Once Upon A Supernatural Time escrita por Jiinga
~ Lebanon, Kansas ~
- Onde diabos ele está? – perguntou Sam.
- Relaxa. Ele vai aparecer. - respondeu Dean.
Eles estavam em pé ao lado do Impala, a alguns quilômetros de distância do abrigo dos Homens de Letras. Crowley havia ligado meia hora antes, dizendo que precisava encontrá-los pessoalmente por conta de uma pista sobre o paradeiro de Rowena. Ela os havia enganado na semana anterior e fugido com o Livro dos Condenados, o que era um problema, apesar de o códex ainda estar com os rapazes.
- Hello, Darlings.
Os dois se viraram para a esquerda, onde Crowley havia acabado de aparecer.
- Já tava na hora. – resmungou Dean, afastando-se do Impala.
- Fale logo qual é a pista. – disse Sam.
- Calminha aí, Alce. Primeiro temos que discutir nossos termos. – ele sorriu maliciosamente.
- Não temos que discutir nada com você, Crowley. Vamos encontrar a Rowena com ou sem sua ajuda. – respondeu Dean.
- Eu não teria tanta certeza disso. – Crowley afirmou, olhando para as próprias unhas e checando se estavam todas do mesmo tamanho – Vejam bem... Minha querida mamãe está num lugar muito especial. Um lugar que vocês só conseguirão encontrar com a minha ajuda.
Dean e Sam se entreolharam, desconfiados.
- Como assim? – perguntou Dean.
- Vejam, eu fiz umas pesquisas, e bem... Vocês não acham estranho que ela tenha ficado desaparecida nos últimos trezentos anos e resolvido voltar agora?
Os rapazes ficaram em silêncio por um momento, até que Dean comentou:
- Continue.
- Bem, acontece que minha mãe estava num lugar especial. Uma espécie de... outra realidade. E, para entrar nesse lugar, vocês precisam de uma coisa que só eu posso fornecer.
- E que lugar seria esse? – perguntou Sam.
- Ora... – ele se aproximou dos dois, com um sorriso malicioso de orelha a orelha – A Floresta Encantada, é claro.
Os dois riram e reviraram os olhos.
- Sério, Crowley? – perguntou Sam, sorrindo – Você não conseguiu pensar em nada melhor?
- Deixa eu adivinhar, ela era a madrasta má e você era a Cinderella. – zoou Dean.
- A Floresta Encantada é real, seus idiotas. – exclamou Crowley, irritado – Onde vocês acham que ela conheceu a Katja?
Dean e Sam se entreolharam novamente. Se João, Maria e a bruxa má eram reais, nada impedia que as outras criaturas também fossem.
- Ok, supondo que a Floresta Encantada exista, como você pretende nos levar até lá? – perguntou Dean.
- Bem... Existe um único lugar no planeta em que se pode abrir um portal para lá. Um lugar onde há magia de verdade. Esse lugar é protegido por um feitiço de camuflagem, e é impossível para qualquer pessoa de fora entrar lá. A não ser, é claro, que ela tenha isso. – Crowley colocou a mão dentro do terno e tirou dois rolos de papel de lá, mostrando-os aos Winchester – Pergaminhos escritos pelo Aprendiz de Feiticeiro.
Dean esticou a mão e tentou pegar os pergaminhos, mas Crowley rapidamente os puxou de volta.
- Ah, ah, ah. Temos que discutir os termos do nosso acordo primeiro.
Os irmãos se entreolharam uma terceira vez, e Dean suspirou.
- Tudo bem. O que você quer?
- Vejamos... Se vocês conseguirem, de fato, encontrar minha mãe, quero que ela seja colocada sob minha supervisão. E o Livro ficará em minhas mãos.
- De jeito nenhum. – respondeu Sam imediatamente, e Dean olhou para ele – Dean, não podemos deixar o Livro com o Crowley.
Dean colocou a mão no ombro de Sam e o afastou do demônio para que pudessem conversar em particular.
- Talvez não seja uma ideia tão ruim. – ele disse.
- Deixar o livro mais perigoso que já existiu nas mãos do rei do inferno não é uma ideia tão ruim?
- Mesmo com a Rowena nas mãos dele, o Crowley não pode usar o livro sem o códex e as anotações da Charlie. Se a Rowena realmente fugiu pra um lugar cheio de magia, em que ela pode muito bem achar outro jeito de decodificar os feitiços, acho que nossa melhor opção é trazer ela de volta, e lidar com o Crowley depois.
- Sério, Dean? Você vai conseguir lidar com o Crowley depois? – Sam ergueu uma sobrancelha.
- É claro que vou. Precisamos trazer a Rowena de volta, Sammy, antes que ela faça alguma coisa.
Sam suspirou.
- Certo.
Dean voltou-se para Crowley:
- Ok, vamos aceitar o acordo.
- Ótimo. – Crowley jogou os pergaminho para ele, e Dean os pegou no ar.
- Pra onde exatamente temos que ir? – perguntou Dean.
- Uma cidadezinha chamada... Storybrooke, em Maine. Boa sorte, rapazes. – ele desapareceu, deixando os Winchester sozinhos na estrada deserta.
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