Burning Love escrita por Beatrix Costa


Capítulo 6
Boa viagem


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!!



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Anteriormente…

—O Ian… Recebi uma chamada da Síria, ele foi alvejado e vai ser transferido para Londres, eu tenho de ir para lá! Por favor, ajuda-me Jane!

Jane ficou sem saber o que dizer, ao ver a cara de desespero de Maura.

A detetive gaguejava até que conseguiu fazer uma frase coerente:

—Mas… ele está bem?

—Não sei Jane, os médicos não me quiseram dizer nada.

—Tu endoideces-te! Queres ir para Inglaterra nesse estado?

Ainda nervosa, Maura contou-lhe tudo ao pormenor.

—Tom Ankes… estás a ver, tu nem tens a certeza se é ele ou não! – avisou a detetive.

—Eu sei que é ele Jane, eu vi os passaportes e esse era um dos nomes. Para além disso, quem mais pediria para me ligarem da Síria.

Jane pensou um pouco e chegou à conclusão que Maura só podia ter razão. E agora? Não a podia deixar ir sozinha logicamente.

—Amanhã vamos à consulta e se o médico disser que podes ir, eu vou contigo.

—Dormes em minha casa hoje?

—Claro amiga. Vou só avisar o Frankie.

 E assim fez. Frakie ficou satisfeito por ter mais uma noite de paz na sua casa, mas não disse isso à irmã para evitar comentários desagradáveis. Ela e Maura dirigiram-se para casa, onde se encontrava Angela com o jantar já feito. Tinha cozinhado um grande assado na travessa, rodeado de legumes para festejar a gravidez de Maura. Embora a patologista não estivesse muito alegre tentou disfarçar em vão. Angela perguntou-lhe de imediato o que se passava. Estas explicaram a situação por partes o que incluiu as ilegalidades de Ian. A reação de Angela foi inesperada.

—Vai

—Desculpa! – exclamou Jane surpreendida engasgando-se com um pedaço de carne.

—Vai Maura tens de ir. Ama-lo certo?

—S…sim – gaguejou Maura igualmente surpresa.

—Então! Se houve coisa que aprendi nestes últimos tempos foi a pensar menos e a agir mais (Jane arregalou os olhos com medo do que aquilo pudesse querer dizer). Vai Maura, porque depois pode ser tarde demais.

Depois desta conversa jantaram calmamente. A comida estava deliciosa, Jane serviu-se três vezes. A mãe nunca conseguiu perceber como é que ela conseguiu ser tão magra mas enfim, ela fiava-se que eram os genes. Maura foi-se deitar e pensar nas palavras de Angela que por sua vez foi fazer o turno nocturno no bar. Jane ficou na sala a beber uma cerveja, pois embora a amiga não gostasse, guardava sempre uma no frigorífico para a detetive. Também ela pensava nas palavras da mãe que ecoavam fortemente na sua mente. Sentia-se a desperdiçar os prazeres da vida com relações que não davam em nada. Revia isso no caso de Kent. Gostava de estar com ele mas não sentia aquela chama interior. Suspirou. Ultimamente os únicos prazeres que tinha (a nível pessoal claro) eram as conversas com Maura ao sabor do álcool que nos próximos tempos não poderiam ser acompanhadas do mesmo. “Os amigos são realmente preciosos” pensou ela. E com isto foi-se deitar no quarto de hóspedes só para não arriscar acordar a patologista.

Eram 6:00 da manhã quando Jane escutou uma voz feminina a sussurrar ao seu ouvido chamando o seu nome.

—Jane… Jane…

—Que foi?

—Levanta-te e faz a mala… vamos ao médico e depois apanhamos o avião. Já comprei as passagens.

A detetive deu um sobressalto e olhou para um relógio.

—Maura! São seis da manhã como é que tu arranjas-te consulta para esta hora? – fez uma pausa e continuou – E nem sequer sabes se podes viajar ou não.

—Voltei a ligar ao médico ontem e ele disse que eu podia marcar para as 7:00. Além do mais, eu estou grávida não doente. Vá lá, levanta-te que ainda temos de passar pela esquadra…

—Ok ok… Vamos lá.

A morena levantou-se contrariada. Vestiu-se e tomou o seu café matinal. Despediram-se de Angela que lhes deu um forte abraço e desejou-lhes boa sorte. Elas saíram. Trataram da licença na esquadra e despedir-se da equipa.

—Ah muito bem, as meninas a viajar e nós a trabalhar – reclamou Frankie que não sabia as verdadeiras razões daquela saída.

—Não sejas parvo –disse Jane fulminando-o com o olhar.

—Buen viaje – desejou Korsak em espanhol.

—Obrigada – agradeceram elas em coro.

As duas saíram da esquadra e dirigiram-se para a clínica privada onde Maura iria ser atendida. Esperaram cerca de dois minutos e as duas entraram. Fizeram-se os exames oficiais que confirmaram a gravidez da patologista. Depois de o Dr. Pollock a examinar concluiu que estava tudo bem e que Maura poderia viajar tranquilamente, afirmação a que ela não ficou surpreendida. Já a detetive sentiu-se bastante aliviada.

Era meio dia quando as duas se encontravam embarcadas no avião na zona de 1ª classe.

—Maura quanto é que as passagens custaram? – questionou Jane preocupada.

—Não te preocupes que está tudo pago.

—Isso sei eu!

Este assunto originou uma discussão entre as duas que durou cerca de vinte minutos. Maura passou o resto da viagem a dormir e Jane, que não estava habituada a que lhe perguntassem se desejava alguma coisa de 10 em 10 minutos, colocou os fones a dar a playlist que costuma ouvir quando corre. Aterraram no aeroporto de Heathrow em Londres. Jane acordou Maura e as duas saíram do avião apressadas.

—E agora? Para onde vamos?

—Deixamos as coisas no hotel e vamos até St. Ester, o Ian já deve estar lá.

—Se for mesmo ele – acrescentou Jane ainda sem estar totalmente convencida de ser ele.

Assim fizeram. Houve um erro no sistema do Ritz e Jane e Maura tiveram de ficar num quarto com uma cama de casal. Foram até ao hospital e perguntaram se tinha dado entrada alguém chamado Tom Ankes. Quando a enfermeira da recepção disse que sim, Maura sentiu um alívio no peito e no ventre. Mas voltou a sentir um peso cair-lhe sobre as costas quando o médico lhe disse que o paciente estava em estado grave.

—Posso vê-lo através da vitrina? – questionou Maura entendendo a gravidade da situação quando o médico explicou o problema.

—Claro.

O doutor conduziu-as até ao local e assim que Maura viu Ian através do vidro sentiu-se sem chão. Jane colocou as mãos sobre os seus ombros e a patologista rodeou a barriga com os braços.

—Tinhas razão… é ele! – confirmou Jane alarmada.


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Notas finais do capítulo

Para o próximo capítulo as coisas aquecem entre as nossas amigas!
Comentem :)



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