A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários, adorei :)
Boa leitura :)



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Os dias que antecederam o Natal passaram normalmente. Hermione tinha tirado essa semana de férias para estar mais tempo com os filhos. Ela sentia saudades dos momentos em que tinha os filhos sempre em casa. Ela sabia perfeitamente que os filhos cresceriam algum dia e saíram de casa para ingressarem Hogwarts e, posteriormente, para formar uma família. Por isso é que ela queria aproveitar todos os momentos.

No dia anterior ao Natal, Hermione preparava várias sobremesas para levar para a Toca onde se realizaria a habitual ceia. Ela sabia perfeitamente que Molly queria sempre preparar tudo para a família mas Hermione não gostava que a sogra ficasse com o trabalho todo, afinal a idade já começava a pesar.

Hermione estava sozinha em casa. Ron tinha ido tratar de uns últimos assuntos para depois estar completamente livre para o Natal e os seus filhos tinham ido até ao Beco Diagonal para comprar os presentes de Natal. Ou melhor, para comprar um único presente.

A terceira geração dos Weasley’s tinha uma tradição. Como eles eram muitos e acabaria por ficar dispendioso a todos eles comprarem prendas uns para os outros, eles decidiram que cada primo oferecia apenas uma prenda. Eles faziam um sorteio e compravam o presente para a pessoa que lhes calhava.

Perto do fim da tarde, Rose e Hugo chegaram a casa. Cumprimentaram a mãe, que ainda se encontrava no meio das panelas, e seguiram para os seus respetivos quarto. Mas não sem antes terem perguntado se Hermione precisava de ajuda.

Rose chegou ao quarto e encontrou, como aconteceu habitualmente nos últimos dias, Iris, a coruja de James. Eles estavam a trocar cartas para combinar tudo para o derradeiro dia. James, a cada dia que passava, estava mais ansioso. No princípio ele achava o seu plano perfeito. Mas agora era completamente diferente. Cada dia que passava, ele encontrava um novo defeito no seu plano e queria mudá-lo completamente. Claro que Rose o impedia de fazer isso e eles voltavam ao plano original.

Rose pegou na carta que Iris tinha e abriu-a.

Rose é hoje! É hoje! Eu nem sei que dizer, estou tão ansioso. Já pensei em desistir do plano. O tio Bill nunca vai permitir que a Dominique namore comigo. A Domi é muito ligada ao pai. Ela vai acabar por seguir a ordem dele e vai acabar tudo comigo. E principalmente, vai acabar comigo. Como é que vou ficar sem ela?

James

Rose releu a carta várias vezes para ver se tinha lido bem. Era verdade que James estava completamente descontrolado nestes dias mas Rose nunca pensou que ele chegasse ao ponto de pensar em desistir de tudo.

Rapidamente, Rose pegou num pergaminho e numa pena. Ela tinha de responder urgentemente a James. Tinha de lhe tirar aquelas ideias parvas da cabeça.

James, para já de pensar nisso. Sinceramente, eu nunca pensei ver-te assim. Tu és uma das pessoas mais confiantes que eu conheço e agora vejo-te aqui todo inseguro.

Pensa no tio Bill. Tu achas sinceramente que ele vai proibir a Dominique de estar contigo? Sinceramente, achas que vai impedir? Ele até pode ficar em choque no início por não estar à espera disto mas no fim vai aceitar. Até parece que não conheces o tio que tens! Ele conhece-te desde que nasceste e sabe que és uma ótima influência para a filha.

Outra coisa, tu achas mesmo que a Dominique te largaria? Achas mesmo? Por mais que ela seja apegada ao pai e queira fazer de tudo para ele ficar bem, ela lutaria por ti. Eu sei que sim. E tu também devias saber. Devias saber que o que tu sentes por ela, ela sente por ti. Ela não iria desistir de vocês. Ela iria lutar por vocês.

Por estas razões e mais algumas, exijo que tires estas ideias parvas da tua cabeça e te foques no jantar de logo à noite.

Por favor Sirius.

Rose

Rose pegou na carta que acabou de escrever, enrolou-a e atou-a à pequena perna de Iris.

—Leva-a rapidamente para o James. – pediu Rose à pequena ave.

