Bastard escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 4
Jon Stone


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo para vocês e espero que gostem.
Até lá embaixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/670923/chapter/4

Ele foi chamado de Jon assim como seu pai. Ele nasceu no Ninho da Águia num dos quartos de uma das criadas e rapidamente foi reconhecido como filho do Lorde daquele castelo. Foi uma surpresa para todos que um homem respeitável e da idade de Jon Arryn possuísse um bastardo mesmo assim ninguém se atreveu a dizer uma palavra.

Era claro para todos que o Senhor do Ninho da Águia tinha um histórico ruim para esposas e filhos. Aquela altura, Arryn já tinha sido casado duas vezes e suas esposas tinham falecido sem lhe dar herdeiros. Sendo que agora aquela mulher de origem simples fizera o que as de sangue nobre não conseguiram.

O pequeno Jon nascera em uma época difícil poucos dias antes de o Vale ingressar de vez na guerra contra os Targaryen. Quando mais velho contariam ao jovem Stone historias sobre a participação de seu pai que mesmo já não estando num porte e idade de um guerreiro lutara bravamente na que viria ser conhecida como Rebelião de Robert.

O defensor do leste ingressou na batalha. Após lutar com numerosos lordes que se opuseram a rebelião liderada por Robert Baratheon contra os Targaryen. Nesse meio tempo, Jon Stone e sua mãe viviam no Ninho da Águia com o garoto sendo protegido por guardas em todas as horas do dia.

Já que acreditavam que um ataque contra a vida da criança poderia ocorrer já que mesmo como um bastardo ele já era considerado o herdeiro do Vale perante a uma possível queda de Arryn em batalha. E foi exatamente o que aconteceu quando uma tentativa de sequestro ocorreu em que membros da guarda real invadiram o Ninho da Águia e raptaram o bastardo de Arryn e sua mãe.

Jon Arryn recebera a noticia e ficara abalado com tal possibilidade porque apesar de ainda ser um recém-nascido ele nutria um carinho por seu menino. Ele logo recebeu um pedido para que se rendesse e que o Vale passasse a apoiar a coroa contra os rebeldes.

Mas antes que tivesse a chance de tomar uma decisão foi que recebera uma carta de Hoster Tully em que diziam que tinham a localizado os raptores do garoto próximos da Estrada do Rio das Terras Fluviais e que os haviam interceptado.

Como um agradecimento ao Senhor Supremo do Tridente foi que uma aliança foi formada entre os lordes com o casamento de Jon Arryn com Lisa Tully. O acordo matrimonial e execução ocorreram de maneira a afirmar o apoio de Hoster à causa de Robert e também para assegurar herdeiros legítimos para a linhagem do Lorde do Vale futuramente.

Com o fim da rebelião, o Rei Robert Baratheon escolheu Jon Arryn para ser sua Mão do Rei, cargo que fez com que ele e Lysa morassem em Porto Real. Porém, Jon Stone ficara no Vale sendo criado por sua mãe até que a noticia da gravidez de Lysa foi anunciada. Depois disso um temor corroeu a mãe do bastardo quando mais uma vez seu filho parecia se tornar alvo dessa vez por parte da esposa do seu marido.

Jon fora quase morto em três ocasiões. Uma quando de alguma forma uma cobra fora colocada em sua cama enquanto ele dormia e que teria lhe matado se não fosse pela mulher descobri-la e se livrar dela. A partir de então mantendo o filho consigo durante a noite.

Sua mãe temerosa pela vida do filho tentara fugir do Ninho só que acabara sendo impedida pelos lordes do Vale. Havia interesses em manter o bastardo por perto decorrente da probabilidade de a gestação de Lady Lysa não vingasse. Era conhecido que a semente de Lorde Jon não era forte devido a sua idade avançada.

Porém, ainda receosa de permanecer naquele lugar foi que a mãe do Stone mandara um corvo com uma carta endereçada ao seu amante de anos. Ela rezara para os Sete que a carta chegasse às mãos certas.

