Separaram apenas suas bocas, pois seus rostos ainda estavam juntos.

- Tenho que ir Ichigo.

- Não Rukia, fique aqui comigo.

- Não posso. Se o meu Nii-sama vier atrás de mim? Garanto que dessa vez ele não lhe ameaçará, ele te matará.

- Então vá!

- É assim mesmo?

- O que eu fiz?

- NADA! – se afasta de Ichigo, se vira e sai andando.

- Ei Rukia. – a morena no mesmo instante vira pra traz. – Até. – diz com um sorriso doce.

Ela cora e retribui o sorriso acompanhado de um “Até Ichigo”, então se vira e vai como veio, encantando Ichigo.

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No dia seguinte, não se viram pela grande quantidade de coisas a se fazer. Só foram se encontrar novamente no por do sol, quando o portal já estava aberto e Ichigo pronto para ir. Ele despede-se de todos que estavam lá, inclusive de Rukia. Apesar de ter tomado extremo cuidado com suas palavras, pois Byakuya estava por perto.

Já estava dentro do portal, quando se vira novamente para trás em busca de mais um olhar de Rukia, quando ouve um “Eu juro Ichigo, eu juro.” Apenas sorriu enquanto o portal se fechava, mas ainda sim pode ouvir o Byakuya intimidar Rukia com um “Jura o que Rukia?”.

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Era dia 13 de Janeiro, uma ensolarada quarta-feira. Pelo menos aos olhos de Ichigo. Que pelas suas contas era hoje que reveria Rukia. Estava tão sorridente que todos estranharam quando chegou a aula. Distribui bom dia a todos e até retribuiu um dos abraços do Keigo.

- Ohayou Inoue, Tatsuki.

- Ohayou Ichigo. – responde Tatsuki. – Ohayou Kurosaki-kun. – responde Inoue.

- Que dia é hoje Inoue?

- Não Tatsuki-chan, não é 15 de julho.

- Então por que o Kurosaki está tão... Diferente hoje?

- É por que... Hoje... Ela volta.

- Ela quem Inoue?

- A... Kuchiki-san. – diz com a voz trêmula.

Ichigo já estava em seu lugar e olhava fixamente para janela, ignorando todos à sua volta. “Aquela baixinha deve vir pela janela me assustando, como ela sempre faz”. Ficou encarando a rua, o céu, as arvores, mas sempre olhando a fora da janela. Em esperanças de vê-la.

Então se passou aquele dia, a sua angustia ia aumentando conforme as horas iam passando. Até que anoiteceu. E novamente passou a noite olhando a janela.

No dia seguinte, ao contrario do anterior, estava mais de mau humor do que de costume. Deu bom dia apenas a Inoue, Tatsuki, Chad e Ishida. Novamente, todos estranharam a mudança repentina de humor.

Mas apesar de sua angustia ainda tinha esperança e olhava fixamente para a janela. Nem quando deu o sinal para o intervalo, não se mexeu, ficou intacto em seu lugar, olhando a janela. Só desviou seu olhar quando viu que uma menina ruiva parava ao seu lado.

- Kurosaki-kun. Posso lhe fazer uma pergunta?

- Sim Inoue.

- Por que a Kuchiki-san ainda não voltou?

- Não sei – diz com os punhos cerrados e a cabeça baixa.

- Desculpe-me. – fala ao perceber a reação de Ichigo.

- não se desculpe.

- Você gosta dela não é Kurosaki-kun?

- Quem eu?! Gostar daquela baixinha irritante? Que ripo de pergunta é essa Inoue?

- Não minta para mim Kurosaki-kun. Você a ama, e dá para perceber em seu olhar ao encontrar o dela, em sua expressão quando ela chega e como você fica confortável ao lado dela.

- Desculpe Inoue, realmente me desculpe, por não amá-la. Minha alma pertence a ela, meu coração... Apenas a ela.

- Não se desculpe Kurosaki-kun. Todo esse tempo sem ela aqui, você não viveu, apenas respirou. Sua vida é a Kuchiki-san.

- Sim Inoue. Ela foi à única que me fez sorrir depois que minha mãe morreu, e a única que me fez chorar quando ela se foi.

- Às vezes sou uma garota muito má e egoísta. Mas desejo do fundo do meu coração que vocês sejam muito, muito felizes. – diz lutando com as lágrimas que queriam cair como se fossem gritos.

- Obrigada Inoue. Eu também quero do fundo do meu coração que você seja muito, muito feliz.

- Obrigada Kurosaki-kun. – vira-se e sai correndo em direção ao banheiro tentando esconder as lagrimas.

Continua...