Depois pegou numa carta que tinha recebido naquela manhã. Uma carta de Scorpius. Para além da troca de cartas com James, também a troca de cartas com Scorpius se tinha tornado habitual. Eles falavam das mais diversas coisas. Naquela carta em específico, Scorpius perguntava a Rose aonde esta iria passar o Natal.

Vou passar o Natal na Toca e tu?

Rose

Rose, como fez anteriormente, enrolou o pergaminho. Só que desta vez prendeu-o na perna da sua coruja, Cleópatra e mandou-a entregar a Scorpius.

Depois, Rose aproximou-se do armário, abriu-o e começou a escolher uma roupa para o dia de Natal.

Era normal toda a família passar a noite de Natal na Toca. Por mais que fossem, havia sempre espaço para todos.

Hugo entrou de rompante no quarto de Rose. Esta olhou para o irmão para tentar perceber o que se estava a passar.

—Rose, ela não vai gostar. – desabafou Hugo sentando-se na cama da irmã.

—Claro que vai. Tu conheces a Lily melhor que ninguém. Tu sabes perfeitamente qual o presente perfeito para ela. – disse Rose para confortar o irmão. Ela tinha a certeza do que afirmava, aqueles dois conheciam-se como ninguém – Hugo não penses mais no presente. Ela vai gostar e pronto. Quanto mais pensares nisso, pior vai ser porque vais achar que compraste o presente errado. – Hugo ia protestar mas Rose impediu-o – O que é mentira.

—Não sei Rose…

—Não vamos falar mais nisso. Pensa noutras coisas. Pensa na comida da avó.

—É sempre bom pensar na comida da avó. – disse Hugo sonhando alto – Tens razão maninha, como sempre. Vou pensar em comida. – terminou Hugo saindo do quarto de Rose com outro humor.

Rose riu-se e continuou o que estava a fazer. Por fim escolheu umas calças brancas e umas sapatilhas pretas. Nem pensou em levar alguma camisola porque sabia perfeitamente que a sua avó lhe daria uma. Já era costume de Molly oferecer a todos os elementos da família uma camisola feita pela própria. Muitos criticavam mas Rose adorava esta tradição. Ela adorava a atenção e carinho que Molly tinha com toda a família. Ela sabia que este gesto era um modo de Molly mostrar todo o amor que tinha pela família.

Rose decidiu voltar à cozinha. Ela não se sentia bem ao deixar a sua mãe fazer tudo.

Ao entrar na cozinha, Rose encontrou a sua mãe cheia de farinha. Acabou por sorrir. A sua mãe, até com farinha, era linda. Pegou na câmara fotográfica, que estava no armário da entrada e tirou uma foto à mãe.

Só nesse momento é que Hermione percebeu que mais alguma pessoa estava na cozinha. Olhou para a entrar e viu Rose.

—Precisas de alguma coisa, querida? – perguntou no seu tom mais suave.

—Isso era o que eu devia perguntar. – respondeu Rose.

—Já disse que tu e o teu irmão podem estar descansados. Eu… - mas Rose não deixou a mãe continuar. Apenas pegou num avental e colocou-se à disposição da sua mãe – Já vi que não há alternativa. Só falta fazer a torta de limão.

Os olhos de Rose brilharam à menção da sua sobremesa favorita. Para ela não havia doce mais perfeito que uma torta de limão. Só ela era capaz de devorar uma torta inteira e sem quaisquer remorsos posteriores. Era uma das suas fraquezas. E a torta de limão da sua mãe, em especial, era a sua preferida.

—Vamos então tratar dessa torta.

Hermione e Rose distribuíram as tarefas. Depois começaram a preparação da tão desejada tarte.

—Querida, fiquei muito feliz em saber o quão próximos tu e o James estão. – comentou Hermione enquanto batia as claras. Isso era outra regra naquela casa. Qualquer tipo de comida confecionada, era feita sem magia.

—Por momentos o pai não gostou. – brincou Rose arrancando risadas da mãe – É bom ter amigos. – concluiu.

—Eu disse-te. Rose, os amigos são um dos bens mais preciosos que temos. Estima-os bem. - Rose apenas acenou em concordância.

Hugo entrou na cozinha e encontrou a mãe e a irmã no meio daquela bagunça. Sem estas darem conta, Hugo começou a tirar fotos das duas enquanto estas confecionavam a tarte.

