—Ora Tony, Matt é um grande amigo.

—Mais que um amigo, eu diria.

 Tony pegou um drink e olhou para Mundork que trazia um meio sorriso nos lábios.

—Acho que vocês querem conversar não é mesmo?- Antes de obter a resposta, Stark colocou a mão esquerda no bolso da calça e caminhou de volta á mesa com seu drink.

—Aurora conhecer o Demolidor?

—Steve, não sei se ela conhece o Demolidor ou Matt Mundork.- Tony disse se sentando.

  Pepper apenas observava. Estava entediada, queria mesmo era estar em seu apartamento comendo uma pizza e tomando coca-cola, e não vendo dois homens adultos agindo como adolescentes.

  Ela passou os olhos por todo o salão até parar em Aurora e Mundork. Pepper já havia se encontrado com ele algumas vezes. Desses “encontros” conseguiu constar que Matt era um homem de muita personalidade. E senso de justiça, nisso o Demolidor falava por si.

  Pepper Potts se lembrou que Matt e Tony não se davam bem. Quando se encontravam sempre saia algum tipo de discussão. Os dois lutavam pela mesma coisa mas tinham princípios um tanto quanto diferentes.

—Pep?

A voz de Tony á trouxe de volta para o salão de festas

—Sim Tony ?

—Quer ir embora? você parece cansada.

—Não antes de ver seu discurso.

—Não preparei exatamente nada. – disse tomando um último gole de seu drink

—Por isso mesmo

                                                 *****

—Então finalmente você se reencontrou com seu irmão?

—É sim Matt, mas era muito melhor ter ficado longe...

—Por que diz isso?- disse franzindo a testa

—Estávamos enganados. Meu avô não morreu. A Hidra não acabou.

—Do que está falando Aurora ?

“Gostaríamos de chamar ao palco o homenageado da noite”

—Natasha Romanoff me disse coisas, mostrou coisas. Não sei como Matt, mas eles enganaram á nos dois.

“Sr Stark. Que com sua compaixão salvou nossas crianças das ruas.”

 Matt abraçou Aurora. Eles se conheceram em uma situação não muito amigável.

 Era madrugada e Aurora fugia de dois homens da HIDRA que foram mandados para captura-la. Ela corria pelos becos de Hell’s Kitchen, estavam correndo sem direção, até se encontrar em um beco sem saída.

 Sua respiração estava curta, seu coração acelerado. Antes de ela pensar em algo os dois homens estavam parados á sua frente. Ela olhou ao redor não tinha nada para escalar ou para se defender. Suas pernas involuntariamente foram indo para trás. Os seus olhos quase não se moviam.

—Olha, não acha ela bonitinha... podemos brincar com ela antes de entregá-la ao chefe

—Está louco? Se o fizermos algo com ela e o chefe descobrir estamos mortos.

—Ele não vai descobrir- o homem se aproximou de Aurora, e segurou seu braço- não é?

   Ela tentou escapar mas o homem era inúmeras vezes mais forte que ela, quanto mais ela se rebatia mais forte ele á segurava

—Escuta, eu não queria machuca-la, mas não me deixa opção. Sei que tentara fugir, então vou dificultar um pouco as cosias.

  Ao finalizar a frase, o homem tirou uma arma de seu casaco e com um sorriso doentio, apontou para a perna esquerda de Aurora e disparou. Ela caiu no chão ofegante a dor era inexplicável. Mas ela estava com muito medo para gritar. Ela tentara, mas a voz parecia ter sumido.

Demolidor estava não muito longe dali. Ouviu o tiro, e sem delongas foi para o local do disparo. Quanto mais perto ficava do local, o barulho dos batimentos cardíacos ficavam mais intensos, mais rápidos. Ele podia sentir o medo.

  - Agora, que você não era fugir, vamos nos divertir – o homem abaixou-se e puxou Aurora para perto dele. Antes de fazer mais alguma coisa ouviu seu companheiro gritar. Ao virar-se não teve tempo de reação. Não viu seu agressor e nem com que foi atingido, apenas sentiu a pancada em sua nuca.

—Você está bem ?

—A-acho que sim...- Aurora tinha a respiração ofegante, suava frio e tremia.

—Vem, eu ajudo você- disse pegando-a no colo- posso saber seu nome?

—Helena- ela respondeu o primeiro nome que lhe veio a cabeça- e o seu?

—Não preciso me apresentar.

                                                    ****

No salão ouvia-se palmas

—Bem, bem. Para finalizar queria agradecer a Pepper que esta sempre comigo e gostaria de pedir um brinde á minha irmã, que reencontrei depois de tanto tempo. Mas acho que ela tem coisas mais interessantes á fazer.

  Tony desceu do palco, passou pela sua mesa e chamou Pepper para ir embora.

  Aurora se despediu rapidamente de Matt e foi á mesa se despedir de Steve e correu ao encontro de seu irmão. No estacionamento, Tony não encontrava Heppy.

—Aqui patrão. Mudei o lugar do carro porque tive que dar uma saída.

—Onde foi?

—Lá em casa. Fui ver se meu celular estava lá.

—E estava?

—Não acho que perdi. Vai pra casa senhor?

—Sim Hap pra casa.

Tony entrou no carro com Pep e Aurora

—Dá pelo amor de Deus para parar com esse ciúme

Não houve resposta.

—Não finja que não ouviu Anthony

—Não é ciúme Aurora. Estou cansado de você se preocupar com todos, contar tudo a todos menos á mim. Eu finalmente te encontrei e você age como se nada tivesse acontecido, como se você tivesse ido tirar alguns anos de férias, e ainda acha que tem razão em ficar brava quando eu pergunto alguma coisa.  Mas sabe o que mais me chateia? Você achar que não pode confiar em mim.

O carro havia parado. Tony havia chegado em casa.

—Por que chora Aurora? Eu disse apenas verdade.

Aurora desceu do carro com raiva e seguiu o irmão para dentro de casa.

—Vamos Hap- Pepper colocou a mão em seu ombro- não temos nada o que fazer aqui.

—Anthony você acha que é assim? Não entende. Alias o que eu esperaria? Você é o ser mais egoísta que já existiu

—Eu não entendo pelo simples fato de você não me contar nada!- o seu celular começou a vibrar, Tony leu a mensagem e foi em direção á porta.

 -Aonde vai?

—Hep me avisou que você esqueceu a bolsa no carro. –Tony disse seco

 Quando Tony estava prestes a abrir a porta Aurora estremeceu. Happy havia perdido o celular, e ela, não havia levado bolsa.

 Aurora levantou o olhar para o irmão e a cena se passava em câmera lenta. Ao abrir a porta um disparo foi efetuado. Aurora  viu o irmão caindo de joelhos. Tudo parecia um sonho “Aurora se esconda” Tony gritava, mas para Aurora parecia distante. Ele gritou mais uma vez antes do segundo disparo atingi-lo. Dessa vez Tony caiu para traz. Aurora gritava seu nome desesperadamente enquanto via uma poça de sangue formar-se atrás da cabeça de seu irmão.