Last Breath escrita por Bee


Capítulo 6
Capítulo 6.


Notas iniciais do capítulo

Ei amores, então como estão? Aqui está um capítulo que eu gosto para caramba, e bom, se tiver algum erro, me avisem, eu revisei agora, mas to caindo de sono e (eu sei sou uma pessoa idosa que dorme cedo) as palavras começaram a fugir de mim, mas o fiz o melhor que pude. Eu tava pensando em postar outro capítulo hoje já também, mas quem sabe de noite haha
Acho que isso quer dizer: aproveitem.



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Lily sorriu ao ver que Hugo se aproximava dela com um sorriso no rosto. Ele havia conseguido, ele havia dito antes de desligar o telefone: “Não é tão dificil achar maconha aqui na cidade, eu aposto”.

— Com quem você comprou? – ela perguntou ao ver o sorriso do primo ao sentar ao lado dela no banco da pracinha.

— Com o teu irmão. – Hugo disse apenas sem tirar o sorriso do rosto, Lily ficou se perguntando se ele estava brincando ou falando a verdade, mas nunca ia saber, ou ia?

Hugo estava tentando acender aquele cigarrinho de maconha enquanto Lily sorria, ela também nunca tinha experimentado nenhuma droga, e bom, se era para usar uma, que fosse a mais leve. Afinal, você não ia querer começar usando uma que te deixasse viciadão de verdade.

— Quando você disse que queria experimentar drogas, Lily, eu achei que iam ser drogas de verdade. – Hugo disse escondendo a ponta do cigarro com a mão, sua voz saiu extremamente engraçada por conta do cigarro que estava na boca ainda. – Sorte que seu irmão disse que um colega dele tinha uma hidropônica lá que é da hora.

— Qual dos meus irmãos? Só pode ser o James, ele que é louco. É o James, né? – a ruiva perguntou, os olhos verdes brilhavam em expectativa, ela queria dar um soco no seu irmão por usar essas coisas. Ela sabia que era James, mas Hugo negou com um sorriso – É o Albus? Eu não acredito que é o Albus.

— Não é o Albus, é o James, você acha que o Albus ia se arriscar e arriscar a carreira perfeita dele por isso? – ele disse sorrindo finalmente tragando a fumaça e passando para o cigarro para Lily.

— Eu não to sentindo nada, acho que essa porra não era hidrofóbica nada. – Hugo gargalhava com a forma como Lily falava, ela não queria demonstrar o quão noiada estava.

— Hidrofóbica? – o ruivo satirizava, os olhos tão vermelhos quanto os cabelos – Lily, essa parada não tinha medo de água. Ou será que tinha?

Hugo e Lily riram por muitos minutos então, riram pelo que Hugo falou, e riram por nada, riram da risada um do outro e riram quando a barriga do ruivo tremeu sem parar por conta da gargalhada sem fim. Então eles pararam e se encararam, os olhos claros a se encontrarem, o estomago de Hugo se revirando, não por fome, não pela risada, era mais uma sensação de cócegas internas.

— É estranho se sentir atraído por alguém que tem os mesmos avós? – ele perguntou, e aproximou seu rosto do rosto delicado da prima, tirando uma mecha ruiva que caíra sobre os olhos dela.

— Em parte, mas quem se importa. – ela sorriu e Hugo sentiu suas orelhas arderem em fogo, ele sabia que ela notaria e ele estaria perdido.

— Você já se apaixonou por alguém, Lily?

— O Teddy conta? Eu tinha uma paixonite aguda por ele quando ele foi morar lá em casa. – ela riu relembrando da maneira como ela agia com o afilhado de seu pai, de cabelos castanhos com mechas azuis, que era incrivelmente lindo e agora namorava com Victoire.

— Você tinha cinco anos, menina, claro que não conta, e ele tinha o que? Vinte?

— Não, ele tinha quinze, e você sabe disso. – ela ironizou e então com um sorriso completou – Não, nunca me apaixonei, nem de brincadeira.

— Eu já, eu acho. – Hugo disse sem pensar, um sorriso se formou em seus lábios finos. – Eu sentia toda aquela coisa de borboletas no estômago e as mãos suando sempre que eu estava perto dela, e minhas orelhas sempre ficavam muito vermelhas, mesmo que ela não soubesse.

— E quem era? – a garota perguntou se aproximando do primo como se para descobrir um segredo.

— Você não conhece. – Hugo sorriu e então desconversou – Quer ir comer? To com vontade de comer um delicioso prato de peixe com fritas.

Eles partiram para uma lanchonete que havia ali perto, e comeram não só um prato de peixe com fritas cada, mas dois, Lily não sabia da onde vinha toda aquela fome. Mas digamos que larica é isso, não é?

