Pov. Rafael

—O que será que aconteceu – o Gui perguntou coçando a nuca, gesto que fazia quando estava nervoso.

—Seja lá o que for de uma coisa eu sei- disse me juntando a ele e a garota, cujo nome eu já esqueci, no sofá- Isso não tem nada haver comigo, sou praticamente um santo!

—Tem certeza? Você nunca foi santo –e assim que disse isso ele leva o dedo indicador a boca e faz uma careta como se estivesse pensando em algo. Me levanto do sofá indignado e prestes a falar algo quando sou interrompido por ele e pela garota que estava conosco, ao mesmo tempo.

—Na verdade ninguém é –eles se entre olharam surpresos e depois sorriem.

—Guilherme! Como pode dizer isso do seu próprio irmão? –disse com falso ressentimento e ele ri mais ainda.

...

Pov. Klebber

—Até que aqui não é tão ruim assim –comentei com o Ester enquanto ele arrumava suas coisas no seu pequeno espaço do quarto, estávamos dividindo o quarto com um dos filho do Johnny, o tal de Josh . Eu estou sendo sincero, por que assim que soube o bairro onde os Depp moravam pesei no pior. Mas acho que o Ester não curtiu muito pois quando fiz o comentário ele fez uma careta –achei que seria pior.

Ele não disse nada apenas voltou a arrumar suas coisas. Resolvi descer e ir tomar ar, as coisas estão bem esquisitas desde que chegamos aqui, ficar um pouco sozinho certamente é a melhor coisa a se fazer nesse momento, principalmente para o Esterling. Me sentei na calçada  de fronte a casa, coloquei meus fones de ouvido  e tentei relaxar um pouco ao som de James Blunt – carry you home.

Trouble is her only friend and he's back again.
Makes her body older than it really is.
She says it's high time she went away,
No one's got much to say in this town.
Trouble is the only way is down.
Down, down.

Strong as you were, tender you go.
I'm watching you breathing for the last time.
A song for your heart, but when it is quiet,
I know what it means and I'll carry you home.
I'll carry you home…

Acho que estou entrando em transe. Não ligo e deixo a música me levar...