Spirit escrita por Hawtrey


Capítulo 7
Nathan


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, voltei! Me desculpem pela demora, eu ando meio ocupada com a faculdade e fazendo alguns exames esses dias. Espero que isso não se torne um problema fixo para mim u.u
Mais uma vez peço desculpas a quem teve o comentário excluido, aconteceu que o capítulo se duplicou, algumas pessoas postaram no último e depois ele foi excluido. Então me desculpem novamente por esse erro.
Espero que gostem.



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Bati na porta ainda hesitante. O que poderia ter acontecido para que ela me chamasse tão subitamente?

— Entre!

Não era a voz calma e tranquila que eu estava acostumada a ouvir, parecia mais com alguém desesperado. Imediatamente entrei. Assim que abri a porta minhas mãos tremeram e o medo me inundou sem piedade. Pisquei confusa, mas só precisei de alguns segundos para entender que aquele medo não era meu e estava vindo através do laço. Olhei rapidamente o quarto relativamente grande de Lissa e arregalei os olhos ao encontrá-la.

Ela estava sentada anormalmente ereta e tensa. Tudo bem, Lissa sabia manter a postura formal o tempo todo, mas bastava encontrar seu olhar vidrado e marejado para saber que algo estava muito errado. Meu coração começou a bater rápido notando o perigo que eu já devia ter encontrado. Agarrei minha estaca e olhei ao redor rapidamente, mas não precisei de muito para encontrar a origem de todo o pânico de Lissa.

— Saudade?

A voz dele me causou calafrios, como da primeira vez que ouvi. Eu nunca me esqueceria daquela voz ou daqueles cabelos loiros e minha intenção era não recuar, mas foi quase impossível depois de notar uma diferença gritante.

— Nathan.

Sim, era ele. O maldito Nathan, o mesmo que lutara comigo na Academia e o mesmo que transformara Dimitri em Strigoi. Inferno, ele estava em todos os lugares? E droga, porque os olhos dele estavam claros e não vermelhos? Por que Nathan não era mais Strigoi?

— É sempre um prazer revê-la Rose Hathaway — ele implicou sarcástico enquanto se aproximava — Embora eu tenha mudado um pouco.

Eu não conseguia entender o que estava acontecendo ali. Quem poderia ter devolvido a vida a Nathan? Não consegui pensar em nenhum usuário do Espírito que pudesse se arriscar tanto por ele, mas era o único meio dele estar ali dentro das proteções das Wards e sem aquela aparência de morto-vivo.

Lancei um olhar acusador para Dimitri que estava parado praticamente ao lado dele. Por que não fazia nada?

— Oh desista dele — Nathan adiantou sorrindo — Belikov não vai se mexer.

Aquele sorriso filho da puta estava começando a me irritar.

— O que fez com ele? — perguntei secamente.

— Depois de voltar a ser Moroi... expandi meu poder de compulsão e Belikov está sendo um ótimo teste.

Suspirei. Isso definitivamente não estava nos planos, nem nos piores! Ter Nathan de volta em minha vida, principalmente depois de tanta confusão, era tudo o que eu menos queria, principalmente depois do tempo em que fiquei na propriedade de Galina enquanto Dimitri era Strigoi. Lembro-me muito claramente o quanto Dimitri queria me “despertar” e tudo o que aconteceu entre nós naquele maldito quarto à prova de fugas, e aposto que ele também não esqueceu... O ponto é que Nathan também estava lá e me queria como almoço mais do que tudo.

— Quem foi o idiota que trouxe você de volta? — perguntei sem hesitar.

Eu poderia ter medo de Nathan como Strigoi, mas como Moroi minha única preocupação era o quanto poderia mexer com a cabeça de Dimitri.

— Eu posso ter ameaçado um dos seus a me ajudar.

Paralisei. Um dos meus? Em qualquer outro momento eu bateria de frente com ele e questionaria aquelas palavras. Mas depois de tudo o que Yuri havia explicado eu sabia perfeitamente do que Nathan estava falando e o olhar triunfante dele me dizia que eu não estava errada. Mas afinal, como ele sabia disso?

