Começar de novo escrita por UchihaHime Chan


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Yoo, Minna!
Eu costumava ter uma conta aqui no site, com outro nome, e também posto no spirit com o nome de Milly-Uchiha.
Já fazia um tempinho que eu desejava postar essa fanfic. Normalmente, nós somos acostumados a ver a Sakura como "boazinha" e desesperada pelo Sasuke. Já o Uchiha, é tido como o "Playboy cafajeste" e arrogante. Mas, e se não fosse bem assim, mas ao contrário?
Espero que gostem.



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Não reconheci o nome na placa de sinalização. Não havia nada conhecido nem muito simpático naquela estrada. As árvores imponentes e o mato alto sufocavam a entrada da casa arruinada. Tábuas cobriam as janelas. A porta da frente era um buraco imenso. Fiquei arrepiada e só queria estar bem longe dali, onde quer que ali fosse...

Caminhar parecia mais difícil do que deveria, e eu tropecei no calçamento. Fiz uma cara feia quando o cascalho se cravou em meus pés.

Por Deus, estava descalça?

Parei e olhei para baixo. No meio da sujeira, entrevi meu esmalte, rosado e descascado... e sangue. Havia lama nas pernas das minhas calças, e as barras estavam duras. Eu não usar sapatos fazia algum sentido, mas o sangue...

Minha visão começou a ficar cinza, como se tivesse passado uma película em meus olhos. Fitando a estrada de barro, vi algumas pedrinhas miúdas darem lugar a pedras grandes e pontiagudas. Uma coisa escura escorria pelas rochas, descendo rio abaixo.

Ergui as mãos, que tremiam. Estavam cobertas de terra e arranhões. As unhas quebradas e ensanguentadas. Um anel de prata circundava meu polegar, emoldurado em sujeira. As mangas do meu suéter estavam rasgadas, deixando a pele a mostra, coberta de hematomas e cortes. Minhas pernas tremiam a cada passo, tentei lembrar como aquilo tudo acontecera, mas nada saia, minha cabeça era só vácuo.

Um carro passou, foi desacelerando e, com o motor praticamente desligado, parou alguns metros mais adiante. Em algum lugar nas trincheiras do meu inconsciente, reconheci o pisca-pisca azul e vermelho como algo seguro. A viatura apresentava elegantemente escritas as seguintes letras: " Departamento do xerife do condado de Konoha".

Condado de Konoha? Tive um vislumbre de familiaridade que logo cessou.

A porta se abriu e de lá saiu um policial. Disse alguma coisa ao microfone pendurado no ombro antes de olhar para mim.

_ Mocinha?

Ele começou a contornar a viatura, experimentando alguns passos. Parecia muito jovem para um policial, jovem demais. Recém-saído do ensino médio e já portava uma arma de fogo, aquilo era certo mesmo? Será que eu estava no ensino médio?

_ Nós recebemos umas chamadas na central por sua causa. _ ele falou com delicadeza. _ Você está bem?

_ Eu... Eu não sei.


_Tudo bem. Sou o policial Yakushi, vou ajuda-la, sabe o que está fazendo aqui?

_ Não.

Meu Deus, eu nem sabia onde era aqui...

_ Qual o seu nome?

Meu nome? Acho que todo mundo sabe o próprio nome, mas não consegui responder.

_ Eu não... não sei meu nome.

Ele piscou, e o sorriso despareceu.

_ Não se lembra de nada?

Tentei mais uma vez, me concentrando no espaço vazio entre minhas orelhas. Essa era a sensação que eu tinha. E sabia que não era nada bom, meus olhos começaram a marejar.

_ Mocinha, está tudo bem. Vamos cuidar de você. _ Ele estendeu a mão e me segurou de leve pelo braço. _ Vamos dar um jeito nisso.

