— Amy... Alô?! Disse Britney estalando os dedos na cara da Amy.

— Hã... O quê? Disse Amy parecendo está anestesiada.

— Ha! Ha! Eu sabia que uma hora, você iria se apaixonar pelo Joe. Mas também ele é... Ah! Sem definição. Disse Tiffany se abanando.

— O quê?! Eu?! Apaixonada por aquilo?! Nunca! Ah, está bem Tiff, você conseguiu me dar certeza de que está completamente louca. Disse Amy ajeitando a franja.

— Eu nunca imaginei em toda minha vida, que um dia eu fosse dizer isso, mas a Tiff tem razão. Se você visse a cara que você fez e o jeito que você ficou olhando para ele. Não minta, ele te conquistou. Até porque amiga, ele tem uma pegada que desmorona qualquer uma inclusive você. É, falei. Desabafou Britney surpresa.

— Viu! Até a Brit concorda comigo. Ha! Ha! Disse Tiffany se gabando.

— Até você Brit?! Quer saber? Vou ao Toalete. Tenho que retocar a make, arrumar o meu cabelo e esquecer as idiotices que vocês estão dizendo. Mas antes, onde está o Drew? Disse Amy procurando-o.

— Ele deve estar na rua. Respondeu a Tiff.

— Ah, então eu encontro o banheiro sozinha. Concluiu Amy andando pela casa.

Enquanto isso, Joe estava na viatura da polícia a caminho de casa, com as mãos algemadas.

— Droga! Meus pais sempre tem que acabar com a minha alegria. Bradou Joe chutando o banco do carona.

— Se continuar com os ataques, vai amanhecer vendo o sol nascendo quadrado. Disse o policial.

— Tudo isso acontece, só por eu querer me divertir um pouco, numa festinha na casa de um amigo. Vão dizer agora que nunca foram em festas na vida?! Disse Joe indignado.

— É, mas o problema não somos nós, e sim os seus pais e a imprensa.

— Quero mais que todos eles se danem. Eu estava no melhor momento da festa. E vocês tinham que estragar tudo. Disse Joe furioso.

Amy arrumou o cabelo, retocou a maquiagem cantarolando, até que olhou no relógio e disse:

— Ai não!

Saiu correndo do banheiro e falou para Brit e Tiff:

— Vamos embora agora!

— Ah não, tá tão... Quer saber? Vamos! Disse Brit acompanhando suas amigas até fora da casa.

Drew estava na rua conversando com uma garota, quando as viu e disse:

— Mas, já vão?!

— É Drew, eu tenho mesmo que ir. Se não meus pais me engolem viva. Disse Amy desesperada.

— Então, até a próxima. Respondeu Drew espantado.

— Até mais Drew. Disse as três juntas mandando beijo para ele.

Elas entraram no carro, Tiff pisou fundo e voltaram para Beverly à 220 km/h;

— Bom, são 22h15min. Será que até às onze nós chegamos lá? Perguntou Amy.

— É claro amiga, pode confiar. Disse Tiff prestando bastante atenção na estrada.

Parte da estrada estava escura e deserta. Já outra, chegando em Beverly, as ruas estavam iluminadas, tinha bastante pessoas nas ruas e à três quadras da casa de Amy, havia um engarrafamento básico.

— Ai não! Amigas, já são 22h45min. Faltam 15 minutos para a minha mãe passar no meu quarto para me ver... Quer saber? Eu vou a pé mesmo. Disse Amy querendo sair do carro.

— Não mesmo. Você está louca?! Já pensou se o segurança te vê? Com certeza ele vai falar para os seus queridos pais que você estava batendo perna até essa hora. Repreendeu Brit.

— E o sinal abriu. Wohoo! Segurem-se amigas. Disse Tiff soltando o freio de mão e pisando fundo.

Em menos de 5 minutos elas chegaram ao portão da casa de Amy. O segurança foi até o portão e perguntou:

— Posso ajudar?

— Claro. É que a Amy esqueceu o livro dela comigo e o meu ficou com ela. Amanhã eu terei que usar o meu livro na escola. Será que você poderia me deixar fazer esta troca? É rapidinho. Disse Britney fazendo cara de cachorrinho que caiu da mudança.

— Está bem. Você tem 5 minutos para ir e voltar, porque a senhorita Amy precisa descansar.

— Muito obrigada, querido. Disse Brit mandando beijo para ele.

Ele abriu o portão e em menos de um minuto, Amy já estava na porta de casa saindo do carro.

— Muito obrigada, amigas. Amo muito vocês, mas Brit para de dar mole do meu segurança. Sussurrou Amy.

— Fala sério, Amy. Disse Brit.

— Shiiiiiih! Amy e Tiff fizeram juntas.

— Foi mal. Sussurrou Brit envergonhada.

— Tchau amiga e até amanhã. Disseram Brit e Tiff juntas indo embora.

Amy subiu na árvore, foi andando em cima do telhado até a janela de seu quarto. Mas quando ela pulou, perdeu o equilíbrio e caiu batendo a testa no chão.

— Ai! Disse Amy sentindo uma dor tremenda.

