I Need You Stay On Your Feet - Stydia escrita por DVilarino


Capítulo 2
Collateral Effect


Notas iniciais do capítulo

Apesar dos outros personagens aparecem, o foco principal se manterá em Stiles e Lydia.



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2. Fuga

Enquanto percorriam os corredores do hospital psiquiátrico Stiles sentia que Lydia estava bastante debilitada e procurava ajuda-la a caminhar, suportando seu peso o máximo possível. Infelizmente ele não era um lobisomem, ou outra criatura sobrenatural dotada de força sobre humana e capaz de carregar Lydia sem esforço. Não. Ele era apenas um garoto normal e magro, mas muito determinado. Stiles sentiu o corpo de Lydia escorregar desprendendo-se dele e em um segundo já estava puxando-a antes que ela caísse.

– Lydia, como você está? Consegue andar?

– Consigo. Só estou me sentindo fraca. Desculpe.

– Esta tudo bem. Lembra que eu disse que tínhamos um plano? Pois é, ele não esta funcionando muito bem, então vou ter que fazer alguns ajustes nele e preciso da sua ajuda para isso. Ao invés de sairmos pelo hall de entrada, vamos sair por outro lugar.

– Vocês tinham um plano? Disse Lydia com um meio sorriso no rosto, provavelmente lembrando-se que os planos do bando geralmente são malucos e suicidas.

– Isso. Eu preciso que você fique de pé, ok? Só mais um pouco, estamos quase saindo. Vamos avisar os outros quando chegarmos lá fora.

Stiles puxou Lydia para mais perto dele e acariciou seu ombro direito. Lydia tinha envolto seu braço esquerdo ao redor do tronco de Stiles por dentro de sua camisa xadrez. Ela o segurava com força, procurando se manter em pé o máximo possível.

– Aham. Não se preocupe, vamos conseguir.

Eles continuaram a caminhar pelos corredores agora escuros da Eichen, Stiles estava os levando por um caminho alternativo, pelo porão. Ele se lembrava daquele caminho, mesmo que o tivesse percorrido quando estava possuído pelo nogitsune. Stiles olhou ao redor do porão e sua expressão ficou sombria ao recordar das coisas torturantes que passou enquanto estava possuído.

– Stiles? O que foi? Esta tudo bem?

– Sim, eu só... é só que eu não gosto deste lugar. Vamos estamos quase lá.

Quando chegaram ao ambiente externo do hospital psiquiátrico, os dois começaram a andar depressa em direção ao portão, mas no meio do trajeto foram abordados por um enfermeiro equipado com uma arma de choque. O enfermeiro demonstrava uma expressão sombria em sua face.

– Você não pode leva-la! Ela é uma paciente daqui, e ainda esta em tratamento. Entregue-a para mim e eu deixo você partir sem prestar queixa a polícia.

– Yeah, isso não vai acontecer. Sinto muito, mas não vou entrega-la. Ela não fica aqui mais nem um minuto.

Stiles tirou o braço de Lydia do seu corpo e ajudou ela a se apoiar em um dos bancos de concreto dispostos no jardim. O enfermeiro partiu para cima de Stiles com a arma de choque, ele se desviou e socou o enfermeiro na boca fazendo-o cuspir sangue. Irritado o enfermeiro pegou Stiles pelo braço e o atirou no chão e em seguida aproximou-se apontando a arma de choque para seu peito. Seu rosto brilhava em uma expressão triunfante.

– Parece que você também precisa de uma lição, não é mesmo? Vamos ver como se sai após levar uma descarga disso.

No momento em que o enfermeiro preparou-se para eletrocutar Stiles, Lydia interveio chutando o rosto do homem e gritando tão alto que fez os ouvidos dele e de Stiles sangrarem. Ela aproximou-se e o finalizou com um soco no rosto que o deixou desacordado.

– Mas o que...Como diabos você fez isso? Onde aprendeu a lutar assim?

– Digamos que meu tempo aqui não foi todo em vão. Podemos ir agora?

– Sim! Claro! Vamos.

Ao passarem do portão daquele lugar sinistro Stiles guiou Lydia até seu Jipe. Ele ligou o carro e buzinou com força três vezes para avisar Scott, Kira, Liam e Malia que ele estava com a Lydia, assim eles poderiam sair daquele lugar também. Ele começou a dirigir, estava com pressa, pois assim que Scott e os outros fugissem Theo iria perceber o que ocorrerá. Em seguida pegou o celular e digitou o número de seu pai.

