A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 37
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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Finalmente o último exame tinha chegado. Naquele dia, Albus, Scorpius e Rose teriam o exame de Herbologia, o último daquela semana louca.

Scorpius e Rose escolheram a biblioteca como local para fazer as últimas revisões antes do exame. Mas, tal como eles, também metade de Hogwarts tinha pensado na biblioteca como local de estudo. Esta estava totalmente cheia, sendo impossível encontrar um lugar para se sentar.

—Deveríamos tentar outro sítio. – sussurrou Rose para Scorpius.

—Espera. – disse Scorpius agarrando o braço de Rose – O Al está ali.  – apontou.

—Scorpius… - começou Rose mas rapidamente foi interrompida por Scorpius.

—Rose, tu sabes que ele mudou. Tu tens visto como ele tem estado nestes últimos dias. Ele não te tem procurado. Ele não te tem pressionado. Ele percebeu que te estava a fazer mal. E tu também já admitiste isso. Já deixas ele aproximar-se de ti. Já lhe respondes normalmente. Rose dá-lhe uma oportunidade.

Rose olhou reticente para Scorpius mas acabou por concordar. Scorpius tinha razão. Tudo o que ele tinha dito era a mais pura realidade. Albus deixara de a incomodar.

Rose sabia que aquela mudança de Albus tinha um nome. Octavia. Estava claro no olhar de Albus que este estava caidinho por Octavia. E, mesmo que Rose ainda não falasse totalmente com ele, ela desejava que ele finalmente encontrasse a felicidade. E ela sabia que essa felicidade iria ser encontrada ao lado de Octavia.

—Podemos sentar-nos? – perguntou Scorpius ao aproximar-se de Albus.

—Claro. – respondeu Albus prontamente ao ver Scorpius e Rose. Desviou as suas coisas para que estes tivessem espaço para estudarem.

—Onde anda a Bale? – perguntou Scorpius a Albus enquanto tirava as suas coisas da pasta.

—Exame de Defesa contra a Magia Negra. – respondeu Albus – Só espero que ela se saia bem.

—Ai que fofinho que ele está. – brincou Scorpius.

—Cala-te. – respondeu Albus dando um safanão a Scorpius.

—----//-----

Para Rose, aquele tinha sido o exame mais fácil de todas as disciplinas que tinha. O assunto sobre as plantas que se alimentam de carne sempre tinha sido um dos seus favoritos. E tinha sido precisamente sobre essas plantas que tinha saído no exame.

Como já era habitual naqueles últimos dias, Rose, Albus e Scorpius estavam à porta da sala a falar sobre como lhes tinha corrido. Scorpius até tinha achado o exame fácil, mas apenas porque Rose lhe tinha enchido a cabeça sobre aquela matéria. Se havia coisa que Scorpius sabia era que, se Rose gostasse de alguma matéria em particular, ela não parava de falar nela. Já para Albus, o exame não lhe correu da melhor forma. Naquele momento, ele só esperava que desse para passar.

—Estamos de férias. – gritou James ao ouvido de Rose, assustando-a – Isso quer dizer…FESTA!!!!!!

—Outra festa, Sirius? – perguntou Rose olhando para ele – Até parece que não te lembras da forma…

Mas Rose calou-se. Isto porque Dominique se estava a aproximar e ela não queria ser motivo de mais uma discussão entre o casal.

Depois da conversa entre James e Rose, James saiu, decidido, em busca de Dominique. Ele queria dizer-lhe que estava completamente arrependido do que tinha feito. Ele queria dizer-lhe que a última coisa que queria era magoá-la pois isso só fazia com que ele se sentisse a pior pessoa do mundo.

Mas, ao encontrar Dominique, nenhuma palavra foi proferido. Mas não foi por falta de oportunidade de falar. Foi simplesmente porque não ouve necessidade de ser proferida quaisquer palavras. Dominique viu no rosto de James o quanto este estava arrependido. E James viu no rosto de Dominique que esta já o tinha perdoado. Por isso, eles ficaram apenas abraçados a matar saudades um do outro. Porque, para eles os dois, aqueles dois dias pareceram uma eternidade.

—Sempre vai ser logo à noite a festa? – perguntou Dominique ao chegar perto do pequeno grupo.

Todos os que estavam ali olharam de Dominique para James. Parecia que eles afinal tinham falado daquela festa. Parecia que Dominique estava contente por aquela festa existir.

—Claro. Ou achas que James Sirius Potter não consegue preparar uma festa em tão pouco de tempo? – perguntou James com desdém.

—Eu nunca duvido de ti, amor. – respondeu Dominique beijando de leve o namorado.

