Bigorna escrita por Captain


Capítulo 22
A famosa insegurança.


Notas iniciais do capítulo

Caraca, já estamos no final do ano e eu tenho a cara de pau de aparecer aqui, hehehe. Bem, antes tarde do que nunca. Ok, você deve não se lembrar mais de mim, mas eu sou a criadora de Bigorna e a famosa 'abandona fic'
Depois de 11 meses, muitas coisas mudaram e você pode apostar nisso. Eu também mudei. Não posso dizer que amadureci, até porque isso é pedir muito de minha pessoa. Eu continuo a mesma pessoa sem criatividade alguma, entretanto, sonha tão alto quanto qualquer um.
Você que acompanhou Bigorna desde o principio, tenho uma ótima notícia a ti: estou voltando. E para você também, que acabou de conhecer essa fiction, aliás, seja bem-vindx. Boa leitura, terráqueos! e,e



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Estava tarde, eu arrumava minha cama e Laura ajeitava o colchão ao lado da minha cama. É claro que minha mãe não ia deixar eu dormir agarrada com a Marques numa cama de solteiro. Deixei a porta fechada e fui me deitar, Laura se deitou do meu lado, envolvendo sua perna em mim.  

— Sua mãe é bem legal comigo. – sussurrou Marques, com o rosto virado para mim. 

— Você é a primeira amiga que trago pra cá. – murmurei, dando uma risada como deboche. – Ela é legal com todo mundo.  

Ela riu, entortando a boca por alguns segundos. Ficamos em silêncio, enquanto ela me encarava, eu pensava em mil diálogos que poderia acontecer, naquele exato momento.  

Laura Marques me fazia feliz. O tempo todo. Eu me sinto em êxtase. O tempo todo.  

Ela estava com problemas, e eu não tinha nada mais para falar a ela. Será que meu abraço era suficiente? Será que eu capaz de diminuir a sua dor? 

— Boa noite... – bichanou Laura, fechando seus olhos. 

Eu respondi, mas em meus pensamentos. Senti ela se movimentando na cama lentamente. Soltando a respiração, agarrando o lençol. Puxei mais o cobertor para mim, e adormeci.  

Sonhei. Ou melhor, tive um pesadelo. 

 Laura estava sendo perseguida, e me implorava ajuda. O seu rosto, cheio de hematomas, me pedindo ajuda. Aquelas lágrimas deslizando pelo seu rosto. Aqueles gritos.  

E eu? Eu estava paralisada, olhando de um lado para o outro. Não consegui salva-la. Eu a perdi.  

O barulho do despertador ecoou pelo quarto, e eu despertei. Procurei Laura com os olhos, mas não a encontrava, então sentei na cama em um ato de desespero.  

E lá estava ela, deitada no colchão, com a cara toda amassada.  

— Psiu, acorda. – ordenei, empurrando-a com a sola do meu pé.  

— Nhaaaau. – disse Laura, se virando para mim e abrindo os olhos lentamente.  

— Bom dia!  

— Bom dia moz... Amiga! 

— Bom dia, amiga. 

Enquanto Laura arrumava aquele colchãozinho, eu arrumava minha cama. Discutimos para ver quem iria tomar banho primeiro. Então, jogamos jokenpo para ser de uma forma justa.  

— Eu ganhei! – proclamou Laura, retirando uma toalha do armário e se dirigindo ao banheiro. 

Bufei, e fiquei de guardar todos os cobertores. Abri o guarda-roupa e peguei meu uniforme, e minha mochila, me sentei na beirada da cama junto com as coisas e esperei Laura tomar seu banho de uma hora e meia. Apanhei meu celular e troquei mensagens com Marina. 

 

Marina 11h27 AM 

Bom dia. Sinto muito pela sua amiga, mas ela tem você e sei que vai melhorar. Aliás, você é tipo de um remédio para esquecer das dores amargas que o mundo traz. 

Acho que estou assistindo novelas mexicanas demais, por isso que começo a bancar a poeta do nada. 

 

Amy 11H28 PM 

Cuidado, vai ao médico ver se não é contagioso. Não quero começar a me declarar ao meu professor de história no meio do nada, seria estranho demais.  

 

Marina 11h28 PM 

Já fui, só é transmissível pela saliva, hehehe, 

 

— Olá, garanhão - levantei o olhar e vi Laura só de toalha, meio que agarrando a porta. - Vem sempre aqui?  

Ok, eu não pude controlar, comecei a rir descontroladamente e larguei o celular. A olhei de cima a baixo e dei uma mordida no lábio, de um jeito exagerado e engraçado. Saí do quarto e deixei Laura Marques se trocar.  

Avancei até o banheiro, e dediquei vinte minutos da minha vida num belo banho, e bem quente, por sinal.  

Voltei para o quarto e Laura não estava lá. Bem, ela é tipo um cachorrinho, tem que tomar cuidado ou perde ele de vista.  Mas aposto que estava na sala, ou sei lá onde.  

Me troquei rapidamente e coloquei a mochila nas costas, prendi o cabelo num coque e passei delineador. Meio tremido, mas passei. Caminhei até a sala e lá estava Laura, encostada no sofá. 

— Caraca, eu já disse que não gosto de estudar? - reclamou Marques, dando uma bufada e se virando para mim. 

— Eu gosto bastante. 

— Isso e fácil, você é a maior nerd.  

Mantemos esse assunto enquanto nos deslocávamos a caminho do colégio. Os sonhos de Laura eram simplesmente incríveis, ela não queria ser rica e essas coisas, apenas fazer o que ela gosta, que por sinal, nem ela mesmo sabia o que queria.  

— Veterinária? - sugeri, a olhando de lado enquanto caminhávamos.  

— Não, acho que não.  

— Biologia?  

— E se, trabalhar com animais e essas coisas não for o que eu quero? - ela parou de andar e me encarou. 

— O que você quer ser então, menina? 

— Eu não sei!  

Bufei e voltei a andar. Ela não precisava quebrar a cabeça pensando nisso agora, falta muito para acabarmos o colegial. Eu, por exemplo, não tinha a menor ideia de que carreira seguir. Focar no presente já estava sendo demais.  

Entramos no colégio, e me sentei no chão do corredor de bebedouros de água. Thiago chegou com um sorrisinho e nos cumprimentou com um beijo na bochecha. 

— O que é isso na tua cara? - Thiago disse a Laura. 

— Aquele meu tio filho da p... — Laura disse e a interrompi com um empurrão. 

Thiago se sentou do meu lado e Hetlen foi contando detalhe por detalhe o que havia acontecido. Novamente. 

— [...] E tô na casa da Amy por alguns dias. - Pronunciou Laura – e ela roubou o meu Xbox. 

— Eu não tenho culpa se nunca joguei nada. - Me defendi, levantando uma sobrancelha. 

 

O sinal ecoou pelo colégio inteiro e nos levantamos. Laura foi subindo as escadas e deu um sorriso ao olhar para trás. Eu deveria apelidá-la de Dona do sorriso que faz minhas pernas ficarem bambas. E devo admitir - mais uma vez -, estou caidinha por ela.  


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler até aqui, estarei encerrando com uma frase muito importante de grande filosofa do século XXI: ALO ALO GRAÇAS A DEUS, VOCÊS SABEM QUEM EU SOU!
Até o próximo capítulo que sairá em breve. Falous, bruxada!



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