Star Trek USS NUUK 1x2 - Saindo pela culatra escrita por Doc Yewll


Capítulo 8
Bebo porque é líquido, Se sólido fosse, come-lo-ia.


Notas iniciais do capítulo

Relaxar após o trabalho e´uma coisa normal, mas quando as duas únicas capitãs da Frota no quadrante Delta resolvem relaxar tudo pode acontecer, sera que a Kelly dará outro significado a palavra decoro, e vai acabar levando a pirralha da frota da Kathryn pro mau caminho?



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Antes: 

A piloto da NUUK Milena tenta avisar  seu namorado, o filho da capitã Kelly "Mont" que Kelly esta sofrendo por amor e esta bebendo em serviço, Mont esta queimando os neurônios para descobrir uma forma de ajudar sem se envolver muito...

 Na Voyager

Nos aposentos da Capitã Kathryn Janeway, as capitãs estão relaxando após longas horas entretidas com com relatórios e mais relatórios, discussões de como melhor integrar as equipes, maximizar os esforços e economizar recursos, num esforço que continuou noite a dentro até o trabalho estar por enquanto acabado.

Kelly a muito tempo tinha tirado a jaqueta e a camisa e estava só com a regata e a parte debaixo do uniforme e descalça, mostrando pela primeira vez os ombros com tatuagens e suas costas também tatuadas, Katryn descartou só a jaqueta de seu uniforme, estava vestindo a camisa de gola alta, suas calças e botas.
Depois do jantar, Tomadas pela incoerência que duas ou três garrafas de vinho e alguns cálices de conhaque costuma trazer ao cérebro, ambas estavam conversando, uma amizade estava se formando entre as duas, ambas fugindo da solidão do comando.
— Você deve estar brincando comigo? - grita Kelly frustrada diante do PADD que esta em suas mãos. - Meia tonelada de um tubérculo altamente nutritivo esta sendo deixado para apodrecer por ter um gosto ruim? Isso é um desperdício!
Janeway olha para sua colega com diversão , ela esta prestes a fazer uma malvadeza com sua nova amiga.
— Vamos agora para o refeitório! - ordenou Janeway com um sorriso maldoso.
Kelly mostrou indiferença num bufar, mas no fundo ela temia, que aquele sorriso torto certamente era um mal presagio, mas sem pestanejar aceitou o desafio.
— Faça o seu melhor capitã!
Apesar de ser menor que Kelly, Kathryn tinha um ritmo próprio que igualava com os passo de Kelly, elas discutiam e sorriam no caminho, conforme a amizade delas ia se firmando, os tripulantes começaram a seguir o exemplo das duas capitãs e o entrosamento começou a fica bem melhor.
No refeitório vazio Kathryn, entra na dispensa e volta com algo que parecia um cruzamento de batata doce com Ginseng.
— Vou comer isso cru? - reclama Kelly em descrença;
— Claro que não! Mas, podemos fazer um cozido pra você! - Janeway se atrapalha com as panelas para divertimento de Kelly que senta em umas das cadeiras e começa a rir muito, e muito alto, quando num desvio táctico mau feito Kathryn derruba farinha em si mesma caindo quando escorrega em uma poça de azeite que ela mesmo fez acidentalmente ao tropeçar em seus próprios pés!
Kelly ainda gargalhando vai em encontro da colega e estende a mão para ajuda-la a se levantar, mas Kathryn na covardia faz Kelly perder o equilíbrio, afetado pelo consumo de Álcool, e ambas caem de novo por sobre as panelas.
Agora uma sobre as outra , uma atrapalhando a outra de se levantar, e entre gargalhadas e maldições, uma voz mostrando alguma irritação, grita!
— Luz a 70%, Não quero nem saber, quando eu contar ao comandante a bagunça que vocês estão fazendo em minha cozinha...
O pobre Chell, reclamava enquanto ia ver quem estava fazendo tanto alvoroço no refeitório, quando ele olha para dentro do balcão, ele encontra as duas capitãs, fazendo cocegas uma na outra em uma intimidade constrangedora, ele sorri quando percebe o quanto sua capitã esta feliz e relaxada, ele nunca a vira assim nos oitos anos que a conhecia, ele percebeu como ela era bonita, na verdade as duas estavam lindas sujas de farinha e azeite , descabelas e com apenas parte de seus uniformes, ele se perdeu um pouco na imaginação, o que elas estavam fazendo ali?
