Alvo Potter e a Relíquia Perdida escrita por Pedrão Gazelão


Capítulo 3
Uma nova meta


Notas iniciais do capítulo

Oi :D
Tô falando sozinho, eu sei.
Cale-se!
GROSSO!

eu preciso de um doutor

Enfim, segura essa marimba, esse capítulo ENCERRA OS FILLERS!
ALELUIA, IGREJA
O título original do capítulo era "Uma nova estrada", mas esse título não faz o mínimo sentido nesse capítulo.
~som da harpa~
*todos olham para o horizonte*
hora do flashback



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Um dia após o casamento.

Harry passou o resto da noite na Toca,dividindo o quarto com Rony.Ainda amanhecia quando acordou com o piar de Píchi,que bicava freneticamente a janela do quarto.Uma carta jazia ao seu lado no peitoril da janela.Rony dormia profundamente.Harry se levantou,abriu a janela e pegou a carta.Píchi entrou voando pelo quarto e sacudiu as penas.Devia estar do lado de fora fazia tempo,pois caía uma chuva fina e a coruja estava encharcada.

Harry leu a parte frontal do envelope molhado.A tinta estava borrada por conta da chuva,mas o nome que havia ali ,para Harry,era legível e inconfundível: Hermione.

Mandando cartas tão cedo?

Harry abriu o envelope e tirou de dentro a folha de pergaminho,que sobrevivera á chuva,pois se encontrava seca.

Harry,

Parabéns de novo por você e Gina! Escrevi esta carta porque ontem,não tive chance de lhe contar sobre o Ministério ,no Departamento de Regulação e Controle das Criaturas Mágicas, fui promovida chefe do departamento!Eu tinha o direito de remover algumas leis e aplicar outras,assim consegui melhorar as condições de vida e trabalho dos Elfos-Domésticos.

Criei esta lei ontem mesmo, que é contra o abuso ao Elfo-Domestico. Eu a chamei de “A Lei Dobby”. O que acha?

Desculpe ter escrevi tão cedo, mas eu estou rolando de excitação!

Me deseje sorte.

Hermione.

Harry terminou de ler a carta,e ele recordou o dia em questão,quando Hermione conseguiu o emprego no Ministério e quando ele mesmo conseguiu o seu.

...

Dois dias após o funeral.Harry com Rony e Hermione usaram a Rede do Pó de Flu para chegar a Rua Charing Cross e entraram num barzinho sujo e mal cheiroso.Uma placa de metal balançava sobre a porta,havia nela um desenho preto de uma bruxa de chapéu pontudo mexendo um grande caldeirão com um buraco embaixo e nela estava escrito: Caldeirão Furado.

Eles foram para o quarto alugado de Harry,o quarto treze,Que havia sido alugado por Mcgonagall combinando com Tom, o dono do bar-hospedaria. Era um dos melhores quartos da casa.

Ele podia estar aconchegado na Toca, mas queria um lugar só pra ele, para poder pensar... Talvez sobre o futuro.

Harry se acomodou em uma cadeira e Rony se sentou na cama. Hermione permaneceu em pé, sorrindo. Quase saltitando.

–E então, Mione? Qual a "Grande Novidade"?-perguntou Harry entre aspas.

–Eu reencontrei meus pais!

Harry e Rony arregalaram os olhos.

–Como?-perguntou Rony.

–Eu os encontrei na Austrália-continuou Hermione- Aparentemente, estavam fazendo uma mudança, meu pai sempre quis morar na Austrália, e eu devolvi a memória deles. Elas estavam guardadas neste frasco. Já lhes expliquei tudo. Eles já estão organizando a mudança de volta para a Inglaterra.

Hermione levantou um pequeno frasco verde com tampa dourada de vidro. Hermione estava radiante por poder voltar a ver os pais.

–E... Eu acho... Que minha mãe esta grávida de novo. - Ela pulou de alegria.

–Eu tenho que conhecê-los!- disse Rony animadamente.

–Hã? Por quê? – perguntou Harry.