— E o que fez você abandonar a divindade que a vida Strigoi te dava? — perguntei irônica apertando minha estaca com mais força.

Qualquer um morria com uma estaca no coração.

As sobrancelhas de Nathan se ergueram em uma mistura de surpresa e confusão, mas eu não ia jogar o jogo dele.

— Não vai me perguntar como eu sei sobre o seu segredo com aquele Guardião?

Eu quase sorri, mas isso me entregaria. Agora eu sabia que ele não sabia de tudo, como Yuri ser meu irmão por exemplo, caso contrário já teria dito. Estava na hora de eu atuar um pouquinho...

Revirei os olhos e respondi tentando soar indiferente:

— Deixe-me adivinhar... aliados seus aqui dentro? Devemos procurar traidores entre os nossos? Ou você simplesmente ouviu de alguém... que diferença faz agora que já sabe?

Mais uma vez Nathan pareceu surpreso. Certo, um ponto pra mim. Eu realmente não estava me importando com suas fontes de informações naquele momento, mas com certeza procurar por elas já estava na minha lista de prioridades.

— Rose, o que está acontecendo?

A voz trêmula e fraca de Lissa me acordou do pequeno transe. Aproximei-me dela rapidamente e a chequei tentando não tirar minha atenção de Nathan completamente. Podia ser um Moroi, mas ainda era perigoso.

— Tudo bem Lissa? Ele fez algo com você?

Por um momento pensei que ela também estava sob a compulsão dele, mas no instante seguinte ela se ergueu e negou, tentando conter a expressão assustada. Mas enfim, eu sentia todo o medo dela de qualquer forma.

— Quem é ele? — perguntou sussurrando.

— É um velho conhecido da Rússia... — respondi lançando um olhar significativo a ela.

E é claro que Lissa entendeu. Já havíamos conversando sobre o meu período na Rússia e eu contei absolutamente tudo, incluindo o meu tempo com o Dimitri-Strigoi.

— Vai me contar o que está fazendo aqui Nathan? — perguntei voltando minha atenção para ele — Ou vai querer levar esse segredo para o túmulo?

Nathan esboçou aquele mesmo sorriso que eu odeio e se aproximou, sendo seguido de perto por Dimitri. Isso devia fazer parte da compulsão.

— Não é nenhum segredo que eu quero que vá comigo.

Eu franzi o cenho em descrença. Era brincadeira, né?

— É claro que sabe que eu nunca iria com você — respondi sarcástica — Então eu tenho que perguntar...

— Como eu farei para ter sua companhia? — ele completou.

— Algo assim.

— Oh é simples, basta dizer a Belikov que uma estaca estaria bem mais bonita no coração dele.

Arfei com a ameaça. Olhei assustada para Dimitri e o encontrei de olhos arregalados, parecia que a compulsão não estava sendo forte o suficiente para conter aquelas pequenas expressões de pavor, mas eu poderia arriscar e dizer que estava fraca o suficiente para impedi-lo de matar a si mesmo?

Não, eu não arriscaria a vida de Dimitri assim e todos naquele quarto sabiam disso.

Por instinto fechei os olhos com força e respirei fundo. A ligação com Yuri poderia ajudar muito agora, mas eu havia acabado de descobrir sobre ela e ainda sim não sabia nada. Era o mesmo para nós dois ou eu sofreria com mais uma de mão única?

Yuri eu preciso da sua ajuda. Yuri eu preciso da sua ajuda no quarto de Lissa.

Ataque ele!

 A voz ecoou na minha mente como uma ordem, mas não era de Yuri. Fitei Lissa, confusa com o significado daquilo. Se eu bem conhecia Nathan, Dimitri me mataria assim que eu o atacasse.

Lissa deve ter percebido minha hesitação, pois continuou tentando enviar incentivos. E explicações. Rose, ataque ele! Só usuários do Espírito conseguem manter uma compulsão por tanto tempo com facilidade, os outros Morois precisam de concentração. Concentração Rose!