O policial me fez contornar a traseira da viatura, eu não queria me sentar atrás do vidro, pois sabia que não era coisa boa. Só os malvados sentam no banco de trás. Porém, estava cansada demais para reclamar, me acomodei ali mesmo e antes que pudesse perceber ele havia jogado um cobertor grosso por cima do meu ombro.

**

Não sabia meu nome, mas sabia que odiava hospitais. Eram frios e estéreis, cheiravam a desinfetante e desespero. O policial Yakushi foi embora assim que os médicos começaram os exames. Verificaram minha pupila, fizeram radiografias, tiraram meu sangue, limparam vários ferimentos e fizeram curativos. Deram-me um quarto particular e, de brinde me enfiaram um cateter intravenoso e saíram, que belo presente, não?

Por fim, uma enfermeira sinistra apareceu com um carrinho cheio de instrumentos bizarros. Deu-me uma camisola e ensacou minhas roupas sujas. Disse que precisavam fazer alguns tipos de exames.

Olhando para o teto, era difícil encher os pulmões com ar. Piorou ainda mais quando ela me posicionou com as pernas quase fora da cama, fiquei escandalizada, tamanha a vergonha. É tão constrangedor. Prendi a respiração.

_ Relaxe, querida. _ a enfermeira colocou-se ao lado do carrinho. _ A polícia está contatando os condados vizinho para ver se há informes de desaparecidos. Logo vão achar seus pais.

Ela pegou uma coisa comprida e fina que cintilava muito. Alguns minutos depois, lágrimas corriam pelos meus olhos, ela parecia acostumada com aquilo, porque fez o que tinha que fazer e saiu sem dizer nada. Eu me encolhi sob o coberto fino, trazendo os joelhos para junto do peito, fiquei ali, com meus pensamentos vazios, até adormecer.

Sonhei que caia sem parar no escuro, repetidas vezes. Ouvi gritos, sons estridentes que deixaram meu corpo completamente arrepiado. No dia seguinte, resolvi descobrir algo sobre mim. Qual era meu nome, por exemplo. Eu deveria ter um, mas não achei nada. Rolei para fora da cama, gritando instantaneamente quando o cateter repuxou minha mão. A porta se abriu, a enfermeira estava de volta, acompanhada de um médico.

_ Lembra-se de mim?

Não respondi e o sorriso dele não vacilou.

_ Sou o doutor Orochimaru. Só queria fazer algumas perguntas.

Ah, as mesmas perguntas de sempre. Qual o meu nome? Eu sabia como tinha ido parar naquela estrada antes? O que fazia antes do policial me achar? A resposta era sempre a mesma: Não, não sabia.

_ Você já leu O sol é para todos?

Meus lábios ressecados racharam quando sorri. Eu sabia a resposta!

_Li. Fala da injustiça racial e tipos de coragem.

Ele aprovou com a cabeça.

_ Sabe em que ano estamos?

Arqueei a sobrancelha.

_ 2015.

_ Sabe em que mês?

_ Junho. – umedeci os lábios, estava nervosa. _ Mas não sei que dia é hoje.

_ Hoje são dez de junho. Quarta-feira. Qual o ultimo dia de que se lembra?

_ Terça?

A boca do doutor Orochimaru voltou a formar um sorriso.

_ Tem de ser a mais tempo, estava desidratada quando a trouxeram. Tente de novo.

Do que adiantava?

_ Não sei.

Quando ele saíra, após outras questões, olhei-me no espelho, me inclinei inspecionando a imagem. Nunca tinha visto aquele rosto antes, mas era meu. Cabelos um pouco abaixo dos ombros e rosados. Sim, rosados! Maçãs altas e olhos esverdeados. Nariz pequeno, boa notícia. E imaginei até que fosse bonita, não fosse o hematoma arroxeado que surgia dos contornos do couro cabeludo e cobria todo o olho direito. O queixo também estava todo esfolado.

Comecei a ouvir algumas vozes alteradas do lado de fora.

