Caro desconhecido... escrita por Miss Sant


Capítulo 24
E a roleta-russa para nos apaixonados!


Notas iniciais do capítulo

E esse carnaval bacana? Eu vou passar metade em casa fazendo 398 trabalho de faculdade estudando para provas e organizando minha mente para trazer novas emoções para vocês! Melhores leitores do mundo! (puxei muito o saco, fiz muita média mesmo! Pra pedir desculpas pela demora! A VIDA ACADÊMICA TA BEM LOUCA)



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Samantha

Nos minutos que passei no uber, vendo Nova York despertar do diluvio, minha mente criou mais historias do que eu sonharia imaginar. Ele se preocupou comigo, andou na chuva me carregando, se desesperou...

Meu coração acelerou levemente e um tremor passou pela minha espinha e eu sorri meio boba meio debochada.   Ai Samantha... Você não pode estar apaixonada, nem por ele, nem por ninguém. Nunca, nunca mais.

Tinha tomado um banho e secado o cabelo, quando Carly me ligou. Ela contava sobre a noite com Nate e sobre como ele correu atrás dela e agora ela estava em Nova Jersey, tomando café da manhã às 5 da tarde.  

—Não Carly... É serio?

—É claro que é! Te liguei só agora porque o Nate desceu e me deixou finalmente sozinha.

—Uau, que paixão.

—Sam, isso é loucura não é? Quer dizer, tem menos de 24 horas que nós nos conhecemos, e eu viajei com ele.

—Às vezes a insanidade é a melhor parte da paixão, se não der certo você sempre vai ter uma boa história pra contar.

—Opa! O que houve Sam?

—Que? Nada!

—Samantha, você nunca falaria que a insanidade faz parte da paixão. O que esta acontecendo?

—Eu passei o dia com o Freddie.

—Como?

—Eu tropecei e me bati com ele por acaso e desmaiei, e ele cuidou de mim e eu passei o dia com ele.

—Ele cuidou de você...

—Ele cuidou de mim, e me ouviu atenciosamente, e tirou fotos minhas, e conversamos sobre situações desastrosas e rimos, e ai eu me irritei e descarreguei uma raiva por me sentir uma espécie de amante, e sai correndo descalça e com um lençol, e ele me mandou uma sandália, e eu descobri que ele andou uns 10 minutos sobre a chuva comigo carregada e ficou desesperado porque eu não acordava, e agora eu estou tentando não surtar. Ah, eu falei da parte que ele disse que gostava de mim? E que ele me deu chá?

—Sam, você tem que se acalmar.

—Eu estou calma. Carly, eu não posso estar... –Soltei um grito de frustração.

—Se apaixonando Sam?

—Eu não estou, eu não posso estar.

—E porque não?

—Carly, eu não vou ser amante de ninguém.

—Pelo que o Nate me contou, o Freddie não é esse tipo de cara.

—E você acha que ele vai largar a princesinha por mim? A noiva dele por mim? Eu me sinto tão suja, a Blair não vale muito mais eu com certeza estou valendo muito menos.

—Eu vou voltar para Nova York hoje mesmo, você não esta bem!

—Não! Não, eu vou ficar bem, é só eu não encontrar com o Freddie tão cedo, e tudo vai passar, o nome disso é carência momentânea. Fora que você tem que terminar de sondar o Nate.

—Sim, eu vi que você mandou a foto, já estão fazendo a identificação.

—Carly se...

—Tudo indica que seja ele, e quando for a hora Sam, você vai ter que...

—Eu sei. – engoli seco. – Tenho tempo suficiente para me recompor e além do mais, será como uma surpresa para todos.

—E Chuck?

—O que tem ele?

—Como ele vai reagir se encontrar com a Blair de novo?

—Ele não tem motivos para encontrar com ela. O problema todo é com o Freddie, ele nem precisa ouvir falar dela.

—E se algo der errado? Você sabe como ele é impulsivo.

—Ele não iria atrás dela. Agora, relaxe, e divirta-se com o Nate, enquanto eu evito pensar na possibilidade de estar apaixonada.

—Sam, você vai sonhar acordada com ele, vou vai dormir pensando no dia que você teve com ele e vai sonhar com milhares de possíveis destinos felizes para vocês, e sabe porque? Porque você esta apaixonada por ele.

—Carly, guarde suas pragas para outra pessoa! E tchau!

Desliguei o telefone e afundei no travesseiro.

Inevitavelmente pensei nele. Alguém bate na porta, eu corro para atender e me deparo com ele. Freddie, parado na minha porta, com uma cara de desesperado, dizendo algo bonito e seus lábios percorrendo os meus...

Samantha! Pelo amor de Deus, você não é uma adolescente! Pare de pensar nisso, só pare!