Eu finalmente entendi. Concentração. Nathan precisava de muita concentração para manter Dimitri sob suas ordens e mesmo assim ainda não o controlava por completo. Eu precisava desconcentrá-lo e ser rápida nisso.

Mas antes que eu pudesse pensar em um meio de fazer isso, as mãos ásperas de Nathan me agarraram com firmeza e confesso que fiquei surpresa com sua força assim que ouvi minha estaca caindo no chão. Muito parecida com a de um Strigoi.

— Surpresa com minha capacidade Hathaway? — ele questionou com um sorriso malicioso.

Tentei me soltar e até chutá-lo, mas nada fazia efeito. Nathan nem se movia e eu não entendia como aquilo podia ser possível. Como ele podia ser tão forte? Logo senti seus dentes roçando bem na curvatura do meu pescoço e todos aqueles pensamentos sumiram. Já fazia bastante tempo desde a minha última dose de endorfina e eu estava muito feliz ignorando a existência daquele efeito, não podia deixar Nathan mudar isso.

— Sempre imaginei como seria o gosto do seu sangue... — disse beijando aquele local como se apreciasse o momento — Como Dimitri se sentia...

Então era isso? Eu tinha que deixar Nathan provar meu sangue? Isso seria o suficiente para balançar a concentração dele? O olhar de Dimitri dizia que isso não importava, que ceder meu sangue era a última coisa que eu deveria fazer.

Então eu o senti e sorri em compreensão. Agora eu já sabia o que fazer.

Em uma súbita vontade eu me afastei e o chutei bem nas partes baixas, qualquer homem recuava com aquilo. Só tive alguns segundos para me abaixar e pegar minha estaca antes de Dimitri correr na minha direção. Eu estava certa no final, Dimitri estava pronto para me matar.

O primeiro ataque dele foi hesitante, obviamente Dimitri não queria me machucar. Eu não tive dificuldade em impedir que sua estaca me acertasse logo de primeira, segurei seu braço e em seguida o chutei exatamente como tinha feito na sala de Hans.

Fiquei tentada a me aproximar para me certificar de que estava bem, mas logo minha atenção foi desviada para a porta. Yuri havia acabado de atravessá-la, quebrando-a em pedaços, e agora tentava se levantar a todo custo. Eu não precisei perguntar o que tinha acontecido porque em seguida três homens entraram armados com suas próprias estacas e olhares assassinos. Meu primeiro instinto foi me aproximar de Lissa e usar meu corpo como seu escudo, mas eles não a olharam em nenhum momento. O alvo ali era eu.

Antes que eu os atacasse senti meu corpo ser derrubado com violência e me vi presa entre o chão e o corpo de Dimitri. Eu havia esquecido completamente de que não estávamos do mesmo lado ali. O olhar confuso dele não combinava com a força que ele tentava me atingir e eu agradeci por  nossas estacas estarem bem longe, assim não éramos obrigados a usá-las.

Escutei mais passos e soube que os Guardiões haviam chegado, dessa vez para nos ajudar e não para piorar nossa situação. Mas eu estava focada em me salvar de Dimitri.

— Rose! — Yuri gritou de algum ponto distante.

Senti o medo dele em mim e não consegui me impedir de olhá-lo. Yuri estava um pouco ferido e lutava com um dos caras maus, mas seu olhar preocupado estava em mim e em Dimitri.

— Pegue o cara loiro — gritei em resposta. Se ele queria me ajudar, que fosse direto à origem.

Foi um deslize, apenas um descuido e as mãos de Dimitri passaram pela minha defesa desesperada e agarraram meu pescoço. Arfei. Sem uma arma Dimitri queria me matar da maneira mais tradicional: tirando meu ar.

Dimitri ser bem mais alto e mais forte que eu sempre foi uma verdade que me irritou, mas agora isso estava colocando minha vida em risco porque toda vez que eu tinha que lutar contra ele, e isso estava se tornando mais frequente do que eu queria, eu acabava sendo vencida. Eu era boa no que fazia, até uma Guardiã reconhecida, mas Dimitri era um Deus, o melhor entre nós.