— É bom se sentir vivo, não é? – ela jogou pra cima do primo uma batata frita o tirando de seus devaneios – Não é, Hugo do Espaço?

— Claro que é. – Hugo lançou a ela um sorriso maravilhoso, os olhos brilhando como ela nunca havia visto antes – Eu tava olhando aquela nuvem ali, ela parece com aquela cicatriz estranha que meu pai tem no braço. Ele disse que foi de uma vez que ele, a mamãe e o tio Harry foram aprontar na rua, eu acho que eles tinham bebido. – ele falava rápido, e Lily só sorria.

— Teu pai tem uma cicatriz no braço?

— Uhum, parece uma tatuagem tribal ridícula. Teu pai nunca te contou sobre esse dia? – a garota negou e ele sorriu – Meu pai disse que eles tinham saído com o carro do vovô, e tinham ido em uma festa, e não sei o que aconteceu – ele disse enquanto entornava copos imaginários um atrás do outro, mostrando que acha que eles tinham bebido – E o papai saiu correndo pela rua e se chocou contra uma daquelas árvores cheias de espinhos, a cicatriz é enorme.

— Eu quero ter umas histórias assim para que contem um dia, nós temos que criar nossas histórias ridículas, o que nossos filhos dirão? – Lily brincou tomando um gole da sua coca cola.

— Nossos filhos? – Hugo levantou a sobrancelha para ela insinuando algo. – Está dizendo que teremos filhos?

— Você não quer ter filhos um dia? – ela perguntou.

— Não foi isso que você disse. – Hugo brincou.

— Eu sei exatamente o que eu disse. – Lily o desafiou, o rosto em fogo por conta da raiva que subiu a cabeça dela.

— Tudo bem, estressada.

— E que eu saiba, estamos trabalhando em umas loucuras para que nossos filhos um dia possam dizer: nossa, eles fizeram isso, eles fizeram algo. E darem risada com isso, certo? – Lily sorriu para Hugo.

Eles decidiram andar até as suas casas, mesmo que a noite estivesse caindo e a escuridão dominasse as ruas. Lily encarou o primo que se manteve em silêncio por muito tempo, mais tempo do que ela gostaria, não gostava quando o primo ficava tão sério, ele não era assim, Hugo é mais do tipo piada da festa, e não nerd metido a antissocial.

— Então... – Lily disse com um sorriso tentando puxar assunto. - Então, seus pais falaram o que da tatuagem?

— Nada demais, LL. Papai até achou bonita, depois que me bateu. Mamãe ficou triste de eu fazer sem ter pedido permissão dela, mas esse é o lado bom de ter identidade falsa.

— Nossa, seus pais são tão legais. – Luna comentou com um sorriso lembrando da cena que seus pais tinham feito quando viram a linda tatuagem que Hugo tinha desenhado para ela.

— E seus pais também. Como eles reagiram? – ele perguntou parando em frente à casa dela.

— Você nem quer saber. – ela riu fria – Mamãe queria me matar, ela disse que ia passar uma lixa no lugar até que não tivesse mais nada. Papai perguntou como eu tinha conseguido fazer uma tatuagem sem que eles tivessem dado permissão, além de falar o quão irresponsável eu tinha sido, pois eu poderia ter pego AIDS ou sei lá, Hepatite se o lugar não fosse limpo o suficiente.

— Nossa, seus pais são legais. – Hugo ironizou rindo da cara de indignação da prima.

— Mas agora eles já aceitaram e bom, sem problemas.

Lily deitou na sua cama, a sua cabeça parecia que ia explodir, ela decidiu que nunca mais iria beber ou usar drogas, aquilo não era uma coisa boa. Então ela agarrou seu caderninho e escreveu: “aneurisma”, Sam não tinha pensado em uma morte tão sofrida e natural. Deve ser horrível passar por dores constantes por horas e com a cabeça prestes a literalmente explodir.

Ela pegou seu celular e encarou a data, o aniversário de morte de Genevive estava chegando, Lily nem havia percebido que esse dia já estava ai, ela se sentia uma idiota por ter se esquecido desse dia, mas era como se Hugo a fizesse voar e viajar sem sair da terra, isso parecia uma coisa de menina boba apaixonada, mas o ruivo estava fazendo com que LL se desafiasse a todo momento, e quebrasse as muralhas que ela havia construído ao seu redor.

Dor, a cabeça prestes a explodir, sua mente dava muitas voltas. Lily se levantou e decidiu tomar um banho quente, algo que fizesse a dor diminuir. Já havia passado das duas da manhã, e ela precisava dormir. Ela teria que voltar para a escola na manhã seguinte, mas sua vontade era nula.