— Por favor querido, Crel, a culpa é toda minha eu estou levando seu capitão ao mau caminho, seja esse nosso segredinho...Kelly falou num sussurro sexy.
—O nome dele não é Crel É Chell! você sempre troca o nome de todo mundo??? repreende Kathryn jogando um pouco de farinha no rosto de Kelly.
— Chell, por favor não conte isso a ninguém, acho que exageramos um pouco..
— Imagine capitã. vocês não estão em serviço, todos devem se divertir um pouco, mas vieram aqui é por que? estão com fome?
— É , bem, sim, e não, é que eu ia fazer um cozido de raiz leola para a capita Montemor...
Chell estranhou, mas rapidamente tomou a frente e a posse de seu território.
— Então as senhoras são minhas convidadas, sentem-se e se distraiam que eu farei um ensopado de raiz leola seguindo fielmente a receita do nosso amigo Nellix.
Ele limpou tudo rapidamente não aceitando a oferta de ajuda de Kelly, e fez o ensopado e esquentou o frango xadres 3D, para Janeway, ele sorriu quando percebeu o olhar malicioso de sua capitã ao observar a colega comendo a raiz leola.
—Me lembra muito os vermes de água doce que nos comíamos no inverno em VeraC, tem cheiro de mofo, gosto de embolorado e cor de merda, mas alimenta é isso é o importa. Vocês humanos são muito frescos...até que é bom, mentiu Kelly.
—Eu também não acho tão ruim assim, humanos tem o paladar muito sensível! Concordou Chell com Kelly...
— De que lado você esta Chell?, resmunga Kathryn fingindo estar ofendida.
Chell se sente importante por estar participando da brincadeira despreocupada das capitãs,e sorri sem responder nada.
— Depois dessa traição melhor eu ir embora, me sinto um frango empanado..- brinca Katryn puxando a amiga pela manga.
— Vamos então tenho que pegar meus relatórios antes de ir embora. obrigada Chell, por estar fazendo meu jantar fora do seu turno e desculpa te acordar,
— Foi um prazer capitãs;
Elas voltaram rindo uma da outra, mas a pior parte do efeito da bebedeira já tinha passado, eles estavam passando em frente aos aposentos de Chakotay quando, os barulhos vindo de uma vida sexual barulhenta chamou atenção de Kelly.
— Oras, espera um pouco isto esta interessante..
Todo o ar de brincadeira foi embora e Kathryn disse tom de comando;
—Vamos embora , eles tem direito a privacidade...
—Privacidade meus "zovários", se queria privacidade colocaria um isolante acústico!
—Vamos Kelly, agora.- disse a capitã Janeway com mais energia.- já se dirigindo aos seus aposentos.
— Vai dar ordem "pras suas puta", eles estão quase acabando...parece que aconteceu algo de errado, Kelly rapidamente se uniu a Kathryn e a empurrando para entraram nos aposentos da capitã, de la ainda escutaram um ou dois gritos do comandante e de sua namorada.
—Estranho , sua tripulante Borg é tão descontrolada, meus tripulantes borgs são irritantemente calmos e controlados, isso é normal?
—Deve ser a emoção do primeiro romance, - disse Janeway enchendo um novo copo de vinho e virando de uma vez com raiva. - o ciumes escorrendo pelos cantos de sua mascara que ela estava em vão tentando deixar no lugar, mas sozinha com Kelly ela tinha uma tendencia a perder o controle, afinal Kelly já sabia quase tudo dela desde da noite do acidente.
Kelly não quis mexer na ferida e continuou seu raciocínio que estava tentando colocar na situação a segurança de ambas as naves.


—Eu tenho dois tripulantes que foram desligados do coletivo e conseguiram voltar a federação depois que você os libertou na unimatrix Zero, um é o ultimo de sua especie nativa do QD que os borg assimilaram e ele cresceu dentro de câmaras de maturação, outra é meu oficial de Ciências que foi assimilada num ataque um pouco anterior ao lobo 359, eles tem um dispositivo que lhes da controle das emoções, inclusive, a minha oficial de ciências já esta paulatinamente com o apoio de nossa medica e aconselhamento profissional que antes era dado pelo dr Ransmussen, agora pelo dr. B'Vador, saindo aos poucos do controle desse dispositivo, como é mesmo o nome?