De repente uma garrafa se estilhaçou contra a cabeça dele e pequenos pedaços de vidro me atingiram, ele diminuiu um pouco o aperto e naquele momento eu devia ter força o suficiente para afastar as mãos dele do meu pescoço ou levantar minhas pernas e tentar atingi-lo. E foi o que fiz. Apertei as mãos dele tentando machuca-lo e usei toda a minha força para empurrá-lo, levantando no processo.

— Não! — Dimitri me impediu agarrando meu cabelo e me puxando de volta para ele.

Nunca pensei que passaria por isso um dia.

— Dimitri! Tem que lutar contra isso! — pedi já começando a entrar em desespero.

Eu soube que estava oficialmente perdendo quando ele me ergueu e me jogou sobre a mesa, quebrando ela e provavelmente algumas costelas minhas.

— Droga... — resmunguei sentindo a dor aumentar.

Subitamente ele se abaixou na minha direção e na mesma velocidade eu sai do seu caminho. Meu primeiro pensamento foi de que Dimitri havia conseguido sua estaca de volta e agora iria me matar, mas assim que o vi essa certeza me abandonou. Ele permaneceu de joelhos com as mãos erguidas em um claro sinal de paz, sua boca entreaberta e seus olhos assustados me mostraram o que eu tanto queria: o meu Dimitri havia voltado.

— Roza...

— Rose!

Yuri! Olhei em volta o procurando e o encontrei em uma luta cansada com Nathan. Yuri mantinha sua defesa com maestria e notei que era a primeira vez que eu o via em combate, sorri ao relembrar meu primeiro pensamento sobre ele: Deus Grego. Meu irmão era realmente muito bom, não tanto quanto Dimitri, mas tinha grandes chances de chegar perto. Movia-se com elegância e destreza, como se repetisse aqueles mesmos movimentos todos os dias de sua vida.

— Todo mundo quieto!

Minha atenção se voltou para um homem perto da porta e para Lissa em seus braços, sob a mira de uma arma. Minha respiração falhou.

Não...

Rapidamente me levantei e encontrei minha estaca.

— Lissa!

O homem mudou a mira para a minha direção e eu parei.

— Você por ela — ele esclareceu com a voz rouca.

Eu compreendi. O plano de “Levar Rose” ainda estava de pé e a risada de Nathan confirmava isso. Encarei os olhos assustados de Lissa e me amaldiçoei pelas lagrimas que molhavam seu rosto. Eu falhei. Eu tinha que estar ao lado dela sempre e falhei. Fiquei tão preocupada com meus próprios riscos que a deixei sem proteção e isso me fez ver que no final Dimitri estava certo: eu não estava pronta para ser Guardiã.

— Tudo bem, tudo bem. Eu vou, agora solte ela.

Em vez disso ele manteve a arma firme na minha direção.

— Solte a estaca. Solte!

Deixei minha estaca cair no chão no mesmo instante. Eu não podia arriscar.

— Não pode fazer isso — Yuri me impediu segurando meu braço.

— É a Lissa!

— Eu não abandonei meu Moroi pra deixar você ir com esse idiota.

E sem qualquer aviso ele me puxou para um abraço tão apertado quanto possível e a única coisa que nos separou foi o som de um tiro.

— Lissa!

Eu a segurei assim que a vi livre dos braços do homem, ela soluçava e tremia, mas eu a forcei a me fitar e passei a mão em seu rosto ensanguentando para ter certeza de que não estava ferida. Felizmente não estava, nenhuma gota de sangue era dela. Finalmente a abracei e encarei o corpo sem vida do desgraçado no chão, com um único tiro na cabeça. Ergui os olhos, assustada, e encontrei Janine Hathaway com a arma ainda erguida.

— Mãe?

Ela piscou, parecendo não acreditar no que tinha acabado de fazer. Sua face pálida denunciava isso.

— Janine... tudo bem — reconfortou Yuri se aproximando e tomando a arma da mão dela — Tudo bem.

Janine sacudiu a cabeça e logo estava com sua postura de Guardiã.

— Acho melhor se mexerem, eles estão fugindo.