– Alô? Stiles?

– Pai, sou eu. Deu certo! Salvamos a Lydia. Ela esta um pouco machucada, mas vai ficar bem. Vou leva-la para a clínica veterinária, avise o Scott para me encontrar lá.

– Ok. E o que eu digo para o pessoal da Eichen e para a Sra. Martin quando começarem a procura-la?

Lydia deu um sobressalto dentro do carro.

– Não conte nada para minha mãe, por favor. Ela não entenderia. Não quero voltar para aquele lugar!

– Você não vai voltar Lydia, eu te prometo. Nunca mais vou deixar te levarem para aquele lugar.

Stiles falou olhando fixamente nos olhos dela. E Lydia soube que estaria segura se estivesse com ele. Ela estendeu sua mão e colocou sobre a dele, que deu um sorriso em resposta.

– Pai, ainda esta aí?

– Sim. Farei assim, esperarei eles nos notificarem e organizarei grupos de busca, mas deixarei a clínica como um dos últimos lugares a serem verificados, então sejam rápidos.

– Certo, falarei com o Deaton.

– Já sabe aonde vai leva-la depois da clínica?

– Eu pensei em leva-la para casa. O que acha?

– Por mim está ótimo Stiles. Lydia esta de acordo com isso?

– Estou Xerife Stilinski. Obrigado por ajudar.

– Não por isso Lydia, mas vocês precisam ter cuidado. Em uma hora possivelmente a polícia e o bando de Theo estarão procurando por vocês.

– Certo pai. Nos falamos depois. Tchau.

Stiles desligou o celular e continuou dirigindo. Lydia ajeitou-se no banco, ela estava bastante fraca o que a deixava desconfortável em qualquer posição que se colocasse.

– Tudo bem mesmo irmos para minha casa Lydia?

– Sim Stiles. Mas será que não me procuraram lá? Aposto que irão me procurar na sua casa e na do Scott.

– Não vão. Precisariam de um mandato e provas para isso. Dúvido que contaram que estivemos na Eichen House, seria difícil explicar a luta entre dois bandos de criaturas sobrenaturais, mais ou menos, e tecnicamente o andar que você estava nem existe nos registros. Só vão chamar a polícia se sua mãe for avisada.

– Vamos torcer para que não avisem então.

– Daremos um jeito. Sempre damos.

Na Eichen House, Scott e Liam escutam o som da buzina do Jipe e deduzem a tão aguardada notícia: Stiles tinha conseguido salvar Lydia e já estava fora de alcance. Nisso Scott e Liam se olharam e deram dois golpes certeiros em Tracy derrubando-a para que pudessem correr. Ao chegarem onde Malia e Kira estavam brigando com Theo fizeram gestos com os olhares indicando que o plano havia funcionado. Malia se aproveitou da distração de Theo ao perceber que Scott chegará e o atingiu na cabeça derrubando-o no chão inconsciente. Os quatro correram para fora da casa, Scott pegou a moto, enquanto Kira e Liam entraram no carro de Malia. De acordo com o que eles haviam planejado anteriormente o ponto de encontro do bando seria na casa de Scott no outro dia de manhã. O celular de Scott tocou, ele desacelerou a moto há algumas quadras de distância da Eichen e parou no acostamento.

– Alô?

– Scott? É o Xerife. Stiles me pediu para avisar que esta levando Lydia para a Clínica Veterinária.

– Certo. Estou indo para lá agora. Algo mais?

– Por enquanto não. Avisarei se tivermos algum problema.

– Ótimo. Obrigado.

Scott pôs seu capacete novamente e dirigiu em direção a clínica. Stiles já estava perto da clinica quando Lydia começou a dar gemidos de dor, ele a observou e notou que seus punhos estavam cerrados, como se ela estivesse se esforçando muito para aguentar.

– Lydia? O que esta acontecendo?

– Esta doendo. Não consigo fazer parar! Eles estão vindo! Eles estão vindo atrás de nós!

– Esta tudo bem! Estamos a salvo por enquanto. Logo chegaremos a clínica.

– Não! Ahhhhh! As vozes estão gritando! Parem! Onde estou? Para onde esta me levando? Eles estão vindo! Nós vamos morrer!

Lydia colocou as duas mãos na cabeça tapando seus ouvidos, suas unhas apertavam seu crânio por baixo de seus cabelos ruivos. Ela fechou os olhos e tentava desesperadamente silenciar seja lá o que fosse que estava escutando. Ela parecia aterrorizada. Stiles percebeu o nervosismo de Lydia, e como ela de repente não parecia mais se lembrar do que havia acontecido há pouco, ela não estava reconhecendo-o novamente.