Katherine Schneider, mãe de Amy, estava deitada em sua cama ao lado de Robert, pai de Amy. Ela assustou-se com o barulho e falou:

— Rob, você ouviu isto?

— Ouvi. O que imagina que seja? Perguntou ele.

— Amy fazendo travessura. Quer apostar? Disse ela com sarcasmo, levantando-se e indo até o quarto de Amy. Chegando lá, a porta estava trancada. Katherine bateu na porta e falou:

— Filha, você está bem?

— Estou sim, mãe. Respondeu Amy alisando a testa.

— Posso entrar então? Perguntou Katherine.

Amy arregalou os olhos assustada, por estar toda arrumada e respondeu:

— Não mãe. É que eu estou só enrolada na toalha. Já pensou se o meu pai resolve vir também?!

— É, você tem razão. Quanto tempo você vai levar para se vestir? Perguntou Catarine.

— Mãe, eu ainda estou escolhendo um baby doll para dormir. Respondeu Amy.

— Até para dormir?! Amy, você é demais... Daqui a pouco eu volto. Disse sua mãe totalmente impaciente.

Amy suspirou aliviada, levantou-se correndo, pegou um baby doll qualquer, entrou no banheiro, tomou o banho mais rápido de toda a sua vida, se vestiu e passou o removedor de maquiagens no rosto. Ela lavou o seu rosto, mas quando se levantou e olhou-se no espelho, espantou-se com a marca roxa que ficou em sua testa, deu um grito e começou a chorar.

— Eu estou horrível! Bradou ela.

Quando seus pais ouviram o grito dela, correram até a porta de seu quarto e disseram:

— Amy, o que está acontecendo filha? Abra esta porta.

Amy prendeu os cabelos e foi abrir a porta aos prantos.

— O que houve meu amor? Disse sua mãe preocupada.

— Isto mãe, isto que houve. Disse Amy apontando para a sua própria testa entre soluços.

— Como é que você arrumou essa marca roxa na testa mocinha? Perguntou o seu pai curioso.

— É que... Como eu tinha acabado de tomar banho, saí do banheiro dançando, desequilibrei e caí batendo a testa no chão. Inventou Amy.

— Canso de falar para você, quando sair do banho, calce o chinelo. Mas não, ela não me escuta. Vem cá minha filha. Disse sua mãe abraçando-a.

— Então foi por isso que fez aquele barulhão?! Catarine, pare de encher nossa filha de chocolates, se não daqui a pouco a casa não vai aguentar. Disse seu pai.

— Robert?! Bradou Katherine.

— Você está me chamando de gorda, pai?! Bradou Amy chorando mais ainda.

— Olha só o que você está fazendo Robert. Quer saber?! Vai dormir. Que pelo menos assim, você não põe nossa filha mais para baixo ainda. Disse Catarine indignada.

— É, perdi mesmo a moral nesta casa. Desabafou Robert indo para o seu quarto.

Amy entrou com sua mãe em seu quarto e falou:

— Amanhã eu não vou para a escola, não desse jeito.

— Tudo bem minha filha. Até porque você não pode ir assim, se não acabará com a sua reputação. Disse Catarine apoiando sua filha.

Amy se deitou na cama, bocejou e disse:

— Ah, mãe eu estou exausta.

— Dá para perceber. Boa noite filha. Disse Catarine dando um beijo na testa de Amy e apagando as luzes.

***

Enquanto isso, em Malibu, Joe saiu da viatura policial e foi em direção do portão de sua casa. Quando percebeu que ainda estava algemado, virou-se e perguntou:

— Vocês não vão mesmo me soltar?

— As chaves desta algema estão com os seus pais. Até mais, e ver se larga de ser rebelde. Ouviu garoto? Disse o policial que estava no banco carona.

— Ninguém merece! Disse Joe sarcasticamente.

O segurança de sua casa abriu o portão, Joe entrou e foi andando até a porta de casa, que não era nem um pouco perto. Ele entrou em sua casa, seus pais estavam o esperando com suas malas cheias na sala.

— Essa foi a gota d'água, Joe. Eu não queria fazer isso, mas você me obrigou a tal atitude. Disse sua mãe muito triste.

— O que você quer dizer com isso, mãe? Perguntou Joe.

— Amanhã, assim que você acordar, o jatinho estará te esperando para te levar para Michigan. Respondeu sua mãe.

Em seguida, ela saiu correndo aos prantos, Julia não queria ter que fazer isso com seu filho, mas o comportamento dele a forçava a ter que tomar aquela atitude.

Joe ficou sem palavras por mais de 5 minutos, até realmente cair a fixa de que iria para outro estado, ficar preso num colégio interno.

Amy ficou tentando dormir, mas sempre que ela fechava os olhos, via como se fosse uma cena de um filme, ela dançando com o Joe.

— Aff! Até aqui esse garoto não me deixa em paz. Disse Amy levantando a cabeça e batendo no travesseiro.

Em seu quarto, Joe estava deitado em sua cama, olhando para o teto, porém, com seus pensamentos muito longe. O olhar de Amy não saia de sua cabeça.

— Eu tenho que encontrá-la de novo. Disse Joe sorrindo feito bobo, pensando nela.