Kathryn  se levantou e começou a andar pela sua sala de um lada para o outro, uma mão no quadril e com a livre ela gesticulava enquanto falava.
— Isso não vem ao caso, estou sentindo mesmo a Sete esta mais emotiva, pensei que era pelo fato de estar apaixonada...

Kelly da um seu olhar de indiferença, e diz com desprezo.
—Culturas patriarcais, e seus falos milagrosos!!!

Kathrym fez uma careta. e Kelly continuou
— A minha oficial de Ciências a alferes Lamar , foi assimilada quando era um cadete e tem problemas para se socializar e sofreu um grave retrocesso em seus desenvolvimento emocional, ela esta em terapia e os conselheiros são unanimes em dizer que ela deve primeiro ser capaz de fazer amizades conviver com pessoas de sua idade, e evitar de se envolver romanticamente até estar livre totalmente do dispositivo, acho que em dois ou trés meses ela já estará liberta...mas ela foi assimilada quando adulta, e esta fazendo o tratamento a meses.
— Céus, acho que cometi um erro terrível!
Kathryn entrou em seu terminal, puxou o programa de Sete que ela tinha confiscado, e que iria deletar mas por algum motivo não deletou, e entregou a Kelly junto com todos os registros pessoais de Sete, o rosto de Kelly foi se escurecendo e quase com raiva ela gritou!
— Vocês estão loucos, ela foi assimilada em sua infância e roubada de sua pre adolescência e de sua adolescência, os borgs roubaram dela os mecanismos que ela precisava para amadurecer emocionalmente e vocês por causa do "corpão " dela e por que ela tem um controle externo de suas emoções a tratam como uma mulher adulta e não como a pre adolescente que ela é???

Kathryn mal a ouvia continuava de um lado para outro em suas divagações.
— Ele nunca a suportou. varias vezes entramos em confronto pois ele a queria o mais longe possível dessa nave, e de repente ele esta apaixonado por ela...pensando bem isso é estranho.
Kelly fica na frente de Kathryn a segura pelos ombros e a obriga a olhar para ela.
— Olha Kathryn, eu entendo que o comandante esta com depressão e CTSD*, e isso o faz sair do personagem e tomar decisões questionáveis, ele esta vulnerável, tem certeza que não tem nada errado com ela? Quem a estava aconselhando, não me diga o conselheiro não oficial da nave era o comandante não é?
—A alguns meses ela fez uma coisa estranha, ela quebrou todas as regras e fez um holograma de Comandante e estava interagindo romanticamente com ele.
— E você o que fez?
Kathrym ficou pálida de repente,
— Eu me lembro do holograma que Sete tinha feito de Chakotay, na época eu ainda estava um pouco abalada pelos acontecimentos de Quarra eu não me lembrava ao certo o quanto eu e Chakotay eramos envolvidos, eu relevei o crime da Sete de forma muito branda, quase que incentivando ela ir em frente, achei até fofinho, uma jovem mulher em seu primeiro amor, estava orgulhosa de minha "filha", pensei que ela esqueceria isso,
— Vocês a tratam como se ela fosse uma mulher adulta com apenas três anos de liberdade? e sem aconselhamento profissional, não é atoa que ela esta desenvolvendo a bipolaridade, olhe o absurdo , ela usou até seus diários pessoais e seus dados medico-psicológicos não é toa que ela o tem comendo em sua mão, uma criança brilhante que não tem consciência do que esta fazendo! Ela pode testar mil vezes diferentes métodos de abordagem até escolher como melhor conseguir seus resultados. Você tem que falar com ele, ele esta sendo covardemente manipulado.