E como a atendendo foi que a resposta chegou enviada por Lorde Arryn que anunciava que mandaria o pequeno Jon para Winterfell para que ficasse aos cuidados de seu antigo protegido e agora Protetor do Norte, Eddard Stark.

Apenas Jon. A carta não mencionava em momento algum que a mãe do garoto iria com ele. E foi com um pesar no coração e percebendo que aquilo iria manter seu filho em segurança longe do Ninho e do Vale aonde pessoas tramavam contra sua vida que ela aceitou o que deveria ser feito. Ainda havia o receio em seu coração afinal a esposa do nortenho se tratava da irmã daquela que certamente fora a mandante dos atentados contra a criança.

Jon ainda era bastante novo para compreender o que toda essa historia significava. Porém, lhe foi explicado que estaria deixando seu lar para ser educado e aprender com um verdadeiro lorde tudo o que iria precisar quando fosse mais velho. Ele se despedira de sua mãe e das outras criadas, se despediu do Meistre e também de Mya Stone que era a sua única amiga da mesma idade.

As outras crianças sempre haviam tido medo de Jon em parte pelo boato que se corria de que o garoto tinha sido amaldiçoado pelos deuses. Ele era chamado de Jon, o amaldiçoado por aqueles que acreditavam naquelas mentiras que tinham sido espalhadas de modo a justificar os infortúnios acontecimentos com a criança. E entre as crianças se criou a acunha de Jon, o azarado de forma debochada.

O garoto aprenderia a odiar cada uma daquelas pessoas desde cedo e talvez tenha sido isso que o facilitou em aceitar melhor a ideia de ir para o norte. Porém, os poucos que ficavam para trás eram mais do que o suficiente para lhe fazer sentir vontade de retornar quando já estava na estrada para Winterfell.

Ele tivera certeza que sentia saudade das montanhas do Vale quando sentiu o frio em Winterfell. Tinha a sensação de que até seus ossos tremiam de tanto que seus dentes batiam uns nos outros de frio. Então foi que ele atravessou os portões do castelo e se deparou com uma das lembranças que viria a se lembrar com uma das mais acolhedoras que já tivera.

Ele foi recebido por Lorde Eddard Stark e sua família. Naquela época havia apenas duas das crianças do Protetor do Norte mais a que se encontrava no ventre de Lady Catelyn.

Ele então tomara um banho quente e vestira as pesadas roupas nortenhas feitas de couro e peles de animais. Era uma sensação estranha como se aquele não fosse o seu lugar e não se tratasse dele. Foi então que Eddard Stark veio a ele para que conversassem em particular.

“Eu gostaria de conversar com você em particular, Jon” falou o Senhor do Norte “Quero que saiba que eu posso entender como deve ser difícil estar em um lugar diferente com pessoas que nunca viu na vida e que certamente sente falta de seu lar”.

“Eu não quis transparecer isso, meu lorde” falou Jon e Ned sorriu.

Seu modo de agir e jeito errôneo que ele se dirigira a ele como um garoto camponês faria. Ele não dissera milorde como os membros da nobreza estavam acostumados e todo o jeito tímido e simples daquele garoto. O jeito deslocado que se sentia lhe fazia lembrava-se de si mesmo quando chegara ao Vale.

“Pode ser sincero comigo não irei me zangar com o que posso ouvir” falou Eddard compadecido “Você sente falta de casa e isso é natural afinal é um lugar novo e desconhecido” ele fez uma pausa “Mas irá ver que Winterfell pode se torna uma segunda casa sua com o tempo”.

“Eu sinto falta das pessoas que deixei em casa” confessou Jon se abrindo para o lorde que mal conhecia “Sinto falta de minha mãe porque nunca me afastei dela desde sempre”.

