Last Breath escrita por Bee


Capítulo 11
Capítulo 11.


Notas iniciais do capítulo

Ei. Estoy aquí queriéndote / Ahogándome / Entre fotos y cuadernos / Entre cosas y recuerdos/ Que no puedo comprender. Sorry, Shakira dos anos 90 tomou conta do meu corpo. Dá pra acreditar que essa música é só um ano mais nova que eu? Estou velhaaaa. Bom, o que posso falar desse capítulo? Bom, eu amo ele. E quero saber ai quem tá animado para ler. Gritem mesmo, eu adoro. Bom, eu estou feliz, podem notar isso? Sim ou claro? Acho que é porque vou fazer 21 daqui 15 dias, yey, não esqueçam o presente, amo presentes. Esse é um capítulo que eu amo, amo demais, vocês vão amar também, eu espero.
Boa leitura.



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Rose passou a maior parte da viagem de volta quieta, era possível ver os momentos sublimes onde sua mão encostava na de Scorpius, ou quando ela trocava um olhar confidente com Hugo que estava no banco de trás.

Lily não entendia o que tinha acontecido, em um momento Hugo e ela estavam se divertindo, no outro ele estava desmaiado no quarto com a Rose desesperada ao seu lado. E Rose não havia dito nada na manhã seguinte ao ocorrido, ela fez o café e voltou a deitar, Rose nunca foi do tipo que se abatia, mas havia uma parte dela que tinha um medo horrível de perder o irmão.

Quando chegaram na casa dos Granger-Weasley, Rose subiu com seu irmão e seu namorado para o quarto do ruivo, e fecharam as portas, eles precisavam ter uma conversa séria sem ninguém por perto, era um assunto pessoal.

A morena se sentou e cruzou as mãos sobre as pernas, parecia procurar as palavras certas para utilizar. E nesse caso, ela parecia muito com seu pai. Pois ela muitas vezes abriu a boca, como se quisesse falar algo, mas sempre que ela fazia isso, alguma coisa saia errada.

— Hugo, você está morrendo. – Rose afirmou por fim encarando o irmão sentado a sua frente. Scorpius que estava ao lado de Hugo na cama encarou a namorada.

— É isso? Essa é a frase de efeito que veio pensando durante todo esse tempo? – o loiro perguntou incrédulo para a namorada, Hugo não conseguiu evitar que uma gargalhada saísse de sua garganta com a força de um trovão.

— É, eu não sei mais o que falar. – Rose suspirou cansada encarando seus sapatos de maneira a escapar daqueles dois pares de olhos claros que a encaravam.

— Eu já sei que vou morrer, maninha. Sei disso há anos. – Hugo a tranquilizou, ele não temia a morte, não era como se morrer fosse algo tão assustador. Ele havia visto tantos amigos morrer naquele hospital que havia percebido que morrer era apenas a forma mais fácil de atingir a paz eterna. – Mas acho você falou isso para você, não para mim. Por Merlin, Rose, você não aceitou ainda o fato de que eu estou morrendo, e acho que depois de ontem, depois que eu desmaiei, você finalmente percebeu isso.

Rose encarou o irmão com ternura, seus olhos castanhos esverdeados estavam cheios de lagrimas, ela estava se segurando, era verdade, era aquilo que há tanto tempo havia feito com que ela evitasse ir visitar o irmão na Alemanha, e evitasse voltar para casa desde que ele havia voltado.

Ela não queria aceitar aquele fato. No começo para ela não poderia ser realmente verdade, era impossível que seu irmãozinho, o peralta e alegre Hugo estivesse com uma doença tão impiedosa. As lágrimas começaram a rolar dos olhos dela, e ela não ligou de mostrar que elas escorriam com tanta força. Ela não queria aceitar que Hugo poderia estar morrendo, mas ele estava. E isso quebrava seu coração, ela sabia que teria que tomar conta de seus pais, mas não sabia se teria forças para isso.

