No dia em que Aurora Stark decidiu fugiu de casa, ela e seu irmão estavam trabalhando no laboratório já era tarde, mas eles nunca se importavam com o horário, mau olhavam para o relógio.

  Mas naquele dia algo estava estranho, diferente. Aurora não se sentia bem, como algo fosse acontecer. Ela não estava conseguindo se concentrar em nada, por mais que tentasse.

—Aurora você ouviu o que eu disse?

—Não... Desculpe Anthony; pode repetir?

—Não. Já é a decima frase que me pede para repetir. Você está com sono?

—Não...

—Porque não vai tomar uma água, lavar o rosto sei lá..

—É você tem razão. Volto rápido

  Tony apenas assentiu com a cabeça e voltou ao trabalho. Aurora deu uma olhada panorâmica em seu laboratório e seguiu para a cozinha. Ao passar pela sala viu seu pai no telefone, ele estava com um semblante sério e preocupado. Ela seguiu pra a cozinha, encheu um copo de água e caminhou para fazer o trajeto de volta. Ao chegar ao corredor da sala ouviu seu pai alterar a voz. Ela se aproximou e ficou ouvindo a conversa.

—Escuta. Ela não está aqui ok? Não sei por que insiste nisso..

 Ela só conseguia ouvir u a parte de seu pai da conversa, mas logo iria descobrir que não precisava saber o que a pessoa do outro lado da linha dizia para entender do que se tratava aquela conversa.

—Juro que gostaria de ajudar, mas sua neta não está comigo... O meu filho não tem nada haver com isso, deixe ele fora dessa história.... Você pode ser o chefe da Hidra, mas preste atenção: Se você ou seus capangas encostarem um dedo no meu filho, eu juro que mato vocês.... A AURORA NÃO ESTÁ COMIGO!

  Haward Stark jogou-se na cadeira, sua respiração estava densa. Ele mantinha as mãos sobre os olhos. Não conseguia disfarçar a preocupação e o medo que sentia.

  Aurora foi caminhando devagar de volta ao laboratório, suas mãos estavam trêmulas e ela sentia dificuldade em respirar. Ela trazia perigo para sua família, e aquilo ela não poderia suportar.

—O que você tem? Está pior agora do que quando saiu- Tony perguntou olhando para a irmã que tinha acabado de entrar- Aurora você está bem? Claro que não você esta tremendo.

—Não Anthony, estou bem... Olha eu vou dormir ok.

—Mas, a gente tem muito que fazer...

—Não Anthony você tem muito que fazer.

—O que diabos você tem?

  Aurora se afastou do laboratório vendo o olhar indagatório de Tony. Assim que entrou em seu quarto as lagrimas escorriam pelo seu rosto. Ela não podia ficar ali, trazendo risco á sua família, seria egoísta demais.  Ela tinha que ir embora.

 Começou arrumar suas coisas e depois, escreveu um bilhete ao seu irmão.

“"Oi Anthony, sou eu Aurora. Acho que você já sabe disso não é mesmo? Bom não estou escrevendo para explicar o motivo da minha partida, mas sim para ter uma última conversa contigo.

Sabe Anthony, desde quando papai me trouxe para morar com você minha vida melhorou, ter um irmão como você é tudo o que eu queria. Por favor não fique bravo comigo por muito tempo. Talvez um ida eu volte. Se eu voltar darei um abraço em você. Prometo. Se eu não voltar me perdoe, me perdoe por te fazer sofrer sumindo assim.

Mais uma coisa, não dê nosso sobrenome a qualquer garota sem sal ok? Se você se casar- o que eu acho muito difícil, para não dizer impossível- fale de mim para ela.

E por último quero dizer que eu te amo! Muito muito. Desculpa não dizer isso olhando em seus olhos. Prometo que tentarei voltar e dizer"

Ela leu e releu até se convencer de que estava bom... Ela partiu 5:00 da manhã Tony havia acabado de chegar no quarto e dormir. Ela olhou pela ultima vez para o irmão, e quando sua mente quis hesitar ela já estava longe...

                                                 *****

—Pai! Pai!

—Porque está gritando Tony?

—A Aurora pai, ela fugiu.