O Guardião escrita por Nelson Gomes


Capítulo 4
- Invadem minha casa -


Notas iniciais do capítulo

Hey Jovens, Bom Dia, Boa Tarde, Boa Noite!

Como vocês estão? Espero que todos bem.

Capitulo novo para vocês, nesse temos mais ação.

Espero que Gostem!
Boa Leitura!



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 Depois daquele dia no colégio eu precisava relaxar um pouco. Então, quando saímos, eu e o Matt fomos até a praia, sentamos na areia e ficamos observando o mar. Observando as ondas quebrando nas pedras, os surfistas e as meninas aproveitando o dia de sol.

— Bruno, é sério, obrigado mesmo pelo o que você fez por mim lá na escola.

— Não precisa me agradecer Matt. Eu apenas fiz o que devia ser feito.

— Claro que eu preciso agradecer, se não fosse por você, eu não sei o que teria me acontecido. Provavelmente ele me bateria ate me deixar inconsciente, ou ate pior. E ninguém lá parecia querer e ajudar. Todos estavam amedrontados, ninguém nem ao menos se mexia, apenas conseguiam assistir. Até que você chegou e mudou tudo, fez com que todos vissem que com coragem da pra enfrentar os nossos medos. Todos te aplaudiram Bruno, por um momento, todos te idolatraram.

— Cara, você esta me tratando como seu fosse um herói que eu não sou.

— Sim, Bruno, você é! Pelo menos hoje você foi esse herói! – Disse Matt, enquanto se deitava na areia, recostando a cabeça em sua mochila e fechando os olhos.

— Herói! – Eu disse para mim mesmo, baixinho, e não pude deixar de sorrir.

*****

  Já estava anoitecendo quando eu voltei para casa, e foi ai que tudo começou. Quando eu cheguei, notei que a porta estava entreaberta, o que de cara já achei estranho, pois meu pai era extremamente cuidadoso em relação à porta, e nunca a deixava aberta. Entrei com cuidado, e me deparei com a sala de estar totalmente bagunçada. O sofá estava rasgado, os livros do meu pai estavam jogados por todo o canto, vidros estavam quebrados. Uma verdadeira desordem. Mas o que me preocupou verdadeiramente foram os vestígios de sangue pela casa. Larguei minha mochila no chão com cuidado para não fazer barulho. Andei cautelosamente até à cozinha, onde a desordem era ainda maior. Todos os armários estavam abertos, com pratos e copos quebrados no chão. A gaveta de talheres estava jogada no chão, com os mesmos espalhados por toda a cozinha. A geladeira aberta, com todos os alimentos espalhados. Logo imaginei que minha casa havia sido invadida por assaltantes que estavam em busca de algo de valor. Torcia para que eles já tivessem ido embora. Mas, eu não sabia ainda que era muito pior do que eu imaginava.

De repente, eu senti uma presença e olhei para o lado. E ali, agachada atrás do balcão, estava minha irmã.

— Jéssica, o que aconteceu aqui?

Então, ela começou a balançar a cabeça desesperadamente, como se tentasse me avisar de algo. Ela estava arranhada nos braços, e sua roupa estava rasgada. Parecia que ela tentava, mas não conseguia falar.

— Quem fez isso com você? Onde estão nossos pais?

Foi então que eu ouvi um barulho atrás de mim, como algo sendo esmagado. Me virei, e o que vi me deixou realmente assustado. Três homens estavam parados bem na minha frente. Notei que os três tinham longos cabelos negros e trançados e possuíam uma tatuagem de lua crescente no braço esquerdo. Um deles era enorme, pense no tamanho de Fred, agora multiplique por 2. Multiplicou? Então, aquele cara era ainda maior. E ele estava segurando meus pais, cada um em uma mão, de forma que eles não conseguiam nem tocar os pés no chão. Minha mãe tinha um corte horrível na perna, que estava sangrando muito, e um outro bem em cima do seu olho direito, o que certamente havia cegado. Meu pai estava desacordado, seu braço direito e sua perna esquerda estavam claramente quebradas, pois estavam contorcidas de uma forma anormal. Então, o homem largou meu pai no chão, e quando ele caiu, notei um corte profundo em sua garganta, o que para o meu desespero, me fez perceber que ele não estava desacordado, e sim, morto. Lágrimas escorriam dos meu olhos, e vi que minha mãe também chorava. Eu estava paralisado, totalmente sem reação.

O homem da frente começou a falar, com uma voz grave:

— Onde estão às pedras moleque? Entregue-as a mim, e talvez eu tenha misericórdia de você, deixando que essas mulheres permaneçam vivas.

Foi quando ouvi um grito, e percebi que na minha frente só estavam dois homens, e ao olhar na direção em que minha irmã estava, vi que o terceiro a estava arrastando pelos cabelos na direção dos outros.

— Que pedras? Do que você esta falando? Eu não sei de nenhuma pedra.

—Não banque o tolo moleque, você prefere esconder esse segredo e ver sua família morrer diante dos seus próprios olhos?

