Como Treinar o seu Dragão Interior 2 escrita por Kethy


Capítulo 5
Dúvidas


Notas iniciais do capítulo

Olá!!!! Mais um capítulo!!!!
Bom, como já viram nos primeiros capítulos, vai rolar uma história de amor entre a Heather e o Melequento, pretendo trabalhar isso, porém, não vou tirar o foco da trama. Odeio quando fazem isso nos filmes.

Ah! E fiquem atentos para descobrir o que sãos os Olhos de Dragão.



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Após nos conhecermos a equipe, nossos amigos, os meninos e eu nos reunimos na casa de Soluço. As apresentações foram feitas: Dag, o Pesadelo-Monstruoso. Sua personalidade é mal humorada e confiante, ele sempre estava entediando com tudo e dizem que ninguém nunca o viu sorrindo para outra coisa que não seja humilhar os oponentes durante uma luta; Helga, o Gronkel. Ela é a integrante mais forte do grupo, sem deixar de ser carinhosa e gentil, um dos membros disse que ela as vezes age como se fosse uma mãe. Ela mima, é um ombro amigo e trata todo mundo como se fosse mesmo a mãe deles; Eric com C e Erik com K, as duas metades do Zíper-Arrepiante. Eles são idênticos em tudo, incluindo na personalidade, os dois adoram incomodar os outros, pregando peças e fazendo travessuras, porém os íntimos conseguem ver o que é único em cada um, Erik com K, por exemplo, é o mais durão do grupo enquanto Eric com C é ligeiramente mais medroso. As pessoas os chamam de Cê e Ká; por ultimo, temos a Stormy, o Nader-Mortal. Ela é alegre, energética e do tipo que gosta de fazer “brincadeiras” com as pessoas, mas dizem que ela está fazendo uma experiência e que nada daquilo é realmente sério. Ela prometeu para de fazer isso com os meninos enquanto estivessem na ilha. Os meninos-dragões, claro. “Ninguém disse nada sobre os humanos”.

O plano de Soluço era usa-los como seus espiões, cada um tem habilidades muito uteis na nossa situação; Helga sabe como fazer as pessoas confiarem nela a tal ponto que ninguém consegue guardar segredo ou mentir para ela, Stormy tem um poder de persuasão que me fez lembrar a Jaguadarte, porém ela raramente o usa e não gosta quando faz efeito por achar que isso a torna má, Cê e Ká são ótimos em armadilhas e sabotagem e Dag tem os melhores instintos. Eles também possuem poderes incríveis; Stormy consegue soltar as escamas de sua pele, mesmo na forma humana, para usar como projéteis e são tão afiadas quanto facas, capazes de se encrustarem nas rochas e tão resistentes que é possível usa-las para escalar; os gêmeos-zíper conseguem de alguma forma lançar gases para diversas finalidades, gás sonífero, gás do riso, gás toxico, gás acido e por ai vai; Dag é pirocinético, - Alguém que cria fogo do nada. - seus braços pegam fogo e ele consegue fazer tudo o que quiser com as chamas; Helga, como eu já falei, é a mais forte e também consegue controlar o magma de baixo da terra. Não confunda com o poder do Dag, ele fabrica, ela controla.

— Posso perguntar uma coisa? – Perna-de-Peixe interrompeu Soluço enquanto ele explicava todo o plano.

— Fala. – Respondeu Soluço tentando não se enfurecer.

— Se você tem essa equipe, o Melequento e o Olavo, por que precisa de nós?

Soluço sorriu.

— Eu disse na reunião, essa missão requer astúcia, e vocês são os vikings com mais astúcia que conheço.

— Jura?! – Cabeça-Quente falou que nem uma boba.

— Juro. – Soluço revirou os olhos.

— Qual o resto do plano então, chefe? – Cabeça-Dura perguntou também se achando.

