Seddie, a história continua II escrita por Nany Nogueira


Capítulo 29
A primeira vez


Notas iniciais do capítulo

Não recomendado para menores de 18 anos



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— Oi, Rick! Que surpresa a essa hora! – cumprimentou Isabelle, ao ver o amigo parado à porta – Entre.

— Valeu, Belinha! Podemos conversar?

— Claro! Temos 30 minutos – olhando o relógio da parede da sala – Até a minha avó voltar com os gêmeos.

— Vai ser rápido.

— Espero que sim. Se ela já expulsou a minha melhor amiga quando soube que falávamos de meninos, imagina se me vir no quarto com um menino. Hoje não estou boa para os surtos da minha avó.

— Então conversamos aqui na sala – disse Richard, sentando-se no sofá.

— Ainda estamos sozinhos, de todo jeito. Mas, seja breve – sentando-se no sofá ao lado do amigo.

— A Petra quer transar.

Richard foi tão breve e direto que assustou Isabelle:

— Como assim?

— Belinha, acho que você já sabe o que é transar. Significa conjunção carnal...

— Eu sei! – interrompeu ela – Mas, não entendi o que eu tenho a ver com isso.

— Eu estou com medo, não sei se devo. Uma menina ficaria magoada se o namorado recusasse?

— É no mínimo constrangedor, Rick. Ainda mais se ela também for inexperiente e estiver sonhando com esse momento com você.

— Então, mesmo com medo, devo ir adiante?

— Eu acho que todos nós sentimos insegurança na primeira vez, mas você tem que avaliar o quanto está inseguro, se está mesmo preparado. Não deve se forçar a algo que não está pronto apenas para não magoar a Petra, é melhor ser franco com ela e falar como se sente, se ela te ama, vai te entender.

— O Cris também falou isso, que todo mundo fica com um pouco de medo na primeira vez, que, inclusive, ele ficou.

Isabelle fechou a expressão, querendo não ter ouvido qualquer informação sobre a primeira vez de Cris. Mas, Rick continuou:

— Foi assim com você também, teve medo na primeira vez?

Isabelle corou, mas achou melhor falar a verdade:

— Rick, eu ainda não tive a minha primeira vez.

— E não quer ter?

— Eu nem tenho namorado, aí fica difícil, né?

— Por que você não tem namorado se é tão bonita?

— Porque sou também muito otária.

— O que quis dizer?

— Deixa pra lá. Estamos falando de você. Eu não posso te dizer transe com a Petra ou não transe com a Petra, porque só você sabe como se sente em relação a isso.

— Você sempre sabe como me ajudar, Belinha. Por que não pode me ajudar dessa vez?

— Eu gostaria muito. Mas, sou inexperiente nessa área e não sou você.

— Como assim?

— Consulte o seu coração: Você tem vontade de iniciar a sua vida sexual e com a Petra? Pronto, totalmente, você nunca vai se sentir, mas existe uma vontade de fazer isso dentro de você? Se sim, vá em frente. Apenas tome cuidado, use camisinha. Veja vídeos de como colocar camisinha e essas coisas. Enfim, se informe, fale com o seu pai ou sei lá. Talvez com o Cris, que já é muito experiente – terminou a frase com certa contrariedade no tom de voz.

— Está bem, Belinha. Mesmo sem ter ajudado muito, a conversa valeu.

Rick levantou-se do sofá e Isabelle também, acompanhando o amigo até a porta. Antes de abri-la, aproximou-se do amigo e deu um abraço e um beijo no rosto dele, dizendo:

— Fica bem, Rick. Desejo de coração que seja feliz e vá em frente se isso vai te fazer feliz.

Rick falou:

— Engraçado, quando você me toca não me incomoda, mas quando a Petra me toca, eu fico incomodado. Por que?

— Somos amigos de infância e eu já te abracei muito contra a vontade, até que você se acostumou – disse a menina, rindo – Deixe a Petra te abraçar bastante e assim também se acostumará com ela.

— Ótimo conselho.

Rick deu um beijo na bochecha de Isabelle e foi embora. Um minuto depois, Marissa chegou com Eddie e Nick.

No jantar daquela noite, Isabelle percebeu os cochichos e sorrisos dos pais enquanto comiam.

— Que tanto cochicham? – indagou a menina.

— Nada, coisa de casal e não te interessa – respondeu Sam.

— Quem cochicha o rabo espicha – falou Nick.

— E quem se importa o rabo entorta – completou Freddie.