_ Como assim ela não lembra de nada? – indagou a mulher quase gritando.

__ Ela sofreu uma concussão complexa, deve ser algo temporário... Mas...

_ Mas o que doutor? – perguntou um homem.

_ A perda de memória pode ser permanente. Essas coisas são difíceis de prever. Nesse momento, não temos como saber. _ ele limpou a garganta. _ A boa notícia é que as outras lesões são superficiais. E, pelo resultado exames, não parece ter ocorrido nenhum outro tipo de violência.

_ Ah, meu Deus. _ Gritou a mulher_ Violência? Você quer dizer...

_ Mebuki, o médico já disse que ela não foi violentada, acalme-se.

_ Tenho todo o direito de ficar transtornada. _ ela retrucou. – Kizashi, ela desapareceu há quatro dias.

Eu me afastei da porta e subi na cama. Quem eram aquelas pessoas? O que faziam ali?

Depois de um bom tempo, a porta se abriu e me encolhi toda quando a mulher apareceu. Seus cabelos loiros davam forma a um coque Francês, expondo um rosto angulosos e belo.

_ Sakura...

Nem pisquei, Sakura? A mulher se aproximou, não havia um amassado em suas calças de linho ou em sua camiseta branca. Braceletes de ouro pendiam em seus pulsos, ela exalava frésia.

_ Minha menininha. – disse acariciando meus cabelos. _ Que bom que está bem.

O homem desconhecido estava ao lado do doutor. Estava despenteado, a barba por fazer. Comparado a mulher, ele era um completo desastre.

O doutor Orochimaru veio se colocar ao meu lado.

_ Está é Mebuki Haruno, sua mãe. E este é Kizashi Haruno, seu pai.

Meu peito começou a ficar apertado.

_ Meu... Meu nome é Sakura?

_ Não está nos reconhecendo?

Fiz que não com a cabeça. O médico disse que demoraria um tempo para que as lembranças voltassem, até lá teria que voltar a me familiarizar com algumas coisas.

_ Eu quero me lembras, quero mesmo. Mas... – Minha voz falhou._Não lembro.

_ Tudo bem. Naruto está tão preocupado com você...

Ao me ver sem expressão alguma, ela acrescentou:

_ Seu irmão. Ele está em casa agora.

Eu tinha um irmão?

_ Todas as suas amigas também ajudaram o grupo de buscas, não é, Kizashi?

Meu pai fez que sim, mas sua cara era de quem estava a quilômetros de distância dali, talvez no mesmo lugar no qual a tal Sakura Haruno se encontrava.

_ Sasori anda fora de si, noite e dia procurando por você – ela devolveu ao lugar uma mecha de cabelo que escapara do coque.

_ Sasori? – Perguntei, franzindo o cenho.

Meu pai limpou a garganta.

_ Sasori, anjo. – disse ela. _ Seu namorado.

_ Meu namorado?

Ai, meu Jesus Cristinho! Pais, irmão. E agora um namorado?

Ela fez que sim.

_ Sim. Vocês estão juntos desde... Bom, desde sempre, parece. Vocês planejavam estudar em Yale juntos.

_ Yale _ murmurei. Eu sabia que Yale era uma universidade importante.

No instante em que minha mãe virou-se para meu pai, dois policiais entraram no quarto.

Minha mãe se levantou.

_ Cavalheiros?

Reconheci um deles, o policial Yakushi.

_ Podemos fazer algumas perguntas para a senhorita Sakura?

_ Não pode esperar? _ Perguntou meu pai endireitando-se na cadeira. _ Uma outra hora seria melhor.

_ Ficamos contentes em saber que sua filha aparenta estar bem, mas, infelizmente, outra família também espera notícias de uma filha.

Ainda sentada na cama, eu me empertigue toda e olhei para meus pais.

_ O que?

Minha mãe voltou para meu lado e voltou a segurar minha mão.

_ Estão falando da Karin, amor.

