The five dreams escrita por Yasmin


Capítulo 18
Capítulo 18 - Distância


Notas iniciais do capítulo

Olá!!
Retornando!!!
Tem alguém aí, ainda?
Espero que sim!!!
Boa leitura!!!



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Após me abrir mais do que gostaria à Peeta, senti nossa relação avançar etapas. O laço mais forte que me permiti ter desde que perdi tudo o que eu tinha. Ele foi extremamente carinhoso, paciente e, em momento algum forçou a barra para que eu contasse com detalhes tudo que havia acontecido. Eu até tentei, mas segundo ele, eu não precisava contar caso eu não me sentisse a vontade. Esperaria o tempo certo. Aliás, ele afirmou que teremos tempo suficiente.

E depois daquele dia, eu me perguntei quanto tempo há mais temos juntos?

Após aquela tarde de domingo, passamos os demais dias juntos. Retomei o atendimento na clínica e em minha vida com um todo.

         Fiquei bastante atarefada, Rue precisou fazer uma curta viagem, usou a passagem que eu havia lhe dado de aniversario, parecia misteriosa, mas não disse o motivo da urgência pela viagem. Só me assegurou que era importante e não demoraria mais que três dias.

Durante sua ausência, tento me virar sozinha. Evelin não esteve disposta nos últimos dias, o que fez Peeta ficar bastante preocupado e montar todo um aparato para conseguir convencê-la a ir para Releigh.

 Na verdade, ela concordou depois que prometi cuidar de Bee e da pequena fazenda. Não disse nada sobre Ruffus. Nem precisava, pois o safado tem passado tempo demais comigo, quero dizer, ao lado da minha labradora que não fica nada incomodada com isso.

          Peeta levou Evelin essa manhã, já estou morrendo de saudades. Porém, preciso me acostumar, as férias de Peeta não durarão para sempre.  Ele logo retornara ao trabalho, fazendo com que a distância seja algo comum entre a gente, mas, ele diz que não durará por muito tempo. Apenas até encontramos uma saída. Mas, qual será ela?

         Quando termino com o último paciente recebo a ligação da minha madrinha. Mais uma vez ela cobra minha visita e se chateia quando digo eu não posso ir, deve imaginar que me esquivo da companhia deles, mas não é isso, a verdade é que não existe outra clínica na cidade, o que me priva de fazer minhas viagens.

Quando desliga, fico pensando numa solução para isso. Desde que me estabeleci na cidade, não consegui fazer nenhum passeio a longa distância.  Com a falta de outra opção. Sempre fico com a agenda lotada.

Antes de conhecer Peeta eu já planejava uma viagem, então tinha contatado uma colega da faculdade convidando-a para trabalhar comigo. Mas, naquela época ela estava impossibilitada, me surpreendeu dizendo que havia casado e no momento enfrentava um divórcio conturbado e também uma disputava atribuladíssima sobre a guarda da filha o que naquele momento tornava minha proposta de trabalho, impensável.

Como já se passou algum tempo, telefono para ela novamente. Fico algum tempo na linha, Annie e eu nos conhecemos na faculdade. Dividimos o dormitório no campus da Georgia, segredos e até, namorados. Eram casos passageiros. Não ligávamos muito para compromissos. Não quando o não tínhamos intenções românticas com relação a eles. Nesse quesito Annie eu éramos bem resolvidas.

Mais alguns minutos na linha e ela me atualiza de sua vida. Parece que conseguiu um acordo com o ex-marido. Pelos menos com relação a filha. Felizmente conseguiu a guarda universal, mas em troca, teve de abrir mão de todos os bens conquistados pelo casal.

 Sem aprofundar no motivos que a fez abrir mão de tudo, afirma que foi o melhor ela e afilha, fugiria se tivesse de compartilha-la com ele. Imagino que seja grave, mas não pergunto o acontecido.

Ela diz que liguei em boa hora. Estava desesperada por ter de cuidar da menina sozinha naquela cidade. E que precisava de uma chance para recomeçar... Sorri quando me disse isso, ninguém melhor que eu sabe o quanto os ares dessa cidade minúscula faz bem.

Mas, não quero que se precipite. Não é todo mundo que consegue migrar de uma cidade como nova York se adaptar a uma cidade pacata da Carolina do Norte. Por isso lhe dou dois dias para pensar.

Vou aguardar seu tempo. Desligo.

Volto minha atenção ao trabalho. Greasey me faz companhia e logo em seguida recebo a visita de Madge também.

— Ainda bem que te encontrei aqui — Maia vai até ela, assim que deixa sua bolsa na minha mesa e empoleira no meu sofá.

— A que devo a honra de sua visita? — Retiro meu jaleco e ela diz que precisa ter um papo de amiga. Faz tempo que não fazemos isso. E como estamos as duas famintas, seguimos direto para o Stekhouse, pedimos uma porção de carne, cerveja e batata frita.

