Last Breath escrita por Bee


Capítulo 9
Capítulo 9.


Notas iniciais do capítulo

Amores, o que posso falar: Bom, eu to amando escrever essa história. E bom, não consigo parar, help me haha
Bom, aqui está o capítulo da semana, que na minha opinião tá um pão de tão gostoso, uma pizza com muito catupiry, uma coxinha, um sorvete num dia de calor. Então já entenderam.
Boa leitura.



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Hugo não tinha muito o que fazer em casa, ele não estudava, e sua irmã estava na faculdade, Lily estava na escola, e seus pais trabalhando. Ele estava sozinho e a única companhia que tinha eram as ligações constantes da sua (muito preocupada) mãe. A sua maior tristeza e mal estar se dava justamente por estar sozinho, isolado do mundo ali.

Tudo que ele tinha para fazer era ler e assistir. E mesmo que Hermione Granger Weasley tivesse a maior biblioteca do mundo, não era suficiente para acabar com a sensação de vazio de Hugo. Ele se via riscando os dias do calendário, logo seu tempo seria escasso. A cada dia que passava era um dia a menos que ele tinha.

Ele estava lendo um dos poucos livros que haviam restado quando ouviu a campainha, ele não queria realmente largar a leitura do livro, odiava largar um capítulo pela metade, mas ele teve que fazer isso, já que a pessoa estava desesperadamente tocando a campainha como se fosse maluco. Ele largou o livro contrariado e abriu a porta, mas um sorriso logo tomou conta de seu rosto quando ele viu Lily ali parada.

— Oi, ouvir dizer que existe alguém nessa casa que precisa de companhia. – ela disse com aquele sorriso que fazia Hugo desmoronar.

— É sério? Onde ouviu isso?

— Ah, me deixa entrar de uma vez, canalha. – Ela riu invadindo a casa como só ela conseguia fazer. – O que você estava fazendo?

— Lendo, queria ler mais um pouco. – ele resmungou como um velho.

— Para de reclamar, você tem a vida toda para ler. E quanto tempo você vai ter para aproveitar ao meu lado?

— O resto da vida, espero. – ele sorriu vendo o sorriso que Lily lhe lançou.

— Exatamente.

Eles não iriam admitir, mas havia um clima forte entre eles, um clima estranho que eles nunca tinham experimentado antes do beijo. A verdade era que ambos haviam sentindo algo, uma sensação prazerosa e confortável quando se beijaram, mas era estranho sentir isso com a pessoa mais próxima que ambos tinham. Mas eles eram primos, de alguma forma isso era errado, certo?

— O que você acha de irmos cumprir mais um dos números da lista? – Hugo propôs, sabendo que seu tempo era pouco ele tinha que cumprir tudo o mais rápido possível.

— Eu acho que hoje está um clima ótimo para passarmos uma noite na praia, só nós dois. – ela disse olhando fora. O clima estava docemente ameno, mesmo para o inverno que se aproximava.

— E o que faríamos na praia uma noite toda? – ele sorriu provocante.

— Comeríamos marshmallow e tocaríamos violão? – ela propôs.

— Eu não gosto de marshmallow. E você sabe tocar violão?

— Eu tenho um violão, isso não quer dizer que eu saiba tocar, quer? – Lily sorriu. – Nem para fazer uma cena clichê a gente serve, Huguito. – ela disse triste se jogando no sofá.

Ele se jogou ao lado dela e ficaram assistindo TV por um tempo. Até que ele a olhou. – Poderíamos levar o celular, com algumas músicas legais.

— E poderíamos comer bolacha com refrigerante.

— Ou salgadinho. – Hugo sorriu. – O problema é que teríamos que pegar o trem.

— E desde quando isso é problema?

— Mas teríamos que avisar nossos pais.

— Acho que não iam se importar se... os pais do Scorpius tem uma casa em Bournemouth, não é?

— Tem sim. – Hugo riu lendo os pensamentos de Lily, eles realmente tinham uma conexão rara. Ligaram para Rose, e Scorpius concordou em irem para a casa de praia. Agora era só esperar Ron e Hermione chegarem.

Algumas horas mais tarde estavam os quatro, Lily Luna, Hugo, Rose e Scorpius, indo em um carro para Bournemouth, e James, Albus, Rox, Domi em outro. Pelo que dava para perceber, essa era uma viagem de jovens. Eles chegaram rapidamente no local onde a casa de praia ficava, e como era de se esperar, era uma casa tremendamente fodástica. Afinal, os Malfoy eram podre de ricos.