No fim, a tarte estava pronta. Mesmo a tempo de Ron chegar a casa. Ron cumprimentou a esposa e os filhos e seguiu para o quarto para preparar-se para sair. Os restantes elementos fizeram o mesmo.

Depois de algum tempo, os quatro estavam em frente à lareira, com uma caixa cada um, prontos para ir para a Toca.

Mal colocou os pés na Toca, Rose avistou James. Este estava sentado e sossegado num canto. Não falava com ninguém. Apenas observava o movimento inconsciente das suas mãos. Rose aproximou-se dele para conversar.

—Sirius. – chamou Rose assustando o primo. Era a primeira vez que o conseguia fazer e sorriu, afinal James tinha certo prazer em assustá-la – Eu não acredito que continuas assim nesse estado.

—A Dominique mandou-me uma carta hoje. – James parou de observar as suas mãos e encarou a prima à sua frente – Ela está chateada. Nós nunca mais falamos sobre contarmos à família e agora ela pensar que eu já não quero assumir nada. Pensa que o meu interesse por ela já passou. Isso é mentira! Tu sabes que é mentira, Rose.

—Sim Sirius, eu sei. Mas tu tens é que ter calma. Ela não faz a mínima ideia da surpresa que a espera. Todas as inseguranças dela vão passar depois da surpresa, vais ver.

James não teve tempo de responder pois na lareira aparecia uma figura feminina que James rapidamente reconheceu como sendo Dominique. Esta murmurou um breve boa noite a todos e seguiu para a cozinha em busca da avó. 

Realmente, Dominique estava estranha. Mas Rose esperava veemente que isso passasse quando James falasse.

—Eu não vou esperar pelo jantar. Quando todos tiverem cá, eu vou falar. – disse James decidido. Rose sorriu com a convicção do primo. Ao menos todas as suas dúvidas tinham desaparecido depois de encarar Dominique. Agora, mais do que nunca, James queria mostrar a Dominique o quanto gostava dela.

Rose continuou ao lado de James, em silêncio. Enquanto isso, observava todas as pessoas que chegavam à Toca. Naquele momento só faltava a sua tia Angelina e o seu tio George. Roxanne e Fred já se encontravam lá. Mas estes não demoraram muito a chegar.

James viu que já estavam todos presentes e pediu a Rose que fosse chamar as pessoas que estavam na cozinha. Ele iria falar naquele momento.

Todos se aproximaram da sala na expectativa de ouvir o que James tinha para dizer. Este engoliu em seco ao ver que todos o estavam a encarar. Este era o momento. James olhou para o seu tio Bill e viu que este estava como todos os outros. Depois os seus olhos encontraram Dominique. Esta encarava-o sem perceber o que ele estava a fazer. Ela estava longe de imaginar o que James faria a seguir.

—Bem família, há algo que quero partilhar com todos. – começou James.

—Não me digas que vais ser pai? – perguntou Fred na brincadeira arrancando risadas de alguns presentes. Já outros encaravam ainda mais James à espera que não fosse isso.

—Muito engraçadinho, Fred. Não, não vou ser pai – Ginny suspirou aliviada ao ouvir esta afirmação do filho. Ele ainda era muito novo para cogitar a hipótese quanto mais ter um – O que eu tenho para dizer é que eu tenho uma namorada. – antes de continuar James voltou a observar todos para ver as suas reações. Ginny olhava para ele feliz. Finalmente estava a ver o seu filho entrar nos eixos. Harry estava na expectativa, não demonstrava qualquer emoção. O resto da família dividia-se pelo choque e pela felicidade. A cara de Dominique era de puro espanto. Ela começava a perceber o que James estava a fazer e não sabia se haveria de ficar chateada ou bem com ele – Na realidade, ela ainda não é minha namorada. Nós estamos apenas envolvidos. Nós sabemos que gostamos um do outro. Pelo menos eu espero que ela saiba que eu sou completamente apaixonado por ela. Aliás, apercebi-me nestes últimos dias que não é uma simples paixão. Eu amo-a. Eu simplesmente a amo. Por isso decidi fazer alguma coisa. Decidi fazer o pedido formal. E vou fazer isso agora. – James aproximou-se de Dominique – Dominique Weasley aceitas ser minha namorada?


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Notas finais do capítulo

E o pedido finalmente chegou! Que dizem sobre o capítulo?
Espero encontrar-vos nos comentários, beijos :)