Enquanto comemos ela me atualiza de suas aventuras e desventuras com Cato. Diz que ele é bastante criativo na cama. E apesar do entrosamento entre eles ser pra lá bom, não sabe se continuará o romance entre eles, pergunto o porquê, admite que ele é bom demais pra ser verdade, e está com medo de se apaixonar por um cara como ele.

         — Não pode pensar assim, talvez, você seja o que ele nunca encontrou.

         — E se eu for apenas um lance? — ela corre esse risco, mas não vou aconselha-la a não viver esse romance. Já tive experiências negativas demais com caras que pareciam ser príncipes e na verdade eram sapos. Então, não vou emitir o que penso sobre cato, até porque não tenho muito o que dizer. — Quem sabe, esse jeito desapegado não é apenas um disfarce, você também é assim o que possivelmente o faz ter as mesmas dúvidas... — Falo de forma imparcial, os dois são parecidos, ao menos no jeito de tratar um ao outro, e cabe apenas a eles desabrochar e mostrar o que realmente nutrem dentro do peito.  — Quer saber??? — levanto minha tulipa, fazendo o gesto de um brinde — Viva, apenas viva, caso ele te magoe, compre sorvete, Ouça um Jazz e leve o tombo apenas como uma lição de vida. — bebo um gole de minha cerveja e ela ri, acompanhando meus movimentos.

         — Tem toda razão!!! — ela bate na mesa, com um grande sorriso no rosto — E você, como está? — havia contado a ela sobre o episódio na rodovia, o que a fez ficar bastante preocupada comigo. Me fez prometer que ligaria para o doutor Aurélius e conversaria sobre o ocorrido. Confesso que com ajuda dele e o carinho de Peeta, foi mais fácil engavetar as lembranças do passado.

         Eu sabia que não estava totalmente curada, nas sessões intensas que tive o Doutor Aurelius, ele alertou sobre essas recaídas. Ainda mais com minha escolha de viver diariamente no lugar que me traria lembranças. Lembranças frescas como pinturas recentes.

— Estou bem — digo num sibilo e sorrio olhando para debaixo da mesa e avisto Maia levantando a cabeça para logo em seguida rosnar na direção da porta do bar. — Richard — quase soletro o nome do dito cujo que infelizmente um dia chamei de meu namorado.

— Katniss — ele se aproxima da nossa mesa, está diferente, fazia anos que não nos víamos. Terminamos de forma amigável, mas não tão amigável assim, se não me engano, quando ele contou que partiria, desabafei sobre o jeito mimado e chato dele, ou melhor, disse que sua transferência era um livramento de Deus e em resposta ele me chamou de problemática e afirmou que eu morreria encalhada naquela praia, ainda mais se eu continuasse comendo da forma desregrada que me alimento. A última coisa que falei a ele foi: Vá se ferrar, seu vegano!

— Richard, o que faz aqui? — Madge olha para mim e para ele que toma a liberdade de puxar uma das cadeiras vazias e sentar ao meu lado.

— O doutor Nelson irá se aposentar então a diretoria me convidou pra ocupar o lugar. Serei o encarregado da área de cardiologia. — chama pelo garçom e logo Bill bem atende-lo.

A princípio, fiquei muda ao receber a notícia. Não era necessariamente uma má noticia, mas, não esperava tê-lo por perto nesse momento.

— É mesmo?

Ele afirma que sim.

— Parabéns pela promoção, Richard — sorrio comedida, então percebendo o embaraço que a presença do meu ex-namorado causava em mim, Madge, inventou que precisávamos ir. Ele insistiu para que ficássemos mais um pouco. Disse que gostaria de conversar, e com um sorriso presunçoso no rosto falou que adoraria colocar o papo em dia. “Saber sobre mim” Frisou.

 Não fiquei nenhum minuto a sós com ele. Logo dei um jeito para que deixasse nossa mesa.

— Você viu a cara dele? — Perguntou ela assim que ele levantou seu traseiro e se foi.

— Ele não mudou nada — mastigo o ultimo pedaço de filé acebolado que eu havia pedido especialmente em comemoração ao retorno de Rick. Era assim que o chamava antes de descobrir que era um sapo disfarçado de príncipe e o pior. Um sapo vegetariano que mais uma vez não suportou a ideia de ver sua ex-namorada mastigando um suculento bife de carne bovina.  Ele deixou nossa mesa com a expressão enojada, parecia que estava tendo náuseas, saiu desesperado a procura do banheiro.

Depois disso paguei a conta e segui para casa. Já era tarde da noite quando chegamos. Tomei um banho e antes de deitar fui a procura de Maia. Ela estava deitada no chão da varanda, seu olhar estava vidrado na praia. Ou exatamente na direção das dunas que escondiam as luzes da casa de Peeta.