–­Bem... por nada!- respondeu Rony corando um pouco. Era difícil notar com os cabelos vermelhos e as sardas.

Mas esses pensamentos foram deixados de lado por conta do ruído da lareira do quarto. Numa explosão de fogo verde,um homem alto,magro e de pele escura surgiu de dentro da chaminé,sacudindo suavemente as cinzas que haviam ficado em sua elegante túnica azul marinho.Todos se levantaram de um salto.

–Kingsley Shacklebolt?!-Harry exclamou.

–Agora é, Ministro Shacklebolt.-disse sorrindo- Olá Harry,Ronald,Hermione.

–Olá.É verdade mesmo que se tornou o novo Ministro da Magia?-perguntou Hermione.

Kingsley assentiu com a cabeça.

–Desculpem-me chegar assim de surpresa e invadir sua privacidade.-se desculpou o novo ministro- Mas era necessário. Já fiz um grande progresso no Ministério proibindo Azkaban de ser vigiada por Dementadores, só Aurores.

Harry então percebeu que não tinha sido educado ao não oferecer ao novo Ministro nem sequer que se sentasse.

– Por favor, senhor Ministro,sente-se.Vou ver se tem algo para tomar por aqui. - Harry se desculpou, enquanto buscava entre os armários algo para tomar.

– Harry, ainda pode me chamar de Kingsley – disse Kingsley rindo suavemente. – acho que, se alguém ganhou esse direito, é você.

Finalmente encontrou uma garrafa com líquido com de âmbar. Pegou a garrafa em meio ao pó junto a quatro copos e se sentou em frente ao Ministro.

–Aceita Licor de Dragão?-perguntou Harry.

–Sim, Obrigado. - agradeceu Kingsley enquanto pegava um dos copos.

Harry serviu a bebida em silencio,serviu o copo de Kingsley, que aceitou de bom grado.

–Pela paz – disse Kingsley, enquanto levantava levemente o copo.

–Pela paz - repetiu Harry, e todos que estavam sentados á mesa tomaram grande parte do conteúdo que lhes havia sido servidos. Harry sentiu o sabor doce e áspero da bebida e se surpreendeu ao descobrir que lhe resultada agradável.

– Muito bem, o discurso que você deu no outro dia, Harry... Muito emotivo. Acho que todos nos sentimos como você. – começou o Ministro. Harry simplesmente assentiu, com o olhar atento no homem que estava em frente a ele.

– Veja Harry... Não estou querendo mentir para você e nem dar voltas no assunto. Acho que depois de tudo que passou você ganhou o respeito e o direito que te tratem como um adulto. Você se mostrou muito maduro para sua idade... – ele pigarreou levemente, limpando a garganta. Potter não estava decidido, mas tinha a impressão que Shacklebolt estava... Nervoso?

– As coisas estão voltando a sua ordem lentamente... O Ministério pouco a pouco volta a funcionar. Mas reparar todo o dano que causou ao Mundo Mágico vai levar muito tempo, inclusive me atreveria a dizer que anos. Muitos Comensais da Morte fugiram... -Kingsley fez uma pausa antes de prosseguir.

–Vamos ter alguns julgamentos durante as próximas semanas. Gostaria de saber se conto contigo como testemunha contra vários dos Comensais da Morte para o julgamento.

– Posso saber seus nomes? – pediu Harry. Imediatamente Kingsley pegou sua varinha e materializou um pergaminho que estendeu a Harry, pelo qual leu lentamente nome por nome.

– É... – Harry hesitou, levantando a vista. – Há um par de nomes que eu gostaria que você contemplasse com grande cuidado, Kingsley...

– Como quais?

– Os Malfoy.

– O que há com eles? – ele se surpreendeu ao escutar dito sobrenome.