Apenas Eddie continuou comendo calado sem se envolver na discussão de família.

Depois, Sam recolheu os pratos e foi à pia lavar, Freddie foi ajudar secando a louça. Os filhos foram para a sala assistir televisão e mexer no celular. Isabelle, curiosa, voltou para a cozinha em passos leves.

Freddie abraçava Sam pela cintura por trás e beijava o pescoço dela, subindo e descendo a mão da barriga até a coxa da esposa. A menina ouviu o pai dizer próximo ao ouvido da mãe:

— Se prepara que hoje tem, minha loira gostosa! – mordiscando a orelha da esposa em seguida.

— Mal posso esperar, meu moreno gostoso! – Sam virou-se para beijar a boca do marido, que já apertava as nádegas dela por cima da calça jeans, e deparou-se com a filha, ficando muito constrangida e depois irritada – O que faz aqui Isabelle? E ainda entra como um fantasma! Sua mãe não te deu educação, não? – empurrando Freddie, que já havia tirado as suas mãos de Sam, e afastando-se.

— Você é minha mãe! E vocês são meus pais! Deveriam deixar essas coisas para dentro de 4 paredes. Nenhum filho merece presenciar essa cena! Credo!

— Você não é mais criança, Isabelle. Sabe que os pais fazem coisas, que você não deve fazer antes de se casar... – começou Freddie.

— Isabelle, chega dessa conversa – interrompeu Sam – Talvez nós tenhamos errado por não tomarmos mais cuidado, mas, não estávamos transando em cima da pia e você não é mais criança. Não viu nada demais para uma garota de 17 anos, pode ir dando meia volta e deixando esse assunto pra lá.

A menina sentiu-se constrangida com a franqueza da mãe e saiu.

Na manhã seguinte, um sábado, Sam e Isabelle ficaram sozinhas em casa, já que Freddie havia saído com os gêmeos para ir ao supermercado, enquanto Sam preparava o almoço.

Isabelle aproximou-se da mãe:

— Desculpa por ter sido incoveniente ontem. Eu não queria invadir a intimidade de vocês.

— Desculpa também, filha. Fomos realmente imprudentes e eu fui grossa com você por estar nervosa. Sei que apesar de já ser uma moça, nenhum filho gosta de pensar que os pais transam. Fui criada por uma mãe que trocava de namorados o tempo todo e que era capaz de deixar a porta aberta para fazer sexo. Era realmente horrível.

— Mesmo assim você não teve medo da sua primeira vez?

— Aconteceu, não foi planejada. Eu amava muito o seu pai e confiava nele, então, deixei rolar.

— E foi bom?

— Para quem não queria saber nada disso dos pais, até que você está muito interessada.

— Não precisa responder, se não quiser.

— Melhorou com o tempo, mas, não posso me queixar, foi bom sim.

— Você sentiu medo?

— Aonde quer chegar com essa conversa? Belinha, você vai fazer sexo? Com quem? Tá namorando escondido?

— Não estou pensando em nada disso pra mim. É que o Rick me procurou ontem cheio de dúvidas e como sou inexperiente, não soube como ajudar. Daí fiquei curiosa.

— Esse surgimento de curiosidade na área me deixa, como mãe, atenta.

— Não tem com o que se preocupar, eu nem tenho namorado.

— Isabelle, eu sempre repito que a nossa família tem um longo histórico de mães jovens demais...

— Não precisa contar essa história pela milésima vez, eu já a conheço de cor e salteado. Aparentemente, você e o papai já deixaram claro que devo esperar até o casamento.

— Seu pai é muito dramático. Não precisa chegar a tanto. Mas, quando firmar um relacionamento e sentir que chegou a hora, confie em mim. Vamos à ginecologista, você começa a tomar os anticoncepcionais e nunca se esqueça da camisinha. Prevenção sempre!

— Eu sei disso, mãe. Agora, vou tomar banho e me arrumar, porque logo após o almoço vou me encontrar com o pessoal do ICarly para planejarmos o nosso episódio final, o IGoodBye.

— De novo!

— O quê?

— Já fizemos o IGoodBye uma vez, há tantos anos, mas parece ontem – lembrou-se Sam, nostálgica.

— O nome não é mera obra do acaso, sabemos disso e seguimos a tradição.

Isabelle sorriu para a mãe e seguiu para o seu quarto.

Chegou a segunda-feira e Isabelle caminhava pelos corredores do colégio na companhia de Alison, que comentou:

— Impressionante como os garotos olham para você, Belinha.