Com  desespero no olhar Kathryn responde  se lamuriando.
— Eu me declarei a ele no dia em que eu te toque a primeira vez, eu estava tão livre, meus pensamentos tão claros, eu sabia sobre ele e Sete, a almirante tinha me dito, eu abri meu coração, e ele me rejeitou, como ele vai me respeitar agora que ele sabe que eu ainda o amo? qualquer coisa que eu falar vai parecer que estou com ciumes, ele não vai me levar nunca mais a serio, ele me despreza Kelly.
Kathryn abaixa a cabeça, engolindo as lagrimas e as impedindo de cair.
Kelly se levanta do sofá e começa a andar de um lado para outro enquanto Kathryn se joga no mesmo  sofá.
Bandido ele nem tenta disfarçar sua vida amorosa e fica esfregando uma menina, na cara da mulher que ele sabe que o ama, vagabundo, movida pela raiva que a atitude do ex maqui tomou em relação a sua amiga ela tem uma ideia maquiavélica, regada a álcool, para pelo menos resgatar o amor próprio de Kathryn.
— Olha então você vai ter que convence-lo que você seguiu em frente.
— Como?
— Que parede você divide com ele?
Kathryn mostrou.
Kelly se jogou de costas na parede, o barulho vibrando na antepara,  e falou em voz alta.
— Quero te beijar desde a primeira vez que te vi na NUUK. - Kelly falou enquanto tentava massagear as costas mal tratadas.

Kathryn , vai até a mesa toma mais um pouco de coragem em forma liquida e segue na brincadeira.
— Se é para fazer que faça direito capitã;
Elas começaram a rir baixinho, e imitar barulhos que fariam durante uma copula, então elas foram para cama e pularam nela fazendo barulhos estranhos, elas e sentiam como crianças fazendo algum tipo de travessura, o jeito que a proximidade de Kelly a acalmava era assustadora, mas ela se sentia livre, Kelly estava tomando seus supressores agora religiosamente, mas seus feromônios continuavam pelo menos de forma quase imperceptível fazendo algum efeito.

a campainha tocou. 

— shiii...- sussurrou kelly com o dedo em frente aos labios.

tocou novamente.

...


Elas escutaram a porta se abrir.
— Não saia daqui.
— Mas...esta bem, é tudo muito maluco mesmo...
Kelly tirou as botas e a calça do uniforme, ficando só de regata e calcinha, ela sai do quarto..
— ..vou te pegar um copo d'água..

Kelly sai do quarto semi nua, ela nunca se envergonhou de seu corpo, e acha agradável  exibir seus suaves músculos definidos, fazendo fundo perfeito para suas tatuagens, e a forma como toda gordurinha a mais estavam no lugar certo para suavizar sua silhueta e acentuar suas sedutoras curvas, como esperado ela bate de frente com o comandante em um roupão.
Ele observa que ela esta corada, mas ele não sabe que foi de pular na cama, e tira as conclusões erradas que ela queria que ele tirasse;
— Desculpe-me eu escutei um barulho e pensei que talvez a capitã estivesse precisando de algo...me desculpe pela intromissão. - Algo como raiva e ciumes passou pelo seu rosto, mas logo ele escondeu debaixo de sua mascara de oficial
— Muito louvável a sua preocupação comandante, mas posso lhe afirmar que Kathryn esta bem, muito bem por sinal. - completou num sorriso maroto, conseguindo um olhar raivoso - e não tem o que desculpar nos estávamos distraídas e acabamos nos esquecendo de ativar o fecho de privacidade, agora se nos der licença...Kelly virou para ir ao replicador e ele com passos duros ainda olhando em direção ao quarto saiu.
Kathryn estava sentando na cama, com a cabeça baixa, se sentindo triste e humilhada Kelly senta ao lado dela, e começa a rir.
— O que é tão engraçado? perguntou Kathyn quase sorrindo.
— Ela espirrou quando gozou, por isso eles brigaram.
Kathyn levantou a cabeça com um olhar confuso.
— Não acredito que ele brigou com ela por causa disso...
—Hunf, foi sim, AAATCHUM! - e Kelly começou a rir.
— Atchum? Não acredito, pobre Chakotay, Axum foi o namorado de Sete na Unimatrixzero.
Kelly tentou não rir, mas falhou horrivelmente, ambas riram até que e as gargalhadas de Kathyn se tornaram soluços e uma barreira estourou e ela chorou nos braços de Kelly, que acabou chorando também.


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Notas finais do capítulo

"Bebo porque é líquido, Se sólido fosse, come-lo-ia."
Credito da citação: Jânio Quadros
* transtorno de estresse traumático contínuo (CTSD)
Obrigado pela leitura!



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