Seddie, a história continua II escrita por Nany Nogueira


Capítulo 6
Perdidos na tempestade


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores!
Primeiro, peço desculpa pela demora. Tô com muitas coisas pra fazer.
Segundo, gostaria de saber dos leitores qual será o shipper oficial de Isabelle e Cristopher. Deixem sugestões nos comentários. O nome que aparecer mais vezes será o oficial.



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Assim que chegaram ao acampamento, Isabelle e Alison correram para pegar uma boa barraca e descobriram que a teriam que dividir com Brenda.

Alison cochichou para Isabelle:

— Se controla amiga.

— Sou civilizada – disse Isabelle, em voz alta, olhando diretamente para Brenda, fazendo Alison sentir vergonha alheia.

— Se vocês quiserem eu posso pedir para uma amiga trocar de barraca comigo – falou Brenda sem graça.

— Não gosta da nossa companhia? - perguntou Isabelle, com um sorriso irônico.

— Não é isso. Desculpe se me expressei mal. Vou ficar por aqui – respondeu Brenda.

Na parte do acampamento destinada aos meninos, Cris, Rick e Greg dividiam a barraca.

Assim que deixaram seus pertences na barraca, todos deveriam se apresentar no círculo central do acampamento. Os instrutores começaram a passar a primeira atividade. Seria um caça ao tesouro de meninas contra meninos.

Para cada um foi entregue um mapa. Cada ponto marcado representaria uma pista do local do tesouro.

Cris cutucou Rick:

— É a hora de colocar o plano em ação.

— Que plano?

— Vai saber na hora. Apenas me ajude, está bem?

— Tá.

Na mata, Brenda ia reclamando dos pernilongos, o que já estava irritando Isabelle.

— Por que você não passou repelente? - questionou a loirinha.

— Eu passei, mas não tá adiantando.

— Coisa da sua cabeça.

— Parem as duas de conversa mole, foco no mapa – pediu Alison.

Cris aproximou-se de Isabelle e provocou:

— Eu vou rir muito quando essa equipe feminina der com os burros na água. Homens conseguem se localizar muito melhor que mulheres.

— Eu não sou obrigada a ouvir esse seu discurso machista – disse Isabelle, empurrando Cris.

Cris aproveitou para se jogar no chão de forma teatral e fingiu torcer o pé, gritando.

Isabelle olhou para frente e viu que Alison e Brenda já haviam se afastado, assim como o resto do grupo.

— Não vai me ajudar Belle? Foi sua culpa – disse Cris.

Setindo-se culpada, Isabelle ajoelhou-se ao lado de Cris e estendeu a mão:

— Consegue se levantar?

Cris segurou a mão de Isabelle e se levantou. Então, a puxou rapidamente para si e gritou:

— Agora!

Richard e Grégory aproximaram-se com uma corda e amarraram Isabelle, terminando por prendê-la junto a uma árvore. Ela gritava raivosa, proferindo ameaças contra os três garotos.

— Valeu meninos! Bom trabalho! Agora é por minha conta – falou Cris, batendo nas mãos de Grégory e Richard em agradecimento.

Isabelle gritou:

— Vão se arrepender! Vou me vingar de cada um de vocês!

Grégory e Richard olharam assustados e saíram correndo.

— Não tenho medo das suas ameaças Senhorita Benson! Comigo não funcionam.

— Você vai ver o que não funciona quando eu sair daqui. Não pode me deixar aqui pra sempre.

— Talvez eu possa.

— Alguém vai me achar logo.

— Sim, quando contarem as crianças antes do retorno para casa. Até lá, você morre de sede e fome.

— Quando foi que você virou um monstro Cris? Fazendo isso comigo. Até pouco tempo vivia dizendo que era apaixonado por mim.

— Foi bom tocar nesse ponto. Sabe Belinha, naquela época, você demonstrava estar tão apaixonada por mim quanto eu por você, estou errado?

— Não Cris. Em nome desse sentimento que a gente tem um pelo outro, me solta.

— Não tão rápido.

— O que você seria capaz de fazer por causa dessa paixão?

— Como assim?

— Vou ser direto Belinha... Você arruinou meu encontro com a Brenda?

Isabelle arregalou os olhos e mentiu:

— Claro que não! De onde tirou isso Cristopher?

— Eu sei quando está mentindo. Diga isso olhando nos meus olhos – chegando bem perto de Isabelle e encarando-a.

— Não acredito que fez toda essa palhaçada só por causa de uma bobagem dessa! Vê se cresce Senhor Shay!

— Repita a resposta à minha pergunta, olhando nos meus olhos. Se não, vai ficar aí até alguém te achar.

De repente, começou a chover e o som de um raio foi ouvido ao longe.

Isabelle soltou um grito e Cris, de forma instintiva a abraçou. Depois de uma breve troca de olhares. Isabelle voltou a si e disse, mandona:

— Agora me solta logo!

— Não! Responde a minha pergunta!

— Vamos morrer aqui por causa da sua criancisse! Árvores atraem raios, sabia?

