O noivo da minha namorada (Hiatus) escrita por Gessikk


Capítulo 5
Every Little Thing She Does Is Magic


Notas iniciais do capítulo

Olá, lindos! Como estão??
Eu simples AMO a música desse capítulo, amo ainda mais o Sleeping At Last, que só faz musica perfeitaaaaa, inclusive esse cover (sim, essa música é antiga, não pertence a eles, mas essa é a melhor versão)!
E estou especialmente animada com esse capítulo, pois como prometi, o drama acabou no anterior..agora vamos ter cenas fofas, sentimentos, pegação hahahah
Como eu pretendo que essa fic seja curta, uma média de 10 capítulos, o romance dos dois vai dar uma acelerada!
É isso, espero que gostem.



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“I resolve to call her up a thousand times a day

(…)

But my silent fears have gripped me

Long before I reach the phone

Long before my tongue has tripped me

Must I always be alone?

 

Every little thing she does is magic

Every thing she does just turns me on

Even though my life before was tragic

Now I know my love for her goes on”

Sleeping at last

 

Em duas semanas, fui à casa da Allison quatro vezes e ela, foi duas na minha.

Mesmo quando não falávamos nada, a sensação de estar com ela era boa. Sentávamos um de frente para outro, nos encarávamos em silêncio, as vezes acabávamos chorando e falando de Lydia, outras vezes nos distraiamos com algo na televisão.

Naquele dia, foi a quinta vez que fui para sua casa, logo depois do primeiro dia que Allison teve coragem de ir para a escola. Foi automático entrar com ela, a caçadora nem me convidou, mas eu ofereci carona no meu Jeep e quando ela desceu, para entrar em casa, simplesmente a segui.

— Você está ficando folgado, Stilinski. — Só quando ela falou, com um sorriso divertido, percebi que praticamente me convidei.

— D-desculpa, e-eu...

— Vou pegar algo para gente comer, pode me esperar no quarto. — Ela não deixou que eu me desculpasse, falando por cima de mim e desaparecendo na cozinha.

Constrangido, sem saber o porquê a segui, subi as escadas em direção ao seu quarto, mas antes que entrasse, esbarrei no Chris Argent. Arregalei os olhos e ele, para minha surpresa, sorriu.

— De novo aqui, Stiles?

— É. — Não tive ideia melhor para uma resposta.

— Eu não sei o que vocês tanto conversam, mas está dando certo, Allison está melhorando. — Abaixei a cabeça e concordei em silêncio, meu pai também tinha dito que eu parecia melhor, já conseguia até mesmo me alimentar e não chorava todos os dias. — Obrigado por isso, eu já não sabia o que fazer.

Ele se aproximou, deu tapinhas desajeitados nas minhas costas e foi embora, me deixando ligeiramente desconfortável. Balancei a cabeça e finalmente cheguei ao quarto de Allison, desabando na sua cama, onde permaneci, brincando com uma miniatura de espingarda que tinha na cômoda ao meu lado.

— Você vai ter o privilégio de provar a minha especialidade. — Allison apareceu na porta equilibrando uma bandeja em uma mão, com um sorriso que fez meu coração acelerar. Eu não podia acreditar que ela já conseguia sorrir e internamente, desejei ser o responsável por faze-la mostras as covinhas. — Macarronada.

— Macarronada? É essa sua especialidade? — Ergui uma sobrancelha e ela fez uma careta que me fez sorrir, mesmo que minimante.

— Prova antes de falar.

Ela apoiou a bandeja na cama, onde tinha dois pratos cheios de macarrão e dois copos de suco. Fui para o outro lado do colchão e ela sentou do meu lado, apoiamos o prato no colo e Allison esperou que eu desse a primeira garfada, os olhos castanhos me analisando.