Os Guardiões começaram a se mover com rapidez, percebendo o enorme deslize deles.

— Yuri — Janine chamou forçando um sorriso carinhoso — Algum machucado? E você Rose?

— Estamos bem mãe.

***

Eu nunca parei para pensar o quanto Yuri sabia sobre mim, na verdade não pensaria nisso tão cedo se minha mãe não tivesse sido tão carinhosa e familiar com Yuri. Eles se conheciam e há bastante tempo.

— Roza... — chamou Dimitri suavemente — Me perdoe.

Eu o fitei incerta sobre o que dizer. Conversar com ele era o que eu mais queria por muitas semanas, mas não era o que eu queria no momento. Eu definitivamente tinha problemas maiores agora, problemas que podiam se reduzir facilmente a Nathan.

— Eu não culpo você — respondi por fim.

Dimitri claramente não acreditava em sua inocência e eu apostava tudo o que tenho na certeza de que ele estava lembrando de certos momentos na Rússia, e de novo estávamos no velho dilema onde se achava culpado, mas na verdade não era.

— Rose...

— Não Dimitri — interrompi cansada — Você estava sob compulsão e não conseguiria erguer a própria mão sem que Nathan deixasse. Então não, não foi culpa sua e não aceito que pense algo diferente.

Ele engoliu em seco e recuou, provavelmente notando que aquele não era o momento certo para insistir.

— Acho que não fomos apresentados — declarou Lissa entregando um copo de café para Yuri — Meu nome é Lissa.

— Eu conheço você princesa Dragomir — respondeu Yuri rindo suavemente — Meu nome é Yuri Orlov.

— E como conheceu Rose?

Yuri me lançou um olhar divertido que me fez começar a rezar para que ele não criasse nenhuma história mirabolante.

— Hans me designou para cuidar de Rose e acabamos... nos aproximando.

— E seu Moroi?

— Eu não podia cuidar dos dois e assim que vi Rose tomei minha decisão — e lançou uma piscadela na minha direção.

Eu poderia rir. Yuri estava criando uma história romântica para esconder uma súbita aproximação, eu já sabia que aquilo só iria piorar e não me importava, mesmo. Respirei fundo ainda sentindo meu coração bater forte e rápido. Eu queria estar aliviada tanto quanto eles, queria estar feliz por não estar mais na presença de Nathan. Mas eu não conseguia. Fitei minhas mãos e notei que elas tremiam, assim como o resto do meu corpo, minha respiração estava ficando cada vez mais dolorida e eu sentia a força de abandonando aos poucos.

Esse foi o efeito de Nathan em mim.

Ele não só havia colocado todos em risco como me trouxe lembranças que eu lutava para esquecer. Ainda podia sentir os lábios de Dimitri no meu pescoço, o formigamento no meu estômago, os dentes perfurando minha pele e o prazer vicioso domando minha mente... Os olhos frios me encarando sem qualquer vestígio do amor que eu tanto esperava ver, a força que ele usava contra mim... Eu ainda tinha pesadelos com o Dimitri Strigoi, onde ele desistia de tentar me tornar uma aliada e me perseguia movido pelo puro ódio e diversão. Em meus pesadelos Dimitri se divertia com a minha morte.

— Ei... o que houve? Por que tá chorando? — questionou Yuri me abraçando.

Eu o apertei com mais força. Não tinha notado que comecei a chorar, mas com Yuri era algo que eu não conseguia controlar.

— Rose? Ele machucou você? — questionou Yuri tentando olhar nos meus olhos.

— Ela está bem? — ouvi Lissa questionar.

Fechei os olhos, não queria encarar ninguém.

— Não sei. Ela tá tremendo e muito gelada.

— Leve-a para a enfermaria daqui — Dimitri disse de algum lugar — Vamos procurar por Nathan e qualquer novidade eu mesmo aviso você.

Não consegui ouvir a resposta do Yuri quando meu celular tocou.

— Alô?

Rose! Finalmente consegui falar com você!

— Mikhail? O que aconteceu?

Eu a encontrei Rose, encontrei Sonya!


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