— Eu não quero que você morra, Huguito. – ela resmungou entre lágrimas quando ele a abraçou para consola-la. – Eu não suportarei te perder. Eu te vi nascer, eu estava lá, ansiosa esperando para ver o seu tufo de cabelo ruivo bem ali em cima, e os seus olhos azuis como o mar de Tenerife, a me olhar confuso. – ela estava desabando, e não se importava – Eu não queria te largar quando você nasceu, você era o meu irmãozinho, e de mais ninguém. E eu não posso te perder, não agora quando percebi o quão fraca eu sou.

— Você não é fraca, Rose, você aguentou tanto por tanto tempo. A falta de atenção dos nossos pais quando estavam comigo, você teve que ser forte em aguentar tudo sozinha quando não podia contar para ninguém, ou chorar no ombro de ninguém. – Hugo a abraçava de maneira a conforta-la, e ele sentia o corpo dela tremer a cada vez que ela tentava parar de chorar. – E eu ainda não morri, então pare de agir como se eu fosse morrer amanhã. Eu ainda vou te encher por alguns meses, não se preocupe. Mas quando aquele dia chegar, você terá que ser forte por nossos pais, você terá que mostrar para todos o porquê de você ser a minha maior inspiração.

— Agora – Scorpius suspirou cansado indo abraçar a namorada – Você vai se recompor, lavar o rosto, e nós vamos descer e comer. Sua mãe disse que fez meu prato favorito, e eu to morrendo de fome. – ele sorriu ao ver o leve sorriso que sua namorada deu.

— Você promete não contar para a mamãe ou para o papai? – Hugo pediu para a irmã, e ela assentiu levemente com um sorriso. Não quebraria a confiança de seu irmão, ela nunca faria isso com ele, mesmo que isso significasse mentir para seus pais.

Durante a tarde, Lily ligou para Hugo, ela se disse preocupada com Rose. Afinal, Rose havia agido de uma maneira completamente estranha nas ultimas horas. Ele havia dito que a irmã estava na TPM, e que era normal ela ficar assim.

— Você quer ir dar uma voltinha? – Hugo perguntou deitado na cama, tomou seus remédios e então se sentiu um pouco mais animado para a vida ao ar livre.

— Quais seus planos, Hugoboy? – ela perguntou com um leve tom risonho em sua voz.

— Sabe, andar? Respirar um pouco de ar puro? Não ser depressivo. – ele ouviu aquela risada doce dela do outro lado da linha, por mais que soasse mais metálica que o normal, era incrivelmente bela e doce.

— Soa divertido. – ela respondeu apenas, e ele logo se levantou trocando de roupa e logo saindo de casa.

Não demorou muito para que Lily ouvisse a campainha soando alta na sua casa, e para ela descer as escadas como se sua vida estivesse a esperando naquela porta. E não um ruivo de cabelos ruivos e levemente bonito. Mais que levemente bonito.

Eles já haviam andado algumas quadras, e chegaram a um centro comercial que ostentava muitos bares e cafés. Em um destes eles foram parar e tomar uma xícara quente de cappuccino, o vicio que Lilian não queria largar, ela adorava sentir aquele liquido descendo por sua garganta e fazendo uma festa em seu estomago.

— O que você tem lido ultimamente, velha senhora devoradora de livros? – Hugo perguntou enquanto tomava uma xícara de chá quente.

— Estranhamente, faz uns dias que eu não leio. – ela riu, e viu quando a mão suave do ruivo deslizou pela mesa até encostar afavelmente na sua – Eu tenho gasto quase todo o meu tempo de vida útil ao seu lado. – brincou, e então reparou na mão cheia de sardinhas era aquela mão, e os braços, e tudo que era visível no corpo dele. Hugo era um aglomerado de sardas, e Lily tinha que admitir que era incrivelmente fofo.