_ Karin?

Ela sorriu, mas parecia uma careta.

_ Karin Uzumaki é sua melhor amiga. Ela desapareceu junto com você.

Não reconheci o nome na placa de sinalização. Não havia nada conhecido nem muito simpático naquela estrada. As árvores imponentes e o mato alto sufocavam a entrada da casa arruinada. Tábuas cobriam as janelas. A porta da frente era um buraco imenso. Fiquei arrepiada e só queria estar bem longe dali, onde quer que ali fosse...

Caminhar parecia mais difícil do que deveria, e eu tropecei no calçamento. Fiz uma cara feia quando o cascalho se cravou em meus pés.

Por Deus, estava descalça?

Parei e olhei para baixo. No meio da sujeira, entrevi meu esmalte, rosado e descascado... e sangue. Havia lama nas pernas das minhas calças, e as barras estavam duras. Eu não usar sapatos fazia algum sentido, mas o sangue...

Minha visão começou a ficar cinza, como se tivesse passado uma película em meus olhos. Fitando a estrada de barro, vi algumas pedrinhas miúdas darem lugar a pedras grandes e pontiagudas. Uma coisa escura escorria pelas rochas, descendo rio abaixo.

Ergui as mãos, que tremiam. Estavam cobertas de terra e arranhões. As unhas quebradas e ensanguentadas. Um anel de prata circundava meu polegar, emoldurado em sujeira. As mangas do meu suéter estavam rasgadas, deixando a pele a mostra, coberta de hematomas e cortes. Minhas pernas tremiam a cada passo, tentei lembrar como aquilo tudo acontecera, mas nada saia, minha cabeça era só vácuo.

Um carro passou, foi desacelerando e, com o motor praticamente desligado, parou alguns metros mais adiante. Em algum lugar nas trincheiras do meu inconsciente, reconheci o pisca-pisca azul e vermelho como algo seguro. A viatura apresentava elegantemente escritas as seguintes letras: " Departamento do xerife do condado de Konoha".

Condado de Konoha? Tive um vislumbre de familiaridade que logo cessou.

A porta se abriu e de lá saiu um policial. Disse alguma coisa ao microfone pendurado no ombro antes de olhar para mim.

_ Mocinha?

Ele começou a contornar a viatura, experimentando alguns passos. Parecia muito jovem para um policial, jovem demais. Recém-saído do ensino médio e já portava uma arma de fogo, aquilo era certo mesmo? Será que eu estava no ensino médio?

_ Nós recebemos umas chamadas na central por sua causa. _ ele falou com delicadeza. _ Você está bem?

_ Eu... Eu não sei.


_Tudo bem. Sou o policial Yakushi, vou ajuda-la, sabe o que está fazendo aqui?

_ Não.

Meu Deus, eu nem sabia onde era aqui...

_ Qual o seu nome?

Meu nome? Acho que todo mundo sabe o próprio nome, mas não consegui responder.

_ Eu não... não sei meu nome.

Ele piscou, e o sorriso despareceu.

_ Não se lembra de nada?

Tentei mais uma vez, me concentrando no espaço vazio entre minhas orelhas. Essa era a sensação que eu tinha. E sabia que não era nada bom, meus olhos começaram a marejar.

_ Mocinha, está tudo bem. Vamos cuidar de você. _ Ele estendeu a mão e me segurou de leve pelo braço. _ Vamos dar um jeito nisso.

O policial me fez contornar a traseira da viatura, eu não queria me sentar atrás do vidro, pois sabia que não era coisa boa. Só os malvados sentam no banco de trás. Porém, estava cansada demais para reclamar, me acomodei ali mesmo e antes que pudesse perceber ele havia jogado um cobertor grosso por cima do meu ombro.