Ela odiava ter que ir para escola, ela não era uma pessoa sociável, ela preferia livros a pessoas, mas ela nunca lia em público, não queria ninguém olhando para a capa do livro e pensando sobre a história do livro, ela gostava que ler fosse algo que ela fizesse sozinha, por isso, ela sempre procurava cantos escondidos da escola para ler. E ela não se importava com as pessoas daquele lugar. Ela não era a melhor aluna, nem a pior, ela era mediana, estudava por obrigação, mas não ia deixar que isso a levasse para baixo, se até James ia bem na escola.

E James não era uma pessoa muito estudiosa.

Hugo chegou em casa e ao entrar foi pego de surpresa ao ver uma cabeleira castanha ao lado de uma coisa albina, ela conhecia bem aquelas pessoas. Por isso ele pulou nas costas do cunhado, que diga-se de passagem era muito mais alto que ele, e lhe deu um cascudo bagunçando o cabelo perfeitamente arrumado de Scorpius.

— Ei, peste, pode parar? – Scorpius disse divertido, abraçando o cunhado. Eles se adoravam, pois Rose e Scorpius sempre estiveram ao lado dele.

— Me obrigue. – Hugo disse desafiando o namorado de sua irmã, mas ao ver que a morena lhe largou um olhar irritado e mandão para o irmão, e ele parou. – Sua sorte, Malfoy, é que minha irmã sabe como controlar os homens apenas com o olhar.

— Você acha que eu não sei disso, parceiro? – o loiro brincou sorrindo maroto.

— Maninha, veio fazer o que aqui?

— Vim te ver, mas ao que parece meu irmão não para em casa. – ela disse de maneira irritadiça, mas logo seguindo abraçar o irmão – Senti sua falta. Você tá se cuidando? Você está bem? Você parece meio pálido, tá comendo bem? Você fez uma tatuagem? – Rose começou a falar rápido e metralhar perguntas para cima do ruivo.

— Eu to bem, relaxe. Fiz, só para me deixar mais bonito. – ele brincou abraçando a irmã forte contra seu peito – E eu também senti saudade. Como vocês tão com a faculdade?

Eles conversaram por muito mais tempo, e Hugo foi deitar alegando estar cansado demais para manter os olhos abertos, e como Rose e Scorpius iriam dormir ali, Scorpius no quarto com Hugo e Rose trancada no seu, pois Ronald Weasley não permitia que sua princesa dormisse com uma doninha albina antes do casamento, eles teriam tempo para conversar no dia seguinte.

 Lily Luna não pregou os olhos naquela noite. E quando o celular alertou que era hora das aulas, ela se sentiu exausta e sua cabeça estava prestes a explodir. Ela arrumou sua mala e com a maior cara de poucos amigos comeu uma maça e olhou para sua mãe que estava na cozinha tomando uma xicara de chá.

— Eu vou te buscar depois da aula para você ir visitar o túmulo da Genevive. – Ginny disse com um sorriso, ela trabalhava no jornal, então tinha alguma mobilidade de horários e conseguia sempre estar presente na vida dos filhos, e isso deixava Lily frustrada por ser uma péssima filha com pais ótimos.

— Tudo bem, obrigada, mamãe. – ela disse se aproximando da mãe e depositando um beijo na bochecha dela – Eu te amo, mãe.

Lily disse antes de sair de casa, e como ela não costumava falar nada do tipo para ninguém no mundo, Ginny encarou a porta fechada e se perguntou se havia ouvido mesmo aquilo ou havia sido ilusão. Preferiu acreditar que a sua pequena Lily havia dito aquilo mesmo, pois aquele pequeno gesto da sua filha havia aquecido seu coraçãozinho. Talvez aquele fosse o começo de uma nova Lily, e Ginny queria muito isso.

Ginny havia cansado de limpar vestígios de sangue do carpete e do banheiro. Sabia que sua filha se mutilava, e aquilo doía, nada no mundo deveria machucar ela, mas o que fazer quando ela mesmo se machucava? Aquele era o único segredo que ela tinha para com Harry, ela escondeu todas as vezes que chorou no banheiro da filha, e quantas vezes jogou fora lâminas, e quantas vezes se viu desesperada ao notar que a ruiva sempre conseguia outra.


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Notas finais do capítulo

Bom, tinham me perguntado se o Hugo não era próximo da irmã, e um pouco aparece aqui, quer dizer que sim, eles são próximos, e se amam. Mas Rose tem a faculdade e não mora com os pais, então já sabem.
Bom agora é a vez de vocês, o que acharam? Gostaram? Eu amo esse capítulo, mas amo mais ainda os próximos, muahaha. E o que acharam do final? Do que temos sobre a Ginny?
Contem tudo, não me escondam nada.
Beijos.



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