Por trás das lentes escrita por Megan Queen


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiii, povooo que eu amo!
Cá estou eu com mais um cap suado...Meus dedos estão gemendo, é péssimo digitar no celular, mas eu amo tanto vocês q mesmo assim estou digitando na porcaria do celular...kkk
Boa leitura! ♥



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*Felicity Smoak*

Ele me encara por um bom tempo, parecendo indeciso.
— Não tem mais dúvidas sobre meu caráter e minhas intenções, srta. Smoak? - ele levanta uma sobrancelha grossa.
— Não. Não tem por que - respondo decidida.
— Como chegou à essa conclusão? - ele volta para seu lugar, mas se inclina em minha direção, apoiando o peso do corpo numa mão que colocou entre nós.
— Acho que uma parte de mim sempre soube que você é cavalheiro e gentil por natureza - O.k. Agora rasguei a seda pra ele e meu rosto logo cora - Além do mais, eu nem mesmo faço o seu tipo - acrescento - quer dizer, eu sou uma geek, sem fama e nada parecida com uma modelo...
Ele parece incomodado por alguns segundos após minha última observação.
— Sabe, eu realmente não aguento mais esse clima pesado entre a gente...- desabafo.
Ele pensa um pouco, enquanto observa meu rosto. Por fim, suspira.
— O.k. Não consigo ficar com raiva por muito tempo mesmo - ele dá de ombros e sorri, fazendo meu coração saltar. O que é estranho, pra dizer o mínimo. - Então, "srta. Smoak" ou " Felicity"? - ele pisca.
— Felicity, com certeza! - respondo, com entusiasmo o fazendo rir.
— Certo. E você também já pode parar com essa frescura de "Sr. Queen".
— Tudo bem, Oliver - sorrio e, pode ser impressão minha mas ao ouvir seu nome da minha boca, a expressão dele se suaviza ainda mais.
Penso um pouco e minha língua sem freios logo pergunta:
— Então, você não me odeia?
— Eu até tentei, juro - ele bufa - mas já comprovei que você é 'inodiável'.
— Essa palavra não existe - eu lhe dou uma cotovelada de leve e ele segura meu braço, me fazendo chegar mais perto dele.
— VOCÊ não existe - ele afirma, ainda me segurando.
— Infelizmente pra você, eu existo sim - retruco, extremamente consciente do formigamento onde ele me toca e olhando para baixo, para a mão dele, logo acima da dobra do meu cotovelo.
— Correção: Felizmente, pra mim, você existe! - ele afirma e acaricia a parte interna do meu cotovelo antes de me soltar.
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Faltam apenas alguns minutos para chegarmos à fazenda dos Queen mas eu e Oliver já conversamos bastante.
Ele me falou sobre sua infância, sobre os avós e, claro, sempre se derrete ao falar da mãe, Moira e da irmã caçula, Thea.
Eu também falo de mim, sobre minha carreira e minha família. No meu caso, somos só eu e minha mãe, Donna Smoak, de quem falo animadamente, já que apesar de termos sido abandonadas pelo meu pai quando eu ainda era pequena, ela batalhou bastante como garçonete para garantir que eu cursasse uma boa universidade.
Mostro uma foto de uns 6 meses atrás com ela, num shopping e ele se assusta, o que não me surpreende. Seriamos tomadas facilmente por irmãs. Apesar dos 40 e poucos anos, mamãe aparenta no máximo 35. E a maneira como se arruma ajuda, já que ela adora se passar por mais nova, porque essa é a minha mãe: Completamente o oposto de mim, maluquinha e inconsequente.
Ela é loira naturalmente, ao contrário de mim, tem os cabelos compridos e extremamente bem cuidados, olhos azuis como os meus, rosto de boneca, quase sem uma ruga e corpo escultural.
— É, eu sei - digo, rindo quando ele me encara perplexo - Injustiça total minha mãe me botar no chinelo apesar dos 19 anos de diferença...- brinco - Qual é, podendo puxar para uma mãe tão incrivelmente esculpida, eu ser essa sem graça.
— Discordo de você.- ele rebate, ainda olhando a foto.
— Não precisa elogiar. Sou conformada.
— Quem foi que disse que você é sem graça?
