Ódio no passado. Amor no futuro? escrita por Eduarda


Capítulo 10
Capitulo 10


Notas iniciais do capítulo

Eai galerovisk, tudo bem?? Olha capítulo novinho pra vcs. No final vou postar como eu imagino os personagens( nomes dos atores)
Vou para de falar para vcs poderem ler.... Boa leitura galera!



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John

Contando com a ultima hora, faz 24h que eu estou acordado. Nem fui para casa, seria desperdício de tempo, já que eu não iria dormir. Fico pensando em como pude ser tão injusto, Anna só precisava que eu a escutasse, e o que eu fiz, a destruí mais ainda. Meu filho, eu matei meu próprio filho, porque a deixei desamparada. Enquanto ela perdia meu filho, eu estava jogando tênis como se nada estivesse acontecendo. Eu não pude conter as lagrimas, eu nunca havia chorado antes, mas a imagem de Anna sendo violentada e perdendo nosso filho era demais para mim. Eu tinha raiva, eu queria matar Aaron, ele me tirou tudo. Eu estava em uma explosão de sentimentos raiva angustia e, a pior, culpa. Eu tinha sido um verdadeiro desgraçado e para piorar com a mulher que amo mesmo ela sendo inocente.

Pude ouvir Elise chegando para o trabalho, ela me viu, mas não me dirigiu a palavra. Pouco tempo depois, Dave chegou. Pude ouvi-los conversar.

— Acho que algo terrível aconteceu com John, ele passou a noite no escritório e está chorando! – Ela enfatizou a última palavra, era espantoso, concordo, mas era justificável.

Dave entrou com uma expressão de preocupação.

— John! O que houve? Porque não foi para casa? – Dave era meu grande amigo quase um irmão, nele eu sabia que podia confiar. Contei-lhe tudo.

Repetir aquela história me fez voltar ao momento em que Anna me contou tudo.

— Não posso acreditar nisso! Como ele pode? – Dave podia imaginar o que eu passei, como foi horrível saber da dor que Anna sentiu sem apoio algum do único que ela podia esperar.

— Eu falhei com ela, Dave – Meus olhos começaram a se encher novamente – Eu jurei ama-la e protege-la perante Deus e na primeira dificuldade eu a abandonei. Eu nunca devia ter tomado tantas decisões antes de ouvi-la, nunca.

— John, você errou. Mas a culpa não é sua. A culpa é do desgraçado do Aaron, ele a violentou, ele matou seu filho. Ele é o culpado. – Eu não podia aguentar a culpa em minha consciência.

— Eu me odeio por isso. Eu juro que se pudesse mudar o passado eu mudaria. Daria minha vida para conseguir seu perdão, mesmo sabendo que eu precisaria de 100 vidas para isso.

— John! Você não pode mudar o passado, mas pode melhorar o futuro. Prove a ela que está arrependido e que fará de tudo para tê-la de volta.

Enquanto Dave falava, eu o vi passar. Ele andava com arrogância, como se nada pudesse tira-lo de seu paraíso. Eu me enfureci, queria tirar a arrogância de seu rosto. Ele não havia se gabado a todos por ter “levado” minha esposa para cama, eu iria tirar todo seu orgulho, quem sabe sua vida.

Em um movimento rápido, eu fui em sua direção. Repetia seu nome em meus pensamentos “Aaron, Aaron, Aaron …”. Dave percebeu o que eu estava fazendo e tentou me impedir, mas eu tinha a meu lado a fúria e a raiva, Dave não tinha chances.

Passei como um raio pela imensa porta de vidro. Ele olhou para mim e sorriu, era como se debochasse de mim mentalmente. Eu não me controlei, fechei o punho e o deferi em seu rosto. Ele não teve reação. Deferi outro, Ele se desequilibrou, mas não caiu. O agarrei pela camisa e lhe dei outro soco, eu podia sentir seu sangue em minha mão. Dave me agarrou, infelizmente, dei lhe uma cotovelada para que me soltasse. Dave caio sentado levando a mao a boca.

— COMO PODE!? EU O CONSIDERAVA MEU AMIGO. – Eu podia sentir meu sangue correr mais rápido em minhas veias. Ele tentou dizer algo, mas o impedi socando mais uma vez. – ERA MINHA ESPOSA! ERA MEU FILHO! SEU MALDITO DESGRAÇADO!