— Pode ser para você ou para nós, afinal, somo famosas, as apresentadoras do ICarly.

— Não seja modesta. Todos sabem que eu sou comprometida com o Greg e você faz sucessos com os garotos. São muitas as mensagens para o site do ICarly com declarações para a Belle. Se joga amiga!

— Eu não to boa pra isso, tenho outras prioridades, é ano de vestibular...

— Pode parar. Eu sei qual o seu verdadeira obstáculo, ele está bem ali, cercado de garotas.

Isabelle olhou para onde Alison apontava e viu Cris com um sorriso largo conversando alegremente com muitas meninas que o cercavam.

Ao ver o semblante da amiga se entristecer, Alison falou:

— Devem ser fãs do ICarly, relaxa. Vamos logo pra sala que já vai bater o segundo sinal.

Como Rick não apareceu às aulas e era o final de semana do convite de Petra, Isabelle resolveu procurá-lo na casa da avó, onde ele morava, depois do Colégio. A senhora abriu a porta aflita e disse:

— Graças a Deus que a melhor amiga dele está aqui. Eu preciso sair, meu marido está internado no hospital com um AVC, mas meu neto está nesse estado desde domingo. Estou desesperada...

— Calma, senhora. Eu fico com o Rick para que possa ir ver o seu marido.

— Você se importa se eu demorar? Tenho que esperar para falar com o médico e ficar um tempo com meu marido...

— Claro que não, fique o tempo que for necessário, eu aviso a minha mãe que estarei aqui cuidando do Rick.

— Você é um anjo, até mais – dando um beijo estalado na bochecha de Isabelle e saindo apressado.

A loira entrou na mansão chamando por Rick, sem resposta. Apareceu uma empregada e disse:

— O garoto está no quarto de hóspedes, trancado, desde ontem.

A menina agradeceu e seguiu na direção indicada. Bateu na porta trancada, mas Rick gritou para ela ir embora.

— Rick, me deixa entrar, por favor. Eu não vim aqui para te julgar ou fazer perguntas, eu só quero te ver, ficar um pouco perto de você, também estou triste e precisando do meu amigo, será que não posso contar com você?

Richard abriu a porta e deixou Isabelle entrar. Ele estava abatido, com os olhos inchados de chorar e parecia sentir muito frio com um casaco pesado no ambiente aquecido.

— Eu posso te dar um abraço? – perguntou Isabelle, tentando se aproximar, mas o menino se esquivou.

— Ninguém toca em mim – gritou, correndo para o canto oposto do quarto.

— Eu sempre te abracei e você gostava, o que houve?

— Eu fiz o que você disse, deixei Petra me abraçar e me tocar para eu me acostumar, como me acostumei com você, eu tentei fazer sexo com ela, mas... – hesitou.

— Mas, o quê?

— Eu não consegui! Quanto estávamos nus e ela começou a me tocar, eu empurrei ela, peguei minhas roupas e sai correndo, eu não me senti confortável com os beijos e toques – dizia ele, passando as mãos no próprio corpo.

— Está tudo bem, Rick. Você só ficou nervoso, pode acontecer com qualquer um.

— Eu não sou qualquer um, eu sou esquisito, eu sou autista e mesmo todos fingindo que sou normal, eu não sou! Eu nunca vou conseguir ter uma vida normal, eu nunca vou ser um homem de verdade – caindo no choro.

— Rick, você tem um autismo leve, isso só vai prejudicar sua vida de verdade se você deixar. É assim com todo mundo. Todos nós temos as nossas limitações, ainda que não diagnosticadas, e vamos ficar paralisados por elas se deixarmos – a menina já abraçava o garoto que não se esquivou.

— O que quer dizer? – perguntou ele, enxugando as lágrimas.

— Veja eu, por exemplo, não fui diagnosticada com autismo, mas não consigo me relacionar com ninguém. Criei uma fantasia na minha cabeça com o Cris, que nunca se realizou e fiquei presa a ela. Mesmo que muitos garotos queiram namorar comigo, eu não consigo. Essa é a minha limitação. Hoje vi o Cris no Colégio, cercado de garotas, todo contente, e a burra aqui sem conseguir seguir em frente – com a voz embargada, tentando conter as lágrimas.

Rick abraçou a amiga mais forte, aconchegando-a entre seus braços com a cabeça dela no seu peito, enquanto aspirava o doce perfume feminino. Isabelle o apertou com mais força.

— Eu sinto que posso vencer qualquer limitação quando estou com você, Belinha – disse Rick.

