espero que não faças asneiras. – concluiu James surpreendendo todos os que se encontravam no quarto.

James largou Hugo e voltou para perto de uma Dominique que mal se conseguia mexer dado o tamanho da barriga.

—Que barrigão. – comentou Rose ao aproximar-se da prima para a cumprimentar – Parece que vais ter um monte de filhos de uma vez só.

—Também já lhe disse isso. – comentou James.

—Muito obrigada por me estarem a chamar gorda à força toda. A culpa é completamente tua, James Sirius Potter. – ripostou Dominique.

—Já sabes que continuas a ser a mulher mais bonita à face da terra. – respondeu James acabando imediatamente com o protesto da noiva e deixando o restantes das pessoas sorridentes devido ao modo como rapidamente deu a volta a Dominique.


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Notas finais do capítulo

Será que Rose tem razão sobre as pessoas que mandaram aquele bilhete? Acham que ela fez bem em ignorá-lo e não mencioná-lo a Scorpius? Como acham que vai reagir a família ao saber que Scorpius e Rose namoram? E sobre o facto de também Hugo e Lily namorarem? Acham que é menino ou menina? Ou será que o James tem razão e é mais do que um bebé?
Contem-me tudo nos comentários :) Beijos :)



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