— Fico realmente feliz que seu tempo seja tão bem gasto. – ele riu acariciando a mão dela e subitamente se afastando para novamente segurar a xícara. – Ei, eu quero falar uma coisa para a garota mais linda nesse lugar, será que posso? – ele perguntou de repente encarando a prima.

Lily sorriu entusiasmada, será que ela era realmente a mais linda naquele lugar para ele? Ela teria que tentar um tiro, se ela não fosse não ficaria desanimada, sabia que no fim Hugo sempre voltaria para ela, por mais que outras atravessassem aquele caminho estranho que eles tinham entre si.

— Claro, por que não? – Ela respondeu sorrindo segurando a xícara com as duas mãos, e a erguendo para tomar um longo gole. Hugo a lançou um enorme sorriso, um sorriso como o de James quando estava aprontando quando era criança, mas com todos os dentes, e não com as janelinhas de Jay.

Hugo se levantou e andou calmamente até ela. Talvez ele não tenha andado tão devagar, talvez tenha sido só uma impressão por conta do seu coração acelerado. Mas para a surpresa da ruiva ele não parou ao lado dela, ao invés disso andou até uma senhora que estava sentada sozinha naquele lugar, encarando tristemente a janela. Ela deveria ter uns setenta anos, Hugo se sentou com ela e Lily ouviu claramente quando ele disse:

— Não sei se alguém já te disse isso, senhora Figginans. – ele disse sedutoramente, mas com um toque de doçura em sua voz – Mas a senhora é a moça mais bonita desse lugar, se eu fosse alguns anos mais maduro, eu te beijaria e pediria para que a senhora passasse a vida ao meu lado. – Lily observou o sorriso encabulado que surgiu no semblante da mulher. Hugo havia feito o dia dela um pouco melhor.

Hugo beijou a mão da mulher e voltou para a mesa em que estava com a prima com um baita sorriso no rosto. Ele se sentou e tomou um gole de chá longo e revigorante. Lily observou que a senhora não estava mais olhando tristemente pela janela, seu primo havia feito o dia de uma mulher melhor, e ela se orgulhava disso. – Isso foi incrível! – Luna disse surpresa para o primo.

— Por que esse tom de surpresa? Até parece que eu não posso me declarar para a moça mais bonita daqui. – ele revirou os olhos rindo, Lily não pode deixar de acompanha-lo.

Lily apenas maneou a cabeça com um sorriso e com os olhos presos nos do seu primo, ela se inclinou sobre a mesa e depositou um beijo na bochecha dele. – Você só é doce demais para ser real.

— Talvez eu não seja real, posso ser só seu amigo imaginário ou um fantasminha te zoando. – Hugo brincou com ela, e ela apenas piscou demoradamente.

— Não, você é alguém que precisa aprender quando é hora de parar de brincar. – ela disse séria, com a sobrancelha arqueada em desafio. – Você é um idiota, não pode receber um elogio como alguém normal? Ou não ensinaram isso na Alemanha?

— Não, na verdade eles são um povo muito sério, parece que sempre há alguém morto no recinto. – Hugo sorriu, mas um sorriso triste, amargurado, era verdade que no hospital tudo era sempre muito sério. Havia, de fato, sempre alguém morrendo no recinto, ou morto por dentro, o que é ainda pior.

— Ei, o senhor acabou de riscar um item da lista, você fez uma declaração espontânea a um estranho na rua. – a ruiva o alertou com um grande sorriso nos lábios – Mas eu não risquei, tenho que fazer isso.

— Espontaneamente? – Hugo perguntou com um sorriso, Lily não era realmente a pessoa mais espontânea, e que realmente cometia loucuras, ou falava com estranhos.

Quando estavam indo embora, eles andaram lentamente pelas ruas de Londres em direção aos subúrbios, onde de fato moravam. Eles viram um senhor, não um senhor de velho, um senhor deprimido. E Lily jurou que nunca esqueceria aquele olhar, o olhar que o pai de Genevive tinha. De fato, aquele poderia ser o pai de Genevive.