— Vocês dois e os Erics tem as mesmas habilidades, portanto irão com eles nas patrulhas. Perna e Helga, são os mais confiáveis nessa ilha, ficarão encarregados de investigar as recém-chegadas. Dag e Melequento, também irão patrulhar as áreas. Eu, Olavo e Astrid ficaremos aqui e tomar conta de tudo e, caso precise, cuidaremos da defesa. Alguma objeção? – Soluço finalizou a resenha querendo ouvir respostas sinceras.

— Não. – Respondemos em uníssono.

— Ótimo, dispensados por enquanto. Agora, vamos agir como se fosse uma simples visita entre amigos, mas a missão começa a partir do momento em que passamos por aquela porta. - Soluço apontou para a saída. - Se alguém quiser desistir...

Um burburinho começou entre nós; “Não!”, “De jeito nenhum”, “Nem pensar” e outras reclamações.

Soluço abriu outro sorriso e foi andando na nossa frente. Saímos e fizemos como foi dito, tratamos aquilo como uma visita entre amigos.

— Ei, Cabeça-Quente, que tal me mostrar à ilha? – Erik com K falou colocando o braço envolto do ombro da gêmea.

— Não vale! Eu ia pedir primeiro! – Retrucou Eric com C furioso.

— Demorou demais!

Uma briguinha se deu início entre os gêmeos-zíper. Cabeça-Quente tinha gostado, abriu um sorriso de satisfação e levantou os braços para cala-los.

— Meninos, meninos! Os dois são bonitos, vamos todos juntos. – Ela segurou os braços de ambos e o trio saiu para seu passeio. Os olhos de Cê e Ká soltavam faíscas um no outro, mas a loira não deu atenção.

Todos nos entreolhamos com quem estava mais próximo sem segurar a risada, exceto Dag que mordeu os lábios para isso ser evitado.

— Ok, quem quer seguir a ideia deles e conhecer a aldeia? – Soluço perguntou animado.

— Todos nós! – Falou Helga cheia de energia.

— Melhor que ficar sem fazer nada. – Disse Dag de cara amarrada.

Os dragões começaram a seguir Soluço, Olavo e Melequento, eu, por outro lado, tinha uma dúvida que vem me assombrando desde que tive que fazer a promessa de manter o segredo da Metade-Dragão de Soluço e eu não podia mais me segurar.

— Podem ir na frente, eu queria falar com a Stormy.

Eles me olharam confusos. Stormy sorriu para os outros e assentiu dizendo que estava tudo bem, eles nos encararam alguns instantes enquanto andavam, mas isso não me abalou. Stomy se aproxima e pareceu sentir um pouco de vergonha.

— Olha, não foi nada sério. Eu não me sinto assim em relação ao Soluço, é só parte de uma experiência que...

— Não! Não é isso! – Interrompi deixando escapar meu pânico.

— O que é então? – Perguntou ela preocupada.

Engoli ceco e contei sobre a promessa que fiz e o que eu senti quando Soluço me olhou com os Olhos de Dragão.

— ...A minha dúvida é: eu só gosto do Soluço porque ele me hipnotizou? O que eu sinto é falso? Ou é real? - Perguntei nervosa.

Stormy sorriu para mim de um jeito maternal.

— Não, sua grande bobinha! – Ela fez cócegas em mim, ri mais pelo gesto do que por sentir. – Os olhos são como se fosse um pedido de casamento, cabe a você aceitar ou não.

— Você vai ter que explicar um pouco mais. – Falei querendo saber dos detalhes.

— Os olhos só funcionam se a outra pessoa for a certa e se ela já estiver interessada no dragão. Se ela for a certa, mas não estiver interessada, sentirá repulsa ao olhar os olhos e então os dois nunca mais se veem; se ela estiver interessada, mas não for a pessoa certa, ela passa a odiar o dragão com todas as suas forças e é capaz de mata-lo. Você sentiu atração pelos olhos de dragão, então é a pessoa certa e provavelmente já sentia algo em relação ao Soluço.