—Bem, nós vamos andando. – disse Scorpius agarrando em Rose, com Albus logo atrás de si, e saindo dali o mais rápido possível. Afinal, aqueles dois tinham vindo ainda mais pegajosos que antes.

Acabaram por decidir, os três, de irem até ao jardim. Afinal, naquele tempo de Primavera, o calor já se fazia sentir. Mesmo sendo final de tarde.

O local perto do lago era o lugar que se encontrava mais vazio por isso decidiram ir até lá. Eles queriam estar em sossego um bocado.

—Mais uma festa hoje. Este James não para. – comentou Scorpius dando início a uma conversa.

—Até parece que não conheces o meu irmão. – respondeu Albus entre risos – Ainda para mais são os seus últimos dias em Hogwarts. Ele quer aproveitá-los da melhor maneira.

—Já viste princesa, mais uma festa para irmos. – disse Scorpius voltando-se para Rose. Esta olhou para ele, corada. Scorpius nunca lhe tinha chamado de princesa em frente a outras pessoas – Aposto que esta festa vai ser inesquecível. – continuou Scorpius percebendo o desconforto de Rose. A única coisa que ele não tinha percebido era a causa desse desconforto.

—E alguma das festas do James não foi inesquecível? – inquiriu Albus – Ele faz questão de as deixar memoráveis.

Todos concordaram. James dava um ótimo organizador de festas. Aliás, ele e Fred. Aqueles dois juntos já tinham criado as melhores festas que Hogwarts vira nos últimos anos.

Perto da hora de jantar, Scorpius, Rose e Albus seguiram para o interior do castelo. Albus despediu-se deles e foi ter com Octavia.

Desde a noite anterior que Albus não a via. Muitos podiam achar lamechas, mas ele estava cheio de saudades de Octavia. Ele habituara-se tanto a ela que agora já não sabia viver ela. Ele simplesmente não se via sem ela.

Albus acabou por a avistar perto de Sarah Finnigan, a melhor amiga de Octavia.

Sarah, mal viu Albus, despediu-se de Octavia e saiu. Ela sabia o que se passava entre a amiga e Albus. Ela sabia que eles estavam juntos.

Ao princípio, Sarah não gostou nada de saber eles estavam juntos. Várias vezes foi contra Octavia por causa deste relacionamento. Para ela, Albus apenas estava a usar Octavia para depois se vangloriar com os amigos que tinha conquistado a princesa dos Slytherin. Mas, com o tempo, Sarah percebeu que não era o que ela tinha imaginado. Realmente dava para ver que Albus gostava de Octavia. E claramente ela sabia que a amiga também estava caidinha pelo gryffindor. Por isso, acabou por aceitar, apesar de não continuar a dar muita confiança a Albus. Afinal ele pertencia aos Gryffindor.

—Pensei que te tinhas perdido. – comentou Albus agarrando Octavia e beijando-a.

—Não consideraste a hipótese de eu não andar à tua procura. – sugeriu Octavia entre beijos.

—Claro que não. Tu não consegues ficar muito tempo longe de mim.

—Convencido.

—Realista. – respondeu Albus lembrando-se de uma conversa que tivera com Octavia com estas exatas palavras. Só que proferidas inversamente – Hoje temos uma festa.

—Outra? – perguntou Octavia.

—Sim. Já sabes como é que o meu irmão é. Não passa sem uma boa festa. Agora… - Albus parou para ganhar coragem para continuar. Ele tinha receio de como Octavia ia reagir – Eu queria uma coisa..

—Tanto suspense, Potter. – brincou Octavia – Diz de uma vez.

—Eu gostava que tu viesses comigo esta noite à festa como minha namorada.

O sorriso de Octavia rapidamente desapareceu do seu rosto. Agora ela avaliava, atentamente, Albus. Ela estava à espera que este se começasse a rir e a dizer que era uma brincadeira. Mas esse momento não chegou. Albus permanecia sério. E foi então que Octavia percebeu. Albus estava a falar a sério. Albus estava a pedi-la em namoro.

Albus vendo a demora de Octavia percebeu o grande erro que tinha cometido. Claro que Octavia não queria ser sua namorada. Ela apenas estava a aproveitar o momento. Mais nada.

—Sabes que mais, esquece. – disse Albus já preparando-se para ir embora.

Mas o que Albus não esperava era que Octavia o agarrasse, o virasse e o beijasse com toda a força que tinha. Claro que ele correspondeu. Isso nunca estaria em dúvida.

—É claro que eu aceito ser tua namorada. – disse Octavia sorrindo e arrancando o maior dos sorrisos de Albus.

