Last Breath escrita por Bee


Capítulo 20
Capítulo 20.


Notas iniciais do capítulo

Boa madrugada? Aqui está o último capítulo, meu coração doí ao dizer isso, desculpa mesmo. Mas tudo bem, vamos lá, ele é menorzinho mesmo. Quero agradecer as minhas leitoras fieis e amadas, vocês fazem a diferença na minha vida. E bom, como me doí postar esse último capítulo. Boa leitura.



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Lily achava estranho voltar para casa. Ela estava cruzando o mundo com seu marido. Lilian Luna Weasley Zabini – ambos os sobrenomes sempre ficam no fim da lista telefônica, se algum dia quiserem procurar – havia se tornado a escritora de um dos maiores best-sellers, e os próximos três livros não tiveram um fim diferente.

Mas vamos voltar ao início. Acredito que talvez vocês estejam um tanto quanto perdidos em relação a isso. Após conhecer Rodrick no avião, Lily descobriu que mesmo com o coração partido é possível se apaixonar, e que é possível ter dois grandes amores em sua vida. E após dois anos de namoro, ela aceitou se casar com ele, e após mais dois longos anos de noivado, eles se casaram.

E Lily Luna sentiu no dia do casamento, que Hugo iria ficar feliz por ela. E Rodrick nunca pediu que Lily amasse exclusivamente a ele, e esquecesse de Hugo, ele sabia que era impossível, e que seria em vão. Dick era um homem adorável e compreensivo.

E foi de Zabini que partiu a ideia de que Lily publicasse um livro. Ela havia começado uma história, anos antes de o conhecer, sobre Eros e Psique, uma história sobre o que acontece quando o Cupido se apaixona. Mas a história eu não irei contar, vocês pesquisem e se apaixonem. Continuando, Lily mesmo relutante, terminou de escrever a história, e a mandou a alguns editores – 15 para ser exata -, todos eles negaram a chance a nossa querida amiga. Mas quando ela já tinha desistido, Albus – o incrível irmão nerd dela – deu seu jeitinho, e levou o livro para algumas outras editoras, e afinal conseguiu que publicassem o livro de Lily.

Sucesso instantâneo. Lily agora publicava livros, dava autógrafos e entrevistas. E fazia a diferença na vida de muitas pessoas. Mas ela não largou a sua vida na edição daqueles guias de viagem, e ela adorava essa profissão.

Mas agora ela estava voltando para casa. Para a casa de seus pais para passar o fim de ano. Rodrick não pode ir, então ela estava sozinha andando pela ponte na qual ela esteve tantas vezes antes com pensamentos negativos. O carro estava parado, o transito infernal. E Lily ao olhar para o lado, percebeu, naquele banco – aquele velho banco onde largou seu adorável caderno – estava o caderno novamente.

Ela desceu rapidamente do carro, e pegou o caderno, e voltou correndo ao carro. Sentada ali sentiu as estranhas emoções juvenis a atingindo em cheio, mesmo que bons doze anos tivessem passado. Ela folheou o caderno, percebendo a sua letra, que hoje dava conselhos ajudando pessoas com problemas da espécie que ela tinha, escrevendo as maneiras que ela imaginava morrer.

Mas outras letras enchiam as folhas seguintes. Ela contabilizou umas três letras diferentes, e ela esperava, torcia para que aquelas pessoas tenham seguido o mesmo caminho que ela, superando o que estava os arrastando para o fundo do poço.

Ela correu para o fim do caderno, e encontrou as outras três cartas lá. O transito finalmente abriu. Lily guardou as cartas e seguiu até a casa de seus pais. Encontrou seus sobrinhos e seus irmãos na sala, as crianças estavam tocando o terror na pequena casa, Lily era a única que ainda não havia tido filhos, mas ela esperava conseguir realizar esse sonho logo.

Após brincar com os três sobrinhos (os gêmeos de James, Lucan e Adelaide e Joffrey de Albus), Lily conversou com os irmãos e suas esposas. Teve que explicar quatro vezes o motivo pelo qual Rodrick não apareceu, mas isso não era nenhuma vergonha, a irmã dele havia sofrido um pequeno acidente e ele foi ajudar os pais, mas liberou Lily.