E enquanto os primos faziam uma pequena festa cheia de bebidas e libertinagem, Lilian e Hugo partiram para a beira mar. O tempo ali estava mais ameno, mas ainda sim frio, por isso eles levaram alguns cobertores, algumas coisas para beber e para comer. Eles levaram umas bebidas alcoólicas também, e levaram o celular carregado para tocar umas boas músicas.

Como a casa era bem na beira mar, eles não precisaram ir para tão longe da casa. Apenas alguns metros à frente, eles estenderam um dos cobertores, e se sentaram. Hugo ligou seu celular e deixou tocando uma música lenta, o que combinava perfeitamente com o som das ondas que quebravam a alguns metros dos pés deles. Além de que a praia estava deserta, não havia quase nenhum barulho de cidade grande, o que tornava tudo tão perfeito.

Para ajudar havia um céu muito estrelado sobre eles. As estrelas iluminavam o céu azul escuro, e o mar estava calmo. E isso acalmava os dois.

Eles ficaram em silêncio, sentados na praia de areia fofinha. Não queriam quebrar o silêncio, nem estragar aquele momento. Mas Lily precisava falar algo, ela tinha algo preso em sua garganta e não aguentava mais segurar.

— Nós não vamos mesmo falar sobre aquele beijo? – ela perguntou e em seguida tomou um copo de vodka, precisava de coragem para fazer o que faria, e era um tipo de coragem que vinha com a perda da inibição.

— Que beijo? – ele perguntou olhando para o mar calmo a sua frente.

— O nosso, Hugo Weasley.

— Foi só um beijo, Lils. – ele tentou, mas assim que desviou o olhar percebeu o dela.

— Não foi só um beijo, disso eu sei.

— Eu sei que não foi só um beijo. Mas é melhor acreditar que sim.

— Por que, Hugo?

— Porque se eu começar a dizer que foi mais que um beijo, e a gente se envolver, um dos dois vai acabar com o coração quebrado. E o meu não aguenta. E eu não quero quebrar o seu. – Ele disse e se aproximou levemente dela, pegou um copo de vodka. Seu médico o mataria se descobrisse, sua mãe o mataria, seu pai o mataria e Rose o mataria.

Lily pegou um dos cobertores e jogou sobre o ombro, um vento gelado batia em suas costas. Pegou o celular de Hugo, tinha uma foto dos dois na proteção de tela, e ela sorriu com isso, logo mudou de música e encarou seu primo.

— E por que um de nós tem que se magoar? Essa não é tipo uma regra de relacionamentos, ou é? – perguntou finalmente apenas encarando a imensidão azul dos olhos dele.

— Não é como funciona? – ele sorriu triste por fim – E Lily, eu já sei que você é uma garota incrível, sei que você não está feliz consigo mesma. Você acha que eu sou estupido, mas eu vi aquele seu caderno e o que você faz naquele negócio. Você tenta se matar. E eu te amo há muito tempo para te perder de forma tão lastimável. – ele desviou o olhar, olhando para a areia, mas sem realmente ver a areia, seus olhos pareciam lentes desfocalizadas de uma câmera.

Lily não sabia realmente o que dizer, ela apenas olhou para o chão também, e sua mão buscou mais um copo. Iria se arrepender disso, mas era preciso. – Eu já não quero saber daquele caderno, eu acho, Hugo. – ela sussurrou e aquelas palavras a acertaram como um soco no estômago, era estranho admitir isso. Mas ela não conseguia dizer se dizia isso para que ele a visse de outra forma, ou se era verdade.

Ela queria saber onde Genevive estava agora, se realmente estava em um lugar melhor, ou se tudo acabava com a escuridão eterna. Ela queria que a pequena loirinha soubesse que ela dava sua vida para não ter presenciado aquilo, mas Lily achava que talvez, onde quer que estivesse, Genevive também daria tudo para que ela não tivesse visto tudo aquilo. Nenhuma criança deve passar por isso, nenhuma criança deveria ver aquilo. Mas se o mundo cruel assim quis, não podemos desfazer, voltar no tempo, e excluir todo o sofrimento do mundo.

Eis uma verdade: a morte é uma parte essencial do processo. Ninguém pode viver para sempre, logo como sabemos todos morrem. E não podemos fugir quando a hora chega. Mas não deixa de ser triste quando acontece com crianças.

Afinal, temos uma visão clara de vida, ou de progresso. Nós nascemos, crescemos, vivemos uma boa vida ou não, e morremos. Mas quando o processo para no nascemos, é tudo mais doloroso, perder crianças, perder filhos. Sam havia perdido sua filha, os pais de Genevive haviam perdido ela. E todos afundaram.