— Que bom – disse a menina, secando uma lágrima que teimou em cair e levantando a cabeça do peito do amigo, fitando os olhos verdes dele, que lhe pareceram muito bonitos.

Richard a fitou também e se aproximou, iniciando um beijo, nos lábios, que logo alcançou a língua, quando ela permitiu a passagem abrindo mais a boca.

As mãos do garoto começaram a desabotoar a camisa de Isabelle e uma delas já acariciava seus seios por dentro do sutiã. A menina soltou um gemido involuntário enquanto ele beijava o seu pescoço, dando leves chupões ao mesmo tempo em que, depois de já ter tirado a camisa dela, puxou o seu sutiã, descendo-o até a barriga da moça.

Na sequência parou os beijos no pescoço e passou a sugar os mamilos de Isabelle, que intensificou os gemidos. Nunca havia se deixado levar por tão prazerosa sensação.

Ele tirou o próprio casaco e Isabelle já abria a camisa do garoto, tirando-a e se surpreendendo com o peito másculo do garoto nerd que fazia da malhação a sua distração nos momentos de maior ansiedade. Sentiu vontade de beijar o abdômen e o peito dele e cedeu ao impulso.

Rick sentiu uma excitação no seu órgão genital e Isabelle percebeu, abrindo a calça do garoto e permitindo que o volume viesse para fora. Era a primeira vez que ela via isso e se deteve por alguns segundos.

Num ímpeto, Richard deitou-se sobre Isabelle, os seios dela tocando o peito nu dele, a excitação dele sendo sentida no meio das pernas dela, sobre a calça jeans. Os beijos quentes com troca saliva e as línguas em movimentos ansiosos, como se uma boca quisesse devorar a outra.

O garoto parou o beijo longo e abriu a calça da menina, começando a puxá-la para tirar. Ela levantou o quadril para ajudar a remoção da peça de roupa. O sutiã foi aberto por ela e arrancando de uma vez.

A ela só restava a calcinha e a ele nada, depois que arrancou a própria calça já aberta e a cueca que já abaixada revelava o seu órgão sexual excitado.

Ele começou a tirar a calcinha de Isabelle e essa sabia o que vinha a seguir, sentindo seu coração acelerar, com a voz fraca de nervoso, disse apenas:

— Você tem camisinha?

— Tenho – falou ele, lembrando-se de algo importante e saindo de cima dela para apanhar o preservativo dentro da sua carteira, na mochila jogada no chão.

Num lapso de raciocínio pensou que era melhor parar, que estava se precipitando com essa atitude, mas todo o seu corpo ansiava pelo momento, sentia seu órgão genital úmido e dolorido de excitação. No fundo, sentia estar preparada.

Richard vestiu a camisinha como aprendera na internet, com cuidado e diligência e voltou para cima de Isabelle. Prosseguiu na retirada da calcinha da menina. A mão dele subiu pela coxa dela e parou sobre a intimidade úmida dela, fazendo movimentos circulares e penetrando um dedo na entrada dela. A menina gemeu profundamente, sentindo um grande prazer. Foi o incentivo para Richard finalizar o ato, encaixando-se no meio das pernas dela e a penetrando.

Isabelle soltou um gemido, mas de prazer. Ao contrário do que imaginou, não sentiu nenhuma dor, tamanha excitação.

Richard também se sentia muito excitado e iniciou as estocadas já com bastante vigor.

Isabelle enlaçou as pernas na cintura de Richard e moveu os quadris, incentivando os movimentos, enquanto abraçava o pescoço do rapaz, subindo as mãos aos cabelos escuros e lisos dele, descendo até as costas, dando apertões e unhadas nele a cada onda de prazer.

Ele arfava no pescoço dela, próximo ao ouvido, soltando gemidos que deixavam a moça mais excitada.

Chegaram logo ao ápice do prazer e soltaram juntos um gemido alto e prolongado, até Richard deixar-se cair sobre Isabelle que o abrigou em um abraço.

Os dois ficaram ofegantes e sem se mover, ouvindo apenas as batidas de seus corações e sentindo o calor de seus corpos suados.

Richard finalmente saiu de cima dela e deitou-se ao lado, podendo fitar a loira com o semblante bastante vermelho, sorriu para ela e lhe deu um beijo delicado nos lábios. A menina correspondeu, mas continuou quieta, arfando. O garoto ficou preocupado:

— Você está bem? Se arrependeu de transar comigo na sua primeira vez?


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