— Claro que eu sei. Eu estudo.

Cris pensou um momento, mas ao ouvir mais um raio cair um pouco mais próximo dali, soltou Isabelle e ambos começaram a correr em busca do acampamento.

Depois de um tempo, Isabelle disse irritada:

— Viu só Cris? Por causa da sua brincadeira sem graça estamos perdidos no meio do mato no meio de uma tempestade. Vamos morrer com um raio na cabeça já, já.

— Eu não podia advinhar que ia cair esse temporal!

— A culpa é da sua ideia de jirico.

— Não, a culpa é sua, que não quer me contar as coisas da forma convencional.

— Você é maluco e a culpa é minha?

A discussão cessou com o som de mais um raio caindo.

Isabelle e Cristopher abraçaram-se.

— Calma, eu vou proteger você – disse Cris, carinhoso.

— Morrermos abraçados não me parece uma boa ideia – empurrando Cris.

Cris olhou para os lados e conseguiu vislumbrar uma caverna.

— Por aqui! - falou Cris, puxando Isabelle pela mão.

Os dois entraram dentro da caverna e se sentiram protegidos.

Por um tempo ambos concentravam-se em ouvir o som da chuva e dos raios, caindo fora da caverna, sentados lado a lado.

Dali a pouco, Isabelle encostou num canto e adormeceu.

Cris olhou para ela e viu o quanto a garota podia ser angelical enquanto dormia. Aproximou-se e afastou delicadamente uma mecha de cabelo que caía sobre o rosto dela.

Isabelle acordou num pulo e questionou:

— O que pensa que está fazendo Cris?

O garoto não respondeu, tomando os lábios dela num impulso.

Isabelle não resistiu e correspondeu ao beijo.

Separaram-se quando ambos precisaram de ar.

Cris colocou as mãos a frente do rosto num gesto de proteção e disse:

— Desculpa Belinha, não me bate.

Isabelle começou a rir e ele não entendeu, questionando:

— Qual a graça?

— Você é muito covarde Cris.

— Se eu fosse covarde não teria lhe roubado esse beijo.

— Roubou porque eu deixei. No fundo, eu também o queria.

Os dois trocaram um olhar. Isabelle tomou a iniciativa e aproximou-se de Cris, tocando os lábios dele delicadamente e, então, ele aproveitou e tomou os lábios dela com paixão. O beijo que havia começado calmo foi se aprofundando.

Ao cessarem, Cris indagou:

— O que isso significa?

— O óbvio. Como você é lerdo Cris!

— A gente vai ser tipo namorado e namorada agora?

— A menos que você não queira.

— Eu quero muito!

Ouviram vozes se aproximando. Era o líder do grupo na cia de mais dois responsáveis pelo acampamento.

— Encontramos eles! - anunciou um rapaz.

— Por que não seguiram o grupo? - perguntou o líder contrariado – Poderia ter acontecido uma tragédia.

— Mas não aconteceu – respondeu Isabelle, ríspida.

— Melhor voltarmos logo ao acampamento. A tempestade está parando – anunciou outro rapaz.

Assim que voltaram ao acampamento, Brenda correu e abraçou Cris, enquanto Alison fazia o mesmo com Isabelle.

Isabelle lançou um olhar mortal na ruiva, que questionava a Cris se estava bem.

Richard aproximou-se e falou, assustado:

— Belinha, me perdoa. O Cris falou que era importante e eu não sabia que poderia acontecer isso...

— Tá tudo bem Rick. Preciso até te agradecer.

— Como assim?

— Graças a essa péssima ideia de vocês, algo muito bom aconteceu.

Alison perguntou curiosa e esperançosa:

— O que?

Isabelle puxou Cristopher, que ainda falava com Brenda e o beijou na boca na frente de todos.

Muitos aplaudiram, exceto Brenda e Richard.

Pouco depois, os instrutores pediam a todos para voltar às barracas.

Alison puxou Isabelle pelo braço:

— Vai me contar com riqueza de detalhes como tudo aconteceu?

— Pode deixar amiga, mas antes preciso tomar um banho quente pra não ficar gripada.

— Vai lá – falou Alison, já olhando para Grégory, que se aproximou dela.

— Posso te acompanhar até a barraca? - perguntou o ruivo.

— Meninos não podem entrar na área das meninas.

— É mesmo. Mas, posso sentar ao seu lado na fogueira a noite?

— Acho que sim – respondeu a menina, sem graça.

Mais tarde, Isabelle havia acabado de sair do banho e ainda secava os cabelos molhados numa toalha quando Brenda entrou na barraca:

— Precisamos conversar Isabelle.

— Agora eu tô com sono. Depois...

— É sobre o Cris.

— O que você pode ter a me dizer sobre o meu namorado?

— Nossa! Já chegaram a esse nível da relação? - indagou com ironia.

— Engole essa tua inveja e me deixa em paz.

— Diz isso porque não sabe o que eu tenho pra contar...

 


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