Coloquei uma quantia grande de macarrão na boca e quando senti a massa mole e salgada, tive vontade de cuspir. Fazendo força, mastiguei e engoli a gororoba, quando percebi, já estava gargalhando alto, como não fazia desde o enterro do meu amor.

— Do que você está rindo, Stiles? — Ela parecia indignada.

— Essa é a sua especialidade? Nunca comi um macarrão tão ruim!

— Como assim? Meu pai sempre diz que é bom!

Eu não conseguia parar de rir e Allison parecia estar ficando irritada, ela ameaçou a levantar da cama, mas eu segurei sua mão, tentando me controlar.

— Seu pai diz isso para agrada-la, Alisson, mas tudo bem, desculpa, eu vou comer e ficar quieto. — Mordi a boca, tentando parar de rir e ela apenas estreitou os olhos. — Eu cozinho bem, um dia ensino você.

— Eu não preciso que você me ensine, eu sei cozinhar! — Eu revirei os olhos, percebendo que ela era teimosa e a vi pegar uma grande quantia de macarrão para colocar na boca. — Isso aqui está delicio...

Allison não conseguiu terminar a frase, fazendo uma grande careta quando colocou a comida na boca e começou a mastigar. Ela tentou disfarçar a expressão, mas eu já tinha voltado a rir, colocando a mão na boca, tentando parar.

— Isso está uma porcaria, Allison!

— Não está nada. — Ela ainda tentou, em vão, mentir, fazendo com que eu risse mais e ela me olhasse com irritação.

— Se quiser junto com as aulas de culinária, eu ensino você a mentir.

— Idiota.

Lancei um meio sorriso em sua direção, mordendo o lábio inferior, contendo a risada que permanecia presa em minha garganta. Ela estava com o rosto franzido, as sobrancelhas inclinadas para baixo, os lábios compridos e os olhos ameaçadores.

— Ei, não fica irritada não. — Não resisti, falei em total provocação, fazendo uma expressão debochada. — Se eu aguento comer o arroz queimado do meu pai, vou conseguir engolir isso daqui.

Allison não respondeu, cruzando os braços e virando o rosto em outra direção. Ela estava mesmo fazendo birra comigo? Meu Deus! Aquilo era tão adorável que me fez, mais uma vez, sorrir.

— Não sabia que a caçadora Argent era tão birrenta.

— Eu não sou birrenta! — Ela virou o rosto novamente na minha direção, quase derrubando o prato do seu colo.

Ergui uma sobrancelha e a analisei criticamente, vendo seus braços ainda cruzados e a expressão determinada.

— Não? Então porque está com os braços cruzados, igual uma criança e com essa cara só porque não gostei do macarrão?

— Porque... — Ela pareceu pensar em uma resposta e bufou quando não encontrou. — Você sabe ser irritante, Stiles.

Ela revirou os olhos, pegando mais uma garfada enorme de macarrão e eu fiquei internamente feliz por estar tendo um momento tão normal, tão leve, por me distrair completamente com as suas atitudes surpreendente infantis. Eu estava amando descobrir aqueles desconhecidos pedaços de sua personalidade.

— E esse é só um dos meus talentos. — Respondi e arranquei dela, um sorriso relutante, como se tentasse esconder de mim.

Percebi como seu sorriso era lindo, como o movimento de seus lábios alcançava os olhos, fazendo com que o castanho profundo brilhasse. Aquelas covinhas surgiam com cada mínima inclinação da sua boca.

Só percebi que estava parado, a encarando, quando ela me olhou com curiosidade, mastigando, relutante, o macarrão. Desviei o olhar, constrangido, sentindo as bochechas começarem a esquentar.

Aquela foi a primeira vez que percebi como cada movimento, cada mínima atitude dela, parecia mágica, causando um efeito inesperado em mim, me deixando envergonhado, sem reação, abobalhado com tamanha beleza.

— Você vai comer tudo o que eu coloquei no prato. — Ela disse repentinamente, apontando para meu prato.

