Caro desconhecido... escrita por Miss Sant


Capítulo 37
Há alguém na multidão...


Notas iniciais do capítulo

Geeeeeeeente do céu, após varias crises, eis que sobrevivi!
Obrigada Julie!!!

Como diria rouge: algo em você vai despertar, não duvide nunca o ragatanga esta ai em algum lugar!

Achei meu povo! Reescrevi! Bora dar continuidade, e fechar com uma frase de efeito

TENTAR SEMPRE, DESISTIR JAMAIS!
SIMBORA!



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Samantha.

Adrenalina. É um hormônio, um hormônio que é liberado para correr livremente por todo seu corpo e agitar seu coração e percorrer sua mente e distorcer todos os fatos, causando uma imensa e incrível sensação de frio na barriga e realização. A adrenalina é uma droga, na verdade ela é muito pior.

Viajar a noite é sempre um divisor de águas, tem gente que odeia, porque a noite é mais perigosa, mais misteriosa, a maioria dos acidentes aéreos aconteceram à noite. Eu os entendo. Mas, existem ainda, aqueles que chamam de notívagos, amantes da noite, pensam melhor, admiram e acreditam que o escurecer dos dias é de tirar o fôlego. E admirar Nova York do alto e a noite, com todas as luzes e ruas fervendo de emoções e saber que não só a minha, mas a adrenalina de todos estava no mais alto nível, por diversos motivos, me fez querer parar no tempo.

Não importava nada, além da intenção. Se chegaríamos a Hamptons, se eu ficaria com Freddie ou se o avião iria cair, se ele se casaria com Blair ou ficaria sozinho, se ficaria comigo ou simplesmente tudo aquilo seria muito para ele processar... Eu estava vivendo o se, e amava. Ver Nova York se distanciando, e ter o prazer de apreciar a chegada do amanhecer juntinho do céu... Não deveria ocupar minha mente com nada, além disso, disso e de longos suspiros.

Carly, Chuck e Nate dormiram um pouco. Estranhei o fato de Nate não questionar aquilo, eu não desejaria que meu primo tivesse a noiva roubada, muito menos que ficasse com minha ex, que ele despreza, e que partiu o coração dele, não parecia ser justo, ou algo que primos fariam. Preferi acreditar que caso nada daquilo fosse verdade, que Nate estava protegendo Freddie, afinal, ele tem uma reputação com a qual se importa, e estava disposto a manchar por mim.

Não culparia Nate pelo que eu fiz com Freddie, ele só me deu o empurrão que eu precisava. Se você resolve pular de paraquedas, e isso é tudo o que você quer, mas, de repente o medo toma conta de você e te impede de fazer o que tem que fazer. Então o medo é o seu salvador ou o vilão da história? Ele é a única coisa que te impede e te salva, se algo, se alguém te empurra pra um lado, você só agradece e vai, porque é melhor escolher um lado do que ficar parada com tudo aquilo, pronta pra pular, mas enfim, eu estou falando apenas de paraquedas.

O que eu diria a ele? Oi Freddie, vim te falar umas coisas, então, de fato, eu fui péssima, a pior das pessoas, eu trai sua confiança e acabei fazendo você adiantar tudo e criar todo o cenário, mas eu te amo, e queria que você desmontasse tudo, deixasse Blair no altar e ficasse comigo, não tive essa coragem antes então, agora estou tendo e esperando que você ainda me queira... Péssimo. Eu precisava voltar a ser a Samantha que eu era a que Freddie conheceu pulando a janela do seu apartamento com botas de cano alto e sem calcinha, mas dessa vez, conhecendo e amando o ainda caro, porém não mais desconhecido.

—Sam, chegamos! – Chuck me tirou das aflições.

—Oh, que horas são?

—6:30, tia Marisa vai amar! – Nate passou por mim e foi em direção ao carro.

—Ah que ótimo, chegaremos na hora café da manhã! Será que eles são tradicionalmente franceses? Eu mataria por um croissant. – Carly saltitou.

—Chuck, esta tudo bem?

—Sam, está tudo maravilhoso.

—Você pensou nisso?

—Eu não pensei em nada, eu nunca penso.

—Então você vai chegar lá e dizer, “Eu sou Chuck Bass, e eu vim pegar a minha noiva!”

—Sim, as apresentações com certeza.

—Chuck...

—Sam...