Parei e pensei um minuto. Pensando bem, eu sentia certa pena do Soluço, sempre que outra pessoa, além de mim, falava que ele era inútil ou desgraça, eu me sentia triste e com raiva. Eu sentia alguma coisa antes, entretanto nunca parei para pensar o que era e nem queria admitir... Então é isso!

— O que foi? Falei demais? – Perguntou Stormy sem seu sorriso e observando minha inércia.

— Você falou o suficiente! – Não me controlei e dei uma abraço na Nader. – Obrigada, Stormy! Obrigada por tudo! – Stormy voltou a sorrir e retribuiu o abraço. – Mas... Eu não entendi uma coisa. – Falei me separando. – Se a pessoa é a certa ela não deveria ser afetada pelos olhos da maneira positiva?

— Existe uma coisa chamada “livre-arbítrio”. E também tem outra coisa... – Stormy disse a ultima parte como se quisesse me provocar.

— O que? – Fiquei curiosa.

— Se o Solucinho não disse nada, eu é que não vou dizer. - Stormy cantarolou se afastando de mim

— Você é horrível! - Gritei.

— Eu sei, mas você aprende a amar.

***

Enquanto isso, no passeio, os meninos estavam mostrando a aldeia para os visitantes. Em um dado momento, Heather cruzou o caminho deles; os olhares dela e de Melequento se encontraram, Heather sorriu para o Primo-Dragão, esse sorriso o afetou de tal maneira que Melequento não notou um degrau; ele ficou sem chão e quase caiu; Heather riu do mico enquanto Melequento ficou vermelho e todo sem graça.

"Por que uma garota que acabei de conhecer mexe tanto comigo?!"— Reclamou ele em sua mente.

Por mais que tentasse, ele não conseguia evitar se sentir assim em relação à novata, sempre que eles se olhavam o coração do Primo-Dragão batia forte, mais forte do que era comigo. Ele sabia da possibilidade de a Heather ser a espiã, suas emoções não o segaram, entretanto, ele não conseguia parar esse sentimento.

"Pare com isso... Não vale a pena..."— Aconselhou a si mesmo.

***

Após o tour pela ilha, nos reunimos novamente na casa de Soluço. Discutimos alguns detalhes do plano e o que deu para descobrir no primeiro dia, depois fomos jantar. Stóico fez carnes deliciosas para os dragões, apesar disso, eles pareceram não gostar e faziam de tudo para não serem ingratos; na verdade, desde que voltaram, Soluço, Melequento e Olavo, principalmente os dois primeiros, não estavam mais gostando da comida humana.

Acabando o jantar, conversamos sobre outros assuntos, o que os dragões acharam da aldeia e outras coisas; foi quando Melequento sentiu que estávamos sendo observados. Ele se virou para a janela e viu a Heather com uma expressão triste, o resto de nós estava tão distraído que nem percebeu, Melequento saiu de fininho e foi falar com ela.

— Parece que encontrei a espiã. – Melequento brincou na intensão de fazer graça. Ao invés de risos, ele recebeu um olhar raivoso. – Desculpa, foi só brincadeira.

— Eu sei... Eu só fico com medo.

— Medo de que? – Melequento se aproximou preocupado.

— Eu... Eu não posso falar. – Heather se virou de costas, triste e com os pensamentos distantes.

Melquento se sentiu mal pela morena, vê-la triste, para ele, era a pior coisa do mundo. O Primo-Dragão decidiu que queria ver aquele sorriso novamente, então tentou anima-la.

— As pessoas daqui podem até não confiar em você, mas saiba que eu confio. – Melequento fez Heather olhar para ele e tirou uma mecha dos seus olhos.

Heather sorriu para ele, e por um minuto, ela pareceu se iluminar junto com a lua; o coração dele acelerou e o rosto ficou rubro. Heather viu isso e riu baixo.

— Obrigada. – Disse ela com um olhar doce.

— De nada... – Respondeu ele com vergonha.


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Notas finais do capítulo

Fofos, não é?

Comentem!!!!

*Stormy significa tempestuoso, tempestade, em inglês.

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ENTRA AI!!!!!!!



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