–Bom, há algumas coisas que acho que deveriam tidas em conta no momento do julgamento... Narcisa Malfoy salvou minha vida de certa maneira.Eles abandonaram Voldemort antes da minha vitória. E seu filho, Draco... Ele só foi outro prisioneiro de Voldemort – lhe explicou Harry. Ainda podia recordar a mão gentil da Sra. Malfoy quando tinha agachado para comprovar se ainda estava vivo e sobre como havia mentido sobre isso. Havia sido egoísta, só para salvar seu filho, mas Harry lhe devia muito por isso. Depois de tudo, ele havia vivido em carne própria o que uma mãe é capaz de fazer por amor a seu filho. Shacklebolt parecia surpreso com a revelação.

–Interessante… - foi tudo o que pôde dizer. Logo sacudiu levemente a cabeça, como se afastasse um pensamento, e voltou a olhar Harry. – Bom... Claro. Pode apresentar os argumentos a favor deles e asseguro que vindos de ti vão ser tidos muito em conta... – lhe comunicou com sua voz tranquila. Harry assentiu.

–Há outro nome… Severo Snape. - continuou Harry.

–Ele morreu Harry... Seu julgamento é algo simplesmente simbólico.

–Eu sei, eu o vi morrer. – falou Harry e novamente notou que Shacklebolt se surpreendia. – Mas ele não merece esse julgamento. Foi um homem justo e valente, do começo ao fim.

E então Harry relatou brevemente a verdadeira história de Snape. Shackebolt escutou em silêncio, absorto em uma história que o garoto de apenas dezessete anos lhe contava.

–Nossa… - foi tudo o que o ministro alcançou a dizer. - Esse Dumbledore era realmente uma caixa de surpresas. Que homem mais inteligente! -Kingsley não pôde mais do que se assombrar. E Harry teve que concordar.

Hermione e Rony ainda escutavam a conversa em silêncio,na cama um pouco distante da mesa.

–Me perguntava se poderia me contar que o foi o que aconteceu durante o ano em que esteve desaparecido... E o que foi que aconteceu naquela última noite em Hogwarts. – lhe pediu Shackebolt. Harry o olhou durante alguns segundos, pensativo. E finalmente soltou um suspiro. Sabia que esse momento ia chegar. Sabia que essa devia ser a verdadeira razão pela qual o Ministro da Magia havia o visitado pessoalmente. O que não sabia era se queria contar essa história, agora. Quanto antes, melhor- pensou finalmente.

–Sim, tenho que contá-la. Mas tenho que lhe advertir que terá de preparar-se para uma longa tarde, Kingsley. Porque não se trata de uma história breve... – alertou Potter. Fez uma pausa e tomou ar, até começar seu relato. – Tudo começou há dois anos, quando Dumbledore começou a me dar aulas particulares... – e assim Harry começou contar uma história que sabia que lhe levaria horas. Mas uma vez que havia começado, simplesmente não pôde parar.

A história parecia contar-se por si só e Kingsley escutava atentamente tudo o que se dizia, fazendo apenas alguns gestos, como franzir a sobrancelha quando não gostava de algo ou arregalar os olhos de surpresa em outras.

Harry relatou todos os eventos: as recordações do passado de Riddle que Dumbledore havia mostrado, a busca pelas Horcruxes que ele e seu diretor tinham começado e também como Dumbledore havia morrido verdadeiramente. Como logo após sua morte, Harry teve que continuar a busca por si só, sem outra companhia a mais do que Hermione e Rony. Contou-lhe como tinham conseguido a espada com a ajuda de Snape, como tinham descoberto as Horcruxes e as haviam destruído. Falou da fuga na Mansão Malfoy, de sua conexão especial com Voldemort e de como graças a ela havia confirmado que o Diadema de Ravenclaw devia estar em Hogwarts. E, finalmente, contou como havia visto a morte de Snape e como este havia lhe dado, com seu último suspiro, suas memórias. Kingsley deu uma leve tosse quando Harry contou que graças a essa recordação ele descobriu que ele mesmo era uma Horcrux e como havia decidido enfrentar Voldemort. Explicou a estranha conexão que Voldemort criou entre eles ao tomar seu sangue e como ele, Harry, tinha sobrevivido pela segunda vez perante a maldição assassina.