— Saudade dele? — afago sua orelha. Ela me olha e depois retorna para onde olhava anteriormente. — Também estou — sento ao seu lado e olho para o céu, vejo a lua beijando o mar, as estrelas se escondendo atrás de uma nuvem passageira e nesse mesmo momento meu coração pulsa com a saudades de Peeta.

Mas, um latido interrompe meus pensamentos. Maia se levanta e eu também.

Ao longe avistamos o cão negro, trotando, saltando e se aproximando da gente. Maia não espera, ela vai atrás dele, ao mesmo tempo que seus latidos alegres são mais audíveis que as ondas do mar.

Eu rio com a felicidade deles. Dos dois que rolam pela areia. Alegres, com o encontro.

Deixo os dois a sós. Me livro da areia dos meus pés e corro até secretaria eletrônica que pisca sua luz vermelha, indicando uma nova mensagem. Era Peeta.

 Me entristeço por ter me distraído com nossos cães e ter perdido a oportunidade de nos falarmos. Penso em retornar, mas os ponteiros do relógio dizem que já está tarde, então, me contento em ouvir sua mensagem; que com uma voz sonolenta ele diz que a mãe se recupera, que está com saudades e não vê a hora de retornar. Nada extraordinário ou as palavras que tanto amo em ouvir.

Pensei que passaria a noite em claro, mas até que eu pude dormir tranquila. Saber que Evelin está se recuperando me anima e muito. Quero muito que os dois retornem. Tenho sentido muita falta deles. Um sentimento parecido que eu reservava a minha família.

Estava eu construindo minha família? Esse tempo sozinha fazia com que minha mente elaborasse muitas perguntas. Perguntas que apenas o tempo poderia dizer...

###

Rue chorava nervosa ao telefone, não faço ideia do que pode ter acontecido. Ela pediu que fosse busca-la no aeroporto. Estranho porque ela voltou antes do previsto.

Um tempo depois estaciono na passarela do aeroporto, onde a encontro mais que abatida e quando me vê, me abraça dizendo coisas desconexas em relação à Trash.

— O que houve?

— Ele tem outra, Katniss, outra! — soluça enquanto caminhamos até o meu carro.

— Se acalme! — digo controlando o volante ao mesmo tempo que a escuto seus soluços que a impede de dizer o que realmente está acontecendo.

Parece que após a festa de seu aniversário, ele ficou distante por algum motivo que ela não sabe dizer, e desde então, passou a ser mais frio a cada dia. Quase não se comunicavam dando a desculpa de excesso de trabalho.

 — Como soube disso?

Parece com medo de dizer e reinicia um choro desesperado me dando um aperto no peito. Sinto que sua raiva não é apenas por ele ter sido um cafajeste. Há muito mais nisso. Ela não deslocaria com tanta urgência até Nova York por nada.

— Invadi a rede social dele, é um desgraçado, mentiroso...

— E o que dizia?

— Que ele aproveitaria os dia de folga para conhecer uma tal de Lila!!

— Sinto muito — digo sem saber o que dizer.

— Tudo bem — ela retira da caixa um lenço e limpa o rosto, depois me olha.

— Diz que vai parar de doer — e seus olhos se enchem de lágrima— Diz... — reinicia o choro novamente e quando atravessamos a ponte entre as cidades, a levo para minha casa. Sei que precisa de uma amiga. Então, arrumo para ela um conjunto de roupas minhas, e sugiro que tome um banho.

 E enquanto se lava, retiro do congelador uma massa italiana. A coloco no micro-ondas e depois me apresso a fazer uma salada fria.

Logo ela retorna, está com rosto inchado. Seu olhar se torna furioso toda vez toca o nome de Trash. Ora, chora. Ora, profere palavrões. E eu me abstenho de emitir minha opinião, conheço minha amiga, é um poço de imaturidade e exagero, então prefiro esperar para saber o que realmente aconteceu entre eles.

Assim que terminamos o jantar, ela me ajuda com a cozinha e depois assistimos um filme de terror que passava na TV. Novamente, Rue chorou, parou apenas quando dei a ela todo meu estoque de sorvete.

— Viu a Maia? — Estava me arrumando para dormir e a última vez eu vi minha labradora ela estava no quarto. Porém, não mais!

— Deve estar lá fora! — Rue diz e descemos os lances de escada.

— Maia!!! — Grito em meio a penumbra.

Então, pego a lanterna que deixo no batente da janela e caminho para área dos fundos. Abro a tela de proteção e fico aliviada e até mesmo admirada ao vê-la compartilhando o luar da noite ao lado de Ruffus. Mais uma noite eles passam juntos. Sorrio e dou uma breve olhada para Rue que mesmo odiando o amor, suspira encantada com a visão dos dois.

— É acho que alguém irá se dar bem essa noite. — digo.