— Tudo bem, senhorita Argent. — Murmurei, erguendo as mãos em rendição.

Comemos o macarrão horrível em silêncio, um silêncio bom, aconchegante. Quando terminamos, deixamos os pratos na cômoda e não fizemos questão de levantar da cama macia.

— O que acha de vermos um filme? — Ela perguntou depois um tempo interminável de silencio, estávamos deitados na cama e por algum motivo, parecia natural ficar assim.

— Pode ser, que tipo de filme você gosta?

—Me surpreenda. — Foi a sua resposta, com um mini sorriso e levantando da cama.

Continuei deitado, a observando levantar, me perguntando se ela sempre teve um corpo tão bonito e eu nunca percebi.

— Eu vou tomar um banho, trocar de roupa e você escolhe algo bom para a gente ver. — Concordei com a cabeça, começando a pensar em qual filme escolheria e ela, parou em frente a porta do banheiro, apontando para mim. — Não me decepcione, Stiles, só quero ver se tem bom gosto para filmes.

Fiquei completamente distraído durante o banho dela, pensando nas opções de filmes, procurando no computador da Allison. Não, ela nunca me deu a senha do notebook vermelho que tanto amava, mas não há uma senha em Beacon Hills que eu não conheça, ou não consiga descobrir.

Depois de ter separado um filme de terror, um de ação e de um romance, Allison saiu do banheiro e foi até o armário, apenas com a tolha enrolada no corpo.

— Posso saber como você está mexendo no meu notebook? — A pergunta dela me assustou, fazendo com que eu pulasse na cama e a visse pela primeira vez de toalha, com o cabelo encharcado, cobrindo parte de seu rosto.

— Não foi difícil descobrir sua senha. — Murmurei, já distraído com o corpo mal coberto pelo tecido branco.

Ela respondeu alguma coisa, sua expressão era indignada, mas não escutei nada do que falou.

Suas pernas, úmidas e expostas, eram esguias e pálidas, a tolha alcançava somente o alto de suas coxas e a maneira como Allison segurava o tecido felpudo na altura do busto, como se temesse que caísse, me encheu de uma estranha esperança de que, de fato, aquela toalha se soltasse do seu corpo.

Só consegui perceber e me repreender pelos pensamentos impróprios, quando Allison sumiu do meu campo de vista, voltando ao banheiro, segurando uma muda de roupa.

— Droga, Stiles! Você queria mesmo que a toalha caísse? — Falei baixo, brigando comigo mesmo e tentando tirar a curiosidade estúpida da minha mente.

Era tarde demais, não tinha mais como lutar contra os pensamentos que se tornaram cada vez mais comuns na minha mente. Eu tinha curiosidade em saber como era o corpo de Allison e por causa dessa curiosidade, naquele mesmo dia que notei como cada atitude da caçadora, parecia repleta de magia, fiquei excitado por ela pela primeira vez.

 Talvez alguém esteja pensando, “Você ficou excitado só com isso? ”, mas, entenda, até aquele momento, eu só tinha feito sexo uma vez na minha vida, com a única garota que eu vi nua e enrolada em uma toalha. Allison é linda e claro, os hormônios da adolescência são uma droga incontrolável.

Então, sim, por causa daquela maldita visão do paraíso, eu tive meus primeiros pensamentos maldosos em relação a ela e precisei ficar alguns minutos no banheiro, até meu corpo se acalmar e eu poder voltar para o quarto, onde ela me esperava já devidamente vestida.

Obviamente, eu não aceitei tão cedo aquele desejo e tente reprimi-lo o máximo possível, mas como dá para perceber, isso não deu certo. Afinal, se eu tivesse conseguido esquecer a caçadora, não teria motivos para contar essa história.


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Notas finais do capítulo

É realmente uma pena que as pessoas não shippem Stallison e por isso, não lêem a fic..Então, se está lendo isso, deixe um comentário para me fazer feliz!