Aaron me acertou um soco, mas a minha raiva era tanta que eu já não sentia mais nada. Dei-lhe uma sequência de socos seguidos até ele cair no chão, desacordado. Estava tão possesso que continuei a golpeá-lo quando já estava no chão, eu estava cego de raiva. Eu imaginava os gritos de Anna pedindo para parar e imaginava como seria o meu filho, hoje com quase 6 anos, como seria se ele tivesse a oportunidade de ter nascido como minha vida seria feliz com Anna a meu lado e meu filho no colo. Eu só parei quando, Dave e alguns outros funcionários me agarraram pelo braço e me tiraram de cima de Aaron. Foram necessários 4 homens para me deter. Eu tinha sangue nas mãos, ele estava caído ao chão, Elise se ajoelhou para tentar ajuda-lo, eu sentia ódio. Vi que Dave tinha o nariz sangrando. Foi então que eu parei. A única coisa que queria no momento era os braços delicados de Anna, eu queria ela a meu lado para que pudesse me redimir por todo o mal que fiz a ela.

Me trancaram em minha sala, pela porta de vidro pude ver os paramédicos atendendo Aaron. Ele não tinha morrido, isso era bom, mas algo dentro de mim queria que ele já estivesse no inferno. Dave estava na sala comigo, ele tinha um saco de gelo no nariz.

— Me desculpe pelo nariz. – Eu realmente não quis acerta-lo, no momento da fúria não pensava de muita coisa.

— Se eu precisar de uma cirurgia plástica, a conta é toda sua! – Dave riu, ele tinha humor até nos momentos mais impróprios. – Eu sempre quis fazer uma plástica no nariz mesmo.

— Pode deixar, eu pago tudo. Se quiser viagem para as Bahamas é por minha conta também. – Brinquei mesmo eu não estando tão animado.

— Acho que posso fazer um bom proveito desse nariz, não acha? – Assenti e me sentei em minha cadeira.

Tudo o que eu podia imaginar era em o que eu faria para que Anna me perdoasse, enquanto pensava eu observava os ferimentos em minha mão. Eu já sabia o que eu tinha que fazer para dar início a minha reconciliação com Anna.

...

— Eu não entendi o motivo da urgência. – Rebecca já estava dentro de minha sala quando a vi. – Meu Deus! O que houve com suas mãos?

— Uma pequena briga com um funcionário. – Eu não queria que Rebecca soubesse do que houve com Aaron, apesar que me aguçava saber como Rebecca tinha conseguido todas aquelas provas da traição de Anna. – Precisamos falar sobre nosso noivado.

— Ahh sobre isso, eu queria dizer que marquei o horário para escolhermos o cardápio do casamento e a prova do...

— Então cancele! – Eu a interrompi e pude perceber sua expressão de susto.

— O que disse? Como assim cancelar? – Rebecca estava ligeiramente alterando a voz.

— É isso mesmo o que ouviu, cancele tudo não vai mais haver casamento. – Seu olhar ganhou um tom sombrio que em 6 anos eu nunca tinha visto.

— Pare de brincadeiras John! Não pode estar terminado comigo!

— Não só posso como estou terminando. Rebecca, eu percebi que eu amei, amo e nunca vou deixar de amar Anna, e a partir de hoje vou lutar por ela. E para isso não pode haver nada entre eu e você, sei que nosso relacionamento durou muito, mas eu não posso te deixar ser enganada pelos meus falsos sentimentos sendo que penso em outra. – Rebecca tinha ódio no olhar – Espero que entenda que eu faço isso para a sua felicidade, não posso te oferecer amor sendo que não a amo.

— John, está dizendo que vai atrás daquela vadia que dormiu com metade de Nova York, enquanto eu te amei incondicionalmente? – As palavras de Rebecca me fizeram enfurecer.

— Primeiro cuidado com as palavras, você não sabe o que aconteceu de verdade. Segundo, sei que irá me entender quando a raiva passar, eu sinto muito Rebecca.

— Não! Não sente. Está cometendo um erro terrível. Na verdade, não está pensando direito. Vou lhe dar chances para pensar. – Ela estava calma, e isso me deixava assustado.

— Rebecca, eu não preciso de tempo. Eu sei o que quero, quero Anna. E ninguém me fara mudar de ideia.