**

Não sabia meu nome, mas sabia que odiava hospitais. Eram frios e estéreis, cheiravam a desinfetante e desespero. O policial Yakushi foi embora assim que os médicos começaram os exames. Verificaram minha pupila, fizeram radiografias, tiraram meu sangue, limparam vários ferimentos e fizeram curativos. Deram-me um quarto particular e, de brinde me enfiaram um cateter intravenoso e saíram, que belo presente, não?

Por fim, uma enfermeira sinistra apareceu com um carrinho cheio de instrumentos bizarros. Deu-me uma camisola e ensacou minhas roupas sujas. Disse que precisavam fazer alguns tipos de exames.

Olhando para o teto, era difícil encher os pulmões com ar. Piorou ainda mais quando ela me posicionou com as pernas quase fora da cama, fiquei escandalizada, tamanha a vergonha. É tão constrangedor. Prendi a respiração.

_ Relaxe, querida. _ a enfermeira colocou-se ao lado do carrinho. _ A polícia está contatando os condados vizinho para ver se há informes de desaparecidos. Logo vão achar seus pais.

Ela pegou uma coisa comprida e fina que cintilava muito. Alguns minutos depois, lágrimas corriam pelos meus olhos, ela parecia acostumada com aquilo, porque fez o que tinha que fazer e saiu sem dizer nada. Eu me encolhi sob o coberto fino, trazendo os joelhos para junto do peito, fiquei ali, com meus pensamentos vazios, até adormecer.

Sonhei que caia sem parar no escuro, repetidas vezes. Ouvi gritos, sons estridentes que deixaram meu corpo completamente arrepiado. No dia seguinte, resolvi descobrir algo sobre mim. Qual era meu nome, por exemplo. Eu deveria ter um, mas não achei nada. Rolei para fora da cama, gritando instantaneamente quando o cateter repuxou minha mão. A porta se abriu, a enfermeira estava de volta, acompanhada de um médico.

_ Lembra-se de mim?

Não respondi e o sorriso dele não vacilou.

_ Sou o doutor Orochimaru. Só queria fazer algumas perguntas.

Ah, as mesmas perguntas de sempre. Qual o meu nome? Eu sabia como tinha ido parar naquela estrada antes? O que fazia antes do policial me achar? A resposta era sempre a mesma: Não, não sabia.

_ Você já leu O sol é para todos?

Meus lábios ressecados racharam quando sorri. Eu sabia a resposta!

_Li. Fala da injustiça racial e tipos de coragem.

Ele aprovou com a cabeça.

_ Sabe em que ano estamos?

Arqueei a sobrancelha.

_ 2015.

_ Sabe em que mês?

_ Junho. – umedeci os lábios, estava nervosa. _ Mas não sei que dia é hoje.

_ Hoje são dez de junho. Quarta-feira. Qual o ultimo dia de que se lembra?

_ Terça?

A boca do doutor Orochimaru voltou a formar um sorriso.

_ Tem de ser a mais tempo, estava desidratada quando a trouxeram. Tente de novo.

Do que adiantava?

_ Não sei.

Quando ele saíra, após outras questões, olhei-me no espelho, me inclinei inspecionando a imagem. Nunca tinha visto aquele rosto antes, mas era meu. Cabelos na altura dos ombros e rosados. Sim, rosados! Maçãs altas e olhos esverdeados. Nariz pequeno, boa notícia. E imaginei até que fosse bonita, não fosse o hematoma arroxeado que surgia dos contornos do couro cabeludo e cobria todo o olho direito. O queixo também estava todo esfolado.

Comecei a ouvir algumas vozes alteradas do lado de fora.

_ Como assim ela não lembra de nada? – indagou a mulher quase gritando.

__ Ela sofreu uma concussão complexa, deve ser algo temporário...

_ Mas o que, doutor? – perguntou um homem.

_ A perda de memória pode ser permanente. Essas coisas são difíceis de prever. Nesse momento, não temos como saber. _ ele limpou a garganta. _ A boa notícia é que as outras lesões são superficiais. E, pelo resultado exames, não parece ter ocorrido nenhum outro tipo de violência.