Meu coração entrou em pane quando a campainha tocou. Jesus. Corri feito um boba para atender.

—Chuck!

—Esta surpresa em me ver, esperava outra pessoa?

—Não, eu só não estava te esperando.

—Samantha, onde você estava?

—Em casa, onde mais?

—E eu não consegui falar com você o dia todo por...

—Porque, eu não sei onde esta o meu celular.

—Seria aquilo em cima da mesa?

—Ok, Chuck qual o problema?

—Você conseguiu a foto não foi?

—Foi, e já mandei para a Carly, até o final da semana teremos a resposta.

—Eu vi a Blair.

—Você o que? Ficou louco?

—Fiquei e aquela desgraçada também.

—O que houve?

—O de sempre, eu me joguei aos pés dela e ela correu para os braços do bastardo.

—A gente ainda não sabe se é ele mesmo.

Chuck me olhou e serrou os olhos. Foi até a cozinha e pegou uma garrafa de whisky no armário. Sem copo, ele virou a garrafa na boca e me passou, dei um gole sentindo o conteúdo rasgar minha garganta.

—Sam, como você consegui a foto se estava em casa?

—Eu sai pra caminhar...

—E do nada a foto caiu na sua mão?

—Eu sai pra caminhar, passei mal, estava chovendo muito e por acaso eu encontrei com o Freddie. Ele me ajudou, e para minha sorte me levou a um apartamento, e quando eu melhorei, eu procurei, tirei a foto e vim embora.

—Estava chovendo?

—Sim.

Chuck começou a passear pela minha casa com um ar sombrio que estava me arrepiando.

—E onde estão suas roupas molhadas?

—Chuck...

—Sam, você sai pra caminhar, você passa mal e encontra o bastardinho, ela te ajuda, você pega uma foto e vai embora, direto para sua casa onde você passou o dia todo, e ao invés de uma roupa molhada na maquina, tem um lençol jogado no chão? Samantha, não minta pra mim.

—Chuck, eu não estou mentindo para você, eu te contei o que aconteceu resumidamente.

—E você não pode contar a versão completa porque a metade do seu dia você estava com ele não é? E não estava investigando nada, você estava se derretendo nos braços do bastardinho, Samantha!

—Chuck, não é nada disso, você não...

—Quer saber o que houve comigo? Eu fui atrás dela, eu transei com ela, achando que... eu, ela olhou nos meus olhos, com o calor do seu corpo sobre minha pele, e disse que não me ama mais, que ama aquele... – Chuck virou a garrafa mais uma vez e a bateu com força na bancada.

—Chuck você...

—Sabe o que foi pior? Ela me escorraçou de lá. E correu para os braços dele.

—Você encontrou com o Freddie? – Perguntei, talvez um pouco entusiasmada demais.

—O que foi isso?

—O que?

—Ele levou rosas para ela. – Chuck fixou o olhar em mim quando disse cada palavra lentamente. – As preferidas dela são petúnias.

—Rosas?

—Sim, vermelhas. Você estava com ele não estava? O dia inteiro!

—Estava.

—Samantha olhe para mim! – Eu desviei o olhar, e ele veio em minha direção, puxando meu queixo para que pudesse olhá-lo.

—O que Chuck?!

—Você gosta dele não é? Você esta se apaixonando por aquele bastardo desgraçado não esta? Hein? Responde! E não se ouse a mentir pra mim!

Respirei fundo e reuni forças para encarar e mentir para um Chuck completamente transtornado.

—Não! Eu não estou! Eu jamais estaria!

—Bom, acho bom assim você não terá problemas em fazer o vou lhe pedir.

—O que é?

—Esta na hora dele saber que tem um novo membro na família. Você vai contar para ele tudo, e adiante o empréstimo também, eu preciso fechar a premier da Bass.

—Chuck, eu não...

—Você não o que? Não pode magoar o seu amorzinho?

—Ele não é meu amorzinho. Nós não temos as provas ainda, e...

—Se não for ele, ótimo, já te livrei de uma mala.

—Quando?

—Amanhã, e você fará exatamente o que eu mandar. Eu quero vê-lo no chão.

—Porque ele ficaria no chão? Meu abalado talvez, mas no chão, é só uma paternidade.

—Não é só uma paternidade Sam, ele será traído por alguém que ele ama, a paternidade é só um bônus.

—O que?

—Ah é, me esqueci de lhe dar os parabéns. Se um dia ele amou a Blair, hoje ele com certeza ele não ama mais. Você conseguiu, fez o idiota gostar de você e como você não gosta dele, não será um problema magoá-lo.

—Não, não será.    


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Notas finais do capítulo

Eitha GEOVANA!
PS



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