Quando a noite atingiu o pequeno quarto que ela dividiria com os sobrinhos, Lily pegou o caderno e seguiu até o banheiro de seu quarto. Uma mancha enorme jazia ali perto da banheira, Lily lembrava do motivo daquela mancha e do arrependimento que a afligiu depois disso. Ela fechou a porta e se sentou na banheira como fazia com o mesmo caderno durante a adolescência turbulenta.

Das três cartas duas eram de mulheres e uma de um homem. Uma delas, Jenn, havia perdido o marido depois de idoso, mas ele era o que a mantinha presa ao chão, era o ar que ela respirava. A segunda, de um garoto chamado Jack, não tinha mais de quinze anos quando começou a escrever, tinha problema com os pais, Jack superou e seguiu em frente. A terceira e ultima carta pertencia a uma mulher chamada Julie, ela alegou que não aguentava seu marido, controlador e que a feria constantemente.

Lily não conseguiu chegar ao fim da carta. Uma tristeza enorme a acertou em cheio no coração. O mundo era cercado de dor. Quantas mulheres não estavam sendo abusadas, estupradas, espancadas ou simplesmente menosprezadas no mundo naquele exato momento? Quantas crianças estão sofrendo por terem pais relapsos, pais que se importam mais com qualquer outra coisa do que seus filhos? Quantos relacionamentos estão sendo abalados pela morte?

Lilian Luna preferia não imaginar essas coisas. Mas sabia que era algo impossível, o mundo é cercado de dor e sofrimento. Lily esteve naquela posição, mas ela sabia que era possível melhorar, era possível quando procuramos melhorar, mas não é isso que essas pessoas querem ouvir.

Jack não queria ouvir que tudo iria melhorar, porque certamente ele cresceria com problemas sociais que resultam da relação conflituosa que tinha com seus pais. Jenn não queria ouvir que sua vida iria melhorar, que ela precisava seguir em frente, que seu marido estava em um lugar melhor e brilhante. Julie não queria ouvir que ela deveria revidar, recorrer a policia, nós sabemos que na maioria das vezes isso não funciona.

Lily percebeu que não importava o final que essas pessoas escolheram. Não importava nem se ela ou Sam escolheram entre a vida e a morte, aquilo tratava de pessoas. Pessoas reais que tinham problemas horríveis. E nenhuma palavra seria o suficientemente forte para fazê-las melhorar.

Naquele ano, após levar aquele caderno, apresenta-lo ao marido e a tia Hermione, os três abriram uma ONG que ajudava as pessoas com seus problemas graves. Sua tia vinha com o suporte legal, Rodrick com o suporte psicológico e Lily com sua criatividade.

Se vocês procurarem, talvez encontrem os livros feitos por esses três com as histórias dessas pessoas, além de seu site online. Eles estão ajudando pessoas até os dias atuais.

Lily sabia que sem o apoio da família ela nunca melhoraria. E por isso ela ofereceu uma família compreensiva as pessoas que sofriam. Eles sempre podiam recorrer a qualquer horário e sem medo de se expor.

Eles estavam fazendo a diferença na vida de alguém. E essas pessoas estavam fazendo a diferença na vida deles.

Lily encarou a foto no porta retrato do seu escritório, e não pode se sentir melhor ao encarar o olhar orgulhoso de seu primeiro e eterno namorado, Hugo. Ela sabia que ele, onde estivesse, estaria ao lado dela, e naquele momento estava a apoiando a apoiar as pessoas que precisavam.

— Obrigada por mudar a minha vida.

Lily jurou ter escutado, sussurrado em seu ouvido, um “de nada, cenourinha”.


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Notas finais do capítulo

E então amores? Gostaram? Odiaram? Bom, me contem tudo agora que é o último capítulo. Quero agradecer mesmo por todos os comentários fieis, e pelas recomendações e cobranças. Eu amo vocês. E espero que tenham me amado um pouquinho ao menos.
Isso não é um adeus, vocês sabem, né?



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