- O que está acontecendo aqui Rukia?

- Na... Na, da Nii-sama.

- Então por que estão tão corados?

- Não é... Na, da Nii-sama.

- Se não é nada então por que está temendo como se tivesse acontecido algo? – parecia estar brincando com o nervosismo dos dois, os deixando ainda mais nervosos.

- Não é... Na, da

- Sei. – diz com o tom frio de sempre. – O que faz ainda aqui Kurosaki? Não deveria já ter ido embora?

- Sim. Já estou indo. Até Rukia. –fala rapidamente

De repente Byakuya encosta Ichigo na parece e diz em tom ameaçador: - E não pegue daquele jeito na mão de Rukia. Moleque insolente.  

Ichigo sai praticamente correndo. Deixando a Zangetsu a onde estavam.

Já estava próximo ao portão da Seireitei, quando sente falta de algo. Poe a mão nas costas e se lembra que deixou a sua zampakuton na mansão. Vira-se para voltar para lá - mesmo morrendo de medo do Byakuya dessa vez matá-lo. É quando vê uma sobra no meio do caminho. Abre um enorme sorriso e forma-se aquela sua indecifrável “cara de bobo”. Reconheceria aquela pequena sobra até de olhos fechados. – “Tão linda. Até parece um borboleta iluminada pela lua. Não. Ela é a lua! A lua que brinca com a liberdade de uma borboleta. Uma flor tão nobre, tão rara... – seus pensamentos são interrompidos por um doloroso soco na cara que o faz voltar à realidade. – Ai maldita.

- Mereceu. Fica ai com essa cara de bobo.

- Precisava me bater?

- Não necessariamente... Mas é legal ver sua expressão de dor.

- Ora sua...

- Tome. – lhe entrega a grande zampakuton.

- Obrigada por trazê-lo até aqui.

- Nunca mais me faça carregar essa coisa de novo. Ela é muito pesada – diz fazendo o drama típico da “Kuchiki-san”

- Ah, nem é tão pesada assim.

- É sim. Você não sente por que é você quem a carrega pra lá e pra cá todo o tempo.

Ichigo não disse nada, apenas sorriu, dando inicio a um silêncio constrangedor. Ficam em silêncio por um longo tempo. Até que ele é quebrado.

- Você vai voltar comigo pra o mundo dos vivos Rukia?

A baixinha nada responde, apenas abaixa a cabeça com uma expressão triste que intriga o Shinigami.

- Em Rukia?! – Vendo que ela não respondia, pega o queixo da mesma e delicadamente levanta seu rosto, fazendo a encará-lo. – Em Rukia?

Com os olhos mareados responde: - Não. Não voltarei com você.

- Por quê?

- Meu Nii-sama e meu capitão decidiram que terei que ficar pelo menos de um ano a seis meses, até a SS se recuperar totalmente. – diz com a voz embriagada e os olhos cheios de lagrimas, preste a cair.

- Como Rukia? Como? Você não pode me deixar sozinho naquela cidade. – em um ato de carinho e desespero Ichigo abraça Rukia, cobrindo seu pequeno corpo e deixando a pequena assustada. – Por favor, me diz que não é verdade. – diz agora com a mesma voz embriagada dela.

- Eu não queria, não queria. Mas é verdade.

- Como agüentarei ficar um ano sem olhar para seu rosto?

- Ache um jeito! – empurra o rapaz e vira impedindo o mesmo de ver suas lagrimas que agora corriam por sua pele alva.

- Me diz como... – a vira de frente para si.

- Não sei Ichigo. Não sei! – o abraça tentando encontrar uma resposta, ou até mesmo um refúgio.

- Eu juro... Juro pra você!

- O que?

Pega o rosto dela e a próxima do seu, deixando suas bocas quase juntas e olhando fixamente para seus orbes violetas, diz: - Não importa quanto tempo passe, você sempre será minha única. Sempre.

- Eu juro Ichigo... Juro pra você... Que você sempre será meu protetor, meu único protetor.

Ambos fecham os olhos, para sentir aquele momento mágico. Era uma experiência nova, e estavam adorando experimentar cada canto de suas bocas. Era um beijo apaixonado e apaixonante. Nem o ar ousava atrapalhá-los. Eles não precisam de palavras, precisavam apenas um do outro. Eles são Ichigo e Rukia, e esse era o eclipse deles.