_ Ah, meu Deus. _ Gritou a mulher_ Violência? Você quer dizer...

_ Mebuki, o médico já disse que ela não foi violentada, acalme-se.

_ Tenho todo o direito de ficar transtornada. _ ela retrucou. – Kizashi, ela desapareceu há quatro dias.

Eu me afastei da porta e subi na cama. Quem eram aquelas pessoas? O que faziam ali?

Depois de um bom tempo, a porta se abriu e me encolhi toda quando a mulher apareceu. Seus cabelos loiros davam forma a um coque Francês, expondo um rosto angulosos e belo.

_ Sakura...

Nem pisquei, Sakura? A mulher se aproximou, não havia um amassado em suas calças de linho ou em sua camiseta branca. Braceletes de ouro pendiam em seus pulsos, ela exalava frésia.

_ Minha menininha. – disse acariciando meus cabelos. _ Que bom que está bem.

O homem desconhecido estava ao lado do doutor. Estava despenteado, a barba por fazer. Comparado a mulher, ele era um completo desastre.

O doutor Orochimaru veio se colocar ao meu lado.

_ Esta é Mebuki Haruno, sua mãe. E este é Kizashi Haruno, seu pai.

Meu peito começou a ficar apertado.

_ Meu... Meu nome é Sakura?

_ Não está nos reconhecendo?

Fiz que não com a cabeça. O médico disse que demoraria um tempo para que as lembranças voltassem, até lá teria que voltar a me familiarizar com algumas coisas.

_ Eu quero me lembrar, quero mesmo. Mas... – Minha voz falhou._Não lembro.

_ Tudo bem. Naruto está tão preocupado com você...

Ao me ver sem expressão alguma, ela acrescentou:

_ Seu irmão. Ele está em casa agora.

Eu tinha um irmão?

_ Todas as suas amigas também ajudaram o grupo de buscas, não é, Kizashi?

Meu pai fez que sim, mas sua cara era de quem estava a quilômetros de distância dali, talvez no mesmo lugar no qual a tal Sakura Haruno se encontrava.

_ Sasori anda fora de si, noite e dia procurando você – ela devolveu ao lugar uma mecha de cabelo que escapara do coque.

_ Sasori? – Perguntei, franzindo o cenho.

Meu pai limpou a garganta.

_ Sasori, anjo. – disse ela. _ Seu namorado.

_ Meu namorado?

Ai, meu Jesus Cristinho! Pais, irmão. E agora um namorado?

Ela fez que sim.

_ Sim. Vocês estão juntos desde... Bom, desde sempre, parece. Vocês planejavam estudar em Yale juntos.

_ Yale _ murmurei. Eu sabia que Yale era uma universidade importante.

No instante em que minha mãe virou-se para meu pai, dois policiais entraram no quarto.

Minha mãe se levantou.

_ Cavalheiros?

Reconheci um deles, o policial Yakushi.

_ Podemos fazer algumas perguntas para a senhorita Sakura?

_ Não pode esperar? _ Perguntou meu pai endireitando-se na cadeira. _ Uma outra hora seria melhor.

_ Ficamos contentes em saber que sua filha aparenta estar bem, mas, infelizmente, outra família também espera notícias de uma filha.

Ainda sentada na cama, eu me empertigue toda e olhei para meus pais.

_ O que?

Minha mãe voltou para meu lado e voltou a segurar minha mão.

_ Estão falando da Karin, amor.

_ Karin?

Ela sorriu, mas parecia uma careta.

_ Karin Uzumaki é sua melhor amiga. Ela desapareceu junto com você.


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Notas finais do capítulo

Bem, aqui está o prólogo.Espero que tenham gostado. A ideia de ter a Karin como amiga não parece ser das melhores, não?Críticas e sugestões são bem-vindas.



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