Burning Love escrita por Beatrix Costa


Capítulo 15
The last night?


Notas iniciais do capítulo

Olá olá! Peço desculpa a demora mas ultimamente não tenho tido muito tempo para escrever, no entanto, tenho aproveitado cada bocadinho para o fazer e espero que gostem :)
Ah, já agora, feliz dia de S. Valentim a todos os apaixonados, especialmente como as nossas meninas!



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Anteriormente…

Jane não resistiu, também ela começou a beijar a loira. Tinha muita vontade de estar com ela até porque aquela poderia ser… nem conseguia pensar nisso. O que Jane estava a pensar fazer quando voltassem a Boston não iria ter perdão. Ela iria saborear cada beijo, aproveitar cada toque e não pensar em mais nada.

Como sempre, as duas envolveram-se em beijos e toques intermináveis, desta vez, sob o olhar (aparentemente atento) de John. Jane procurava a parte de baixo da camisola de Maura, para que a pudesse tirar. Ela gemeu quando a morena lhe tocou nas costas por causa das feridas ainda salientes. Depois disso, ela procurou ter o máximo cuidado para não a voltar magoar a loira. Maura ainda tinha o corpo relativamente “deformado” por causa do parto mas isso não incomodava minimamente Jane, para além de que elas já tinham feito amor com a patologista grávida. Os seus peitos estavam inchados por causa da amamentação. Fosso como fosse o corpo de Maura, Jane gostava dele de qualquer maneira. A loira sentou-se em cima dela e tirou o sutiã deixando toda a parte de cima à mostra. Poucos segundos depois, também Jane fez o mesmo. As suas mãos tocavam-se no corpo uma da outra. Alguns dos cabelos negros de Jane estavam espalhados pela cama pois a companheira tinha a estranha mania de os puxar e acabar por arrancá-los (o que de vez em quando a magoava). Jane pôs-se sobre Maura e moveu-se sobre ela delicadamente. Pela primeira vez estavam muito mais à vontade na cama, pois eram mesmo só elas as duas, não que o bebé atrapalhasse, mas era uma sensação diferente. Elas envolveram-se na típica e prazerosa dança debaixo dos lençóis durante a qual fazia o tempo parar para as duas. John tinha caído no sono. Jane sentia uma vontade incontrolável de beijar Maura. Era mais do que um desejo… era uma necessidade.

Depois do ato as duas deitaram-se uma ao lado da outra a arfar o ar de cansaço. Jane deitou-se de costas e queixou-se das mesmas. Maura sentou-se sobre ela e começou a massajar-lhas olhado para o cabelo negro que lhe tapava toda a cabeça.

—Acumulas-te muito ácido lático durante a respiração anaeróbia realizada pelas células musculares em esforço intenso – observou Maura.

—Desculpa?

—Na prática estás com contracturas – elucidou a loira.

—Pudera… - disse Jane baixinho.

Maura começou descer as mãos até ao fundo das costas de Jane até lhe dar um apalpão no traseiro.

—Maura!

—Hahaha… estava a brincar contigo.

Depois de a massajar mais um pouco, Maura deitou-se por cima dela. Com um largo sorriso na face fez uma pergunta surpreendente:

—Gostavas de casar de calças ou vestido?

Jane rapidamente levantou a cabeça deixando transparecer a sua expressão cansada e rolou Maura para o meio da cama fixando-a nos olhos com serenidade.

—Não sei… talvez de calças – disse ela que queria evitar aquele assunto ao máximo. Era-lhe tão difícil falar daquilo sabendo que tudo era uma mentira.

—Estava mesmo à espera dessa resposta – afirmou Maura.

Depois encostou-se à morena e deu-lhe a mão. Começou a falar do seu casamento de sonho. Vestido branco, lugar discreto mas requintado, amigos e família, decoração a seu gosto e um bom champagne francês. Pelo contrário, Jane preferia uma roupa bem simples, um sítio onde se sentisse bem e fosse especial para as duas, também amigos e família, e uma cerimónia bonita e inesquecível. Era impossível não falar daquilo por mais que a detetive não quisesse. Lá para as 4:30 da manhã Maura adormeceu encostada à noiva. Esta olhava-a carinhosamente enquanto a abraçava sem a apertar muito para que não acordasse. Lágrimas começaram a cair-lhe pelo rosto, quanto mais pensava pior era. Tinha tanta coisa na cabeça e não tinha cabeça para tanta coisa! Acabou por cair no sono com a cara molhada e uma dor de cabeça pior do que a ressaca. O dia seguinte iria ser, mais do que difícil, depressivo.