— É ... ao menos ela...

Os deixamos a sós e seguimos para meu quarto.

###

Uma semana já havia se passado do ocorrido com Rue. Ela estava mais serena. Certa de que não quer nem escutar o nome do ex-namorado. Apenas aqui na clínica já veio inúmeras vezes explicar o “acontecido” em Nova York.

Ela está irredutível. Nem um pouco chorosa. Está animada até demais com o desdobramento do termino do relacionamento. Está gostando de vê-lo, “sofrendo”, abatido, rastejando por onde ela passa.

 — Uma hora vai ter que escuta-lo — até o momento ela não deu nenhuma chance a ele.

— Ainda não — ela diz enquanto me ajuda com a cuidar de um São Bernardo que precisa de um cirurgia em uma das patas.

É um procedimento simples, mas que requer muita atenção e como tenho apenas Rue de assistente, optei por fazer a cirurgia depois do expediente, assim evitamos o atendimento ao público, pois preciso que fique bem atenta.

— Quando vai ser?

— Quando ele estiver com muito medo com a descoberta.

— Que descoberta? — digo curiosa.

— Que eu era a mulher da vida dele, e ele me perdeu por uma branquela de Nova York!

Rio com sua teoria. Às vezes me pergunto de onde ela tira tamanha sagacidade e habilidade para lidar com os homens.

— Certo!! — coloco minha máscara e volto minha atenção ao bisturi.

Quando termino a cirurgia, cuido da minha higiene e esterilização das ferramentas. Por ser um animal de porte grande, precisei injetar uma dose a mais do tranquilizante e por isso Singer dormirá por algumas horas, o que me obriga a permanecer na clinia e velar pelo seu sono.

Dispenso Rue, deixo que vá para casa. Precisarei dela no dia seguinte. Então, como ficarei de molho a noite toda, improviso uma cama no chão com os lençóis que eu tinha guardado em meu armário.

Quando estou deitada, acariciando as orelhas de Maia, escuto o celular tocar e automaticamente o sorriso que havia sumido do meu rosto durante esses, se apossa dele instantaneamente.

— Peeta! — atendo rapidamente.

— Oi — diz ele, sua voz baixa. — Acordei você?

Olho para Singer, Maia e minha cama improvisada. Não é como se eu fosse dormir b esta noite. Não até escuta-lo. Talvez agora, eu possa realmente ter um sono de qualidade e sonhar com ele. Ao meu lado novamente.

— Mais ou menos — digo com a voz chorosa e conto a ele onde estou e que estou fazendo.

Ele resmunga e diz que se   tivesse uma máquina do tempo se transportaria para cá nesse momento.

— Meu Deus, estou com saudade de você – completa e digo o mesmo.

 — Quando você volta?

Me arrependo, quando ele faz silencio, ou melhor, meu coração vai a mil ao pensar que estou aqui cobrando sua presença, enquanto ele se dedica na recuperação de sua mãe.

— Vou precisar ficar mais alguns dias.

— Sua mãe piorou?

 — Não — diz aliviado — Mas, tenho umas questões de trabalho que irão me prender aqui por alguns dias.

Pergunto quais questões, então ele passa alguns minutos falando do seu projeto.

— Você não está em entendendo nada, não é mesmo? — Ele diz, devido ao meu silencio, não é que não entenda, até domino sobre o assunto, meu pai gostava muito de carros, então desde minha adolescência aprendi a diferenciar peças básicas e principalmente as cilindradas de um motor.

 — Quase nada — digo num bocejo. — Onde está?

Imagino Peeta no seu apartamento ou na sua casa de dois andares, sem camisa. Na sacada.

Ele diz que está deitado em seu sofá cama.

— Como foi seu dia? Muito cansada? — sinto meus ombros tensos desejando as mãos dele.

— Um pouco!!— digo. Não quero desligar, mas no meu estado sonolento não consigo pensar em mais nada para falar.

— Queria estar aí – diz ele.

— No chão da minha clínica?

— Que eu me lembre, sua sala tem um sofá — meu rosto ruboriza no mesmo momento — Imagino que ficou vermelha.

— Nem um pouco —

— É mesmo? — pergunta ele no mesmo tom que uso quando estou surpresa.

— É mesmo — afirmo com uma coragem desconhecida por mim — Eu queria que você estivesse exatamente aqui comigo. No meu sofá!

— Na sua clínica, no seu sofá, bem aí com os seus pacientes dormindo ao lado?

Rio.

— Meu único paciente está sedado.

— Interessante!

— Muito — suspiro. — Embora, acho meu sofá pequeno. Não tem muito espaço.

— Um sofá pequeno com você é uma grande ideia — a voz dele está ofegante, rouca e sexy.

 Fico em silencio e me deito completamente sobre os lençóis. Desejando. Ansiando pela presença dele.


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