Burning Love escrita por Beatrix Costa


Capítulo 1
Reencontros


Notas iniciais do capítulo

Ano novo, história nova

Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/669271/chapter/1

Eles estavam cansados e suados. Não tinham uma noite assim há muito tempo, especialmente ela, que, ultimamente, trabalhava mais do que o normal. Lado a lado, deitados sobre os lençóis de seda brancos riam um para o outro. Ofegante, ela falou…

–Porque é que demoras-te tanto a voltar?

–Tu sabes porquê…

–Sim… só gostava que viesses mais vezes.

–Mas agora estou aqui.

–Pois estás – disse ela deitando-se novamente sobre ele.

–Preparada para a 3ª ronda? – questionou-lhe ele com um sorriso matreiro.

Ela não disse nada e beijou-o, até que os dois se envolveram numa graciosa dança debaixo dos lençóis.

Horas antes…

Era uma noite de verão comum. Uma onda de calor tinha invadido Boston alguns dias antes, mas agora, todos disfrutavam da temperatura amena na cidade. Angela tinha saído com o novo namorado e ia passar a noite fora. Maura estava sozinha em casa, sentada no sofá, e envolvida nos seus invulgares afazeres. Havia comprado, no dia anterior, um aquário cheio de peixes, com o prepósito de poder estudar os comportamentos das espécies Betta splendens, Pterophyllum scalare e Brycon orbignyanus em ambientes fechados visto que estes estavam habituados a viver nos infinitos oceanos. Vestida com a sua camisa de noite branca e de caneta na mão, esperava uma pacata noite, acompanhada pelos seus peixes e pensamentos. Alguns minutos antes das doze badaladas, bateram à porta. Maura pensou que o encontro de Angela tinha corrido mal e que ela tinha vindo para casa mais cedo… ou então Jane, que talvez quisesse companhia para tomar uma cerveja e falar dos problemas de dividir a casa com Frankie depois da sua ter sido incendiada. “Curioso…” pensou ela, “Ambas têm a chave”. Pousou o caderno e a caneta em cima da mesa, e levantou-se do sofá. Espreitou pela janela junto à porta e viu um homem de costas para a entrada. Abriu e perguntou ao indivíduo em que é que o podia ajudar. Por sua vez, ele virou-se, revelando quem era, e deixando Maura de boca aberta e olhos arregalados.

–Tu…

Maura saltou para os braços de Ian cheia de felicidade. A última vez que ele visitara Boston, Jane tinha ficado a saber sobre todas as suas ilegalidades e a sua perigosa vida. Encheu-o de beijos e acariciou-lhe o rosto enquanto o puxava para dentro de casa. Ele pousou a pequena mala de viagem que ostentava consigo e fechou a porta. Ela pegou-lhe na mão e começou a caminhar com ele até ao quarto enquanto o beijava.

–Tenho mais no carro - informou Ian pausadamente entre beijos.

–Esquece as malas… Faz amor comigo – pediu ela excitada.

Ela deitou-o sobre a cama e começou a despir-se; ele desabotoou a camisa enquanto a beijava pelo corpo. Entregaram-se um ao outro, como já não acontecia há muito tempo.

Na manhã seguinte…

Maura acordou e passou as mãos pela cama mas não estava lá ninguém. Sentiu um arrepio indescritível que correu o seu corpo como uma bala, rápido e indetectável. Levantou-se da cama e andou em passos acelerados até à sala. Suspirou de alívio quando viu Ian, a tomar um café enquanto dedilhava no tablet da patologista. Assim que a viu, o rapaz desligou o aparelho.

–Bom dia… Estavas com medo que eu tivesse ido embora? – indagou-lhe Ian, que percebeu logo que a patologista estava tensa.

–Bom dia (ela beijou-o carinhosamente e ele agarrou-a para o prolongar). Sim, estava. Não quero que vás já – admitiu ela.

–Tem calma meu amor… só vou embora daqui a uma semana. Temos tempo para estar juntos.

Ela sentou-se numa das cadeiras ao lado da bancada onde costumava tomar o seu pequeno-almoço e Ian serviu-lhe uma chávena de chá inglês chamado “burning love”. Maura queria que Ian lhe contasse onde tinha andado nos últimos quatro anos, mas compreendia que não podia, e que quanto menos ela soubesse melhor. Foi retirada dos seus pensamentos pelo toque do telemóvel, o qual atendeu rapidamente.

–Isles… Ok, vou já a caminho – desligou a chamada – Desculpa… tenho mesmo de Ir.

–Eu percebo. Vai lá conviver com os mortos.

–Vê o lado positivo… assim não tens de ter ciúmes dos homens com quem eu estou.

Eles riram e despediram-se com um beijo. Maura vestiu-se rapidamente, escolheu um par de sapatos e saiu porta fora com grande pena, preparada para enfrentar mais uma cena de crime. Por seu lado, Ian ficou com uma expressão preocupada, e olhou para o tablet, onde estava a pesquisar bilhetes de avião… Para a síria!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então... Gostaram do primeiro capítulo?Quero muito comentários ;)Feliz 2016!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Burning Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.