Amanheceu lentamente. O sol quente e brilhante irradiava pelas brechas das cortinas brancas do quarto das meninas. Maura foi a primeira a acordar e a levantar-se. Deu um beijinho ao seu bebé e tirou-o do berço. Levou-o para a sala juntamente com as roupinhas que lhe iria vestir. Ao fim de algum tempo a tentar decidir, optou por um macacão azul com um ursinho desenhado.

—Não vamos fazer barulho para não acordar a mamã Jane sim… - pedia Maura ao bebé carinhosamente.

Não adiantou de nada. John iniciou um dos seus choros matinais, os quais costumavam acordar uma Jane querida, mas mal-humorada. A detetive chegou à sala com uma camisa vestida, o que a deixava muito sensual segundo Maura. Deu um beijo frio e rápido à loira e fez umas cocegas na barriga da criança em sinal de carinho.

—Bom dia!

—Bom dia Maura – cumprimentou Jane num tom grave.

A patologista notou monotonia na voz da noiva e tentou perceber o que se passava, mas foi confrontada com a mentira de Jane de que era só por se de manhã. Ela não quis insistir pois percebeu que a detetive não queria falar e por muito que insistisse ela não lhe iria revelar o que se passava na sua mente, portanto decidiu ignorar.

Durante o resto da manhã fizeram as malas (o voo seria às cinco e meia da tarde). Havia muita coisa para levar. Maura teve de comprar uma mala extra para que tudo coubesse lá dentro. No início da tarde, um homem corpulento passou pela casa para levar o berço para os correios, para que este fosse enviado por encomenda para Boston. Maura já sentia muitas saudades da sua casinha. Acabara de se aperceber que iria ter de decorar o quarto de John quando chegasse à cidade, mas isso não seria um problema, ela iria ter a ajuda de Jane…

Devolveram as chaves ao dono da casa que ficou pouco satisfeito pelo facto dos vidros estarem partidos mas Maura fez questão de pagar tudo. Pegaram nas malas e saíram de casa. Por breves momentos ficaram a olhar para ela com uma certa angústia no olhar, cada uma à sua maneira.

—Vou ter saudades disto aqui – disse Maura.

—É… eu também – afirmou Jane que não sabia se acabara de dizer uma verdade ou uma mentira. Embora muitos problemas tivessem acontecido desde que as meninas foram para Londres, ali tinha sido a cidade onde uma paixão escondida tinha desabrochado finalmente.

Foram para o aeroporto onde apanharam o avião que partiu às horas certas. O voo iria ser demorado. John comportou-se muito bem, exceto quando teve fome e Maura teve de ir até à casa de banho do avião dar-lhe de mamar para que ele parasse de chorar. Daquela vez, foi Jane a adormecer na viagem enquanto olhava pela janela e pensava no que ia dizer a Maura quando chegassem a Boston. Não havia palavras certas e isso era frustrante.

Boston

O avião aterrou, o que acordou a detetive, que tinha dormido a maior parte do tempo. Maura sentia-se esgotada, a viagem tinha sido longa, demasiado longa! Quando finalmente conseguiram livrar-se da agitação do aeroporto puseram-se a caminho de casa. Não chamaram um táxi pois a loira que desfrutar daqueles primeiros momentos com o seu filho naquela que seria a cidade onde ele iria crescer. Maura ia apresentando a cidade a John com entusiasmo enquanto Jane transportava todas as malas sozinha atrás deles. Quando atravessavam uma ponte quase deserta, Maura decidiu parar, e olhar para o horizonte. Ela tinha um olhar encantador e o filho também deixava transparecer algo deslumbrante na face. Jane olhava-os com carinho e tristeza. A loira roubou-lhe um beijo que a deixou derretida.

—Eu amo-te tanto Jane! – afirmou Maura com a maior das certezas.

—Mas eu não… - respondeu ela com um sentimento de culpa tão grande como a mentira que acabara de sair da sua boca.

Maura gelou ao ouvir aquelas palavras. Mirou-a nos olhos tentando encontrar a falsidade da sua afirmação e Jane, ao olhá-la tentou fazer transparecer passividade, em vão, pois naquele momento a sua cara encontrava-se encharcada das lágrimas que caiam continuamente dos seus olhos.

 


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Notas finais do capítulo

O inesperado aconteceu! E agora? Como ficarão as coisas entre Jane e Maura, será que a loira irá compreender os motivos da noiva para ela ter dito aquelas palavras?



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