— Eu não posso quebrar seu coração, Lils. – Hugo sorriu para ela depois de um longo silêncio, e a garota demorou a assimilar do que se tratava.

— Sabe qual é a simples resposta para esse caso? – ele negou com a cabeça – Não quebre, é a coisa certa a se fazer. Se a gente se esforçar, acho que conseguimos não destruir com o coração um do outro.

— Essa é uma boa opção. Mas e se for inevitável?

— Então eu irei em breve aprender a lidar com um coração partido e com a acusação de assassinato. – ela brincou o abraçando. – Acho que não tenho mais escolha, Hugo. Eu já estou apaixonada por você, só não sei desde quando.

Ele estava abismado com a declaração dela. E a encarava com os olhos arregalados. Parecia um maluco, mas num bom sentido. E sem pensar realmente no que fazia, Hugo a beijou, não um beijo como o primeiro que eles deram, mas um beijo urgente, como se Hugo quisesse sugar algo de dentro dela, algo que matasse o desespero dentro dele.

— Eu não acredito. – ele disse pausadamente enquanto depositava beijos no rosto dela, ainda com a mesma urgência.

— Eu acredito que você está esmagando meu rosto. – Lily disse com dificuldade já que ele apertava as duas bochechas dela e beijava partes do rosto desesperadamente.

— Desculpe. – ele pediu a soltando e a encarando – Eu não acredito que você disse isso. Você não deve me enganar dessa forma. E a verdade é que eu já estou apaixonado por você há um tempo. – ele riu encarando suas mãos que estavam em seu colo.

— Isso quer dizer que tem mais um item a riscar na lista? – ela perguntou desconfiada.

— Acho que foi claro na lista que deveria se apaixonar perdidamente. Se só está apaixonado não vale. – ele riu.

— Justo. Então deixamos esse em aberto, certo?

A noite durou mais do que eles esperavam, e realmente não tinha muito o que fazer ali. Eles haviam ouvido todas as músicas separadas para essa ocasião especial, Hugo havia criado uma playlist chamada: “Noite na praia com Lils”, mas direta impossível.

— Nossa, você é a pessoa mais criativa do mundo, Hugo. – ela revirou os olhos de maneira alegre, e ele só riu.

— Sou objetivo, é diferente.

Eles haviam bebido toda a garrafa de vodka, e tomado refrigerante enquanto comiam os salgadinhos que tinham levado. E haviam passado um tanto de frio. Haviam deitado na areia, Hugo com a cabeça sobre a mochila que servia de travesseiro, e Lily com a cabeça sobre o peito dele, ouvindo o som ritmado que o coração dele faziam com as ondas.

Eles ficaram vendo as estrelas, e fazendo coisas clichês que Lily secretamente estava adorando. Hugo achava tudo muito monótono até para ele, e olha que ele passou os últimos anos em um hospital mais parado que os Estados Unidos quando um foguete era lançado. Ele não conseguia mais ficar parado, mesmo que estivesse confortável com Lily sobre seu peito.

— LL? – ele disse baixinho, não querendo atrapalhar ela. Ela soltou um “sim” calmo e baixinho e levantou os olhos verdes para ele. – Você vai brigar comigo se eu quiser voltar para a casa agora?

— Para casa casa? Ou casa aqui?

— Casa aqui, eu só achei que ficar na praia era mais emocionante como os filmes mostram. – ele resmungou, as orelhas estavam em uma cor escarlate que o denunciava, ele estava morrendo de vergonha de admitir isso.

— Finalmente você assumiu isso, achei que você tinha realmente gostado de ficar aqui sem fazer nada. – Lily falou rápido – Isso é chato, se é que você me entende.

Eles juntaram tudo rapidamente e andaram até a casa de praia. – Esses filmes, são muito enganadores. – Lily assumiu.

— E a gente é a uma raça decadente de não gostar disso. – ele riu a abraçando de lado.

Eles não queriam assumir, mas adoraram poder deitar em uma cama, com um travesseiro e cobertas a disposição. A festa na casa durou mais algumas horas, e na verdade eles nem se importaram. Todos ali estavam se divertindo e era isso que importava, certo?


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Notas finais do capítulo

Bournemouth dizem ser uma ótima praia perto de Londres, eu não sei, nunca fui. Sou pobre. Bom, o que acharam desse capítulo? Eu realmente gostei de escrever esse, me senti foda quando eu li haha E teve beijo. Bom, deixem comentário, meus dois leitores fiéis que eu amo: Jules e Mione. Acho que só vocês leem, só vocês comentam haha
Me digam o que acharam.



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