— Oliver, a única coisa que eu puxei dela foram os olhos, e não totalmente, porque o dela é um azul bem mais impressionante.
— Felicity! - ele me corta - Já se olhou bem no espelho? Por Deus! O azul dos seus olhos é incrível...nem mesmo é simplesmente azul...
— Oi?!
— Isso mesmo. Se você prestar bem atenção, o circulo externo da íris é acinzentado e dentro é cheio de salpicos verdes - ele fala, passando o polegar logo abaixo do meu olho - O que faz com que, contra a luz seus olhos fiquem um azul esverdeado...- ele tira meus óculos com delicadeza e eu não o impeço, então, com a mesma delicadeza, ele vira meu rosto contra a janela e me entrega um espelhinho.
E então eu vejo: O azul e o verde brigando por espaço na minha pupila. Arregalo bem os olhos, arfando.
— Meu. Deus! Eu tenho olhos verdes! - exclamo.
— Eu não diria verde, verde - Oliver comenta, rindo.
— Hoje eu me recuso a acreditar que meus olhos sejam outra cor que não verde. - afirmo, o encarando.
— Tudo bem...- ele levanta as mãos - eu, particularmente prefiro quando estão turquesa, mas, você que sabe.
— Como você percebeu isso?
— Meio que não deu pra não notar. Desde que nos conhecemos, você mexeu na armação dos óculos e não consegui parar de prestar atenção nos seus olhos - ele dá de ombros - Aliás, acho que é por isso que você os realçou com maquiagem - ele fala, se referindo ao delineado gatinho que fiz - Se foi, parabéns, é quase hipnótico!
Me viro para o espelho corada, graças a minha pele quase transparente de tão branca.
— Fica muito bonita sem óculos, Felicity...- ele comenta, me encarando.
— Qual a cor que você disse? - desconverso.
— Turquesa. Vai por mim, é muito mais bonito.
— Meu olho já ficou dessa cor hoje?
— Sim. No momento em que nos esbarramos e você levantou a cabeça pra me encarar - ele me olha nos olhos - Tenho a impressão de que você me olhou de cara feia, mas não posso afirmar porque a única coisa que conseguia enxergar eram seus olhos e, acredite, eles são bem mais impressionantes de perto.
Sinto meu rosto pegar fogo.
— Turquesa - falo.
— Turquesa - ele repete e se inclina na minha direção - Minha cor preferida desde hoje de manhã. Eu trocaria de olho com você na hora.
— Por que? Seus olhos são incríveis - solto, sem querer. Maldita boca! - Digo...algumas mulheres devem amar... - "Algumas, Felicity? Sério? Me diga uma única que seja capaz de não amar"- minha mente grita.
Ele levanta uma sobrancelha e sorri.
— Mesmo? Por que?
— B-Bom, porque, bem...- "Por que? Jura que não sabe, Oliver? Porque é tipo gritante o quanto é sexy o fato de seus olhos serem de um azul tão intenso que lembra uma tormenta... É quase asfixiante!"
Oliver sorri e coro violentamente ao perceber que falei em voz alta. No momento, aceito agradecida um raio na minha cabeça...ou melhor, meia dúzia deles!
— Acha mesmo isso? - ele encosta os lábios na minha orelha, sorrindo e me enviando arrepios pelo corpo inteiro quando sua respiração lenta e quente toca meu pescoço - Hmm? - ele insiste, se afastam apenas o suficiente para colocar seu rosto na minha frente, enchendo meu campo de visão com ELE e seus olhos azul-tormenta. Eu tinha razão: É asfixiante!
— Bom...- engulo em seco enquanto ele crava seus olhos em minha boca e o carro parece menor - S-Sim - suspiro pateticamente.
— Por um acaso gosta de chuvas? Tempestades? - ele faz uma alusão a minha descrição da cor de seus olhos, os semicerrando, a medida que se aproxima mais.
— Ahan - falo, com a voz rouca - Sou fascinada por elas - assumo.
— Então meus olhos devem ser terrivelmente tentadores pra você...- ele sorri e seu hálito de menta toca minha face.


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Notas finais do capítulo

Tcharam!!!!
Gostaram? Odiaram?
Desculpa qualquer erro, não tive tempo pra revisar, galera!!
Comentem, please, quero saber o que estão achando e, fantasminhas, eu não mordo, o.k?
Xero :-*



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