Desculpe-me escrita por Liz Setório


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

A pedidos escrevi essa continuação para E-l-i-s-a, espero que eu consiga agradar a todas que pediram pela continuação.

Boa leitura!

Sinta-se à vontade para comentar. Eu sempre estou aberta à críticas construtivas.



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Estou organizando minhas coisas, eu já estou quase pronto para ir embora, mas antes que eu possa sair a Elisa vem até mim e me entrega um papel.

— Que papel é esse, Elisa? – pergunto curioso.

— Leia – ela me responde já deixando a sala com passos rápidos, a garota praticamente saiu correndo dali.

Ao invés de ir embora decido sentar-me e ler o que ela havia escrito naquela folha de caderno.

[...]

Meu Deus, a Elisa gosta de mim, ou melhor, ela está completamente apaixonada por mim. Para ser sincero eu já havia percebido isso. Eu sempre a encontrava nos corredores, ela sempre sorria quando me via. E quando falava comigo dava até pra perceber que o seu tom de voz ficava diferente. Eu tentei achar que era coisa da minha cabeça, mas agora com aquela confissão em mãos não tinha mais como ignorar o que ela sentia por mim.

Isso tudo só tinha um problema: Não era recíproco.

Eu estou noivo e completamente apaixonado pela minha futura esposa. Como vou dizer isso a Elisa? Eu não quero ferir os sentimentos da menina, entretanto preciso dizer a verdade, não posso alimentar um sentimento que não tem futuro algum. Como irei dizer isso a ela?

Penso um pouco e decido que o melhor é escrever uma resposta para a Elisa. Mas como vou começar tal carta? Eu não tenho a menor ideia de como vou expressar-me.

Abro a minha mochila e pego o caderno onde anoto as notas dos alunos. Procuro por uma folha em branco. E começo a escrever.

Meu amor, eu li a sua carta e

 

Não, eu não posso começar a carta com meu amor, isso pode dar falsas esperanças a ela.

Destaco a folha, a amasso e em seguida a jogo na lixeira.

Tento começar novamente.

Cara, Elisa

 

Isso ainda não está bom. Esse negócio de cara Elisa, fica parecendo que temos intimidade de mais. Novamente jogo o papel fora.

— Meu Deus, como eu vou começar a escrever isso? – sussurro.

Estou parado olhando para uma folha em branco, pensando em como vou dizer o que quero, sem ferir os sentimentos dela. Respiro fundo, tento organizar os pensamentos na minha mente antes de escrever. Não quero ter que jogar mais uma folha de papel no lixo.

Com os pensamentos em ordem. Começo então a escrever.

Elisa, há algum tempo tenho percebido que o seu comportamento está diferente em relação a minha pessoa. E sendo sincero, já havia notado que você sentia algo por mim, mas tentei ignorar isso, pois não tinha certeza absoluta, todavia agora que você confessou o que sente, não tem nem como fingir que nada aconteceu. Senti-me obrigado a lhe dar uma resposta. Eu não poderia simplesmente ignorar o seu sentimento. Isso seria uma covardia da minha parte.

Como deve saber, relacionamentos entre alunas e professores não são bem vistos, eles são antiéticos, meu bem. E bom, eu estou noivo, então mesmo que quisesse não poderia retribuir o que sente por mim. Peço que desculpe-me caso em algum momento deixei parecer que sentia algo por você. Por favor, não fique triste, você é uma garota muito bonita e tenho certeza que irá encontrar alguém que te ame e que você também vai amar.

Bom, isso é tudo que tenho para lhe dizer e sinceramente espero que a nossa relação não mude por causa disso. Você é uma das minhas melhores alunas, adoro a sua amizade e espero que possa continuar a tê-la.

 

Abraços, do seu professor Diogo.

[...]

Já estamos no dia seguinte após a confissão de Elisa e até agora não a vi. Quero a encontrar logo, para poder acabar com isso de uma vez por todas.

Dou mais uma volta pelos corredores e a vejo em frente à sala de vídeo. Ela parece esperar por alguém. Decido aproximar-me, antes que chegue alguém.

— Elisa?!

— Oi – ela responde em tom de animação.

— Aqui – digo a entregando discretamente o meu bilhete.

Ela não diz nada e simplesmente me dá um beijo no rosto.

— Desculpe, eu te sujei de batom – diz meio envergonhada.

Antes que eu perceba, as mãos da garota já estão no meu rosto, tentando limpar a marca de batom.

— Não precisa se preocupar – agora quem estava envergonhado era eu.

Ela sorri de um jeito meio tímido.

— Eu tenho que ir agora, por favor, me desculpe – digo me retirando.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da história.Muito obrigada por ler.Beijinhos e até mais ♥