Genevive era uma adorável, essa era a única palavra para descreve-la perfeitamente, seus pais haviam vindo da França para trabalhar alguns meses depois de Hugo ter ido para a Alemanha. Ela era uma adorável criança loira de olhos incrivelmente castanhos, Ginny disse inúmeras vezes que ela parecia um doce anjo. E ela era. Não foi difícil para que Genevive e Lily se tornassem amigas, principalmente porque aquela era sociável o suficiente pelas duas.

Lily havia ido dormir na casa dela tantas vezes que perdera a conta. A família de Vive era excepcionalmente unida e comprometida com a felicidade dos outros. Ela era filha única, algo que Lily nunca havia conseguido imaginar vindo de uma família tão grande, e seus pais davam tudo que podiam para ela, mas sem estragá-la. E quando a tragédia aconteceu, simplesmente não havia outra forma de ver a família a não ser: destruída, essa era a única palavra que definia exatamente o que Lily vivenciou quando foi ao velório.

O pai de Genevive, um homem muito bonito para não ser um modelo, parecia vinte anos mais velho, a barba havia crescido, e ele não parecia preocupado em apará-la, a mãe dela, uma boneca em forma humana, estava desgrenhada como se não se importasse com a imagem que ela passava. E talvez não se importasse.

Lily encarou aquele homem, tendo a impressão crescente de que era mesmo o pai de Genevive, mas ela não se atreveu a falar nada. Ela percebeu que ele andava trôpego e com uma garrafa de bebida na mão, talvez a tragédia tenha realmente acabado com a vida de todas as pessoas ao redor.

Logo atrás dele, vinha um menininho, incrivelmente parecido com Genevive, e isso fez com que Lily se precipitasse e fosse até ele, e com um sorriso doce ela disse: - Um dia você me daria a chance de dançar comigo? Eu só percebi o quão legal e maravilhoso você é, como é seu nome? – ela disse rapidamente, e quando ele respondeu que era Billy, ela sorriu abertamente – Bom, Billy, daqui uns sete anos você me procura em algum lugar da cidade, e eu te darei a oportunidade de uma dança, como todo pequeno super-herói deve ter a chance em algum momento.

— Isso foi horrível, Lilian. Você me decepciona. – Hugo disse a encarando – Você provavelmente deixou aquele menino traumatizado pelo resto da vida. – ele brincou e então sorriu – Você precisa aprender a se declarar para alguém.

— Quando eu tiver que realmente fazer uma declaração, eu saberei, certo? – ela sorriu, e puxou o primo em um movimento completamente calculado, apesar da ousadia que tomava ela, e beijou os lábios dele. – E eu tenho certeza que a pessoa vai gostar quando eu fizer.

— Ah, eu vou amar. – Hugo sorriu, a puxando para outro beijo, um beijo calmo e delicado. Apesar dele só conseguir pensar que ela seria a única pessoa a quem ele havia beijado (o polvo cheio de tentáculos babão da festa ele havia apagado da mente) era a única pessoa que realmente valia a pena beijar. E que ele nunca se cansaria de beijar aquela boca até o dia de sua morte.


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Notas finais do capítulo

Ei amores, o que acharam? Gostaram? Odiaram? O que acharam da Rose linda admitindo para si mesma? Eu acho que essa é uma parte difícil. E o que acharam das declarações? Bom, hoje eu terminei de escrever o capítulo 13, e eu amei, e a Mione acho que gostou também, porque né? Então, sem mais delongas, eu só quero indicar uma fic super legal, de uma autora e leitora incrível: Eu. É uma one, eu escrevi ontem, na loucura da noite, e eu achei legal. Leiam e me digam o que acharam, ok?
https://fanfiction.com.br/historia/683074/Quase_como_Romeu_e_Julieta/ é Scorpius e Rose, que eu adoro.
Agora sim, deixem o comentário e me façam feliz. Amo vocês.
XX



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