– Lydia, ei, me escute! Sou eu Stiles, eu salvei você da Eichen House. Estou te levando até o Deaton. Ele vai ajuda-la! Estamos chegando. Precisa se acalmar, por favor! Você esta ferida!

– Não, não, não... temos que fugir, eles estão vindo! Stiles eles estão aqui.

– Quem? Quem esta aqui?

– Os Doctors, a besta. Deucalion.

– O que? Como?

Neste instante as vozes pareceram parar e Lydia acalmou-se deitando sua cabeça no banco e com uma expressão cansada fechou os olhos. Stiles estacionou na frente da clínica, desceu do Jipe e deu a volta para abrir a porta do passageiro e pegar Lydia. Ele a carregou para dentro da clínica onde Deaton já os aguardava.

– Vamos, me ajude a coloca-la sobre a mesa Stiles.

– Ela tem um buraco enorme na cabeça e esta muito fraca. Você acha que pode ajuda-la?

– Verei o que consigo fazer. Mas trepanação é um processo brutal. Em uma banshee os efeitos podem ser diversos. Pegue aquela maleta prata ao lado da pia e me alcance, por favor?

Scott estacionou a moto ao lado do Jipe de Stiles e entrou rapidamente na clinica.

– Stiles? Como ela está?

– Bastante ferida!

– Scott ajude Stiles a segurá-la! Isso vai doer.

Deaton abriu a maleta e puxou uma seringa enorme, que mais parecia uma pistola. Retirou também um frasco com um líquido transparente, o abriu e mergulhou a agulha da seringa no frasco.

– O que é isso?

– Um sedativo poderoso. Deixará ela anestesiada para que eu possa fechar o ferimento de forma correta. Trepanação é uma prática antiga e antes de fazer o curativo preciso ver qual a região do cérebro atingida, assim terei alguma ideia do objetivo do Dr. Vallack para realizar esse procedimento. Segurem-na firme.

Deaton aproximou a agulha do pescoço de Lydia, quando ele ia injetar o líquido, ela abriu os olhos e gritou jogando os três para trás. Scott rapidamente levantou-se e a segurou pelo braço, seguido por Stiles que segurou o outro braço. Lydia se debatia freneticamente e gritava.

– Lydia! Somos nós! Estamos tentando ajudar você!

– Ela ainda esta sob efeito das alucinações, precisamos sedá-la logo.

Deaton falou tentando manter o pescoço dela parado.

– Segurem firme!

Scott e Stiles conseguiram imobilizar os braços dela, Deaton aproveitou o momento e injetou o sedativo em Lydia. Dentro de alguns segundos ela já estava calma, dormindo sobre a mesa.

– Muito bem. Agora posso começar.

– No carro ela disse que estavam vindo atrás de nós. Os Dread Doctors, a Besta e Deucalion também estava aqui.

– Deucalion? Tem certeza?

– Absoluta Scott.

– Vou ser o mais rápido possível aqui. Se Deucalion estiver mesmo aqui, algumas coisas começaram a fazer sentido. Para onde planejam leva-la depois?

– Ela vai ficar comigo, na minha casa. Pelo menos até amanhã.

Stiles olhava para Lydia muito preocupado. Ele segurava a mão dela junto a sua.

– Amanhã nos encontraremos na minha casa Deaton. E planejaremos como prosseguir daqui. Precisamos de mais informações.

Disse Scott. Deaton acenou com a cabeça em confirmação. Pelas próximas duas horas tudo pareceu calmo enquanto Deaton operava Lydia. Scott aguardou até que Stiles e Lydia estivessem liberados e os acompanhou até a casa de Stiles para se assegurar de que eles chegariam em segurança.

Theo mais cedo ao ser acordado pela Tracy percebeu que havia sido passado para trás.

– Theo! Levante! Precisamos sair rápido daqui. Os enfermeiros estão vindo.

– Eles a levaram não é?

Os dois começaram a correr em direção a saída do hospital.

– Sim, parece que sim. Ouvi alguns dos médicos daqui falando que ela não estava na cela.

– Então tudo que temos que fazer é localizar Scott e os outros.

Continua...


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo haverá uma conversa franca entre Stiles e Lydia, todas as cartas na mesa, uma conversa que eles precisavam ter a muito tempo.



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