Durante o relato, Harry apenas evitou dois temas: as Relíquias de Morte e a conversa com Dumbledore em King Cross. A primeira, porque não queria que ninguém soubesse que existiam para maior segurança e a segunda porque era uma coisa pertencia só a ele... E que, para dizer a verdade, ele não estava de todo certo que tinha acontecido realmente.

Quando Harry terminou de contar toda a história, Kingsley o olhava de outra maneira. Havia em seus olhos uma mistura de assombro e reverência que fizeram com que Harry se sentisse ligeiramente incômodo.

–Harry,eu sei que você ainda é jovem,mas ,como eu disse antes,você é um garoto maduro.Quero que faça parte do meu governo.Uma pessoa como você no Departamento dos Aurores tornaria as ruas bem mais seguras.

Harry tentou falar,mas as palavras ficaram presas em sua garganta.Rony e Hermione não disseram nada,mas olhavam para Harry com expectativa.

–O senhor...m-me chamou...p-para...ser um Auror?-gaguejou Harry.

–Sim. – confessou simplesmente.

–Confio em você, Kingsley. Sei que é um bom homem.Não sei porquê necessita de meu apoio.– confessou Potter recuperando a voz. Shackebolt sorriu de uma forma quase paterna.

– Você é humilde.O povo te adora, Harry. Você é um herói. Você salvou pela segunda vez a comunidade mágica de um mago das trevas e o povo inteiro se sente em dívida contigo.

Harry se levantou,sorriu para os amigos,Rony lhe devolveu um sorriso amigável,mas Hermione estava distraída enfeitiçando um Diabrete da Cornualha que invadiu o quarto,e apertou a mão de Kingsley,que também se levantou.

–Eu aceito o cargo.

–Muito obrigado,Harry.Você será um grande auror!

–Peskipiksi Pesternomi!-interrompeu Hermione,chamando a atenção de todos ao enfeitiçar o diabrete,o prendendo numa bolha de energia azul.

Kingsley olhou para ela,pensativo.Enfim disse:

–Sabe Hermione,estamos precisando de alguém com habilidades como as suas no ministério.Têm uma vaga no Departamento para a Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas...Gostaria de ocupá-la?

Hermione corou.Um largo sorriso se desenhou em seu rosto.

–J-Jura?Eu vou trabalhar no Ministério?

–Bem,se aceitar o cargo... -continuou o ministro.

–Claro!

–Certo.-disse o ministro.-Terá que revelar essa história algum dia, Harry – falou o ministro finalmente, se ajeitando sobre a cadeira e bebendo um longo gole de sua bebida.

– Sim, eu sei. Mas não ainda. – confessou Harry. E Kingsley não se queixou.

...

–Harry... Harry!-Rony estava sacudindo os ombros de Harry.

–Hã... O quê?-Harry voltou ao presente.

–Você estava viajando!-Rony parecia ter acabado de acordar, estava com olheiras, seus cabelos e roupas estavam bagunçadas.- No que estava pensando?

–No Ministério. - disse Harry.

–Ah,claro!-exclamou Rony,mas parecia estar voltado para outro assunto-Você e Mione ficam com os empregos no Ministério e eu fico sem nada!Mas tudo bem,não precisa ligar para o que eu estou falando.-Rony falou,sarcástico e Harry não pode deixar de rir.

Rony continuava desempregado.


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Notas finais do capítulo

O fato de eu não colocar espaço entre as vírgulas e palavras seguintes me dá uma agonia mortal. Mas eu não corrijo tudo isso nem a pau. O combinado era não alterar o micão.
Achei ridículo o fato de eu ter do nada ENFIADO UMA CARTA DA VIDA DA MENINA (muito exibida por sinal) QUE ESTEVE COM ELE NOITE PASSADA, E USAR ISSO PRA HARRY TER UM FLASHBACK DA CARREIRA DELE!
E eu achava Rony um fracassado mesmo quando menor pelo visto KKKKKKKKKK
Não deixa de ser engraçado.



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