Nate veio no caminho falando sobre a casa, e os tios e quem estaria lá, Carly a todo o momento perguntando sobre os pais de Nate.

—Vai ser engraçado você não acha Nate? – comentei

—O que Sam?

—Encontrar seus pais de novo.

—Oh sim, eles te amavam. – ele me olhou pelo retrovisor.

—E eu os amava.

—Somos discretos o suficiente para fingir que nada aconteceu?

—O que? Você acha que eu faria comentários indiscretos? Nate, eu estou ofendida!

—E ai esta a Samantha que eu conheço! – Chuck completou.

—Em algum momento ela tinha sumido? – Nate lançou outro olhar para mim, e eu não desviei.

—Jamais.

—Sam, você não se importa mesmo... – Carly começou.

—Pelo amor de Deus, não Carly, você esta fazendo um imenso bem ao mundo ficando com ele.

Ela sorriu.

—Além do mais amiga, você não tem primas próximas e eu com certeza não vou transar com Nate. Esta tudo bem.

—Como eu suspeitava, ela nunca foi embora.

Nate parou o carro na frente de um casarão com palmeiras e um belo jardim. Dois homens vieram pegar as malas e uma mulher abriu a porta muito entusiasmada.

—Nathaniel! – ela disse pulando em seu pescoço. – Como eu senti sua falta, você cuidou bem do meu filho não cuidou?

—É claro tia Marisa! Esses são os amigos que eu falei que traria. E Carly.

—Carly, ah sim, ele me falou muito bem de você querida, disse que era um doce, mas não foi capaz de descrever quão graciosa era.

Pelo jeito que ela falava, a forma como se portava tão gentil, parecia adorável.

—Oh, e esses quem são?

—Samantha e Chuck. – Nate respondeu.

—Chuck... Você me parece familiar.

—Chuck Bass, senhora, prazer. – ela o abraçou em um misto de desconforto e satisfação.

—E você mocinha?

—Samantha Puckett, a senhora tem um lindo jardim.

—Gosta de flores?

—Na verdade, gosto sim.

—Obrigada, pouquíssimas pessoas reparam, você deve pensar que outras pessoas cuidam dele, mas eu faço questão de cuidar das minhas plantas.

—É um belo gesto, quase uma terapia.

—É a melhor terapia! Bom, vocês todos podem me chamar de Marisa, entre amigos e família não precisamos de tanta formalidade.

—Obrigada pela hospitalidade Marisa. – Carly sempre uma flor.

—Vocês chegaram tão cedo, não querem tomar café conosco?

—Na verdade eu estou faminto, o amendoim do jatinho não foi suficiente. – Nate se apressou, e antes de caminhar parou como se estivesse perdendo alguma coisa.

—Tia, onde estão os pombinhos?

—Diferente de você meu querido, seu primo ainda esta dormindo e Blair também. Pedirei que os acordem.

—Não, imagina, não é preciso, devem estar cansados, e nada como uma boa surpresa não é mesmo?

—Sim, é verdade.

O café estava sendo servido ao ar livre é claro, num jardim com cores que exalavam a essência das flores. Uma mesa longa de ferro estava disposta e cheia de coisas maravilhosas que sobrariam aos montes.  O pai de Freddie não estava, chegaria da França para o jantar, junto com metade da família, todos ali, prontos para ver Chuck roubar a noiva debaixo do seu nariz.

Estávamos em uma conversa animada sobre como Carly amava a culinária francesa, estava prestes a morder meu bolinho quando Marisa anunciou a chegada do casal do ano.

—Até que enfim, nos deram a honra de sua presença. – Tomei muito cuidado ao me virar para olhar o outro lado da mesa, esperando que pudesse estudar a expressão de Freddie. Não pude.

—Bom dia! – disseram juntos, e de mãos dadas.

Chuck que estava sentado ao meu lado fixou seu olhar em mim antes de encará-los.

—Freddie, esses são Samantha e Chuck, amigos do Nate. E essa moça é Carly, a namorada dele. São jovens adoráveis!

Esperei que Freddie cumprimentasse a todos com um aceno de cabeça e se sentasse, fingindo que nada havia acontecido, porém sua expressão era impassível, ele simplesmente não se moveu.

—Sim mamãe, já nos conhecemos.


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Notas finais do capítulo

Comentem pra me deixar feliz, por favor! kkk
obg, dnd
espero que gostem



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