— Ótimo, seja feliz com ela. E quando ela de enfiar novos pares de chifres venha para minha cama, estarei te esperando lá. – O modo como Rebecca falava me incomodava, mas a sua calma me deixava amedrontado.

— Rebecca, eu sinto muito.

— Vai sentir mesmo! – Ela tinha algo diferente nos olhos, algo que não era raiva, eu não sabia o que era, mas me deixava terrivelmente assustado. Era algo que eu nunca tinha visto em Rebecca antes. Ela se virou e saiu, como se eu apenas tivesse lhe negado um par de sapatos. Não parecia nervosa pelo termino do noivado, era melhor assim, poupava discussões desnecessárias.

...

Anna

Eu havia ficado a noite toda no meu sofá. Mary havia ido visitar a família em New Jersey, ela voltaria no dia seguinte à noite. Bom já havia amanhecido a muito tempo, mas eu não tinha vontade nenhuma de me levantar do sofá. Mas meu estomago falou mais alto. Fui a cozinha e comi um sanduiche e um copo de suco, tudo tinha um gosto horrível. A minha vida tinha um gosto horrível. Eu não sabia de onde tinha tirado forças para contar toda a verdade para John, eu guardei aquele segredo por anos, com medo de que descobrissem. E em segundos ele foi soltado ao vento. Minha cabeça explodia, eu revia a cena no quarto de Aaron milhões de vezes. Mas por algum motivo não doía mais como antes. Eu precisava de um banho, para me acalmar.

Senti a agua quente bater em minha pele, era uma sensação de que eu estava lavando toda a dor que ainda me restava. Eu queria que John estivesse comigo, apenas para que eu pudesse sentir sua presença. Eu me sentia segura com ele. Demorei quase 40 minutos em meu banho, eu pensava no que fazer com toda aquela informação em minha cabeça, agora que John sabia da verdade ele iria vir até mim? Me amaria de novo?

Me sequei e enquanto me vestia ouvi um barulho, tinha acabado de anoitecer, Mary só chegaria de madrugada. Sai do quarto e fui indo em direção a porta, por coisa do destino, as luzes da casa estavam todas apagadas, ótimo, ao passar pelo quarto de Mary o encontrei vazio. Passei pelo banheiro do corredor o mesmo.

— Mary!? Você está aí? Já chegou? – Quando cheguei a sala encontrei a porta da varanda aberta, o vento fazia a cortina dançar livre pela sala a dentro. Descobri o causador do barulho, o gato que Mary havia achado na rua dois dias antes havia derrubado um faqueiro que estava encima da bancada.

— Bichano! Que susto você me deu! – Ele era branco e preto e tinha olhos azuis como safiras. Peguei as facas que haviam caído. Uma, duas, três, quatro, cinco? O faqueiro tinha 6 peças, mas só tinham 5 peças em cima da bancada. Me abaixei para olhar embaixo do armário, mas não havia nada lá. Um tremor tomou meu corpo, alguém tinha pegado a faca que estava lá. Quando me virei, eu a vi, era uma sombra negra e estava parada na saída do corredor para a sala, a sombra me encarava com olhos que brilhavam com a pequena luz que vinha da varanda. Eu senti que estava correndo perigo. Corri em direção a porta, mas a sombra me seguiu e ela me alcançou assim que cheguei a porta. Antes que pudesse gritar, senti uma pontada em minhas costas, era uma agulha. Senti minhas pernas bambearem, eu não conseguia manter meus olhos abertos, eu fui perdendo todas as forças em meu corpo. A única coisa que consegui ver foram aqueles olhos azuis, eles me eram familiares e me remetiam a uma dor que eu não podia esquecer.


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Notas finais do capítulo

Eai gostam?? Deixem o comentário para ajudar na continuação da historia.
Aqui a lista de como eu vejo os personagens:
Anna como Monica Belluci ( nessa imagem http://marciamello.com.br/blog/wp-content/uploads/2014/08/Monica-Belluci-Marcia-Mello.jpg )
Henry Cavill como John
Chris Hemsworth como Dave
Alison Brie como Rebecca
Tom Hiddleston como Aaron
Odeya rush como Hannah
Reese Witherspoon como Mary
Candice Swanepoel como Mika
Natalia Vodianova como Elise
Jared S. Gilmore ( Na primeira temporada) como Jaime
OBS.: lembre-se das características apresentadas na historia, a cor dos olhos e cabelos, são como descritos na fic.



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