“Lorde Arryn sempre esteve longe” continuou Jon “Mas ela não e agora eu estou longe dela”. Lágrimas já escorriam de seus olhos pelas maçãs do rosto coradas pelo frio. “Eu estou sentindo tanta a falta dela”.

“Lorde Arryn?” observou Ned estranhando aquele modo como o garoto falara “Seu pai não lhe permite que você o chame pelo nome?”.

“Antes de ser meu pai” falou Jon “Ele é o Lorde do Ninho da Águia e Mão do Rei” e ele fez uma pausa “Além do mais eu nunca teria tal direito em chama-lo assim...”.

“E por que não?” questionou Ned.

“Porque eu sou apenas um bastardo, meu lorde”. Respondeu Jon Stone.

“Errado, uma pessoa não se define apenas pelo nascimento” disse Ned seriamente para o garoto “E antes de qualquer função seu pai é isso que Jon Arryn é”.

“Eu não sei o que ser um pai significa” respondeu Jon “Lorde Arryn sempre esteve muito ocupado para mim e longe em Porto Real sendo a Mão do Rei” então fez uma pausa “Ele é como um quase estranho para mim, meu lorde”.

“Quantas vezes você viu seu pai nesses anos que você tem?” questionou Ned estranhando.

“Apenas nas vezes em que esteve no Vale” falou Jon “Nos dias do meu nome e quanto sua presença era requisitada pelo conselho”.

“E você o ama?” perguntou Ned.

“Eu o amo”. Respondeu Jon. “Amo meu pai só que não como amo minha mãe”. Ele limpou as lagrimas em seu rosto “Desculpe-me, meu lorde...”.

“Pelo que?” perguntou Ned.

“Por ser tão fraco” respondeu Jon “Pelas coisas que estou dizendo”. Ele olhou para Ned então algo que até então evitava fazer. “Eu não devo o que o senhor esperava de um protegido”.

“Pelo contrário” disse Ned “Você vai além do que eu esperava” Ele sorriu para o garoto lhe limpando as lagrimas “Eu não poderia esperar um garoto com um coração como o seu”.

“Eu então irei ficar, meu lorde?” perguntou Jon “Não me mandara embora?”.

“Nem pense nessa possibilidade” falou Eddard “Eu irei te ensina-lo e farei de você um cavaleiro um dia”. Então se levantou e começou a se dirigir a saída do quarto “Estaremos te esperando para o jantar”.

“Obrigado, meu lorde” respondeu Jon enquanto a porta se fechava.

Eddard Stark saiu do quarto e imediatamente foi escrever uma carta para Jon Arryn. Não havia como um homem como o Senhor do Vale ter se tornado alguém tão frio ao ponto de ignorar quase que por completo a existência de seu filho. Mesmo bastardo aquele era seu sangue.

Parte dos pensamentos do Protetor do Norte esperava que aquilo fosse por conta das obrigações como Mão do Rei e em especial de sua esposa que devia não permitir que ele se aproximasse tanto do filho. Robert sofria o mesmo com Cersei e no caso dele eram vários os bastardos não apenas um.

Ned sabia que caso ele tivesse tido um bastardo (algo que nunca acontecera nem havia de acontecer afinal sua honra o mantinha fiel a Catelyn) não o abandonaria. Não agiria como os outros lordes que pareciam não se importar com o fato de estarem permitindo que seus filhos crescessem sem saber o que é ter um pai ou mesmo sem serem reconhecidos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A versão mais jovem do Jon até agora.
Não me perguntem quantos anos porque ainda não sei qual seria a idade dele aqui afinal ainda não se tem a Arya e nem os mais novos.

De qualquer forma espero que tenham gostado. Eu tenho pensado tanto em escrever segundos capítulos para alguns porque a versão Waters em minha opinião ficou meio rasa em desenvolvimento se comparado com os outros. Enfim, deixem a opinião de vocês ai embaixo pode ser?

Até mais.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bastard" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.