Então ele fez um gesto, e o grandalhão que segurava minha mãe começou a apertá-la, fazendo que ela gritasse de dor. Aquilo me desesperou.

— Eu juro, eu não sei de pedra nenhuma. Por favor, solta elas. Por favor.

— Então venha conosco, sem mostrar resistência, que talvez eu as deixe viver.

— Mas por quê? O que vocês querem comigo? Com minha família? Que pedras são essas?

Então me ocorreram meus sonhos. As seis pedras de cores diferentes que eu vi.

— Não me faça de idiota. Minha paciência tem LIMITE. Você é o único que sabe onde encontrar as pedras. Portanto venha conosco, nos mostre o caminho e salve sua família.

— Bruno, não de ouvidos a ele. Fuja meu filho. FUJA. – Gritava minha mãe, em meio às lágrimas e caretas de dor.

— Oto, faça com que essa mulher cale essa maldita boca.

Então, o brutamontes que se chamava Oto jogou minha mãe com toda a força contra a parede, e ela caiu, desacordada.

— NÃO! – Gritamos eu e minha irmã ao mesmo tempo.

Então, sem pensar muito, movido apenas pelo desejo de salvar minha irmã que ainda estava nas mãos deles, e chegar a minha mãe, eu me abaixei e peguei uma faca que era grande o suficiente para ser usada como arma. Corri para cima do homem que segurava minha irmã, fingi que ia para um lado, e quando ele se preparou para defender eu ataquei o braço em que ele segurava minar irmã, o que abriu um imenso talho. Ele urrou de dor, e afrouxou o aperto, o que deu tempo mais que o suficiente para que minha irmã corresse. Ela foi até minha mãe.

— Você vai se arrepender por isso moleque. Oto, minha arma.

Oto tirou das costas uma arma que parecia uma lança, mas tinha lâminas nas duas pontas e a jogou para meu adversário. Ótimo, é agora que eu morro, pensei.

— Acabe com ele Bayon. Machuque, mas não mate! – Disse o homem que me perguntou sobre as pedras.

— Ok Chefe.

 Preparei-me para a luta. Mas percebi que estava com uma “pequena” desvantagem, visto que eu tinha como arma apenas uma faca de cozinha, e Bayon tinha uma lança que era quase do meu tamanho. Então, eu analisei o ambiente e meus inimigos, tentando traçar uma rápida estratégia. Eu olhei para o homem que eles chamavam de chefe, e notei que em sua cintura pendia uma espada. Não era a arma perfeita para se lutar contra um cara enorme usando uma lança igualmente enorme, mas, era bem melhor do que uma simples faca.

É agora ou nunca!— Pensei.

Em um movimento rápido e preciso, joguei a faca em sua direção, o que cortou de raspão sua face. Não foi um ferimento grave, porém, foi o suficiente para que ele se distraísse e desviasse sua atenção de mim. Em um único movimento eu pulei e rolei em sua direção, tirando a espada de sua cintura e correndo na direção de Bayon. Minha raiva era tanta pela morte do meu pai, e meu desespero em salvar minha mãe e irmã eram tão grandes, que eu não pensei em ter cautela. Só queria acabar logo com aquilo, queria matar os agressores de minha família. Eu apenas atacava, desferia golpes e mais golpes, tentando encontrar qualquer brecha, mas não conseguia obter nenhum sucesso, pois ele sabia muito bem como manejar aquela lança e defendia a todos os meus ataques com uma facilidade impressionante. Então ele deu um chute no meu peito, me jogando para trás, e brandiu sua lança, cortando meu braço. O sangue jorrou. Eu estava perto do balcão, onde minutos antes minha irmã estava escondida. Em cima do balcão, estava um copo que eu agarrei e arremessei na direção de Bayon. Sua reação foi lenta demais, e o copo acertou em cheio seu rosto, cortando sua testa e fazendo com o que o sangue escorresse sobre seus olhos, cegando por um breve momento. Era a minha chance. Corri em sua direção, e antes que ele pudesse se defender, minha espada estava cravada até o punho, sob o seu queixo. Eu puxei a espada e Bayon caiu, sem vida.

Antes que eu pudesse me virar para enfrentar os outros dois, fui atingido nas costas e cai de bruços. Já estava cansado e ferido. Tentei me levantar, mas foi em vão, o corte no meu braço latejava. Eu estava sem forças. Então, uma mão me agarrou e me virou. Vi Oto parado na minha frente, olhando daquele ângulo, ele parecia duas vezes maior do que já era. Ele levantou a lança que era de Bayon e eu me preparei para morrer. Quando de repente, seu peito irrompeu em chamas, fazendo com que ele caísse morto para um lado e a lança para o outro, inofensiva. Onde segundos antes ele estava parado, agora estava o homem que eu vi nos meus sonhos, com o braço esticado para frente, sua mão estava fumegante. Sorri, sentindo alívio, o cansaço e a dor me dominaram e tudo escureceu.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?

Espero que tenham gostado.

E quero deixar aqui o meu agradecimentos a quem está lendo e deixando comentários! Obrigado mesmo.

Até a próxima

That's all folks.



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