—Mesmo? – perguntou Albus olhando para Octavia com os olhos a brilhar.

—Claro seu tonto. – respondeu Octavia a sorrir.

Albus não disse mais nada. Apenas beijou Octavia. Aquele era o dia mais feliz da sua vida.

—----//-----

Diana percorria o corredor apressada. Ela estava atrasada. Ela nunca se tinha atrasado e logo no dia mais importante isso fora acontecer.

A verdade é que Diana perdeu-se nas horas. O seu encontro com Jack Giggs demorou mais que o previsto. Aquilo que seria por apenas alguns minutos, arrastou-se por horas. Claro que Jack Giggs não era nenhum Scorpius Malfoy, mas dava para o gasto. Pelo menos até voltar a ter Scorpius. Facto que, esperava ela, acontecesse a partir daquela noite.

Finalmente Diana chegou ao seu destino, a casa de banho feminina do segundo andar.

O local do encontro tinha sido ideia sua. Diana precisava de um lugar sossegado e sem pessoas para falar sobre o que queria. Pensou durante um tempo e depois aquela casa de banho surgiu na sua mente. Ninguém ia ali. Todas as raparigas evitava aquela casa de banho por causa da Murta Queixosa.

Murta Queixosa é um fantasma que vive na casa de banho feminina do segundo andar, desde a sua morte. Todos sabem que ela não é a pessoa mais simpática do mundo, mas Diana teria de tolerar. Aquele era o sítio perfeito.

—Estava a ver que não chegavas. – comentou Makoto Chang mal viu Diana entrar.

—Estive ocupada. – respondeu Diana – Onde está a Murta?

—Num dos cubículos a chorar. Nem depois de morta, ela se cala.

—Deixa a estar. É da maneira que está entretida e nos deixa em paz. – Diana aproximou-se de um pequeno caldeirão que estava em frente a Makoto – Já está pronta?

—Mais que pronta, Diana. Agora só falta o último ingrediente.

—Depois do jantar. Vai ser a altura perfeita. – comentou Diana com um sorriso diabólico.

—Achas que vai resultar? – perguntou Makoto.

—Claro que vai resultar. Aquela sonsa nem sabe o que a espera.

—----//-----

Como era o fim da época de exames, Rose decidiu juntar-se aos primos na mesa dos Gryffindor.

Estavam todos animados. O assunto principal, a festa na sala das Necessidades. Todos precisavam de relaxar depois daquela semana stressante.

—A que horas queres que te busque à torre dos Ravenclaw? – perguntou Scorpius ao ouvido de Rose.

—Não será necessário. Temos de ser discretos, Scorpius. Encontramo-nos na festa.

—Quem diria que algum dia eu veria Rose Weasley tão festeira? – brincou Scorpius.

—Põe-te a brincar muito que vou já para a cama em vez de ir à festa. – respondeu Rose, séria.

—Não podes, princesa. Apesar de tudo, tu continuas a fazer a patrulha. Por isso nada de cama para já. Além do mais, tu não me vais deixar assim à deriva numa festa, pois não? Cheia de raparigas interessantes, a oferecerem coisas para uma noite especial…

—E o velho Scorpius voltou. – respondeu Rose em tom de brincadeira – E podes continuar à vontade com esse discurso. Eu não vou ficar com ciúmes.

—Quer dizer que havia a possibilidade de ficares com ciúmes? – perguntou Scorpius em tom de brincadeira. Em resposta, Rose ficou totalmente corada, arrancando ainda mais risadas de Scorpius. Ele adorava provoca-la daquela maneira.

No fim de jantar, todos os alunos seguiram para os seus dormitórios. O que os professores não sabiam era que, passado um pouco, vários alunos sairiam, sorrateiramente, das suas salas comunais e se dirigiriam para uma festa.

E foi exatamente o que fez Scorpius. Albus tinha saído na frente para ir buscar Octavia às masmorras. Assim Scorpius seguiu sozinho. Ainda pensou ir até à entrada para a torre dos Ravenclaw e esperar por Rose, mas havia a possibilidade de ela já ter ido para a festa. Por isso decidiu seguir sozinho.

Ao virar uma esquina, Scorpius não teve reação. A última coisa que se lembra é uma luz brilhante, antes de ter desmaiado.


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Notas finais do capítulo

Acharam bem a Dominique ter perdoado o James tão rápido? Que acham que a Rose deve fazer em relação ao Albus? E o que será que a Diana e a Makoto estão a tramar? E o que aconteceu com o Scorpius?
Contem-me as vossas teorias :) Contem-me tudo :)
Vejo-vos nos comentários, beijos :)